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1. Conceitue “microbiota normal”.

Microbiota normal refere-se à população de microrganismos que habita a pele e às


mucosas de pessoas normais e sadias. A microbiota normal humana desenvolve-se por
sucessões, desde o nascimento até as diversas fases da vida adulta, resultando em
comunidades bacterianas estáveis, que tem início no momento do nascimento, pois ao
passar pelo canal do parto, ele recebe o primeiro mecanismo de sua microbiota.

2. Diferencie microbiota transitória de microbiota residente.


Microbiota Residente: consiste em microrganismos encontrados com regularidade em
determinada idade e área da superfície, sendo perturbada, recompõe-se com
facilidade.
Microbiota transitória: consiste em microrganismos não patogênicos ou
potencialmente patogênicos que permanecem na pele ou mucosa por horas, dias ou
semanas, provenientes do meio externo, não provocando doenças e não se
estabelecendo em definitivo na superfície.

3. Liste as vantagens e desvantagens da microbiota residente.


Vantagens; proteção contra invasão, síntese de vitaminas, produção de enzimas e
desenvolvimento do sistema imune.
Desvantagens; desequilíbrio biológico, instalação de patógenos exógenos e migração
para outros sítios anatómicos.

4. O uso de cateter garante o acesso vascular para auxiliar no tratamento, mas coloca
os pacientes em risco de infecção. A maioria das infecções graves está associada a
cateteres venosos centrais, especialmente os utilizados em UTI, que são acessados
múltiplas vezes ao dia para medidas hemodinâmicas e coleta de amostras para exames
laboratoriais, aumentando o risco de contaminação e infecção.
Nomeie a bactéria envolvida frequentemente em infecções relacionadas a cateteres.
Cite o seu habitat natural. Descreva a característica bacteriana (principal fator de
virulência) que garante o sucesso no processo de colonização da superfície do cateter.
A capacidade de colonização e a patogenicidade do S. aureus são, portanto, uma
consequência de seus fatores de virulência, os quais têm papel relevante na adesão
celular, na captação de nutrientes e na sua evasão da resposta imunológica do
hospedeiro. Esses fatores de virulência podem ser classificados, basicamente, nas três
seguintes categorias: a) fatores relacionados com a aderência às células do hospedeiro
ou à matriz extracelular, como a produção de moléculas de fibrinogênio, fibronectina,
colágeno ou da enzima coagulase; fatores relacionados com a evasão da defesa do
hospedeiro, como diversas enterotoxinas estafilocócicas , a toxina da síndrome do
choque tóxico (TSST), a proteína A, lipases e polissacarídeos capsulares; e fatores
relacionados com a invasão na célula do hospedeiro e a penetração nos tecidos ou
adesão de superfícies de cateteres e próteses, os quais incluem as proteínas (toxinas) –
hemolisinas. O S. aureus contém ainda, na estrutura de sua parede celular,
polissacarídeos e proteínas antigênicas, bem como outras moléculas importantes, as
quais podem induzir uma resposta imunológica no hospedeiro. Entre essas outras
moléculas podemos citar o ácido tecóico, o glicanopeptídio, a proteína A, além da
presença de cápsula e de adesinas.

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