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DIREITO AMBIENTAL

Proteção da Vegetação Nativa do Bioma Mata Atlântica – Lei n. 11.428, de 22 de


dezembro de 2006
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PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA DO BIOMA MATA ATLÂNTICA – LEI


N. 11.428, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2006

Proteção da Vegetação Nativa do Bioma Mata Atlântica — Lei n. 11.428, de 22 de


Dezembro de 2006
Nesta aula, será estudada a Lei do Bioma Mata Atlântica (Lei n. 11.428/2006). Ver-se-á
um panorama geral sobre a lei, para que se entenda o que é essa lei e qual a sua relevância.
O objetivo é deixar o estudo menos chato e enfadonho. Como se sabe, o estudo da legis-
lação é o estudo do texto legal. Então, não adianta discutir sobre doutrina e jurisprudência.
No Brasil, existem vários biomas, dentre eles a caatinga e o cerrado. Porém, há uma lei
específica sobre o bioma mata atlântica. Ocorre que essa lei existe por causa da importância
e extensão desse bioma.

PROTEÇÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA DO BIOMA MATA ATLÂNTICA: LEI N.


11.428/2006
A proteção da vegetação nativa se dá nas áreas cível, administrativa e penal. Essa lei
dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá
outras providências. Além disso, essa lei é extensa e possui 51 artigos.
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Nossa legislação sobre a mata atlântica abrange os estados das regiões Sul, Sudeste e
Nordeste. Observa-se que a maioria dos estados possui o bioma mata atlântica. Inclusive,
quase tudo em São Paulo é mata atlântica.
5m

Obs.: é possível que, embora alguns estados não possuam o bioma mata atlântica, os con-
cursos cobrem esse assunto.

TÍTULO I — Das definições, objetivos e princípios do regime jurídico do bioma mata


atlântica.
CAPÍTULO I — Das definições;
CAPÍTULO II — Dos objetivos e princípios do regime jurídico do bioma mata atlântica.
TÍTULO II — Do regime jurídico geral do bioma mata atlântica.
TÍTULO III — Do regime jurídico especial do bioma mata atlântica.
CAPÍTULO I — Da proteção da vegetação primária;
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CAPÍTULO II — Da proteção da vegetação secundária em estágio avançado de


regeneração;
CAPÍTULO IV — Da proteção da vegetação secundária em estágio inicial de regeneração;
CAPÍTULO V — Da exploração seletiva de vegetação secundária em estágios avançado,
médio e inicial de regeneração;
CAPÍTULO VI — Da proteção do bioma mata atlântica nas áreas urbanas e regiões
metropolitanas;
10m
CAPÍTULO VII — Das atividades minerárias em áreas de vegetação secundária em está-
gio avançado e médio de regeneração.
TÍTULO IV — Dos incentivos econômicos.
CAPÍTULO I — Do fundo de restauração do bioma mata atlântica;
CAPÍTULO II — Da servidão ambiental; (capítulo vetado)
CAPÍTULO III — Dos incentivos creditícios.
TÍTULO V — Das penalidades.

TÍTULO VI — DISPOSIÇÕES FINAIS.


FLORESTAS QUE FAZEM PARTE DO BIOMA MATA ATLÂNTICA

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes
formações florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas delimitações estabe-
lecidas em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE, conforme regulamento:

Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de


Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Esta-
cional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de altitude,
brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste.
Dica: para quem vai prestar concursos no Nordeste, lembrar-se de que estas vegetações
integram o bioma mata atlântica: manguezais e vegetações de restingas.
Cada estado possui uma resolução do CONAMA que trata da respectiva área de mata
atlântica:
1. Alagoas (AL) — RESOLUÇÃO CONAMA n. 28/1994.
2. Bahia (BA) — CONAMA n. 5/1994.
3. Ceará (CE) — CONAMA n. 25/1994.
4. Espírito Santo (ES) — CONAMA n. 29/1994.
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5. Mato Grosso do Sul (MS) — CONAMA n. 30/1994.


6. Minas Gerais (MG) — CONAMA n. 392/2007.
7. Paraíba (PB) — CONAMA n. 391/2007.
8. Paraná (PR) — CONAMA n. 2/1994.
9. Pernambuco (PE) — CONAMA n. 31/1994.
10. Piauí (PI) — CONAMA n. 26/1994.
11. Rio de Janeiro (RJ) — CONAMA n. 6/1994.
12. Rio Grande do Norte (RN) — CONAMA n. 32/1994.
13. Rio Grande do Sul (RS) — CONAMA n. 33/1994.
14. Santa Catarina (SC) — CONAMA n. 4/1994.
15. São Paulo (SP) — CONAMA n. 1/1994.
16. Sergipe (SE) — CONAMA n. 34/1994.

CONCEITOS
I – pequeno produtor rural: aquele que, residindo na zona rural, detenha a posse de gleba rural
não superior a 50 (cinquenta) hectares, explorando-a mediante o trabalho pessoal e de sua família,
admitida a ajuda eventual de terceiros, bem como as posses coletivas de terra considerando-se
a fração individual não superior a 50 (cinquenta) hectares, cuja renda bruta seja proveniente de
atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais ou do extrativismo rural em 80% (oitenta
por cento) no mínimo;
15m II – população tradicional: população vivendo em estreita relação com o ambiente natural, depen-
dendo de seus recursos naturais para a sua reprodução sociocultural, por meio de atividades de
baixo impacto ambiental;
III – pousio: prática que prevê a interrupção de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silvicul-
turais do solo por até 10 (dez) anos para possibilitar a recuperação de sua fertilidade;

Dica: pensar em “repouso” (pousio).


IV – prática preservacionista: atividade técnica e cientificamente fundamentada, imprescindível à
proteção da integridade da vegetação nativa, tal como controle de fogo, erosão, espécies exóticas
e invasoras;
V – exploração sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recur-
sos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais
atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;
VI – enriquecimento ecológico: atividade técnica e cientificamente fundamentada que vise à re-
cuperação da diversidade biológica em áreas de vegetação nativa, por meio da reintrodução de
espécies nativas;
VII – utilidade pública:
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a) atividades de segurança nacional e proteção sanitária;


b) as obras essenciais de infraestrutura de interesse nacional destinadas aos serviços públicos de
transporte, saneamento e energia, declaradas pelo poder público federal ou dos Estados;
VIII – interesse social:
a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: pre-
venção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção
de plantios com espécies nativas, conforme resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
— CONAMA;
20m b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse
rural familiar que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambien-
tal da área;

Esses conceitos estão sendo vistos agora porque, lá na frente, ver-se-á que há algum
tipo de benefício para as populações que causam um baixo impacto ambiental. Então, a
sugestão é: lá na frente, ao se deparar com o pousio, com a pequena propriedade familiar e
com as comunidades tradicionais, volta-se aos conceitos iniciais. Esses conceitos são impor-
tantes porque, na prova, eles serão misturados e haverá cobrança a respeito deles.
c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do Conselho Nacional do
Meio Ambiente.

O que é vegetação primária e de vegetação secundária nos estágios avançado, médio e


inicial de regeneração???
Resposta jurídica: não sei!

Talvez, um biólogo consiga diferenciar a vegetação primária da vegetação secundária


nos estágios avançado, médio ou inicial.
Art. 4º A definição de vegetação primária e de vegetação secundária nos estágios avançado, mé-
dio e inicial de regeneração do Bioma Mata Atlântica, nas hipóteses de vegetação nativa localiza-
da, será de iniciativa do CONAMA.
25m

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Quais parâmetros o CONAMA vai usar na classificação?


I – fisionomia;
II – estratos predominantes;
III – distribuição diamétrica e altura;
IV – existência, diversidade e quantidade de epífitas;
V – existência, diversidade e quantidade de trepadeiras;
VI – presença, ausência e características da serapilheira;
VII – sub-bosque;
VIII – diversidade e dominância de espécies;
IX – espécies vegetais indicadoras.

Para a área jurídica, é importante que se tenha em mente o art. 5º:


Art. 5º A vegetação primária ou a vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do
Bioma Mata Atlântica não perderão esta classificação nos casos de incêndio, desmatamento ou
qualquer outro tipo de intervenção não autorizada ou não licenciada.

CAPÍTULO II — DOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS DO REGIME JURÍDICO DO BIOMA


MATA ATLÂNTICA
Art. 6º A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por:

Objetivo geral: o desenvolvimento sustentável.


Objetivos específicos: a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores
paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social.
Cada bioma possui as suas características. Para isso, existem os objetivos específicos.
30m
Princípios a serem observados: da função socioambiental da propriedade, da equidade
intergeracional, da prevenção, da precaução, do usuário-pagador, da transparência das infor-
mações e atos, da gestão democrática, da celeridade procedimental, da gratuidade dos ser-
viços administrativos prestados ao pequeno produtor rural e às populações tradicionais e do
respeito ao direito de propriedade.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada ministrada pelo professor Nilton Carlos de Almeida Coutinho.
ANOTAÇÕES

�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo


ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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