Arco do desmatamento A região amazônica contém cerca de um terço das florestas tropicais de todo o planeta, abrigando nada menos que metade de toda a biodiversidade mundial. Ela é responsável por manter o equilíbrio climático e ecológico, além de oferecer abrigo e alimento para uma enorme variedade de animais e pessoas. Apesar de sua importância, a Floresta Amazônica é constantemente ameaçada pela ação do desmatamento. A região que apresenta maiores índices de desmatamento é aquela onde a fronteira agrícola avança em direção à floresta: são 500 mil km² de terras que vão do sudeste do Pará para o oeste, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre. Arco do desmatamento Essa porção de terra é chamada de “arco do desmatamento da Amazônia”. Para muitos especialistas em ecologia e biologia, as rodovias Belém-Brasília e Cuiabá-Porto Velho, foram o berço da criação do arco do desmatamento da Amazônia. O sucesso de ambas as estradas deram vida à construção de mais rodovias, que tiveram um maior povoamento por sua extensão, o que acarretou no desmatamento de inúmeras regiões de diferentes estados. Nos últimos anos, os satélites da NASA constataram que a agricultura mecanizada é responsável por desflorestar a Amazônia com bastante agressividade. Como resultado disso, a região sofre com alterações no solo, mudanças climáticas e perda da biodiversidade. Políticas ambientais no Brasil
Entende-se por política ambiental o conjunto de normas, leis e ações
públicas visando à preservação do meio ambiente em um dado território. No Brasil, essa prática só veio a ser adotada a partir da década de 1930. As primeiras ações governamentais em prol da preservação ambiental no país pautaram-se na criação de parques nacionais, localizados em pontos onde ocorriam as expansões agrícolas e os consequentes processos de desmatamento. Destacou-se, nesse entremeio, a criação do Parque Nacional de Itatiaia (na divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro), do Parque de Iguaçu (entre o Paraná e a Argentina) e da Serra dos Órgãos (também no estado do Rio de Janeiro). Além disso, foi elaborado, em 1934, o primeiro Código Florestal Brasileiro para regulamentar o uso da terra no sentido de preservar o meio natural. Nos anos seguintes, graças às pressões realizadas pelos movimentos ambientalistas, além da realização da Conferência de Estocolmo de 1972, o Brasil retomou o emprego de ações direcionadas a ampliar a política ambiental no país. A primeira grande atitude foi a criação, no ano de 1973, da Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), cuja orientação girava em torno da preservação do meio ambiente e da manutenção dos recursos naturais no país. No entanto, graças ao processo de expansão industrial que se intensificou no país a partir da década de 1950 – quando o objetivo era atrair indústrias estrangeiras e impulsionar o desenvolvimento econômico financeiro do país –, as políticas ambientais foram deixadas de lado e, consequentemente, seus avanços estagnaram. Na década de 1960, algumas ações ainda foram realizadas, com destaque para a promulgação do Novo Código Florestal Brasileiro, que estabelecia alguns novos parâmetros, como a criação das APPs (Áreas de Proteção Permanente) e a responsabilização dos produtores rurais sobre a criação de reservas florestais em seus terrenos. Na década de 1980, outros órgãos foram criados, como o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA), o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) e um órgão voltado para a fiscalização, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a política ambiental no Brasil conheceu os seus maiores avanços quando foi elaborada aquela que é considerada uma das leis ambientais mais avançadas em todo o mundo. Tal referência deve-se, principalmente, ao fato de a legislação abarcar tanto os deveres dos cidadãos quanto das empresas, instituições e o próprio governo. A crítica, a partir de então, deixou de ser direcionada sobre a legislação, passando a questionar acerca de sua aplicação, uma vez que inúmeros crimes ambientais – sobretudo aqueles cometidos por grandes empresas – geralmente acabam sem punição. Em 2010, no entanto, houve uma nova polêmica envolvendo a política ambiental, com a elaboração de um Novo Código Florestal, que é considerado pelos grupos ambientalistas um retrocesso na legislação brasileira em relação ao meio ambiente. Entre os pontos polêmicos, está a redução das áreas das APPs e a anistia a crimes ambientais praticados por latifundiários. Unidades de conservação no Brasil
A conservação de florestas em áreas públicas se dá através do Sistema
Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), criado pela lei 9.985, de 18 de julho de 2000. Essa mesma lei define Unidades de Conservação como "espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção". Os objetivos principais do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) são garantir a preservação da diversidade biologia, promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais e proteção das comunidades tradicionais, seus conhecimentos e cultura. As categorias de Unidade de Conservação (UC) estão dividas em dois grupos: • Unidade de Proteção Integral - cujo objetivo principal é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais; • Unidade de Uso Sustentável - cujo objetivo principal é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. Novo Código Florestal O Novo Código Florestal envolve ao menos três pontos polêmicos tensionados por interesses ruralistas e ambientalistas. Em primeiro lugar, os parlamentares ruralistas, hegemônicos no Congresso, vem atuando a favor de uma redução das faixas mínimas de preservação previstas pelas APPs (Áreas de Preservação Permanente). Os ruralistas também desejam obter permissão para realizar determinadas culturas em morros, o que é vedado pelas APPs. As zonas de RL (Reserva Legal) também são foco de debate, uma vez que os ruralistas pretendem favorecer uma redução das áreas de reserva. Por fim, ambientalistas questionam a Anistia para Desmatadores, que deixariam de pagar multas referentes a desmatamentos realizados após a promulgação da Lei de Crimes Ambientais (22 de julho de 2008). Área de Preservação Permanente - APP
Segundo o atual Código Florestal, Lei nº12.651/12:
Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: (...) II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; Áreas de preservação permanente (APP), assim como as Unidades de Conservação, visam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um "meio ambiente ecologicamente equilibrado", conforme assegurado no art. 225 da Constituição. No entanto, seus enfoques são diversos: enquanto as UCs estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas preservadas, as APPs são áreas naturais intocáveis, com rígidos limites de exploração, ou seja, não é permitida a exploração econômica direta. Biopirataria
O Brasil, por possuir uma enorme biodiversidade, é alvo constante da
biopirataria. Segundo a organização não governamental Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, aproximada- mente 38 milhões de animais da Amazônia, Mata Atlântica, das planícies inundadas do Pantanal e da região semiárida do Nordeste são capturados e vendidos ilegalmente, o que rende cerca de 1 bilhão de dólares por ano. $ No Brasil, a biopirataria atrai colecionadores de animais, que encomendam determinadas espécies, que são capturadas e vendidas. $ O potencial genético que o Brasil possui atrai também o interesse de indústrias de diferentes países nos mais variados ramos de atividade econômica. $ O principal consumidor de animais silvestres do mundo é os Estados Unidos. $ Porém, a reação brasileira ainda é fraca. $ Mas o que mais preocupa as pessoas é que por causa dos desmatamentos e queimadas, diversas espécies são extintas antes mesmo de serem estudadas. Conferências Globais sobre o clima A Conjuntura internacional da questão ambiental: De Estocolmo a Joanesburgo Complexidade dos problemas ambientais: Esfera local Esfera do visível Esfera do imediato
Gravidade dos problemas ambientais:
Efeitos na saúde e sobrevivência dos seres vivos Potencial produtivo dos nossos ecossistemas Catástrofes e desastres ambientais
1952: smog em Londres: 1600 mortes
1968: Mal de Minamata (Japão): contaminação por mercúrio 700 mortes e 2955 contaminadas 1976: Seveso (Itália): vazamento de dioxina por explosão de uma indústria química (70mil animais mortos e 193 pessoas contaminadas 1984: Bhopal (India): vazamento de gás venenoso. 2mil mortos e 200 mil feridos. 1986: Chernobyl (Ucrânia): explosão em usina nuclear. 31 mortes e mais de 130 mil evacuadas. Conferência das Nações Unidas Primeira conferência da ONU sobre o meio ambiente: 1949 , Nova York Marco para a política e o direito ambiental mundial, uma vez demonstrou a importância de conhecer a ambiente, principalmente como as alterações de seus processos podem influenciar a vida na Terra. Oficialmente, a 1º Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio ambiente Humano foi em Estocolmo na Suécia, em 1972. Busca de soluções técnicas para desigualdades socioeconômicas entre o terceiro mundo e o primeiro mundo Crise dos combustíveis fósseis Aumento dos índices de poluição Possibilidade de escassez dos recursos naturais Discrepância na origem dos problemas ambientais Países de terceiro mundo: subdesenvolvimento Países de primeiro mundo: industrialização e desenvolvimento tecnológico “O Brasil é suficientemente grande para abrigar todas as indústrias poluidoras do Mundo e quando chegar ao nível da renda per capita do Japão, haverá tempo de sobra para preocupar-se com o meio ambiente” “Os ricos se preocupam com a fumaça de seus carros, a nós nos preocupa a fome” “O pior tipo de poluição é a miséria” (Indira Gandhi, Primeira Ministra da Índia) Consequências da Conferência de Estocolmo:
Escolha de 05/06 como o “Dia Mundial do Meio Ambiente”
criação do Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente PNUMA constituiu-se num "chamado de atenção" à comunidade internacional sobre a degradação ambiental mundial serviu de base à elaboração da legislação internacional sobre o tema ambiental estabelecimento de várias outras conferências mundiais Década de 70: -nações começam a estruturar os primeiros órgãos e leis de controle ambiental -1978: 1° selo ecológico “Anjo Azul” (Alemanha): rotulação de produtos ambientalmente corretos Década de 80: -leis específicas: instalação de indústrias -1s EIAs e Rimas: para empreendimentos poluidores (EUA) -empresas especializadas na elaboração de EIAs e Rimas (consultorias ambientais) 1983: A ONU solicita relatório à Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) para verificar os principais problemas socioeconômicos e ambientais do planeta e formular propostas para solucioná-los Relatório Brundtland ou “Nosso Futuro Comum” (1987): (Ministra da Noruega) resultados positivos: resultados negativos: -expectativa de vida -aumento da erosão crescente -expansão das áreas -mortalidade infantil desérticas decrescente -desaparecimento de -maior grau de florestas alfabetização -poluição atmosférica -inovações técnicas crescente -aumento da produção de -aumento do buraco da alimentos camada de ozônio -fracasso nos programas de desenvolvimento -aumento da contaminação das águas Principal resultado do relatório: -popularização do conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: “é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades” Críticas ao relatório: -eminentemente tecnocrático -não questiona o modelo socioeconômico vigente -Protocolo de Montreal (l987): proibição de fabricação de CFCs e definição de prazos para substituí-los -Convenção de Basileia (1989): estabelecimento de regras para evitar o comércio ilegal de resíduos tóxicos entre países proibição do envio desses resíduos a países que não tenham condições técnicas de armazená-los ECO-92 Características: -maioria dos problemas ambientais são provocados pelo Primeiro Mundo -solução para o problema da dívida externa -avanço na perspectiva ambiental: rompimento da visão tecnicista -estabelecimento de elos entre aspectos ambientais, econômicos e sociais 20 anos após Estocolmo superação da abordagem reducionista de considerar a questão ambiental como um problema derivado da falta de tecnologia a degradação ambiental é consequência de um modelo de desenvolvimento que privilegia pequena parcela da população e institui relações internacionais desiguais A QUESTÃO AMBIENTAL É ANTES DE TUDO UMA QUESTÃO SOCIAL!!! Resultados da Rio 92:
-Convenção sobre Mudanças Climáticas
-Convenção sobre Biodiversidade -Protocolo de Florestas -Carta ou Declaração da Terra *27 princípios de conduta básicos firmado por mais de 170 países com o objetivo de alcançar o Desenvolvimento Sustentável -Agenda 21 *agenda de ação com medidas concretas para implementação dos princípios da Carta, integrados em um programa de trabalho internacional acordado para o período entre a Rio 92 e o século XXI (âmbito federal, estadual e municipal) -Fórum Global das ONGs e movimentos sociais Frustrações da Rio 92:
-não fixação de prazo para a redução de emissão de CO 2 (Convenção
das Mudanças Climáticas) -a recusa dos EUA em assinar a Convenção sobre Biodiversidade -a não aceitação por parte dos países do Primeiro Mundo do princípio da responsabilidade comum e diferenciada Rio+ 5 (1997) encontro organizado pela ONG Amigos da Terra Internacional Conclusão: após a Rio 92 pouco foi feito 1990: Genebra (Suíça), 1º relatório do IPCC Estabeleceu a necessidade de um tratado internacional climático, que acabaria sendo produzido em 1992. Criou-se um comitê para produzi-lo: o Comitê Intergovernamental de Negociação para uma Convenção-Quadro sobre Mudanças Climáticas. O IPCC divulga seu primeiro relatório de avaliação, que mostrava que a temperatura do planeta estaria aumentando. A projeção era de cerca de 0,15 ºC e 0,3 ºC para a década seguinte. 1995: Berlim (Alemanha), COP-1
Na primeira Conferência das Partes (COP-1), foram definidos os
compromissos legais de redução de emissões, que fariam parte do Protocolo de Kyoto. No mesmo ano, é divulgado o segundo relatório do IPCC. 1996: Genebra (Suíça), COP – 2
Na COP-2, fica definido que os relatórios do IPCC nortearão as decisões
futuras. Protocolo de Kyoto - 1997 COP-3 -as 38 nações mais industrializadas do mundo deveriam cortar suas emissões dos gases causadores do aquecimento global em uma média de 5,2% sobre os níveis de 1990 e os EUA em 7%, no período entre 2008 e 2012 -os EUA são responsáveis por 25% das emissões globais de CO2 -os EUA são contrários ao Protocolo. Por quê? -não considera cortes de emissões em nações em desenvolvimento (p. ex. China, índia, Brasil) -representa um ônus de US$ 400 bilhões e 4,9 milhões de empregos para a economia norte-americana Protocolo de Kyoto - 1997
Assinado em 1997 por 180 países membros da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança Climática, no Japão. • Países industrializados (Anexo 1) devem cortar, em média, 5,2% de suas emissões de gases de efeito estufa em relação aos níveis de 1990, entre 2008 e 2012. • Gases efeito estufa do Protocolo: CO 2, CH 4, NO 2, HFCs, PFCs e SF 6 O PROTOCOLO DE KYOTO x ESTADOS UNIDOS
Os EUA são responsáveis por 36% das emissões de CO2 do Anexo l.
Abandonaram o PK em março de 2001. De acordo com os termos do PK, eles teriam que reduzir as emissões em 7 % aos níveis de 1990. Desde 1990, já aumentaram suas emissões em 13% !!! Caso eles ratificassem o PK teriam que reduzir as emissões em 36% até 2010. Por que os EUA não ratificam o PK?
Ônus para a sua economia: investimentos na reformulação da política
industrial e energética. Não inclui, num primeiro momento, cortes nas emissões de países como a China (13,5%) e a Índia (4,5%). Compromissos de campanha eleitoral: lobby petrolífero e promessa de diminuição ao desemprego. BRASIL x PROTOCOLO DE KYOTO
Brasil responde por 2,5% das emissões mundiais de CO2
25% => atividades industriais e agricultura moderna 75% => desmatamento (queimadas, atividades madeireira) O problema principal do Brasil: Desmatamento da Amazônia: cerca de 200 milhões de toneladas anuais de CO 2 lançados na atmosfera Desmatamento: superior a 15.000 km 2 por ano Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +10), em Joanesburgo de 26/08 a 04/09 de 2002
-segundo as ONGs/entidades ambientalistas: fracasso predestinado
-muitas discussões e documentos -pouca ação para enfrentar os problemas amplamente conhecidos e cientificamente comprovados Participação brasileira na Rio +10:
-proposta de destaque: 10% da matriz energética de um país deve ser
proveniente de recursos renováveis (sol, vento, biomassa,...) -reafirmação dos princípios da Agenda 21, com destaque para o da “responsabilidade comum e diferenciada” -transferência de recursos financeiros de, no mínimo, 0,7% do PIB dos países ricos para os pobres (atualmente é de 0,22% do PIB) -as grandes decisões tomadas no âmbito dessas mega-conferências exigem CONSENSO, ou seja, a proposta brasileira sobre energia venceria se a decisão fosse por votação Participação dos EUA na Rio +10:
-Bush não compareceu, enviando o seu secretário de Estado, Colin Powell
-pensamento de Bush sobre as estratégias de combate às mudanças climáticas: o crescimento econômico é a chave para o progresso ambiental, pois possibilita investir e financiar tecnologias limpas, que por sua vez, auxiliarão na redução das emissões de gases estufa -medidas adotadas pelos EUA são condizentes com a sua postura política crescimento econômico a qualquer custo para tentar elevar a hegemonia do país sobre as demais nações Considerações finais sobre a Rio +10: elaboração de um documento final: o plano de implementação 70 páginas com os objetivos a serem alcançados pelos 190 países signatários que se comprometeram a alcançar o desenvolvimento sustentável -amplo Plano de implementação -não fixa metas -não fixa prazos específicos Mais uma vez, fica evidente, que nesse tipo de mega- conferência o principal fracasso é a ausência de prazos específicos e rígidos para alcançar uma maior proteção ambiental do planeta -maior frustração: derrota da proposta brasileira sobre energia -ponto positivo: saneamento básico redução pela metade da população mundial que não tem acesso a água potável e esgoto porém, não ficou explícito no documento final que a água é um bem de domínio público o êxito da Rio +10 depende da velocidade com que os compromissos assumidos sejam colocados em prática => senão => Rio menos 10! -é importante que os países ricos destinem os recursos financeiros acertados há mais de 10 anos (0,7% do PIB) para auxiliar os países pobres a enfrentar seus problemas socioambientais (1992: 0,4% do PIB; 2002: 0,22% do PIB) -o mais importante e, também, o mais difícil é repensar as estruturas de consumo e estilo de vida atuais, extremamente consumidores de energia e de recursos naturais SE A TOTALIDADE OU GRANDE PARTE DA POPULAÇÃO DO PLANETA TIVESSE IGUAL PADRÃO DE CONSUMO AOS DOS PAÍSES RICOS, A SUSTENTABILIDADE DO PLANETA ESTARIA SERIAMENTE AMEAÇADA, OU SEJA, É IMPOSSÍVEL QUE TODOS OS HABITANTES DA TERRA TENHAM OS MESMOS PADRÕES DE CONSUMO DOS PAÍSES OCIDENTAIS
-o modelo de vida e de consumo
“ocidental” vigente é incompatível com a sanidade ambiental do planeta Créditos de carbono
MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO (MDL)
Em 1997, o Brasil propôs um Fundo de Desenvolvimento Limpo (FDL). FDL: multas pagas pelos países desenvolvidos que não cumprissem com as metas de redução de emissões. FDL: teve a oposição de todos os países desenvolvidos. Em outubro de 1997: Brasil e EUA negociaram e sugeriram o MDL. Em outras palavras: • O acordo prevê que a partir do MDL, os países ricos tenham o direito de continuar emitindo gases que provocam o aquecimento global, desde que reduzam as emissões em outras partes do mundo, mas que paguem por isso. Princípio do MDL:
Cada tonelada de CO2 que não é emitida ou é retirada da atmosfera
por um país “pobre”, poderá ser negociada/comercializada no mercado mundial, criando assim, um “atrativo” mercado para redução das emissões globais. • -As nações ricas (grandes poluidoras) comprariam créditos de carbono das que não poluem tanto. Por que o Brasil se interessa tanto pelo MDL ? -poderá receber auxílio financeiro para melhorar o seu parque tecnológico, investimentos em infra-estrutura, etc. -abriga áreas apropriadas para projetos de reflorestamento (“sequestro de carbono”) Estimativas:
-Brasil pode remover cerca de 109 milhões de toneladas de CO 2, num
total de US$ 300 milhões (l tonelada valendo US$ 3) -(para os otimistas o preço poderá chegar a US$10 a tonelada de CO 2, o que indica US$ l bilhão em cinco anos!!!!) -Mundialmente, o MDL pode girar até US$ 9 bilhões !!! -Estratégia é simples: “os países ricos comprar dos pobres o direito de poluir” Críticas ao MDL:
Ambientalistas: contraditório do ponto de vista ético e científico.
Incentivo às monoculturas de espécies exóticas como as de eucaliptus e pinus que causam uma série de impactos ambientais. Vantajoso para determinados grupos econômicos: indústria de celulose. Tipos de projetos:
– Tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás
– Troca de combustível – Geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia eólica, PCHs, energia solar) – Captura de gás em aterro sanitário – Compostagem de resíduos sólidos urbanos – Geração de metano a partir de resíduos orgânicos – Florestamento ou reflorestamento em área degradadas Rio+20
A Rio+20 foi assim conhecida porque marcou os vinte anos de realização
da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas. O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes A Conferência teve dois temas principais:
A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da
erradicação da pobreza; e
A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.