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4.1. Siglas
ACGIH – American Conference of Governmental Industrial Hygienists
Publica periodicamente uma tabela dos chamados Limites de Tolerância (TLV).
Existem várias tabelas que classificam os TLV sendo que as 3 mais conhecidas são:
Notas:
a) Segundo a ACGIH os TLV´s devem ser utilizados como guias no controle do risco
à saúde e não como se constituíssem limites exatos entre concentrações seguras e
perigosas;
b) Para ambiente exterior a industria, , respirado pela população da vizinhança , os
valores devem ser muito mais baixos , pois o ar poluído será respirado durante 24
horas do dia;
Além da tabela TLV como indicação do limite de tolerância dos organismos a uma
substância ou produto químico, encontram-se tabelas que aplicam outras referências
baseadas na experiência das entidades que as publicaram ou na de seus autores . As mais
conhecidas são:
Hygienic Standard for Daily Inhalation – padrões higiênicos para a inalação diária, do DR
Henry Smith Jr;
4.2. Introdução
O controle de poluentes nocivos pela ação da ventilação geral diluidora é realizado pela
diluição da concentração do poluente, antes que ele atinja a zona de respiração do
trabalhador, com ar limpo ou não poluído.
A ventilação geral diluidora também é utilizada , em locais onde não existem agentes
nocivos, para a remoção de odores corporais , fumaça de cigarro e manutenção das
condições de conforto (redução da temperatura interna).
A ventilação geral diluidora não reduz ou elimina a quantidade de material nocivo emitido
no ambiente de trabalho.
Nesta modalidade (ou método de ventilação) estabelece-se no recinto uma pressão positiva
maior que a pressão exterior . Deve-se portanto verificar inicialmente a necessidade e a
conveniência de manter a pressão do ambiente acima da pressão externa ou dos ambientes
adjacentes, pois o ar expelido ou exaurido poderá ser deslocado para um outro ambiente no
qual não se possa admitir o ar nas condições com que sai do local ventilado.
Deve-se localizar a abertura de admissão de ar para o ventilador numa parede , a fim de que
a tomada de ar se efetue livremente. A localização do ventilador bem como das saídas de ar
devem ser executadas de maneira a garantir um fluxo de ar adequado, livre de agentes
contaminantes externos.
Este método evita que o ar contaminado do ambiente em questão passe para recintos
vizinhos mas permite que eventualmente ocorra o contrário.
Considerando-se que a pressão interna será menor do que a externa deve-se previamente
verificar se há conveniência ou mesmo necessidade de manter a pressão do ambiente
abaixo da pressão externa ou dos ambientes adjacentes pois a tendência é de que o ar dos
compartimentos vizinhos entre pelas portas ao serem abertas.
Assim como no método anterior o exaustor bem como as aberturas para entrada de ar,
devem ser protegidas de maneira a impedir a entrada de corpos estranhos, insetos e água.
O ventilador deve ser localizado no ponto mais alto do ambiente e na parede oposta à de
admissão de ar.
4.5. Insuflação e Exaustão Mecânicas
Neste caso, há ventiladores que insuflam o ar e ventiladores que removem o ar do recinto,
quer sejam colocados diretamente no recinto, quer sejam atuando através de dutos.
Consegue-se uma ventilação mais controlável tanto em relação à qualidade do ar que entra ,
quanto à distribuição do mesmo no recinto.
Quando ocorre passagem direta de ar de uma abertura de admissão para a saída, causando a
estagnação do ar em parte do ambiente ventilado diz-se que ocorre curto circuito de ar. O
sistema misto ( ventilação e exaustão mecânica ) consegue, quando bem projetado, evitar
esta circulação parasita do ar.
Tratando-se se um sistema mais dispendioso que os anteriores, tanto no que diz respeito ao
consumo de energia elétrica quanto no que diz respeito ao projeto e instalação, este
somente deverá ser adotado quando não for possível a diluição do ar com a aplicação dos
métodos anteriores.
A relação entre a pressão interna no recinto (pr) pode ser obtida através da relação entre as
vazões de entrada (Qe) e saída (Qs), conforme abaixo:
Nos locais citados acima, por exemplo, o calor sensível irradiado pelo corpo humano, os
odores corporais e a fumaça de cigarros podem estabelecer condições ambientais
desconfortáveis para os ocupantes dos mesmos. Para este tipo de problema podemos pensar
em duas alternativas para solucioná-lo:
As tabelas disponíveis nas literaturas específicas referem-se a vazões tais que a velocidade
de escoamento do ar no recinto não seja muito baixa (deve ser > 1,5 m/min), nem muito
alta (deve ser < 10 m/min) a fim de não provocar desconforto nos ocupantes do local.
3º passo Consultar tabela que forneça a qtd de ar externo necessário para diluição de odores
corporais (vide tabela 6.1 anexo);
Da tabela obtém-se que para uma taxa de ocupação igual a 8,4 m3/pessoa exige-se um
suprimento de ar equivalente a 0,34 m3/min x pessoa.
2º passo consultar tabela que forneça número de renovações por hora em função do tipo de
ambiente (vide tabelas 6.2 e 6.3 anexo);
Das tabelas encontra-se que para escritórios o número de trocas recomendadas poderá ser
de 6 a 20, para o nosso exercício adotaremos 10.
Sabendo que necessitaremos de uma vazão de 5600 m3 e que o projeto prevê a utilização
de 2 ventiladores temos que cada ventilador deverá ter capacidade de 2800 m3/h. Na
prática encontraremos ventiladores com vazão nominal de 3000 m3/h.