Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sete Lagoas
2022
Resumo
Castilho, Seth Bittencourt. Unidades de Conservação na Caatinga. 2022 xx f. Monografia para a
matéria de Manejo de Unidades de Conservação. Engenharia Florestal. UFSJ-CSL. Sete Lagoas.
Áreas de preservação são eficientes métodos na preservação da natureza, no Brasil a legislação
referente aos patrimônios naturais é delimitada pelo Sistema Nacional De Unidades de Conservação
(SNUC). Neste sistema estão presentes todas as diretrizes para a implantação, gestão e manejo para
as diferentes categorias de Unidades de Conservação. A quantidade de UCs vem crescendo dês dos
anos 80 e após o século 2000 vem demonstrando um aumento expressivo. Mas em alguns biomas
brasileiros estes avanços na preservação do meio ambiente não foram suficientes para a mitigação
dos danos já realizados, na Caatinga estão instituídas 169 UCs cobrindo um território de 64.723
km², este representa menos de 8% do território da Caatinga e contrastantemente ela é o único bioma
unicamente brasileiro. Dentro da Caatinga o número de espécies endêmicas por km² é incomparável
com os outros biomas brasileiros, dentre as espécies endêmicas a maioria hoje se encontram com
ameaça de instição. Esta monografia discute sobre as características das Unidades de Conservação
na Caatinga.
Palavras-chave: áreas de preservação, preservação da natureza, Brasil, legislação, conservação,
SNUC, Unidades de Conservação, biomas, Caatinga, endêmicas.
Índice
..............................................................................................................................................................2
1. Introdução.........................................................................................................................................3
1.1 Caatinga.....................................................................................................................................4
2. Unidades de Conservação na Caatinga.............................................................................................4
3. Resultados.........................................................................................................................................6
Bibliografia...........................................................................................................................................7
Lista de siglas:
Areá de Proteção Ambiental - APA
Areá de Relevante Interesse - ARIE
Estações Ecológicas – ESECs
Florestas Nacionacionais - FLONAs
Monumentos Naturais - MONAs
Parques Nacionais - PARQUEs
Reservas Biológicas - REBIOs
Reserva Extrativista - RESEX
Reserva de Desenvolvimento Sustentável - RDS
Refúgios da vida silvestre - RVS
Áreas de preservação – APs
Sistema Nacional De Unidades de Conservação - SNUC
Unidades de Conservação - UCs
1. Introdução
No Brasil e no mundo a implementação de Áreas de preservação (APs) vem sendo o mais
eficiente método da preservação da biodiversidade e na mitigação dos problemas climáticos
(GOMES et al, 2016).
Mobilizado pelas diversas conferências internacionais sobre a preservação da natureza,
Estocolmo (1972) e ECO-92. O governo Brasileiro instituiu em 2000 o Sistema Nacional De
Unidades de Conservação (SNUC) com a intenção enriquecer a legislação florestal e legislar a
implementação, gestão e manejo do território das Unidades de Conservação (UCs). (BRASIL.
2000)
As UCs são espaços físicos destinados pelo governo Brasileiro para a preservação do
patrimônio natural nacional. Os quais podem ser de preservação permanente ou de uso sustentável,
(BRASIL. 2000) o grupo de preservação permanente são os Parques Nacionais (PARQUEs), as
Estações Ecológicas (ESECs),as Reservas Biológicas (REBIOs), os Refúgios da vida silvestre
(RVS) e Monumentos Naturais (MONAs). Todos da categoria preservação permanente tem uma
legislação rígida quanto a antropização. As de uso sustentável são pensadas para o uso dos recursos
naturais integrados com sua preservação, o grupo de UCs para uso sustentável são Areá de Proteção
Ambiental (APA), Areá de Relevante Interesse (ARIE), Floresta Nacional (FLONA), Reserva
Extrativista (RESEX) Reserva de Fauna (REFAU), Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS)
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). (BRASIL, 2000; GOMES et al, 2016)
A gestão das várias categorias de UCs é distribuída entre os governos Federal, Estadual e
Municipal. A manutenção das UCs é um trabalho incessante e no Brasil, muito diverso, devido as
proporções continentais do país. A diversidade de biomas brasileiros é ampla, mas o único bioma
integralmente brasileiro é a Caatinga.
1.1 Caatinga
A Caatinga localizada nos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,
Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Hoje é a região semiárida mais
populosa do mundo e também é um dos biomas mais suscetíveis a desertificação. Ainda assim é um
das áreas do Brasil menos estudadas e sofre com o pouco investimento por parte do governo para
sua preservação. (GOMES et al, 2016; CNUC/MMA, 2015)
As principais praticas antropicas que degradam a natureza realizadas na Caatinga são a
agropecuária, agricultura monocultiva, a caça ilegal, queimadas e o desmatamento indiscriminado.
Dentre estas a agropecuária representa uma grande parcela da antropização, sendo também o “carro-
chefe” produtivo deste bioma (IBGE, 2016).
A Caatinga e seu complexo de microrregiões abrigam 169 UCs, resguardando uma área de
64.723 km² na qual 82,6% são de uso sustentável e 17,5% de proteção integral. Estes valores
relativamente baixos se comparados com os de outros biomas, não compatibilizam com o nível de
endemismo e de vulnerabilidade das espécies da Caatinga. (CNUC/MMA, 2015; MOREIRA, 2017;
GOMES, 2016). Um Estudo realizado na Universidade Federal da Paraíba concluiu que mesmo a
Caatinga tendo um número considerável de Unidades de Conservação o território abrangido
é pequeno, representando menos de 8% da extensão do bioma. O que fragiliza as espécies animais e
vegetais da Caatinga, diversas destas espécies hoje estão categorizadas como em ameaça de
extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) (MOREIRA, 2017).
Figura 1: