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Monitoramento Ambiental – Farmacopéia

Pontos principais

Tipicamente, temperaturas de incubação nos intervalos de (22,5 ± 2,5) °C e (32,5 ± 2,5) °C têm
sido usadas com tempos de incubação de 72 horas e 48 horas, respectivamente.

Deve considerar-se a proximidade do produto, se o ar e as superfícies existentes na sala estão


em contato com ele ou com superfícies internas dos sistemas de fechamento dos recipientes.

É apropriado aumentar ou diminuir a amostragem com base na tendência

A informação obtida utilizando o programa de identificação pode ser útil na investigação de


fontes de contaminação, especialmente quando os limites de ação são excedidos. A
identificação de micro-organismos isolados de áreas críticas é importante.

Salas e zonas limpas sofrem avaliação do estado microbiológico do ambiente pode ser obtida
por meio do teste de envase asséptico de meio de cultura (media fill). O teste de media fill é
empregado para avaliar o processamento asséptico usando meio de cultura estéril no lugar do
produto. Resultados satisfatórios de media fill demonstram a adequação da linha para a
fabricação do produto.

Análise de esterilidade

Os testes devem ser realizados sob condições assépticas utilizando, por exemplo, cabine de
segurança biológica Classe II tipo A, que deve estar instalada em área limpa, de classificação
compatível com os requerimentos de controle ambiental exigidos para a realização do teste de
esterilidade. Para testes de esterilidade de fármacos oncogênicos, mutagênicos, antibióticos,
hormônios, esteroides e outros, os testes devem ser realizados na cabine de segurança
biológica classe II tipo B2, que possui sistema de exaustão externo ao ambiente do laboratório.

Não devem ser realizados testes sob exposição direta de luz ultravioleta ou em áreas sob
tratamento com aerossóis. As condições devem ser adequadas de forma a evitar
contaminação acidental da amostra durante o teste e, também, não afetar a detecção de
possíveis contaminantes. Controles ambientais das áreas de trabalho devem ser realizados
regularmente (controle do ar e de superfícies, contagens de partículas, determinação de
velocidade e direção do fluxo de ar, entre outros).

Vapores de peróxido de hidrogênio ou ácido peracético normalmente são usados para


esterilização das superfícies ou ambiente interno. A esterilização do interior dos isoladores e
todo conteúdo são normalmente validados para um nível de garantia de esterilidade de 10-6 .
A introdução de equipamentos, componentes e materiais pode ser feita de diversas maneiras.

Os requisitos para os ambientes controlados adjacentes a essas novas tecnologias usadas no


processamento asséptico dependem do tipo de tecnologia usada.

Em isoladores, o ar entra através dos filtros integrais de qualidade HEPA, ou melhor, e seu
interior é, tipicamente, esterilizado com um nível de garantia de esterilidade de 10-6 .
Portanto, isoladores que contêm ar estéril não trocam ar com o ambiente ao redor e são livres
de operadores humanos. Entretanto, quando o isolador está em um ambiente controlado, o
potencial de produto contaminado é reduzido na eventualidade de um vazamento nas luvas
ou vestimentas.

Sistemas de isoladores requerem frequência menor de monitoramento microbiológico. O


monitoramento contínuo de partículas totais pode fornecer garantia de que o sistema de
filtração de ar dentro do isolador está funcionando adequadamente. Métodos tradicionais
para amostragem microbiológica quantitativa do ar podem não serem suficientes para testar o
ambiente dentro do isolador. Experiências com isoladores indicam que, sob condições normais
de operação, vazamento ou rompimento nas luvas representam o maior potencial para
contaminação microbiológica, o que requer testes frequentes de integridade das luvas e
monitoramento das suas superfícies. O monitoramento não frequente de superfícies dentro do
isolador deve ser avaliado e pode ser benéfico.

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