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Ana Bela Daniel João Fernandes

Plano de manutencao de Cabine de Seguranca

(Licenciatura em Ensino de Biologia Com habilitações em Gestão do Laboratório)

Universidade Rovuma
Nampula
2022

Ana Bela Daniel João Fernandes


Plano de manutencao de Cabine de Seguranca

(Licenciatura em Ensino de Biologia Com habilitações em Gestão do Laboratório)

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Manutencao de Equipamentos Laboratoriais, curso de
Licenciatura em Ensino de Biologia, 4º ano, 1º
semestre, leccionado pelo,

Mestre: Norberto Palange

Universidade Rovuma

Nampula

2022
Introdução

A manutencao reúne um conjunto de cuidados técnicos indispensáveis ao fucnionamento regualr e


permanete de maquinas, equipamentos, ferramentas e instalacoes. Esses cuidados envolvem a
conservacao, a adequacao, a restauracao, a substutuuicao e a prevencao. Ela pode ser de três tipos:
preditiva, preventiva e correctiva. Neste trabalho pretendo apresentar um plano de manutencao
preditiva, para o equipamento laboratoriual denominado por cabine de segurança bilogica.

Objectivo geral:

 Elaborar um plano de manutencao preditiva para a cabine de seguranca biológica.

Objectivos específicos:

 Definir o conceito de cabine de seguranca;


 Descrever o equipamento;
 Demontras os procedimentos seguidos para a elaboracao da manutencao preditiva.
1-EQUIPAMENTO

1. Cabine de Segurança

As cabines de segurança são equipamentos laboratoriais que foram projectados para


realização de trabalhos biológicos, na preparação de produtos e pesquisas envolvendo
agente de riscos.

As aplicações típicas incluem manipulações e pesquisas microbiológicas, diagnósticos


laboratoriais, cultura de células e procedimentos que envolvem substâncias tóxicas.

As cabines de Segurança são especificadas de acordo com o grau de risco biológico, de


acordo com uma classificação que pode ser: classe I, II, III e IV.

1.1- Cabine de Segurança (Classe I)


As cabines de segurança (classe I) são destinadas às praticas de menor risco, o
equipamento de segurança e o projeto das instalações são apropriados para treinamento
educacional secundário, para treinamento de técnicos, e ou de professores de técnicas
laboratoriais. Este conjunto também é utilizado em outros laboratórios onde o trabalho,
com cepas definidas e caracterizadas de micro organismos viáveis e conhecidos por não
causarem doenças em homens adultos e sadios.

As Cabines com nível de biossegurança (Classe- I ) representa um nível básico de


contenção que se baseia nas práticas padrões de microbiologia sem uma indicação de
barreiras primárias ou secundárias, com exceção de uma pia para a higienização das
mãos. Deverão ser construídas de acordo com a Norma NSF 49, não importando o
nível de sua classificação.

1.2 – Cabine Segurança (Classe II)


A s câmaras da Classe II diferem das demais por proteger também o interior da cabine
de contaminações externas. O ar admitido na parte frontal da cabine passa pelo grau de
filtros do tipo HEPA e assim tanto o operador e amostras são protegidas de
contaminações. Neste sistema 70% do ar é recirculado dentro da cabine e 30% é
expelido, depois de passar por outro filtro HEPA. Existem quatro tipos de cabines da
Classe II: A1, A2, B1 e B2. A diferença entre eles está na quantidade de ar
recirculado e a velocidade de captação externa do ar. As cabines de classificação Il são
adequadas para manipulação de agentes dos grupos de risco 2 e 3.
 Tipo A 1

Para todo o tipo de operação que necessite uma proteção ao produto, ao


operador e ao meio ambiente contra a contaminação microbiológica particulada.
A cortina de ar frontal com pressão negativa protege o operador. O fluxo de ar interno protege o
produto ou cultura manipulada, e o Filtro HEPA de exaustão protege o ambiente do laboratório. Na
cabine Tipo A-1, o ar de exaustão é descarregado no interior do laboratório após passar por um
Filtro HEPA.

 Tipo B 2
É uma Cabine de Segurança Biológica com 100% de exaustão externa, sem
recirculação. Este tipo de cabine, além de oferecer excelente proteção na manipulação
de agentes de rico moderado, é o mais adequado para manipulação de substâncias
citotóxicas quando existe maior quantidade de gases emanados.
1.3 –Cabine de Segurança (Classe III)
O Nível de Biossegurança III é aplicável para laboratórios clínicos, de diagnósticos,
ensino e pesquisa ou produção onde o trabalho com agentes exóticos possa causar
doenças sérias ou potencialmente fatais como de exposição por inalação. A equipe
laboratorial deve possuir treinamento específico no manejo de agentes patogênicos
e potencialmente letais devendo ser supervisionados por competentes cientistas que
possuam vasta experiência com estes agentes.

Todas as manipulações de materiais infecciosos, necropsias de animais infectados,


coleta de tecidos ou líquidos de animais infectados ou de ovos embrionados, etc..,
deverão ser conduzidas em uma cabine de segurança biológica de Classe II ou de
Classe III, com todos os dispositivos de segurança.

A ventilação instalada deverá estar de acordo com a última edição do Guide For
Care and Use of Laboratory Animals.

Os sistemas de entrada de ar e exaustão devem ser interligados. Esse sistema cria um


fluxo de ar direccionado, retirando o ar contaminado de dentro do laboratório,
jogando-o para fora e ao mesmo retira o ar das áreas “limpas” e o joga para dentro do
laboratório. O ar exaurido não pode recircular em nenhuma outra área do prédio.

Filtração ou outros tipos de tratamento do ar exaurido podem não ser necessários, mas
deverão ser considerados, baseados nos requisitos do local, nos microorganismos
específicos manipulados e nas condições de uso. O ar exaurido deverá ser lançado para
longe de áreas ocupadas e de entradas de ar, ou poderá ser filtrado através de filtros
HEPA. Devemos considerar a instalação de um sistema de controle de HVAC para
evitar a pressurização positiva nas áreas onde estão os animais. Alarmes audíveis
devem ser considerados para evidenciar qualquer falha no sistema de controle HVAC.

As Cabines de Segurança Biológica Classe II e III deverão estar conectadas ao sistema


de exaustão do edifício de maneira a evitar qualquer interferência no equilíbrio da vazão
das cabines ou do sistema de exaustão do edifício.
Todos os técnicos responsáveis pela manipulação deverão usar roupas e equipamentos
de proteção individual (EPI), adequado ao evento.
1.3 – Cabine de Segurança ( Classe IV)
O Nível de Biossegurança IV envolve as práticas adequadas para o trabalho com
agentes perigosos ou exóticos que exponha o individuo a um alto risco de infecções
que podem ser fatais, além de apresentarem um potencial elevado de transmissão por
aerossóis ou de agentes relacionados com um risco de transmissão desconhecido. O
NBA-4 baseia-se nos requisitos de práticas, procedimentos, equipamento de contenção e
instalações padrões NBA-3. Os procedimentos deverão ser desenvolvidos no próprio
local para direcionar as operações específicas das cabines de segurança biológica Classe
III. Todos os animais infectados com microorganismos da classe de risco 4
deverão ser alojados dentro de cabine de segurança biológica classe III em um
laboratório NBA-4.

Procedimentos para utilização de uma cabine


A cabine só oferecerá máxima proteção se for adequadamente utilizada, nunca se
deve iniciar um experimento em Capelas sem:

1- Verificar se a Cabine de Segurança Biológica esta em conformidade ao


experimento Biológico a ser realizado, observando as características e
informações técnicas fornecidas pelos fabricantes em etiqueta alto colante no
topo do EPC, observar se o EPC esta com a certificação dentro do prazo de
validade (12 meses).

2- Accionar a Cabine 15 minutos antes do inicio do trabalho, verificando o bom


funcionamento do seguinte: Fluxo de ar exaurido, funcionamento do conjunto
moto ventilador (vibração excessiva e ruído), porta guilhotina operando nas
graduações necessárias e iluminação. Desligar a Cabine após 15 minutos ao
término do trabalho.

3- Antes de iniciar qualquer trabalho verificar se o espaço físico do tampo da


Cabine (área de trabalho) é suficiente para distribuição dos equipamentos e
substâncias químicas com espaçamento de pelo menos 15 cm entre eles e da
face da cabine, evitando fontes de turbulência na face da cabine. Exemplo:
Equipamentos altos utilizar calços de apoio de 7 a 10 cm, possibilitando assim
uma exaustão linear permitindo que a corrente de ar passe sob o equipamento
como também ao redor e em cima.

4- Administre todas as operações que podem gerar problemas com


contaminantes de ar químico ou Biológico dentro da Cabine, caso durante
um experimento haja interrupção ou alteração no fluxo de ar de exaustão,
interrompa imediatamente o trabalho e informe ao responsável pelo
Laboratório, acionando os serviços de manutenção.
5- Somente mantenha os equipamentos e produtos necessários ao experimento
no interior da cabine, não armazenar substâncias químicas, biológicas, vidrarias
e etc.. Estas substâncias deveram ser armazenadas em um gabinete apropriado
com exaustão.

6- Durante o funcionamento mantenha a porta guilhotina da cabine


graduada com abertura de 8 polegadas para sua maior segurança,
observando que a abertura máxima permitida em atividade é de 18 polegadas.

7- Não apoie na Cabine ou coloque sua cabeça no interior da Cabine


quando estão sendo gerados contaminantes, como também mantenha distância
do aparador ou apoio das substâncias químicas e biológicas de pelo menos 15 cm
da face da Cabine.

8- Não utilize a cabine como modo de descarte (substâncias químicas,


biológicas, sólidos, voláteis, etc.). O material utilizado deverá ser descartado de
forma adequada.

9- Ao término do trabalho manter a cabine em funcionamento por 15 minutos,


retirando todos os equipamentos, produtos e vidrarias, mantendo o interior da
cabine limpa e higienizada para o próximo evento.

MEDIÇÕES TECNICAS E TESTES OBRIGATÓRIOS


Referência para o cumprimento das Normas Internacionais Regulamentadoras de
procedimentos técnicos para Certificação em Capelas de Exaustão (química) e Cabines
de Segurança (biológica) pelas Unidades/ Órgãos da USP, informando e orientando a
todos os usuários dos serviços de manutenção, testes ou medições com a
obrigatoriedade a cada 12 meses conforme estabelecido em Norma.

1. Testes de estanqueidade – Utilizando de uma bomba de fumaça com vapor


condensado efetuar a pressurização na parte interna da Cabine com o exaustor
desligado, verificando se não há vazamentos para o laboratório. Com o
exaustor ligado aplicar o vapor na parte externa da Cabine, verificando o arco de
exaustão para dentro da Cabine, sem qualquer tipo de fuga para o Laboratório,
comprovando assim a eficiência da exaustão.

2. Medições de ruído e luminosidade - Utilizando um decibelímetro e luxímetro


efetuar os testes; os parâmetros de acordo com as normas são: Níveis de Ruído
Maximo Exposição Diária - 8 horas - 85 db (A) e iluminamento não inferior a
300 lux para laboratórios químicos.

3. Medições de exaustão: Utilizando o instrumento Anemômetro, Airflow ou tubo


Pitot efetuar as medições de velocidade facial em toda a área livre da abertura da
porta guilhotina da cabine valores em metros por segundo (m/s).
4. A Cabine para uso de Ácido Perclórico, fluorídrico e radioisótopos,
deverão ser de uso especifico atendendo as Normas vigentes, com relação aos
padrões construtivos, e dispositivos de segurança.

5. Em Cabines de Segurança Biológicas tambem são necessárias: a Medição de


contagem de contagem de partículas em suspensão, para classificação do ambiente;
medição da umidade relativa do ar e da temperatura ambiente; medição do índice de
saturação dos filtros HEPA.

RESUMO DE PROCEDIMENTOS
Em suma, este e o resumo de procedimentos e boas práticas em cabines biológicas:
antes, durante e depois da realização de um experimento.

Antes do uso

1- Observar se a cabine de segurança biológica é compatível com e vento a ser


realizado, verificando sua identificação e informações técnicas na etiqueta alto
colante no topo do EPC, como também se a Certificação está dentro de validade
(12 meses).
2- Antes do inicio do trabalho verificar se o espaço físico do tampo da cabine
(área de trabalho) é suficiente para distribuição dos equipamentos e substâncias
química ou biológica, com espaçamentos de pelo menos 15 cm entre eles e da
face da cabine, evitando fontes de turbulência e fuga de ar na face da cabine.
Exemplo: equipamentos altos utilizar calços de apoio de 7 a 10 cm, possibilitando
assim uma exaustão linear permitindo que a corrente de ar passe sob o
equipamento como também ao redor e em cima.

3- Acionar a cabine 15 minutos do início do trabalho verificando o bom


funcionamento do seguinte: fluxo de ar de exaustão, conjunto moto ventilador,
vibrações, ruído,a iluminação e porta guilhotina com as

respectivas graduações.

4- Observar o risco em seu experimento, verificando se a cabine de segurança


biológica está equipada com os dispositivos de segurança necessário: sensor de
filtro sujo, sensor de falta de fluxo de ar de exausta, sensor Fire Detect (incêndio) e
etc.; observar também se todos os EPIs necessários estão à sua disposição,
proporcionando maior segurança na atividade.

5- Em eventos que utilizam materiais radioativos e regentes que geram


contaminação, há necessidade de proteger o tampo de trabalho da capela com
filme de plástico grosso e papel absorvente, evitando riscos de contaminação e
facilitando o descarte de forma adequada após o experimento.

Durante o uso

1- Todas as operações que podem gerar contaminantes de ar, tanto químico


como biológico deveram ser administradas dentro da cabine, os equipamentos,
vidrarias e substâncias químicas e biológicas com espaçamento mínimo de pelo
menos 15 cm entre si e a face da cabine.

2- Durante um experimento caso haja interrupção ou alteração no fluxo de ar de


exaustão, interrompa imediatamente o trabalho e informe ao responsável pelo
Laboratório, acionando os serviços de manutenção.

3- Somente mantenha os equipamentos e produtos necessários ao experimento


no interior da cabine, não armazenar substâncias químicas e biológicas,
vidrarias e etc. Estas substânias deveram ser mantidas e armazenadas em local,
armários e gabinetes apropriados com exaustão.

4- Não apóie ou coloque a cabeça no interior da cabine quando estão sendo


gerados contaminantes, mantenha-se afastado no mínimo 20 cm da face da
cabine.

5- Durante o funcionamento mantenha a porta guilhotina da cabine


graduada com abertura de 8“ polegadas para maior segurança,a observando que
a abertura máxima permitida em atividade é de 18” polegadas.
Depois do uso

1- Após o término do evento manter a cabine em funcionamento apor 15


minutos, ou tempo suficiente para a retirada dos equipamentos, vidrarias e
produtos o interior da cabine.

2- Não utilizar a cabine como modo de descarte (substâncias químicas,


biológicas, sólidos e voláteis, etc.) Os materiais utilizados deverão ter seu
descarte de forma correta e apropriada.

3- Após a retirada de todos os equipamentos e materiais utilizados, ainda com a


cabine em funcionamento elaborar a limpeza e higienização no interior da
capela, utilizando produtos adequados. Proporcionando maior segurança ao
usuário e Laboratório evitando assim contaminação interna e do evento
seguinte.

4- Ao termino da limpeza e higienização desligar a cabine e em seguida fechar a


porta guilhotina.

Plano de manutencao preditiva da cabine de segurança


 Manutencao preditiva
E o tipo de manutencao em que se usam parâmetros de controlo para fazer intervencoes ,
utilizando equipamentos específicos para monitorar e avaliar as condicoes e o
desempenho do equipamento em tempo real.
 Momento de realizacao da manutencao
A manutencao será realizada apos a aquisicao da cabine de segurança.
 Objectivo da manutencao
Verificar a qualidade do equipamento adquirido, e prever qual será o seu tempo de vida
útil de modo a elaborar um bom plano de manutencao preventiva do mesmo, e tambem
averiguar que o equipamento funcionara de modo a fornecer resultados de qualidade.
 Custos necessários
Para a realizacao desta manutencao serão necessários os seguintes gastos:
- electricidade : 1000mt
- transporte: 1000mt
- contrato com a equipe de manutencao: 3000 mt

Procedimentos operacionais para o a manutencao preditiva da cabine de seguranca

Para a execucao da manutencao deverão ser realizados os seguintes procedimentos:

ESCOLHA E VERIFICACAO DA RESISTÊNCIA QUÍMICA PARA


REVESTIMENTO EM CAPELAS

As cabines biológicas por serem Equipamentos de proteção Coletiva (E.P.C.), com


capacidade de conter riscos biológicos e exaurir um ou vários contaminantes emitidos
por uma fonte dentro da zona de trabalho, reduzindo o risco do operador e dos
laboratórios, requerem uma atenção especial com relação ao seu revestimento, que
deverá estar compatível com riscos biológicos e com os produtos químicos ali utilizados
em seus experimentos.

A tabela abaixo tem como objetivo determinar a escolha correta do revestimento


disponíveis no mercado, evitando os riscos de contaminação dos usuários, laboratórios e
meio ambiente.
NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇA RECOMENDADOS PARA AGENTES
INFECCIOSOS

A tabela abaixo tem como objetivo informar a todos os usuários, os Níveis de


Biossegurança recomendados para Agentes Infecciosos nos Laboratórios com relação à
classificação, agentes, práticas, equipamentos de segurança e instalações necessárias.
PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA NO MANUSEIO DA ABERTURA
DA PORTA GUILHOTINA

Através de procedimento correto no manuseio da abertura graduada da porta guilhotina


em seus eventos, observamos que a abertura máxima permitida em atividade é de 18
polegadas, ou seja 40 cm; proporcionando maior segurança ao usuário evitando
qualquer fuga dos vapores tóxicos para o laboratório.

Além da segurança, tal procedimento traz uma considerável eficiência e economia de


energia comprovada.
- Guilhotina

- A abertura de trabalho deve variar na direção do movimento da guilhotina

- Sua abertura máxima, preferivelmente, de 500 mm e não deve ser maior que 600 mm

(estas dimensões devem ser indicados claramente na Cabine).

TESTES DE EFICIÊNCIA E ESTANQUEIDADE EM CAPELAS


Para certificar a eficiência e estanqueidade da cabine os procedimentos são os
seguintes:

1- Com a cabine desligada utilizar uma bomba de fumaça com vapor condensado,
pressurizar todo o interior da cabine, em seguida fechar a porta guilhotina, observar
durante 5 minutos se não há vazamentos no gabinete e porta guilhotina, comprovando a
sua total estanqueidade para o exterior do laboratório. Caso ocorra qualquer
irregularidade com relação à vazamentos para o ambiente, verificar a integridade do
duto, gabinete, guarnições e trilhos da porta guilhotina.

2- Com a cabibne ligada aplicar o vapor condensado em toda a área facial da porta
guilhotina e grelha de ventilação (BYPASS), certificando a eficiência da exaustão em
toda a área de trabalho, observando se não há turbilhamento de ar, vórtice e refluxo para
o laboratório. Caso ocorram tais irregularidades, os problemas são de alta ou baixa
vazão de ar, é devera ser corrigida de acordo com as normas 0,5 m/s com mais ou
menos 10%.

Na aplicação do vapor condensado em toda a área facial da cabine é


perfeitamente visível o arco de exaustão totalmente seguro e eficiente, evitando
qualquer tipo risco com relação à contaminação por fuga.
RUÍDO E ILUMINAMENTO – NORMAS REGULAMENTADORAS RUÍDO –
DECIBELÍMETRO

ILUMINAÇÃO – LUXIMETRO
Iluminação em Lux por tipo de atividade:

- laboratório químico – 300 – 500 – 750 (NBR 5413)

- ideal acima de 300 lux


MEDIÇÃO DE VAZÃO CONFORME NORMAS INTERNACIONAIS

Conforme as Normas internacionais regulamentadoras que determinam a velocidade de


face recomendável e cabines de segurança biológica, oferecendo uma excelente
performace/eficiência de exaustão, com baixo risco de exposição dos trabalhadores e
laboratórios, é de 0,5 com variacao de 10% para mais ou menos.
MEDIÇÕES DA VELOCIDADE FACIAL E VAZÃO DA CAPELA

Com o equipamento AIRFLOW, ANEMÔMETRO ou TUBO DE PITOT efetuar as


medições nos pontos indicados no formulário:
X1= 0,48 m/s X2= 0,57 m/s X3= 0,55 m/s
Y1= 0,52 m/s Y2= 0,53 m/s Y3= 0,47 m/s
SOMA TOTAL= 3,12m/s

VELOCIDADE MÉDIA= 3,12 m/s : 6 = 0,52 m/s

As dimensões da área livre de face com a porta guilhotina totalmente aberta:


LARGURA = 1,20 m. e ALTURA= 0,80 m.

ÁREA LIVRE (L x H) = 1,20m x 0,80m = 0,96 m2

VAZÃO EM M3/Seg. = 0,52 m/s x 0,96 m2 = 0,499 m3/seg.


VAZÃO EM M3/Min. = 0,499 m3/s x 60 seg. = 2.994 m3/min.
VAZÃO EM M3/Hora = 2,994 m3/min. x 60 min. =1.796 m3/hora

Observação: Nesta simulação a capela veio aferida de fabrica, com a vazão e velocidade
de face, proporcionando excelente condição de exaustão, risco baixo de exposição dos
trabalhadores do laboratório, conforme estabelecem as Normas Regulamentadoras.

SIMULAÇÃO DE ALTA VAZÃO E VELOCIDADE DE FACE

VELOCIDADE MÉDIA = 0,65 m/seg.

ÁREA LIVRE (L x H) = 1,20m. x 0,80m. = 0,96m2

VAZÃO EM M3/Seg. = 0,65m/s x 0.96m2 = 0,624m3/seg.


VAZÃO EM M3/Min. = 0,624m3/s x 60seg. = 0,3774m3/min.
VAZÃO EM M3/HORA = 0,3774m3/min. X 60 min.= 2.264 m3/hora
Observação: Nesta simulação a capela não veio aferida de fabrica, apresentando alta
vazão e velocidade de face, provocando turbulência e refluxo no sistema de exaustão.
Neste caso há necessidade de ajustes nos dampers do Air foil e By Pass, fechando-os
lentamente até atingir a velocidade ideal. Caso o problema persista a regulagem deverá
ser feita na polia motora, abrindo-a lentamente, até obter a velocidade ideal de 0,5 m/s
com mais ou menos 10% de acordo com a Norma.
SIMULAÇÃO DE BAIXA VAZÃO E VELOCIDADE DE FACE

VELOCIDADE MÉDIA = 0,30 m/seg.

ÁREA LIVRE (L x H) = 1,20m. x 0,80m. = 0,96m2

VAZÃO EM M3/Seg. = 0,30m/s x 0.96m2 = 0,288m3/seg.


VAZÃO EM M3/Min. = 0,288m3/s x 60seg. = 0,172m3/min.
VAZÃO EM M3/HORA = 0,172m3/min. X 60 min. = 1.032 m3/hora
Observação: Nesta simulação a capela não veio aferida de fabrica, apresentando baixa
vazão e velocidade de face, apresentando baixa eficiência no sistema de exaustão,
colocando em risco significativo à exposição do trabalhador do laboratório aos
contaminantes.
Neste caso há necessidade de ajustes nos dampers de BY-PASS E AIR FOIL, abrindo-
os lentamente até atingir a velocidade de face ideal. Caso o problema persista a
regulagem deverá ser feita na polia motora, fechando-a lentamente até atingir a
velocidade ideal de 0,5 m/s de acordo com os parâmetros exigidos.
Para facilitar as medições e aferições das capelas vem em anexo o formulário com todos
os parâmetros de cálculo e informação para certificação, e após o preenchimento deverá
estar fixado em local visível na cabine.
(Anexo Formulário de avaliação Tecnica de Aferição de Capela e instrumentos
necessários)
ESPECIFICAÇÃO DE CABINE PARA USO DE ÁCIDO PERCLÓRICO,
FLUORÍDRICO E RADIOÍSOTOPOS

ÁCIDO PERCLÓRICO

A cabine perclórica deverá atender rigorosamente os padrões das Normas Ed. 27, EM-
14175 e ASHRAE, destacando nos quesitos de segurança e resistência.

NOTA
IMPORTANTE

É fundamental que a cabine esteja equipada com o sistema de lavagem do tipo


“película” na parte traseira da câmara de trabalho para garantir uma eficiente
umidificação e neutralização do ácido; evitando assim os riscos de formação de cristais
e resíduos na Cabine, dutos, conjunto ventilador etc.

ÁCIDO FLUORÍDRICO
A Cabine para Ácido Fluorídrico deverá atender rigorosamente os padrões construrivos
referente as Normas Ed. 27, EN-14175 e ASHRAE, destacando nos quesitos de
segurança e resistência.

NOTA IMPORTANTE
É fundamental que a Cabine esteja equipada com um sistema de lavador de gases
por reação química em solução neutralizante (água e reagente); com alta eficiência
em retenção de ácidos, bases, etc., protegendo os laboratórios arredores e meio
ambiente, garantindo a neutralização do Ácido.

Por ser um ácido extremamente agressivo e corrosivo observar os materiais


construtivos adequados na construção da Cabine.
RADIOISÓTOPOS

A Cabine para manuseio de materiais e produtos radioativos deverá atender


rigorosamente os padrões construtivos referente as Normas Ed. 27, EN-14175 e
ASHRAE, destacando nos quesitos de segurança e resistência.

NOTA IMPORTANTE
É fundamental que a Capela esteja em conformidade e devidamente
certificada.

A câmara de trabalho em aço Inox AISI-316, com cantos arredondados para facilitar a
descontaminação, limpeza e higienização da câmara de trabalho. Prever sempre as proteções
secundárias sobre o tampo de trabalho: filme de plástico grosso e papel toalha, evitando riscos
de contaminações e facilitando o descarte de forma adequada após o experimento.

Tambem observar os seguintes pontos:

.Medição de contagem de partículas em suspensão no ambiente, para a classificação do


laboratório,

. Medição do índice de saturação dos filtros (HEPA),

. Medição da umidade relativa do ar e da temperatura ambiente.


INSTALAR OS SEGUINTES ACESSORIOS
 Sensor de falta de fluxo de ar de exaustão;
 Sensor de filtro sujo;
 Sensor de Fire-Detecte (incêndio).

REALIZAR O TESTE DE CERTIFICACAO STANDARD


Trabalho de certificação, onde são realizados os testes básicos descritos nas normas
internacionais, que garantem a possibilidade de certificação do Equipamento ou Área
Limpa:

- Medição da contagem de partículas em suspensa, para classificação do


ambiente,

- Medição e ajuste da velocidade do fluxo de ar, Downflow,

- Medição e ajuste da vazão do fluxo de ar, Downflow,

- Medição e ajuste da velocidade do fluxo de ar, Inflow,

- Medição do índice de saturação dos filtros absolutos (HEPA),

- Medição da umidade relativa do ar e da temperatura ambiente.

Ao final de todo este procedimento aguardar o relatório de manutencao preditiva realizado,


contendo os resultados. E aguardar o certificado de aprovacao para o funcionamento do
equipamento.
0

Bibliografia
Ministerio de Saude, Manual de Manutencao de Equipamentos da Rede de Frio/ serie A.
Normas e Manuais Tecnicos,1 edicao Brasil, Brasilia DF/2007.

Universidade de São Paulo- Servico Especializado em Engenharia, Seguranca e Medicina do


Trabalho, Capelas de Exaustao (Quimica) Cabines de Seguranca (Biologica ), 2016.

https://docplayer.com.br/209824578-cabine-de-seguranca-biologica-linha-600.html
https://www.gransafe.com/csb-beta
https://franciscohernandes.com.br/cabines-de-seguranca-biologica-csb/

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