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Categorias e distribuição das


Unidades de Conservação do
estado do Piauí
Marlete Moreira de Sousa Mendes

Resumo
O Piauí está situado em uma área de transição entre os
biomas Amazônia e Mata Atlântica, na qual se encontram os biomas
Cerrado e Caatinga, principais no Estado. Parte significativa desses
biomas tem sido devastada pela ação antrópica. Da necessidade de
preservação dos recursos disponíveis, como flora, fauna, solo e rios,
em tais biomas foram instituídas as Unidade de Conservação (UC’s).
Esta pesquisa tem como foco as Unidades de Conservação do Estado,
dividindo-as em categorias, de acordo com o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação-SNUC, com suas respectivas áreas e biomas
de ocorrência. Os dados foram levantados através de pesquisas às
instituições oficiais, publicações científicas e visitas às UC’s. O estado do
Piauí possui 39 unidades de conservação com área que pode variar de
dois a milhares de hectares. Aproximadamente 10% da área do Estado
está em unidades de conservação, estando dentro do limite mínimo
estipulado pela IUCN (International Union for Conservation of Nature
and Natural Resources). Entretanto, algumas unidades não possuem
plano de manejo ou estão abandonadas, enquanto outras cumprem
efetivamente o seu papel de assegurar integridade aos biomas. A
maior parte das unidades ocorre em Caatinga, que se encontra bem
protegida, principalmente por unidades federais – maior abrangência
no Estado.
Palavras-chave:
Unidades de conservação; Categorias SNUC; Biomas.
Abstract
The Piauí state is in a transition area between the Amazon
and Atlantic forest biomes, which are the Cerrado and Caatinga
biomes, leading in the state. Significant part of these biomes has
been devastated by human action. The need for preserve resources
available, such as flora, fauna, soil and rivers in these biomes were
imposed for the Conservation Unit (UC’s). This research focuses on the
Conservation Units of the state, dividing them into categories according

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to the National System of Conservation Units, with their respective
areas and biomes of occurrence. The data were gathered via surveys
to official institutions, scientic publications and visits to UC’s. The state
of Piauí has 39 units conservation, with the area can range from two to
thousands of hectares. Approximately 10% of the area of the State is in
conservation units, and within the limit set by the IUCN (International
Union for Conservation of Nature and Natural Resources). However,
some units do not have the management plan or are abandoned, while
others effectively fulfill its role of ensuring the integrity biomes. Most
units occurs in Caatinga, which is well protected, mainly by federal
units - more coverage in the state.
Key-words:
Conservation units; SNUC categories; Biomes.

INTRODUÇÃO

O
s problemas ambientais nunca foram tão notados
como nos últimos anos. Por séculos, o homem foi
“senhor” da natureza, utilizando-se dessa como bem
lhe aprouve sem, no entanto, tomar medidas conservacionistas para
manutenção dos recursos naturais. Com o passar do tempo notou-se
que a forma de lidar com o meio ambiente não seria sustentável em
longo prazo e surgiram, assim, os primeiros debates e as primeiras
atitudes no sentido de preservar o meio ambiente. Dentre essas
atitudes, está a instituição de áreas protegidas, denominadas de
Unidades de Conservação (UC’s), com o objetivo de que, além de
proteger a área em si, flora e fauna, fossem diminuídos os efeitos
negativos causados pela ação antrópica.
No mundo, os primórdios das unidades de conservação
(UC’s) datam de 1872, quando os Estados Unidos, prevendo a
necessidade de implantação e preservação de áreas naturais,
instituiu o primeiro Parque Nacional, o de Yellowstone, que veio
a ser uma região reservada e proibida de ser colonizada, ocupada
ou vendida (VALLEJO, 2003). Todavia, somente 100 anos depois
foi que o mundo despertou efetivamente para a preservação do
meio ambiente, através dos debates ocorridos na Conferência de
Estocolmo.
Em 1934, o Código Florestal Brasileiro, entre outras
referências à natureza, já instituía a criação dos Parques Nacionais.
Hoje há um amplo leque de leis e derivados que abordam a questão
ambiental e coordenam a forma de uso dos recursos de forma
sustentável, prevendo, inclusive, punições para os infratores.

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Dentre estas leis, destaca-se a Lei 9.985 que instituiu o Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no ano 2000. Nela
foram estabelecidos critérios e normas para a criação, implantação
e gestão das unidades de conservação.
O primeiro Parque Nacional brasileiro foi criado em 1937,
o Parque Nacional de Itatiaia no Rio de Janeiro, nas montanhas de
mata atlântica. Desde então, despontaram muitos outros e os tipos
de unidades de conservação foram multiplicados. De acordo com
Sick (1997), no ano de 1989 o Brasil possuía 34 Parques Nacionais,
19 Reservas Biológicas e 20 Estações Ecológicas; estas unidades
com outras áreas de proteção perfaziam o total de 2,05% da
extensão do território brasileiro. Hoje os Parques Nacionais somam
62 unidades, as Reservas Biológicas 29 e as Estações Ecológicas 32
unidades.
As unidades de conservação estão divididas em dois grandes
grupos ou categorias:
1. Unidades de Proteção Integral (UPI), com o objetivo
básico de preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto
dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos em Lei.
A esta categoria pertencem as seguintes denominações de UC’s:
Estação Ecológica (EE), Reserva Biológica (RB), Parque Nacional
(PARNA), Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre.
2. Unidades de Uso Sustentável (UUS), com o objetivo
básico de compatibilizar a conservação da natureza com o uso
sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Estão inclusas
nessa categoria as seguintes tipologias: Área de Proteção Ambiental
(APA), Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), Floresta
Nacional (FLONA), Reserva Extrativista (RESEX), Reserva da Fauna,
Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do
Patrimônio Natural (RPPN) (SNUC, 2000).
As unidades de conservação surgiram em terras brasileiras
devido à notável destruição dos biomas. Os mais afetados são a
Mata Atlântica, da qual restam somente 8% da mata original, e
o Cerrado, que ocupa 61,8% da área original, estando estes dois
entre os mais ameaçados do mundo. Com perda anual de 2,2
milhões de hectares, somente 2,2% de Cerrado está protegido
em unidades de conservação (MACHADO et al., 2004). Além
destes, nota-se também um crescente desmatamento em áreas
de Caatinga, o único bioma completamente brasileiro, que ocupa
aproximadamente 10% do território do país, do qual resta 50%
da área original e cujo desmatamento alcança a média de 365
mil hectares por ano (SUZUKI, 2007). De acordo com Camacho
e Baptista (2005) somente 3,56% da Caatinga encontra-se em

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unidades de conservação federais.
Procurou-se realizar um levantamento das unidades de
conservação piauienses, discorrendo-se sobre os percentuais de
área preservada no Estado e por bioma, bem como apresentar
as categorias, de acordo com o SNUC, em que estão inseridas as
unidades, verificando se há ocorrência de unidades que não estão
de acordo com as normas de categorias.
Registra-se a existência de um mapeamento das Unidades
de Conservação do Estado realizado pela CODEVASF (2006).
Entretanto, o referido mapa cita somente 14 UC’s. Este trabalho,
por reunir informações sobre áreas, além da totalidade de unidades
de conservação do Piauí, existentes ou propostas, sua distribuição
por bioma e por categoria, constitui-se como um trabalho inédito
para o estado do Piauí e servirá como complemento ao mapeamento
já existente. Trabalhos semelhantes já foram realizados em outros
estados brasileiros, tais como Minas Gerais (LIMA et al., 2005),
Ceará (SEMACE, 2007), São Paulo (SMA, 1998), Bahia (SEMARH,
2007) e Maranhão (SANTANA et al., 2005).

METODOLOGIA
Área de estudo
O estado do Piauí possui 223 municípios e está localizado a
noroeste da região Nordeste; tem como limites o Oceano Atlântico
(N), os estados do Ceará e Pernambuco (L), Bahia (S e SE), Tocantins
(SO) e Maranhão (O e NO). Ocupa uma área de 252.378,6 km²
(IBGE, 2004a), estando situado entre as coordenadas geográficas
2º 44’ 49” e 10º 55’ 05” de latitude sul e entre 40º 22’ 12” e 45º
59’ 42” de longitude oeste.
De acordo com IBGE (2004b) três tipos climáticos ocorrem:
Tropical Quente Semi-úmido (sul do Estado), com quatro a cinco
meses secos, Tropical Quente Semi-árido com seis meses secos
(ocorrendo no norte e parte do sul do Estado) e de sete a oito meses
secos (sudeste do Estado), a média de temperatura é superior a
18ºC em todos os meses.
Predominam no Estado três formações vegetais: Caatinga,
Cerrado e Floresta. Ocorrem também as transições Floresta/Cerrado
e Caatinga/Cerrado (CODEVASF, 2006). A Caatinga, vegetação típica
da região tropical semi-árida brasileira, ocupa uma área de mais de
935.000 km², abrangendo grande parte da região Nordeste e do
norte do estado de Minas Gerais. Tem sua ocorrência registrada no
sul e sudeste do estado do Piauí. É composta por cactos, arbustos e

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árvores de pequeno porte. Na Caatinga encontra-se um alto grau de
endemismo vegetal e animal e diversas espécies estão ameaçadas
de extinção (SILVA, 2003).
O Cerrado estende-se nas porções norte e leste do Estado.
Do ponto de vista florístico, essa vegetação é formada por arbustos,
arvoretas e um estrato herbáceo dominado por gramíneas. A
vegetação lenhosa é caracterizada por possuir troncos e galhos
torcidos, às vezes inclinados (RIBEIRO & WALTER, 1998).
As florestas são encontradas ao longo do Vale do Parnaíba.
São compostas por palmeiras, principalmente espécies como
carnaúba, babaçu e buriti. No Piauí e no Maranhão a zona de transição
entre Floresta e Caatinga é conhecida como Mata de Cocais; esta
apresenta maior umidade que na Caatinga (MOURA, 2004).
O Piauí está inserido na Bacia do Rio Parnaíba a qual possui
várias sub-bacias. Este rio é o principal do Estado, atravessando-
o de sul a norte, dividindo o estado do Piauí do Maranhão, até
desembocar no Oceano Atlântico, onde forma o Delta do Parnaíba.

COLETA DE DADOS
Foram consultados os órgãos que têm registros das unidades
de conservação no estado do Piauí, a saber: Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais-IBAMA (sobre as unidades
federais), Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Piauí-
SEMAR (a respeito das unidades estaduais) e Secretaria Municipal do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMAM (unidades municipais).
Não se encontram informações sobre todas as unidades nos órgãos
responsáveis por seus registros (como área e bioma ocorrente), por
isso foram feitas consultas à Associação Caatinga, sobre as RPPNs
e a pessoas físicas responsáveis por algumas unidades (no caso,
o Parque Ambiental Paquetá e da APA Lagoa Nazaré). Os dados
também foram obtidos através de levantamento bibliográfico.
Para os cálculos das áreas por bioma não foram consideradas
as Unidades que estão inseridas em áreas de outras UC’s, como o
Parque Ecológico Cachoeira do Urubu, cuja área está dentro dos
limites da APA Cachoeira do Urubu, ou aquelas inclusas em “outras
categorias”.
As Unidades foram divididas por esfera de poder: federais,
estaduais e municipais e outras categorias. Nesta estão as Unidades
não contempladas pelo SNUC, unidades com pequena área florestada
ou que não representam um bioma definido, o que não permite a
sua inclusão em um dos biomas citados no trabalho, como é o caso

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do Parque das Mangueiras, da Floresta Fóssil

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Do levantamento realizado, discorre-se que o estado do Piauí
possui um total de 39 unidades de conservação, considerando-se as
três esferas: municipal, estadual e federal (Quadro 1). Tais Unidades
estão assim distribuídas: 05 APAs estaduais, 04 APAs federais,
01 APA municipal, 06 RPPN’s, 04 Parques nacionais, 03 Parques
estaduais, 04 Parques municipais, 01 Flona, 01 Resex, 01 Estação
Ecológica e 09 em “outras categorias”. As RPPNs representam a
maior porcentagem das Unidades (20,0%), seguidas pelas APAs
estaduais (16,7%). As APAs federais somam mais de um milhão e
meio de hectares, representando 55,64% da área total das unidades
de conservação (Tabela 1).

Quadro 1. Unidades de Conservação do Estado do Piauí


Unidades de Municípios Área Ecorregião
Conservação
Unidades Federais
Estação Ecológica Ribeiro Gonçalves 135.000,00 Cerrado
Uruçuí-Una e Uruçuí
Parque Nac. das Gilbués, Barreiras 261.228,00 Cerrado
Nascentes do Rio do Piauí, São
Parnaíba Gonçalo do
Gurguéia e
Corrente
Parque Nacional Piracuruca e 6.331,50 Cerrado
de Sete Cidades Piripiri
Parque Nacional São Raimundo 129.953,00 Caatinga
da Serra da Nonato, São João
Capivara do Piauí, Coronel
José Dias e Canto
do Buriti
Parque Nacional Caracol, 502.411,00 Caatinga
Serra das Guaribas, Santa
Confusões Luz e Cristino
Castro
APA do Delta do Parnaíba, Luiz 63.393,74 Costeiro
Parnaíba Correia, Ilha
Grande de Santa
Isabel, e Cajueiro
da Praia

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Unidades de Municípios Área Ecorregião


Conservação
APA Chapada do Divisa dos 148.003,84 Caatinga
Araripe estados
do Ceará,
Pernambuco e
Piauí
APA da Serra da Buriti dos 1.245.301,44 Caatinga
Ibiapaba Lopes, Bom
Princípio, Cocal,
Piracuruca,
Piripiri, Brasileira,
Pedro II, Lagoa
do S. Francisco,
Conceição
e Domingos
Mourão
APA Serra da Ponta Alta do 61.000,00 Cerrado
Tabatinga³ Norte
RESEX Delta do Ilha Grande de 991,00 Costeiro
Parnaíba4 Santa Isabel
FLONA de Altos 168,96 Floresta
Palmares
RPPN Recanto da Piracuruca 179,16 Cerrado
Serra Negra
RPPN Fazenda Altos 579,79 Floresta
Boqueirão dos
Frades
RPPN Santa Teresina 238,00 Floresta
Maria de Tapuã
RPPN Fazenda Canavieira 27.458,00 Caatinga
Boqueirão
RPPN Fazenda Buriti dos Lopes 139,68 Caatinga
Centro
RPPN Marvão Castelo do Piauí 5.096,00 Cerrado
Unidades Estaduais
Parque Teresina 136,10 Floresta
Zoobotânico
Parque das Teresina 4,59 Floresta
Mangueiras
Parque Ecológico Esperantina 7,54 Transição
Cachoeira do
Urubu¹

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Unidades de Municípios Área Ecorregião


Conservação
APA Cachoeira do Esperantina e 3.052,00 Transição
Urubu Batalha
APA Lagoa de Nazaré do Piauí 2.310,00 Cerrado
Nazaré
APA da Serra das Barreiras do Piauí 96.942,00 Cerrado
Mangabeiras²
APA do Rangel Curimatá e 26.769,13 Caatinga
Redenção
APA das Paulistana 653,96 Caatinga
Ingazeiras
Unidades Municipais
APA Serra do Curimatá 8.171,00 Caatinga
Gado Bravo
Parque Ambiental Teresina 2.700,00 Floresta
Poti
Parque da Cidade Teresina 17,00 Floresta
Parque Ambiental Batalha 60,00 Cerrado
Paquetá
Parque Ambiental Teresina 38,00 Floresta
de Teresina
Outras Categorias*
Parque Teresina 8,00 ?
Potycabana
Parque Ecológico Monsenhor Gil ? ?
Recanto das
Palmeiras
Parque Municipal Teresina 13,00 ?
da Floresta Fóssil
Açude de Água Água Branca ? ?
Branca
Parque Ambiental Teresina 3,00 ?
Encontro dos
Rios
Parque Mini- Teresina 2,00 ?
Horto das
Samambaias
Vale do Gavião Teresina 20,00 ?
Parque Municipal Teresina 5,00 ?
do Acarape

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Unidades de Municípios Área Ecorregião


Conservação
Horto Florestal Campo Maior 5,47 Caatinga
de Campo Maior

(-) não registrada; (?) não informado; ¹ Inserido na APA Cachoeira do Urubu;
² Inserida no Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba; ³ Incorporado
ao PARNA Nascentes do Parnaíba; 4 Incorporada à APA Delta do Parnaíba; *
Categorias que não constam no SNUC, unidades com pequena área florestada,
sem informações sobre a área ou sobre o bioma ocorrente.

Além destas, há propostas para criação de mais 07 unidades


de conservação, quais sejam: Pedra do Castelo (Castelo do Piauí),
Parque das Orquídeas/Serra dos Matões (Pedro II), Serra de Santo
Antonio (Campo Maior), Parque da Serra do Coã (São Francisco
do Piauí), Parque Vale do Jatobá (Campo Maior), Vale do Longá
(a definir) e Serra Vermelha (PROCHNOW, 2007). Esta última tem
sido palco de grande discussão entre Governo e Organizações
Não-Governamentais, por abranger áreas públicas e particulares
nos municípios de Bom Jesus, Curimatá, Morro Cabeça no Tempo,
Alvorada do Gurguéia e Avelino Lopes, no sul do Estado.

Tabela 1. Distribuição das UC’s por tipos com respectivas áreas de


abrangência e percentuais que representam em relação à área total
de UC’s no Estado do Piauí.
Tipo de UC Qtde % Área (ha) %
Parques 3 10,0 148,23 0,0054
estaduais
APAS 5 16,7 129.127,09 4,7338
estaduais
PARNA 4 3,4 899.923,50 32,9917
EE 1 3,3 135.000,00 4,9491
APAS federais 4 13,3 1.517.699,02 55,6395
RESEX 1 3,3 991,00 0,0364
FLONA 1 3,3 168,96 0,0061
RPPN 6 20,0 33.690,63 1,2353
APA 1 3,3 8.171,00 0,2995
municipal
Parques 4 13,4 2.815,00 0,1032
municipais
Total 30 100 2.727.734,43 100

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Convém ressaltar a existência de Corredores Ecológicos o


Capivara/Confusões (entre as Serras da Capivara e das Confusões,
com 412 mil hectares em área de Caatinga), o Jalapão (envolvendo
Tocantins, Piauí e Bahia; com mais de três milhões de hectares
no domínio do Cerrado, está sendo implementado pelo IBAMA) e
o Corredor Ecológico da Caatinga que interliga oito UC’s em cinco
estados nordestinos (Bahia, Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Piauí),
que possibilitam o manejo sustentável das áreas que interligam as
unidades.
O estado do Piauí possui uma área de pouco mais de 25
milhões de hectares. As Unidades de Uso sustentável contemplam
a maior área no Estado: mais de um milhão e meio de hectares.
A maior área destinada às Unidades de Proteção Integral também
é federal e estas somam mais de um milhão de hectares. Assim,
as UPI e as UUS federais somam quase a totalidade das áreas de
unidades de conservação no Estado (Figura 1). As outras categorias
somam apenas 56,47 hectares.

Figura 1: Distribuição da área das Unidades de Conservação por


categoria de uso

UUS = Unidade de Uso Sustentável; UPI = Unidade de Proteção


Integral.

Das 19 UUS 12 são federais, seis estaduais e uma municipal.


As UPI somam 11 unidades, sendo cinco federais, quatro municipais
e duas estaduais (Figura 2).

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Figura 2: Distribuição da quantidade de Unidades de Conservação


por categoria de uso.

UUS = Unidade de Uso Sustentável; UPI = Unidade de Proteção


Integral.

A primeira área decretada como unidade de conservação


no Estado foi o Parque Nacional de Sete Cidades, no ano de 1961.
Somente 12 anos depois foi decretada a segunda unidade do
Estado, o Parque Zoobotânico, sob a responsabilidade da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente. Em 1978, o Parque Nacional Serra da
Capivara tornou-se uma unidade de conservação com documento
legal expedido pelo IBAMA. A grande maioria das UC’s, entretanto,
foi criada a partir da década de 90. As exceções são o Horto Florestal
de Campo Maior (1989) e o Parque da Cidade (1988).
Juntas, as unidades de conservação somam uma área de
2.728.334,43 ha, se forem consideradas todas as unidades, ou
2.569.393,89 ha se excluirmos a área das unidades que estão
incorporadas a outras; ressalta-se que não estão inclusas “outras
categorias”, unidades propostas e corredores ecológicos. Estas
estão distribuídas pelas cinco biomas piauienses, a saber: Floresta,
Cerrado, Caatinga, Costeira e transições ou ecótonos (CODEVASF,
2006). Utilizou-se essa classificação dada a dificuldade de inserção
das unidades de conservação em outras classificações que subdividem
os biomas em tipologias vegetacionais ou fitofisionomias.
Quanto à divisão por categoria de UC, tem-se 19 Unidades
de Uso Sustentável (Áreas de Proteção Permanente-APAs, Reservas

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Particulares do Patrimônio Natural-RPPNs, Floresta Nacional-FLONA
e Reserva Extrativista-RESEX), 11 Unidades de Proteção Integral
(Parques e Estação Ecológica-EE). Verifica-se, pela Tabela 1, que o
tipo de unidades de conservação que abrangem uma maior área no
Piauí é a APA, seguido pelo Parque; os quais juntos somam 92,85%
da área das unidades de conservação do Estado.
As Unidades de Proteção Integral somam mais de um
milhão de hectares, porém, as Unidades de Uso Sustentável, além
de ocorrerem em maior quantidade, abrangem uma área maior,
somando 58,39% do total. Esses dados diferem, quando comparados
aos números nacionais, que mostram que, no Brasil, as FLONAS
ocupam uma maior área, seguida pelos PARNAS, 2,25% e 2,0% da
área brasileira, respectivamente (IBAMA, 2007).
As unidades de conservação abrangem 10,18% da área
total do Estado (Tabela 2). Segundo recomendação da União
Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o ideal é que
pelo menos 10% dos territórios estejam protegidos por Unidades
de Conservação. O percentual de UC’s piauienses parece pequeno,
porém, comparado ao estado de São Paulo, que possui 857.805
hectares em 90 unidades de conservação, representando 3,4%
do Estado (SÉRIO & LOPES, 2003), o Piauí possui três vezes mais
hectares de áreas preservadas. De acordo com o IBAMA (2007), o
Brasil possui 7,23% de sua área total em unidades de conservação,
tanto de uso sustentável quanto de proteção integral; o estado do
Piauí, portanto, possui, proporcionalmente, um percentual um pouco
maior de áreas protegidas em relação ao percentual brasileiro.

Tabela 2. Distribuição das UC’s por bioma


Bioma Qtde % Área UC* %
Floresta 8 26,6 3.882,44 0,15
Transição 2 6,67 3.052,00 0,12
Cerrado 9 30,0 410.204,66 15,96
Caatinga 9 30,0 2.088.861,05 81,30
Costeiro 2 6,67 63.393,74 2,47
Total 30 100 2.569.393,89 100
* Foram excluídas as áreas das Unidades incorporadas a outras.

A distribuição das unidades de conservação por biomas


no estado do Piauí está expressa na Figura 3. Denota-se que as
Unidades em Caatinga e Cerrado somam 60% do total da área de
unidades de conservação, são os biomas que abrangem a maior

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quantidade de unidades: nove, cada um deles (Tabela 2). Leal et al.
(2003) asseguram que, no Brasil, menos de 2% do bioma Caatinga
está protegido em unidades de conservação. No Piauí, mais de dois
milhões de hectares de Caatinga estão em unidades de conservação,
o que representa mais de 8% da área do Estado; considerando-se
que a Caatinga cobre aproximadamente 15 milhões de hectares
no Estado, tem-se, então, que 14% da Caatinga piauiense estão
protegidos.

Figura 3: Distribuição das unidades de conservação por bioma

De acordo com o MMA (2003), existem, no bioma Caatinga,


aproximadamente cinco milhões de hectares de área de unidades
de conservação, representando 3,56% da Caatinga, sendo 0,87%
em unidades de proteção integral. Desse total, mais de dois milhões
de hectares estão somente no Piauí.
Em seguida, está o Cerrado, que também abriga 30% das
unidades de conservação piauienses. Entretanto, somente 15,96%
da área total das UC’s piauienses estão no Cerrado. O terceiro
bioma em número de unidades de conservação é a Floresta, com
26,66% das Unidades (Tabela 3), aparecem, em seguida, com a
mesma quantidade de UC’s, as transições e o bioma costeiro (duas
Unidades, cada).
As unidades de conservação em área de Floresta e em
Ecótonos, que são áreas de transição entre dois ecossistemas
(ODUM, 1985), representam menos de 1% da área total das
Unidades (0,27%, somando-se as duas), uma vez que esses biomas

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ocupam uma área também muito pequena no Estado, sendo quase
insignificante, quando comparado ao total da Caatinga e Cerrado.
Como discorrido anteriormente, as Unidades de Conservação
estão subdivididas em duas categorias: UPI e UUS. Estas, por sua
vez, são subdivididas em tipos. A seguir, estão distribuídas as UC’s
piauienses por tipo, de acordo com as recomendações do SNUC.
Dentre as UPI existem, no Estado, as Estações Ecológicas e os
Parques; dentre as UUS, encontram-se as APAs, uma FLONA, as
RPPNs e uma RESEX.
A criação de Estações Ecológicas é prevista na Lei nº 6.902
de 27 de abril de 1981 (SEMACE, 1990), a qual define as mesmas
como áreas representativas de ecossistemas brasileiros, destinadas
à realização de pesquisas básicas e aplicadas de Ecologia, à
proteção do ambiente natural e ao desenvolvimento da educação
conservacionista. Nessa categoria foi encontrada, no estado do
Piauí, somente a Estação Ecológica de Uruçuí-Una. Existem, no
total, 30 EE brasileiras, que totalizam uma área de 7.170.601
hectares (RYLANDS & BRANDON, 2005). Assim, a EE de Uruçuí-Una,
representa 1,88% da área de EEs brasileiras (com 135.000ha).
Os Parques (nacionais, municipais, estaduais e
particulares) também pertencem à categoria de proteção integral.
O Parque Nacional tem como objetivo básico a preservação de
ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza
cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e
o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação
ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo
ecológico (SNUC, 2000). O Piauí possui quatro Parques Nacionais
dentre eles o PARNA das Nascentes do Rio Parnaíba, o PARNA de
Sete Cidades, o PARNA Serra das Confusões e o PARNA Serra da
Capivara. No Brasil existem 54 Parques Nacionais, que somam uma
área de 17.493.010 hectares (RYLANDS & BRANDON, 2005). No
Piauí, os PARNAs somam 899.923,50 hectares, o que representa
5,14% da área total de Parques Nacionais.
Além dos nacionais, encontram-se, no Estado, parques
ambientais municipais e estaduais. Esses perfazem um total de
sete unidades: Parque das Mangueiras, Parque Ecológico Cachoeira
do Urubu, Parque Zoobotânico, Parque Ambiental Poti, Parque
Ambiental de Teresina, Parque Ambiental Paquetá e Parque da
Cidade. Os parques estaduais brasileiros somam um total de 180
unidades, abrangendo quase 7,6 milhões de hectares, os piauienses
somam apenas 148,23 hectares, são, portanto, unidades pequenas
e de pouca representatividade.
A Área de Proteção Ambiental (APA) é uma área em geral

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extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes
para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas,
e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica,
disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade
do uso dos recursos naturais; é constituída por terras públicas ou
particulares (SNUC, 2000). No Piauí existem dez Áreas de Proteção
Ambiental, quatro federais, cinco estaduais e uma municipal. São
elas: APA da Chapada do Araripe, APA da Tabatinga, APA Delta
do Parnaíba, APA Serra da Ibiapaba (federais), APA da Serra das
Mangabeiras, APA do Rangel, APA Cachoeira do Urubu, APA de
Ingazeira e APA da Lagoa de Nazaré (estaduais) e APA Serra do
Gado Bravo (municipal). Estas APAs somam 1.655.597,11 hectares.
Segundo Rylands & Brandon (2005), existem 210 APAs (somando-se
as estaduais e federais), que somam 38.377.881 hectares. Assim, a
contribuição piauiense é de 4,31% dessa área.
Uma Reserva do Patrimônio Particular Natural é uma
área protegida instituída em propriedade de domínio privado, por
iniciativa de seus proprietários e mediante ato de reconhecimento
do Poder Público, porém, a área pretendida deve ter relevante
importância para a proteção da biodiversidade, mesmo que, embora
degradada, possua características ambientais que justifiquem
ações de recuperação, de modo a promover a conservação de seus
ecossistemas (MENDONÇA, 2004). No Piauí existem seis RPPNs,
que somam 33.690,63 hectares de área. No Brasil, existem 429
RPPNs, que representam 59% do total de Unidades de Conservação
federais.
A Floresta Nacional é uma área com cobertura florestal de
espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico
o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa
científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável
de florestas nativas (SNUC, 2000). No Brasil existem 58 FLONAs,
que cobrem mais de 19 milhões de hectares (IBAMA, 2007) e que
representam 2,25% da área brasileira. No Piauí só existe uma
FLONA, a de Palmares, com área de apenas 168,00 hectares.
A Reserva Extrativista é uma área utilizada por populações
extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no
extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência
e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos
básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações,
e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade
(SNUC, 2000). A única RESEX encontrada no Estado localiza-se no
litoral piauiense, abrange uma área de 991,00 hectares, estando

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inserida na área da APA do Delta do Parnaíba. Estão registradas
no IBAMA 50 reservas extrativistas, só no estado do Pará estão 15
delas. A RESEX piauiense data do ano de 2000, entretanto a mais
antiga do Brasil data da década de 90.
No Estado todas as UC’s federais e municipais possuem plano
de manejo; dentre as estaduais, somente o Parque das Mangueiras
não o tem. Das Unidades que estão inclusas em “outras categorias”,
o Parque Potycabana aparece como uma Unidade de Conservação,
porém não apresenta área florestada, é uma área destinada à
recreação com piscinas artificiais e atualmente não tem sido utilizado.
O Parque Municipal da Floresta Fóssil possui, como o nome sugere,
fósseis vegetais e em sua vegetação existem espécies introduzidas,
existe um núcleo de preservação ambiental municipal que coordena
o Parque. O Açude de Água Branca também se encontra na lista de
Unidades de Conservação do PLANAP (CODEVASF, 2006), porém
não se insere em nenhuma das categorias do SNUC, encontra-se
também bastante antropizado. O Horto Florestal de Campo Maior
encontra-se completamente abandonado. Os demais apresentam-se
estruturados para o recebimento de visitantes, porém não possuem
plano de manejo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Piauí possui 39 Unidades de Conservação, sendo que
somente 28 dessas estão inclusas nas categorias do SNUC, as demais
não se adequam às normas do mesmo. Algumas se encontram
bem preservadas, outras, como o Horto Florestal de Campo Maior
– cujo nome e os objetivos devem ser mudados para adequar-se
às categorias do SNUC – estão abandonadas pelo poder público.
São quase três milhões de hectares preservados em biomas como
a Caatinga e Cerrado. As Unidades abrangem uma maior área de
Caatinga, embora a quantidade de Unidades seja a mesma nos dois
biomas. A categoria que apresenta o maior número de unidades é a
APA. No estado do Piauí há um maior número de Unidades federais,
comparado ao estadual e municipal.

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Recebido em: 05/10/2008


Aceito em: 29/01/2009

Sobre a autora
Marlete Moreira de Sousa Mendes
Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade
Federal do Piauí; Professora da UFPI.
e-mail: mendes758@hotmail.com

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