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Medicina

Turma: 2º período 041/ MP05

Microbiologia

Aula prática I- BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA MÉDICA

Ewellin Fabiane Queiroz Rabello – N° de matrícula 21010883


1.2. INTRODUÇÃO

A Microbiologia Clínica é a área ou setor do laboratório clínico que trabalha com o diagnóstico
de patologias através da coleta, cultura, identificação e classificação de microrganismos, como
bactérias, fungos e até mesmo vírus. O laboratório de microbiologia é uma área diferenciada, pois as
ferramentas de trabalho e o ambiente diferem do que é observado em setores como a hematologia e a
bioquímica

1.3. OBJETIVOS

Objetivo demostrar que a Biossegurança é o estudo integrativo e multiprofissional que tem como
objetivo reduzir ou eliminar riscos oriundos da atividade laboral que possam oferecer riscos ao
manipulador, à comunidade ao
entorno e ao meio ambiente.

1.4. MATERIAIS E MÉTODOS

Em laboratórios de microbiologia, sejam de pequeno, médio ou grande porte, a rotina é


composta por amostras biológicas oriundas das mais variadas origens e portadoras dos mais variados
microrganismos patogênicos. Dependendo da patologia pesquisada e dos microrganismos analisados,
têm-se um risco de acidentes envolvendo o pessoal do laboratório (como analistas e técnicos), a
comunidade e o meio ambiente, que podem ser provocados por falhas em protocolos de biossegurança.
Além de perigosos, acidentes assim podem resultar em uma queda na confiabilidade do laboratório,
pois refletem diretamente nas medidas de segurança que são tomadas desde o momento do recebimento
da amostra pelo estabelecimento.
É de acordo com a complexidade do laboratório de microbiologia, de quais microrganismos são
manipulados no estabelecimento e de quais são os protocolos de biossegurança adotados nos mesmos
que se pode classifica-los de acordo com os Níveis de Biossegurança (NB) estabelecidos pelos
principais órgãos reguladores de atividades laboratoriais no mundo, o Center for Control Disease and
Prevention (CDC) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao todo são quatro os níveis de
biossegurança, que aumentam à medida que o laboratório apresenta maiores graus de complexidade e,
consequentemente maiores riscos inerentes à atividade laboratorial.

NB – 1
O primeiro nível de biossegurança corresponde ao nível mais básico no que se refere à contenção
laboratorial. Neste tipo de instalação o principal objetivo é o ensino básico dos princípios de
microbiologia para alunos de nível médio, técnico e superior. São considerados laboratórios simples,
com equipamentos de proteção coletiva e individual básicos, pois não oferecem riscos em grande escala
para quem está neste ambiente. Em relação ao desenho do local, não são requeridos projetos complexos
pois apenas a orientação em biossegurança básica se torna necessária para minimizar riscos oriundos
do trabalho. Nesta classificação, os agentes biológicos de classe de risco I, que oferecem pouco ou
nenhum risco para seu manipulador ou para a comunidade são os principais alvos de trabalho.

NB – 2
O segundo nível de biossegurança corresponde ao nível moderado de complexidade e contenção
laboratorial. Está relacionado principalmente à manipulação de agentes biológicos inseridos na classe
de risco II, por apresentarem risco moderado para o manipulador e leve para a população. Laboratórios
Clínicos ou hospitalares de níveis primários se enquadram nesta categoria, pois se faz necessária a
adoção de medidas primárias de contenção biológica, como o uso de equipamentos de proteção
individual e a manipulação de agentes microbiológicos dentro de cabines de segurança biológica, pois
apresentam um sistema de exaustão por fluxo de ar laminar. Barreiras físicas secundárias de proteção
biológica também são aplicadas através do desenho do local, que deve seguir as orientações básicas
em biossegurança no fluxo de pessoas e amostras.
NB – 3
O terceiro nível de biossegurança corresponde ao nível elevado de complexidade e contenção
laboratorial. Agregando característica da categoria anterior, este nível está relacionado com a
manipulação de organismo de risco biológica classe 3, que possuem grave risco para o manipulador e
moderado para a comunidade. Neste tipo de instalação, que também é aplicável para o trabalho com
grandes volumes de microrganismos classe 2, é mantido um controle rígido de biossegurança, checagem
e fiscalização da qualidade e funcionamento de todos os equipamentos e materiais do laboratório, com
treinamento especializado para profissionais que trabalham no local de acordo com o tipo de
microrganismo manipulado neste local.

NB – 4
O maior nível possível de biossegurança de um laboratório, correspondente ao mais alto grau de
contenção laboratorial. Também conhecidos como laboratórios de contenção máxima, são destinados à
manipulação de agentes biológicos de risco classe 4, considerados de grave risco para o manipulador e
para a comunidade. Geralmente são unidades geográficas segregadas de centros urbanos e
independentes, possuindo um alto padrão de qualidade em biossegurança, com equipamentos de ponta
para garantir o funcionamento do laboratório, a segurança de todos os trabalhadores envolvidos e a
contenção e neutralização de microrganismos manipulados dentro destas instalações. Possuem
geralmente um sistema rigoroso de higienização e desinfecção de todos que entram e saem de suas
instalações para que não haja transmissão de patógenos para o meio ambiente e para comunidades
próximas. Agentes infecciosos como vírus de febres hemorrágicas são um dos principais
microrganismos manipulados nestes centros.

1.5. RESULTADOS ESPERADOS E OBTIDOS

A classificação de laboratórios quanto ao seu nível de biossegurança permite o entendimento da


complexidade do funcionamento de um laboratório de microbiologia. Diferentes agentes biológicos
possuem diferentes características, como grau de virulência e patogenicidade, e cabe ao profissional
microbiologista seguir adequadamente os protocolos de biossegurança e utilizar das melhores
instalações laboratoriais para que o trabalho em bancada seja seguro não somente para gerar um
resultado confiável, mas que tenha a responsabilidade de garantir segurança para todos os profissionais
que trabalham naquele ambiente e para comunidades próximas e meio ambiente, agindo de forma
consciente e responsável

1.6. CONCLUSÕES

Portanto, enfatizamos na aula prática que um profissional responsável é aquele que se preocupa
com resultados, mas também com o impacto de suas atividades no mundo.

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