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Células
ERITRÓCITOS
Em alta resolução, os eritrócitos aparecem com discos pálidos. Eles apresentam alguma variação
Leucócitos
Célula tubular renal. Disponível em: < http://www.enjoypath.com/cp/Chem/Urine-Morphology/>. Acesso em: 13 jul. 2019.
Cilindros
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Cilindros hialinos
Ádamo Porto Gama. Disponível em: < http://adamogama.blogspot.com/2012/08/cilindros-na-urina.html >. Acesso
em: 21 jun. 2019. Imagem central e da direita.
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Cilindros hialinos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-
urinalise>. Acesso em: 07 jul. 2019
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1. Cilindros céreos
Cilindros céreos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>. Acesso
em: 07 jul. 2019
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Cilindros cominclusões
Grânulos pequenos (finos) e grandes (grosseiros), representam agregados proteicos plasmáticos
que passam para os túbulos a partir dos glomérulos lesados e restos celulares dos leucócitos,
remanescentes dos eritrócitos ou células tubulares renais lesados e principalmente de
precipitados salinos finos.
Cilindros granulosos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>. Acesso
em: 07 jul. 2019.
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Cilindros adiposos
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em:
<https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>. Acesso em: 07 jul. 2019
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Cilindros epiteliais
Figuras: COUTINHO, Tamara. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/euripedes/atlas-de-urinalise>. Acesso em: 07 jul. 2019
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CRISTAIS
Figura da esquerda:
grânulos de urato
amorfo (400x)
Figura da direita:
Sedimento urinário
com grânulos de
urato amorfo
ressuspendido.
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Ácido úrico
2. Ácido hipúrico
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Encontram-se cristais de ácido hipúrico na urina ácida, neutra ou ligeiramente alcalina. Estes
cristais incolores são prismas, placas, ou em forma de agulha. Estes cristais são frequentemente
aglomerados em massas.
Podem ocorrer nos seguintes estados patológicos: pielite crônica, cistite crônica, hipertrofia de
próstata e retenção vesical. Aparecem também em urinas normais.
Os cristais de fosfato hidrogenado di-cálcico são prismas longos, com três lados e extremidades
pontiagudas. São encontrados na urina neutra ou discretamente ácida. Formam aglomerados ou
rosetas.
4. Biurato de amônio
Urato ou biurato de amônio pode aparecer em urinas alcalinas, ácidas ou neutras. São corpos
esféricos castanhos amarelados, com espículas longas e irregulares. São patogênicos se
aparecem em urina recém-emitida, como ocorre em doenças hepáticas. Podem ocorrer em
doenças hepáticasSão solúveis aquecendo a urina ou acrescentando o ácido acético e, se
ficar em repouso, formam cristais de ácido úrico.A precipitação de solutos depende do pH
urinário e da solubilidade e concentração do cristaloide.
Cristais de cistina
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Os Cristais de bilirrubina são cristais anormais na urina. Eles se formam a partir de bilirrubina
conjugada e são cristais tipo agulha em formato granular de cor amarela.
Cristais de bilirrubina
Disponível em:< https://forum.facmedicine.com/threads/types-
of-crystals-found-in-human-urine-and-their-clinical-
significance.32774/>. Acesso em: 12 jul. 2019.
Cristais de tirosina
Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose.
Disponível em: <http://atlasdeurinalise.blogspot.com/p/cristais.html>. Acesso em: 20 jun. 2019.
Disponível
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São cristais raros. Os cristais são esferas amarelas com aspecto oleoso e com estrias radiais e
concêntricas.
Cristais de Leucina
Acetylsulfadiazine, como feixes de trigo com ligação excêntrica e células vermelhas do sangue,
6. Cristais de Indinavir
7. Ampicilina (dose alta) – Esses cristais ocorrem em pH de solução ácida. Cristais longos, finos e
incolores formam feixes grosseiros após a refrigeração.
Cristais de colesterol
Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular e em quadros nefróticos, como
também na quilúria, está em consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal da
drenagem linfática, ou por ruptura de vasos linfáticos no interior da pélvis renal ou no trato
urinário.
Cristais de cistina
Cristais de cistina são placas planas incolores e têm a característica cristais de forma hexagonal
com lados iguais ou desiguais. Eles ocorrem em urina ácida que estão associados com uma
doença hereditária. Presença de cristais de cistina representa um defeito tubular proximal na
reabsorção de aminoácidos.
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Novos cilindros vêm sendo identificados quando corados pelo método Papanicolaou. A urinálise
citodiagnóstica permite uma maior exatidão na identificação e quantificação dos tipos de cilindros
e de quaisquer inclusões presente. Os métodos imunocitológicos vêm sendo desenvolvidos para
analisar os sedimentos urinários com a utilização de anticorpos monoclonais (HENRY, 2012).
Sedimento telescopado
Sedimento telescopado é o termo utilizado para descrever a ocorrência simultânea de elementos
da glomerulonefrite aguda e crônica, bem como daqueles que ocorrem na síndrome nefrótica, na
mesma amostra de urina. Um sedimento telescopado pode, portanto, incluir eritrócitos, cilindros
hemáticos, cilindros celulares, cilindros céreos largos, gotículas de lipídeos, corpos gordurosos
ovais e cilindros gordurosos (HENRY, 2012).
Significado clínico
Tal sedimento pode ser encontrado nas doenças vasculares do colágeno, sobretudo na nefrite
lúpica, e na endocardite bacteriana subaguda (HENRY, 2012).
Células tumorais
As células tumorais malignas esfoliadas da pelve renal, ureter, parede vesical e uretra são
melhores identificadas com a utilização de técnicas citológicas.
Células com inclusão viral
Células epiteliais com corpos de inclusão podem ser encontradas no sedimento urinário de certas
doenças virais. Células gigantes sinciciais contendo inclusão intranuclear eosinofílica são
observadas em pacientes com infecção herpética. Nas crianças ou pacientes imunodeprimidos
com doença de inclusão citomegálica, células epitelioides com inclusão intranuclear basófila ou
corpos citoplasmáticos podem ser observadas no sedimento urinário. As técnicas citológicas são
mais sensíveis do que a microscopia urinária convencional para a detecção de células infectadas
por vírus (HENRY, 2012).
Plaquetas
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Elas têm sido encontradas na urina, até 30.000/uL são encontradas na urina de pacientes com
síndrome urêmico-hemolítica, antes de após a terapia. Elas são observadas na microscopia de
fase e confirmadas pela microscopia eletrônica (HENRY, 2012).
Bactérias
A presença de bactérias pode ou não ser significativa, dependendo do método de coleta urinária
e quanto tempo se passou entre a coleta e a realização do exame. A urina não centrifugada e
bem misturada pode ser examinada com coloração de Gram. Se houver identificação de bactérias
na amostra não centrifugada sob uma lente de imersão, provavelmente existem mais de 100.000
organismos por milímetro (bacteriúria significativa). Bactérias com forma de bastonetes são as
mais comumente observadas, em virtude dos micro-organismos entéricos serem os mais
frequentemente encontrados nas infecções do trato urinário. Se a infecção do trato urinário estiver
presente, muitos leucócitos são visualizados no sedimento (HENRY, 2012).
A coloração ácido-resistente do sedimento urinário pode revelar o bacilo da tuberculose, mas
como a uretra pode conter organismos ácido-resistentes não patogênicos, a presença do bacilo
da tuberculose deve ser substanciado pela cultura (HENRY, 2012).
Fungos
Células de leveduras (Candida) são observadas na infecção do trato urinário (p.ex., no diabetes
mellitus), mas as leveduras também são contaminantes usuais da pele e do ar. Elas podem ser
confundidas com eritrócitos; normalmente são observados brotos que auxiliam na diferenciação.
Formas pseudomiceliais de Candida são encontradas ocasionalmente (HENRY, 2012).
Parasitas
Parasitas e ovos de parasitas podem ser encontrados no sedimento urinário como resultado de
contaminação fecal ou vaginal. Quando eles são detectados, o exame deve ser repetido com uma
amostra de urina nova, recente e colhida com todos os cuidados de assepsia. Nos pacientes com
esquistossomose devida ao Schistosoma haematobium, os ovos típicos são liberados
diretamente na urina junto com eritrócitos da bexiga. Trichomonas sp podem estar presentes
como resultado de contaminação vaginal. Quando se suspeita de uma infecção uretral ou vesical,
o protozoário deve ser investigado imediatamente numa preparação molhada do sedimento; a
motilidade do micro-organismo é útil para a realização da identificação adequada (HENRY, 2012).
O micro-organismo quando imóvel pode ser confundido com leucócito (CARMO, 2012). As
amebas raramente são encontradas na urina; elas podem atingir a bexiga através dos linfáticos e,
mais provavelmente, pela contaminação fecal da uretra. A Entamoeba histolytica patogênica
usualmente é acompanhada por eritrócitos e leucócitos (HENRY, 2012).
Alguns parasitas intestinais e seus cistos ou ovos podem alcançar os órgãos do sistema urinário
por meio de contaminação com material fecal. Ex. Enterobius vermicularis.
Contaminantes e artefatos
Fibras musculares ou células vegetais parcialmente digeridas podem ser encontradas quando há
contaminação fecal.
Algumas vezes pode haver espermatozoides na urina do homem e, ocasionalmente, na urina da
mulher.
Os grãos de pólen contaminam as amostras sazonalmente.
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Algodão, cabelos e outras fibras podem estar presentes e são facilmente identificadas.
Fibras de madeira podem ser encontradas quando forem utilizados palitos para misturar o
sedimento.
Fibras pequenas de fraldas descartáveis são facilmente confundidas com cilindros.
Diferentemente dos cilindros, essas fibras polarizam brilhantemente.
Grânulos de amido possuem uma aparência brilhante, são discretamente estriados e não devem
ser confundidos com células. Eles possuem uma borda irregular e uma depressão central. O
amido de luvas cirúrgicas é o contaminante mais comum da urina.
As gotículas de óleo de lubrificante de cateteres podem ser confundidas com células,
especialmente com os eritrócitos, mas não possuem estrutura. O material lipídico de cremes
vaginais também forma gotículas na urina e podem agregar em grandes conjuntos amorfos.
Espermatozoides
Figura superior esquerda: Disponível em: <https://docplayer.com.br/50323752-Exame-microscopico-da-urina-
professora-melissa-kayser.html>. Acesso em: 21 jun. 2019
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Corantes e colorações
Microscopia em campo claro de urina não corada
Uma luz suave é necessária para que sejam delineados os elementos formados mais
transparentes da urina, tais como os cilindros hialinos, cristais e filamentos mucosos. A
identificação de leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, linfócitos), histiócitos, células epiteliais renais,
células com inclusão viral, células neoplásicas e cilindros celulares pode ser muito difícil nas
preparações não coradas. A microscopia de fase é altamente recomendável para a detecção de
cilindros.
Microscopia em campo claro com coloração supravital
Os detalhes celulares são melhor observados em sedimentos corados. Uma coloração com
violeta-cristal safranina pode ser utilizada como auxiliar na identificação de elementos celulares.
REAGENTES
Solução I Violeta cristal 3,0 g
Álcool etílico 95% 20,0 mL
Oxalato de amônio 0,8 g
Solução II Safranina O 1,0 g
Álcool etílico 95% 40,0 mL
Água destilada 400,0 mL
Preparo
Três partes da solução I e 97 partes da solução II são misturadas e filtradas. A mistura deve ser
clarificada, através de filtração, a cada duas semanas. Deve ser descartada após três meses.
Separadamente, as soluções I e II mantêm-se indefinidamente em temperatura ambiente. Em
amostras urinárias altamente alcalinas, o corante precipita.
Procedimento
Adicione uma ou duas gotas do corante violeta-cristal safranina em aproximadamente 1 mL de
sedimento urinário concentrado. Misture e com uma pipeta coloque uma gota dessa suspensão
numa lâmina e cubra com uma lamínula (HENRY, 1999, p. 446).
Obs.: A solução de azul de metileno a 2% e o azul de toluidina também podem ser utilizados
como um corante supravital simples.
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Bibliografia
ABNT NBR 15268, 2005.
CARMO, Andréa Moreira S. Análise Laboratorial da Urina Humana: Urinálise. 1ª ed. Joinville –
SC: Clube dos Autores, 2012. p. 112.
European Urinalysis Guideline, 2000; NCCLS, 2001
DIAGNÓSTICOS clínicos e tratamento por métodos laboratoriais de Henry. 21. São Paulo Manole
Mundt, Lillian A. Exame de urina e de fluidos corporais de Graff [recurso eletrônico] / Lillian
A. Mundt, Kristy Shanahan; tradução: Cynthia Maria Kyaw, Martha Maria Macedo Kyaw;
revisão técnica: Miguel Luis Graciano. – 2. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre:
Artmed, 2012.
STRASSINGER, Susan King. Uroanálise e Fluídos Biológicos. 3. ed. Premier Editorial. 2000.