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Web Aula 1

O meio ambiente no Brasil


Olá!

Nessa primeira web aula da Unidade II, vamos conversar sobre o surgimento
da consciência ambiental no Brasil, representada pela edição de
instrumentos legais.

A importância dos recursos ambientais brasileiros remonta ao período do


descobrimento, quando Pero Vaz de Caminha, em carta datada de 1º de
maio de 1500, relatou ao Rei de Portugal as belezas naturais das terras
recém descobertas. Mas o conceito de meio ambiente é bem novo, assim
como a sua gestão constitui uma atividade também recente. FERREIRA
(2008) define MEIO AMBIENTEcomo o conjunto de condições e influências
naturais que cercam um ser vivo e uma comunidade, e que agem sobre ele
(s).

Até pouco tempo, os recursos ambientais, no Brasil, eram tratados de forma


isolada. Por outro lado, as estruturas de Governo que foram sendo
desenvolvidas ao longo do tempo para atender às demandas da sociedade,
no que se refere à conservação e à preservação dos recursos naturais,
estavam mais voltadas para incentivar o desenvolvimento econômico. Neste
contexto, a exploração dos recursos naturais era apenas mais um elemento,
e o Brasil não manifestava preocupação com os aspectos ambientais, talvez
pela fartura de tais recursos.
O Código das Águas (Decreto nº 24.643/34) é considerado um dos marcos
iniciais da questão ambiental no Brasil, que priorizou aspectos ligados à
geração de energia elétrica, controle de enchentes e ao abastecimento
público, iniciando a administração de recursos hídricos no País
( http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/
DEC%2024.643-1934?OpenDocument&AutoFramed ).

Paralelamente, crescia a preocupação do Poder Público com a rápida


expansão urbana decorrente do desenvolvimento industrial, que trazia a
poluição a tiracolo. O primeiro instrumento legal que tratou do controle da
poluição das águas no Brasil foi produzido por São Paulo, com a Lei Estadual
n.º 2.182/53 e, posteriormente, com a Lei Estadual n.º 3.068/55, que criou
o CECPA - Conselho Estadual de Controle da Poluição das Águas.

Entre 1930 e 1950, além de instrumentos legais o Brasil também foi dotado
de órgãos públicos que refletiam as áreas de interesse da época e que, de
alguma forma, estavam relacionados ao meio ambiente, por exemplo: DNOS
- Departamento Nacional de Obras de Saneamento; DNOCS - Departamento
Nacional de Obras contra a Seca; Patrulha Costeira; Serviço Especial de
Saúde Pública. Medidas significativas também foram adotadas: promulgação
dos códigos de floresta, de águas e de minas; criação de parques nacionais e
de florestas protegidas nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste; organização do
patrimônio histórico e artístico; o estabelecimento de normas de proteção
dos animais; e a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza,
criada em 1958.

Na década de 60, o Brasil assume compromisso internacional com a


conservação e a preservação do meio ambiente, efetivado pela sua
participação em convenções e reuniões internacionais. Por exemplo, na
Conferência Internacional sobre a Utilização Racional e a Conservação dos
Recursos da Biosfera, promovida pela UNESCO, em 1968. Nesse evento
foram definidas as bases para a criação de um programa internacional
dedicado ao Homem e à Biosfera (MAB - Man and Biosphere), efetivamente
criado em 1970 (http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?
base=./snuc/index.html&conteudo=./snuc/artigos/programa_mab.html).

Em 1961, o Decreto n.º 4.9974-A/61 regulamentou a Lei nº 2312/54 -


Código Nacional da Saúde (http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?
id=15398), que estabeleceu a obrigatoriedade das indústrias existentes e as
que viessem a se instalar, de promoverem o tratamento adequado de seus
resíduos sólidos, líquidos e gasosos.

O Novo Código Florestal, criado pela Lei nº 4.771/65


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4771.htm), que já em setembro
de 1965 nos dizia em seu Art. 1º que as florestas existentes no território
nacional e as demais formas de vegetação, reconhecidas de utilidade às
terras que revestem, são bens de interesse comum a todos os habitantes do
País, exercendo-se os direitos de propriedade, com as limitações que a
legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem. Esta lei, vigente
até o presente, sofreu várias alterações em seu texto original,
principalmente através da Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto
de 2001, e do Decreto nº 5.975/2006, o qual determina que a exploração de
florestas e formações sucessoras sob o regime de manejo florestal
sustentável, tanto de domínio público como de domínio privado, dependerá
de prévia aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável- PMFS pelo
órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). É de
amplo conhecimento que o Código Florestal Brasileiro está em processo de
alteração. Este processo está em curso desde o dia 29 de setembro de 2009,
quando foi instalada na Câmara dos Deputados uma Comissão Especial para
analisar o projeto de lei 1.876/99 e mais onze projetos que tramitam
apensados a ele, cujo tema é o Código Florestal Brasileiro. No dia 24 de
maio de 2011, o relatório propondo alterações, de autoria do Deputado
Federal Aldo Rebelo (PCdoB-SPo), foi apreciado no plenário e aprovado na
Câmara dos Deputados com várias alterações, e então remetido ao Senado.
Se você tiver interesse, pode acompanhar o andamento deste projeto de lei
acessandohttp://www.aldorebelo.com.br/?
pagina=titulo_tema&cod_t_t=30&tacao=C%F3digo%20Florestal.

Para saber mais:

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea),


divulgado nesta quarta-feira (8 de junho de 2011), afirmou que a alteração
do Código Florestal Brasileiro, aprovada na Câmara e atualmente em
discussão no Senado, terá impactos significativos "sobre a área com
vegetação natural existente nos biomas brasileiros e sobre os compromissos
assumidos pelo Brasil para a redução de emissões de carbono". Por isso, diz
a publicação, é importante buscar alternativas para conseguir aplicar
efetivamente as leis ambientais e assim ser possível "conciliar o
desenvolvimento econômico e a conservação ambiental".

De acordo com o Ipea, o comunicado deve fornecer subsídios para a


discussão sobre a alteração do código no Senado. O estudo teve como foco
as áreas de reserva legal em propriedades de até quatro módulos fiscais
(entre 20 e 440 hectares, dependendo da localidade), que serão dispensadas
de recuperação caso as mudanças se tornem lei.

Um levantamento com base no Sistema Nacional de Cadastro Rural


(SNCR), apresentado no texto, indica que o País tem 5,18 milhões de
imóveis rurais, ocupando 571 milhões de hectares. Aqueles com até quatro
módulos fiscais são 4,6 milhões, 90% do total. No entanto, elas ocupam
apenas 24% da área total das propriedades do campo, com 135 milhões de
hectares.
Segundo o Ipea, os produtores rurais, principalmente os familiares,
deveriam ser estimulados a preservar e recuperar as reservas legais de suas
propriedades, recebendo por isso. "Esse incentivo poderia vir por meio de
políticas de estímulo ao uso sustentável da reserva legal", diz o comunicado.

Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5175190-


EI714,00-
Ipea+mudanca+no+Codigo+Florestal+tera+impactos+sigificativos.html

A partir da década de 1970, o mundo assistiu ao agravamento dos


problemas ambientais e, consequentemente, à maior conscientização desses
problemas, inclusive no Brasil. Entre 21 e 27 de agosto de 1971, foi
realizado em Brasília o I Simpósio sobre Poluição Ambiental, uma iniciativa
da Comissão Especial sobre Poluição Ambiental da Câmara dos Deputados,
do qual participaram pesquisadores e técnicos brasileiros e do exterior,
visando gerar subsídios para estudar a poluição ambiental no Brasil.

Mas foi mesmo depois da participação brasileira na Conferência das Nações


Unidas para o Ambiente Humano, em 1972, em Estocolmo, que medidas
efetivas foram adotadas no Brasil. Confira a seguir alguns exemplos, em
uma sequência cronológica:

 Criação da SEMA - Secretaria Especial do Meio Ambiente, vinculada ao


Ministério do Interior, através do Decreto Federal n.º 73.030/73, cuja
indicação de criação constou no relatório da delegação brasileira em
Estocolmo.
 Lei 6.803/80 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6803.htm),
que dispôs sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial.

 Lei 6.902/81, que dispôs sobre a criação de estações ecológicas e


áreas de proteção ambiental
(ttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6902.htm).

 Promulgação da Lei 6.938/81


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm), que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e instituiu o Sistema
Nacional do Meio Ambiente
(http://www.mma.gov.br/port/conama/estr1.cfm) e o Cadastro de
Defesa Ambiental (http://www.ibama.gov.br/cadastro/cadastro.htm).
A partir de então, são definidos instrumentos para a implementação da
Política Nacional do Meio Ambiente, dentre os quais o SINIMA -
Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente
(ttp://www.mma.gov.br/sitio/index.php?
ido=conteudo.monta&idEstrutura=58) e o CONAMA - Conselho
Nacional do Meio Ambiente (ttp://www.mma.gov.br/conama/).

 E a inovadora Constituição Federal de 1988


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm):
pela primeira vez na história de uma nação, a Constituição dedicou um
capítulo inteiro ao meio ambiente, dividindo entre o Governo e a
sociedade a responsabilidade pela sua preservação
(http://www.mundoeducacao.com.br/biologia/preservacao-
ambiental.htm) e conservação
(http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v55n4/a04v55n4.pdf).
 Criação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), através da Lei 7.735/89
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7735.htm), para
gerenciar a questão ambiental, formular, coordenar, executar e fazer
executar a Política Nacional do Meio Ambiente.

 Em 1990, foi criada a SEMAM - Secretaria do Meio Ambiente da


Presidência da República, ligada diretamente ao Presidente
(http://nxt.anp.gov.br/NXT/gateway.dll/leg/decretos/1990/dec
%2099.604%20-%201990.xml).

Outro passo importante para consolidar a preocupação com a questão


ambiental no Brasil foi a criação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), cuja
criação da forma como existe hoje deu-se em 19 de novembro de 1992, em
substituição à SEMAM, criada em 1990. A missão do MMA (http
desenvolvimento sustentável na formulação e na implementação de políticas
públicas, de forma transversal e compartilhada, participativa e democrática,
em todos os níveis e instâncias de governo e sociedade. A Lei nº
10.683/2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e
dos ministérios, constituiu como área de competência do Ministério do Meio
Ambiente os seguintes assuntos (MEIO AMBIENTE,
2011):://www.mma.gov.br/sitio/) é promover a adoção de princípios e
estratégias para o conhecimento, a proteção e a recuperação do meio
ambiente, o uso sustentável dos recursos naturais, a valorização dos
serviços ambientais e a inserção do

I - Política nacional do meio ambiente e dos recursos hídricos.


II - Política de preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, e
biodiversidade e florestas.
III - Proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para a
melhoria da qualidade ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais.
IV - Políticas para a integração do meio ambiente e produção
V - Políticas e programas ambientais para a Amazônia Legal.
VI - Zoneamento ecológico-econômico.
Você está conseguindo entender a evolução do tema ambiental no Brasil? Se
tiver dúvidas, manifeste-as no Fórum, combinado?

Existem muitas outras leis e demais instrumentos legais além das que foram
apresentadas a você até agora. Mas todas, do meu ponto de vista, seguem
as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), e
podem ser citadas:

 Política Nacional de Recursos Hídricos, editada através da Lei


9.433/97

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm), que criou o


Conselho Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.

 Política Nacional de Educação Ambiental, instituída pela Lei 9.795/99


(http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?
ido=conteudo.monta&idEstrutura=20&idConteudo=967).

 A Lei nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades


de Conservação da Natureza(SNUC), estabelece critérios e normas
para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação no
Brasil.

 O Estatuto das Cidades, como é conhecida a Lei 10.257/01


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10257.htm),
que regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal,
estabelece normas de ordem pública e de interesse social que regulam
o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e
do bem estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
 Política Nacional da Biodiversidade, prevista no Decreto 4.339/02
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4339.htm).

 Política Nacional de Saneamento Básico, através da Lei


11.445/07, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
básico e os princípios fundamentais para permitir a universalização do
acesso aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
drenagem de águas pluviais, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos.

 A Lei nº 12.187/09, de 29 de dezembro, instituiu a Política Nacional


sobre Mudança do Clima.

 Recentimente, a lei nº 12305/2010


(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305
.htm), instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Para saber mais:

Leia o artigo Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e adequação das

Empresas, disponível emhttp://noticias.ambientebrasil.com.br/artigos/2010/07/30/58284-politica-


nacional-de-residuos-solidos-pnrs-e-adequacao-das-empresas.html

Vamos continuar conversando na Aula 2 - A questão ambiental e suas


relações com o crescimento populacional e a infraestrutura. Vem
comigo!!

Web Aula 2
A questão ambiental
O crescimento populacional e a infraestrutura

Porque será que um dos desafios ambientais é a relação entre o crescimento


da população e a infraestrutura? Vamos tentar entender.

Em 55 anos, de 1950 a 2005, a população mundial passou de 2,5 para 6,5


bilhões de pessoas. Até o fim deste século, de 8 a 10 bilhões de pessoas
habitarão a Terra (MILLER JÚNIOR, 2007, p.2). Pior ainda, essa população
está cada vez mais concentrada em centros urbanos. E para morar em
cidades, o ser humano precisa de infraestrutura, que demanda
investimentos em obras de grande porte, de custo elevado. Por isso, o
Estado não consegue prover a infraestrutura no mesmo ritmo que ocorre a
urbanização, em função do crescimento da população.
Quanto maior a expansão das cidades - tanto em crescimento populacional
quanto em número de indústrias, fábricas, escolas, empresas em geral -
maior será a extração de recursos naturais necessários para a manutenção
do processo. Como consequência, o consumo de insumos será maior, e
também a produção de lixo e efluentes domésticos e industriais, o que
poderá comprometer as águas de superfície e até as subterrâneas.

Para refletir:

Leia o artigo de Carlos Gabaglia Penna - Crescimento populacional, um


desafio que persiste no Brasil (http://www.oeco.com.br/convidados/64-
colunistas-convidados/16785-oeco_20317 ). Após a leitura, pense e
escreva um texto sobre alternativas para os municípios brasileiros
proverem maior e melhor atendimento da população em termos de
infraestrutura, de modo que as gerações atuais possam viver bem, porém
preservando o ambiente para as gerações futuras. Registre suas reflexões
no Fórum.

O esgotamento dos recursos naturais e da capacidade da


biosfera em absorver resíduos e poluentes
Os recursos naturais são mesmo finitos, podem se esgotar? E o que isso tem
a ver com a preservação ambiental? A WWF, uma das mais importantes
ONG's que atua na questão ambiental no mundo, alerta: "A humanidade já
consome mais recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. O
colapso é visível nas florestas, oceanos e rios. O ritmo atual de consumo é
uma ameaça para a prosperidade futura da humanidade". O uso dos
recursos naturais é um aspecto sensível das relações que a espécie humana,
por meio de suas sociedades, estabelece com a natureza. Não parece haver
dúvida que este é um dos elementos da crise ambiental; no entanto,
compreendê-la está longe de ser algo óbvio. A complexidade é muito maior
do que parece. Uma pesquisa da WWF resultou na definição de relações
numéricas entre volumes de produção de bens e de lixo e extensão terrestre
para absorver resíduos e gerar novos recursos.

Você sabia que tudo que nós consumimos tem origem na natureza? Pense
nos móveis, vidros, tijolos, telhas, carros, combustíveis, eletrodomésticos,
água, energia elétrica, gás. Do que são feitos? Quais as matérias primas
utilizadas em sua fabricação? A base de nossa alimentação é formada de
vegetais e animais. Percebe como a dependência do ser humano em relação
aos recursos naturais é quase total? A humanidade usa os recursos naturais
com um apetite voraz, como se eles fossem inesgotáveis.

É aí que mora o perigo: Se continuarmos EXPLORANDO a natureza sem dar


tempo para que ela se restabeleça, em 2030 serão necessários dois planetas
Terra para atender ao atual padrão de consumo.

Você não acha que existe uma relação direta entre essas duas situações?
Pois quanto maior a necessidade de produzir bens de consumo, maior a
extração de recursos da natureza e, consequentemente, maior o volume de
resíduos gerados. E que destino dar a esses resíduos? A biosfera conseguirá
absorvê-los com a velocidade necessária?
Para saber mais,

A Terra não aguenta

(http://arquivoetc.blogspot.com/2008/11/o-wwf-alerta-para-o-esgotamento-
dos.html).

De forma muito simples, o vídeo Pense de Novo - Energia e Novas


Tecnologias me levou a repensar minhas ações diárias. Espero que produza
o mesmo efeito em você, que vai assistí-lo agora.

Agora, para entender a problemática ambiental através de uma visão


integrada dos aspectos social, ambiental e econômico em nossas vidas,
assista os vídeos a seguir:

Jeito de ver o mundo


(http://www.youtube.com/embed/oTaya2XVxTs)

A sustentabilidade

(http://www.youtube.com/embed/GZ8js2FX0mU)

Já estamos reinventando

(http://www.youtube.com/embed/SyjVxjCj_tA)

As desigualdades sociais

Desigualdade social existe, em determinada sociedade, quando alguns


grupos sociais se encontram em situações mais vantajosas do que outros.
Portanto, a desigualdade resulta de diferenças segundo escalas de valor. Na
sociedade atual, as pessoas são cada vez mais dependentes umas das
outras, pois cada um precisa dos bens e serviços dos outros. No entanto,
esses bens e serviços não estão de igual modo acessíveis a todos, pois
existem rendimentos e situações sociais diferentes. A desigualdade mais
visível é a econômica.

"A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente, sendo que
a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil, a desigualdade social é uma das maiores do mundo,
gerando falta de estudo, ambiente familiar precário, educação precária, más instalações, alimentação
ruim, entre outros" (CABRAL, 2009).
Um conceito mais recente tenta explicar como a sociedade guarda privilégios
para a minoria e uma carga de problemas para a maioria. É a desigualdade
ambiental, que não considera fatores estritamente econômicos, mas os
condicionantes ambientais. Para entender melhor, imagine uma situação
teórica de igualdade ambiental. Nessa condição, amenidades e problemas
ambientais seriam igualmente distribuídos entre a população.
Por amenidades ambientais, considere a arborização urbana, importante
para garantir o conforto térmico, e a boa qualidade do ar, para evitar
doenças respiratórias, por exemplo. Os problemas ambientais seriam as
inundações e deslizamentos recorrentes; contágio por doenças, como a
leptospirose, que está ligada a condições de higiene precária e, portanto, é
mais comum afetar pessoas pobres, no mundo todo. Ora, se nem as
amenidades nem os problemas ambientais são distribuídos de forma igual
entre a população, temos a desigualdade ambiental, que leva em conta as
condições ambientais e a existência de serviços públicos de abastecimento
de água, destino adequado do esgoto e coleta de lixo, por exemplo. Quanto
mais desigual é essa distribuição, maior é a desigualdade ambiental
(MORATO, 2009).

E como fica a ética (http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica) diante


desses aspectos? É importante você saber que um comportamento ético tem
tudo a ver com a sustentabilidade da Terra. Então, leia o texto A ética e o
meio ambiente, disponível
emhttp://www.pime.org.br/mundoemissao/ecoletica.htm.

Para discutir.....
Estamos finalizando a webaula 2 e também a Unidade II.

A complexidade da questão do uso dos recursos naturais, a incerteza com


relação ao nosso futuro, a dificuldade de fazer cálculos seguros - nada disso
justifica a inércia de continuarmos na mesma postura de consumo
desenfreado. A ética das sociedades modernas está se transformando. Antes,
justificava-se ética e moralmente o uso indiscriminado dos recursos da
natureza, mesmo que isso significasse a extinção de espécies vivas, pois a
vida humana era superior. E hoje? É possível o ser humano viver sem outras
espécies de vida? Escreva um texto sobre o futuro, tentando ponderar sobre
os seguintes itens:

 a sociedade ainda pensa no conforto humano como intocável?


 que alternativas podem ser usadas para reverter os altos níveis de
consumo?
 a ética humana foi (ou não) alargada para outros seres vivos e também
para as gerações futuras?

Bibliografia Recomendada

LEMOS, Haroldo Mattos de. Crescer o PIB ou a sustentabilidade, eis a


questão!

MORAN, Emilio F.. Nós e a natureza: uma introdução às relações homem-


ambiente. Ed. Senac: São Paulo, 2008. 302 p.

Referência Bibliográfica

CABRAL, Gabriela. Desigualdade social. Disponível


em: http://www.alunosonline.com.br/sociologia/desigualdade-social/.
Acesso 05 março 2009.

MEIO AMBIENTE. Ministério do Meio Ambiente. Disponível em: . Acesso


em: jul. 2011.

MILLER JÚNIOR, G. Tyler. Ciência ambiental. 11. ed., São Paulo: Thomson
Learning, 2007. 123 p.

MORATO, Rúbia Gomes. Desigualdade ambiental mostra nova face da


desigualdade social. Disponível
emhttp://minhanoticia.ig.com.br/editoria/Meio_Ambiente/2007/09/06/
desigualdade_ambiental_mostra_nova_face_da_desigualdade_social_20725
04.html. Acesso 06 março 2009.

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