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2.

Descrever os mecanismos de patogênese das bactérias; (diferenciar as bactérias intra e


extracelulares)- Carol, Gabi e Bia

Entrada no corpo Humano

• Para ocorrer infecção, as bactérias têm que penetrar o corpo vencendo as barreiras
e mecanismos de defesa naturais do corpo tais como pele, muco e secreções
contendo substâncias antibacterianas (ex. lisozima e IgA). Essas barreiras podem ser
quebradas, por lesões, cortes ou úlceras, abrindo entrada para as bactérias. Ou as
bactérias podem ter meios de comprometer a barreira e invadir o organismo. A boca,
nariz, trato respiratório, trato gastrointestinal, ouvidos, olhos, trato urogenital e ânus
são sítios pelos quais as bactérias podem penetrar o corpo se vencer a barreira.

• Colonização, Adesão e Invasão

• Colonização: condições ambientais determinam quais bactérias podem ou irão


colonizar um determinado sítio.

• Adesão: Bactérias que são capazes de aderirem aos revestimentos


epiteliais/endoteliais da bexiga, intestino e vasos sanguíneos e podem colonizar
tecidos.

Adesão é a estratégia que as bactérias usam para se fixar nas células e nos tecidos dos
organismos hospedeiros. É medida por estruturas presentes na superfície bacteriana,
definidas coletivamente como adesinas - as adesinas só funcionam quando interagem com
receptores existentes na superfície da célula hospedeira.

‣ Adesinas (nas Fímbrias) são proteínas que se ligam a receptores de células


humanas, permitindo a adesão.

‣ Biofilme é uma cápsula de açúcar


principalmente viscosa que liga as bactérias
entre si e à superfície de aderência. Esse
biofilme as protege contra as defesas do
organismo e antibióticos, permitindo a passagem
de água e nutrientes.

• Os receptores presentes nas células do hospedeiro podem ser de natureza


proteica (proteínas da matriz extracelular) ou carboidratos (presentes nas
glicoproteínas e glicopeptídeos presentes na superfície celular)

• Invasão: bactérias podem passar através de mucosas e outras barreiras de tecidos.

‣ Invasivas: Conferem capacidade de aderir e invadir diferentes células do organismo -


Estratégia da bactéria para provocar infecção
‣ As invasinas têm a função de proteger o microrganismo das defesas do organismo
1. Destino e comportamento da bactéria variável
2. Romper a membrana do vacúolo
3. Crescer no citoplasma rico em nutrientes
4. Disseminar-se de uma célula a outra através dos filamentos de actina e miosina
5. Permanecer dentro do vacúolo e serem transportadas para tecido subepitelial, enquanto
há proliferação dentro do vacúolo

• Penetração bacteriana - fagocitose Células de defesa (macrófagos – proteção) ≠


células não fagocíticas (induzido pela bactéria por meio das invasivas)

Ação Patogênicas das bactérias

• Destruição do tecido:

Metabólitos provenientes do crescimento bacteriano incluem ácidos, gases e outras


substâncias que são tóxicas para o tecido. Além disso, muitas bactérias liberam
enzimas degradativas que decompõem o tecido fornecendo nutrientes para si.

• Toxinas: Produtos bacterianos que danificam diretamente o tecido ou promovem


atividades biológicas destrutivas.

• Endotoxinas: São componentes da parede celular que ativam o sistema imune


gerando lesão tecidual. - Peptideoglicana, ácidos teicóicos e lipoteicóicos LPS (somente
gram-negativas) – Ativa vias imunes e vias de coagulação.

• Exotoxinas: Proteínas produzidas por bactérias que incluem enzimas citolíticas e


proteínas ligantes de receptores que alteram as funções celulares ou às destroem. -
Superantígenos: Grupo especial de toxinas que estimulam células T ligando-se a um
receptor de célula T a uma molécula de MHC-II, mesmo na ausência de antígeno.
Activando linfocitos TCD4+ indiscriminadamente, aumentando a liberação de IFN-y e
citocinas, induzindo a vasodilatação e reação inflamatória generalizada, levando a sepse.

• Bactéria se instala com sucesso no hospedeiro > infecção > pode ou não provocar
doença
• Bactérias da flora bacteriana normal > causam apenas infecções
• Doença > ocorre quando a bactéria expressa seu efeito patogênico > manifestações
clínicas

• Processo Infeccioso
1. ADERÊNCIA BACTERIANA
2. MULTIPLICAÇÃO LOCAL (SISTEMA LINFÁTICO)
3. DISSEMINAÇÃO
4. CORRENTE SANGUÍNEA (BACTEREMIA)
5. ÓRGÃOS-ALVO

• Imunopatogênese
‣ Sintomas de infecção são resultantes da resposta imune e inflamatórias excessivas. A
tempestade de citocinas gerada pela reação inflamatória pode levar ao choque séptico e
à morte.

• Escape do Sistema Imune


‣ Bactérias podem escapar da ação dos anticorpos pelo crescimento intracelular,
variação antigênica ou por inativação dos anticorpos ou do complemento. A cápsula é
tipicamente feita de polissacarídeos, que são imunógenos fracos. Protegendo assim as
bactérias de respostas imunes e fagocitárias. Proteína M também impede a fagocitose.
Podem ainda impedir a morte pelos fagócitos, através da inibição da fusão de
fagolisossoma ou resistência a enzimas lisossômicas.
RESUMINDO PATOGÊNESE BACTERIANA:
- Adesinas se ligam a receptores específicos na superfície de tecidos e auxiliam as
bactérias a se fixarem neles. Normalmente estão presentes na ponta dos pili

- Após aderidas, ocorre a formação do biofilme. O biofilme é uma rede viscosa de


polissacarídeos que conecta as células umas às outras e à superfície. A produção de
biofilme requer um número suficiente de bactérias (quorum), que começam a crescer.
Subprodutos do crescimento bacteriano, especialmente da fermentação, incluem ácidos,
gás e outras substâncias que são tóxicas ao tecido. Muitas bactérias liberam também
substâncias tóxicas ao tecido, propiciando nutrientes para o crescimento dos
microrganismos e promovendo disseminação da bactéria

- Lembrar que bactérias conseguem formar biofilme em corpos estranhos como cateteres,
próteses… porém macrófagos não conseguem fagocitá-las nessas condições pois os
corpos estranhos não apresentam receptores de superfície para fagocitose. Por isso que
ocorrem aquelas muambas de inflamar prótese, etc (tipo a prótese de aorta abdominal do
vô Jorge)

- Agora para desenvolver a doença, o que faz a bactéria produzir a doença em si são dois
mecanismos: invasão/ inflamação e produção de toxinas

- Exotoxinas (gram-positivas e gram-negativas): liberada para circulação ou ambiente

- Endotoxinas (gram-negativas): componente integral da membrana externa=

→ Agentes infecciosos extracelulares:

Podem se replicar na circulação, no lúmen das vias respiratória e intestinal, bem


como na superfície de epitélios.

● Resposta imunidade inata: Sistema complemento

Pode ser ativado através da via alternativa por bactérias Gram+ e Gram-, e aquelas
bactérias que possuem manose na parede celular realizarão esta ativação através
da via das lectinas, desencadeando alguns mecanismos efetores do sistema
complemento: fagocitose, lise celular e amplificação do processo inflamatório.

● Respostas imunes adaptativas:


A imunidade humoral é o principal mecanismo para eliminação de patógenos
extracelulares, bem como para neutralização de toxinas.
Agentes infecciosos intracelulares:

- Algumas bactérias possuem a capacidade de resistir à fagocitose e de se replicar no


interior dos fagócitos, estimulando a produção de IL-12 (citocina). Esta citocina ativa as
células NK que passam a produzir IFN-γ com a finalidade de aumentar a produção de
substâncias microbicidas no interior dos fagócitos.

- Mas eles também podem ser destruídos mediante a participação das células T CD4.
- Os agentes infecciosos presentes dentro de vesículas no citoplasma da célula
podem entrar na via de processamento e apresentação de antígeno via molécula de
MHC de classe II. As células T CD4 que reconhecem este complexo são a?vadas e
produzem IFN-γ que irá aumentar a Atividade microbicida no interior dos fagócitos.

- Tendo em vista que alguns agentes infecciosos são capazes de permanecer vivos no
interior dos fagócitos, muitas vezes pode haver formação de granulomas. Esta estrutura é
formada predominantemente por macrófagos e linfócitos T, e tem a finalidade de evitar a
disseminação do patógeno, mas que muitas vezes pode culminar em um processo
inflamatório intenso levando a fibrose tecidual.

→ Patógenos Intracelulares obrigatórios:


Precisam viver no interior de uma célula hospedeira para sobreviver e se multiplicar

→ Patógenos Intracelulares Facultativos:


São capazes de viver tanto de forma intracelular quanto extracelular
https://docplayer.com.br/80149066-Mecanismos-microbianos-da-patogenicidade.html
http://www.ifcursos.com.br/sistema/admin/arquivos/08-31-26-08-patogeniabacteriana.pdf

5. Caracterizar a importância da microbiota, e compará-la com a microbiota patogênica;


-Gabi e Bia

MICROBIOTA NORMAL

- termo utilizado para descrever as várias bactérias e fungos que são residentes
permanentes de determinados sítios corporais,
- A presença desses organismos é diferente do estado de portador - utilizado em referência
a uma pessoa que apresenta infecção assintomática ou a um indivíduo que se recuperou de
uma doença, mas ainda carreia o organismo, podendo possuí-lo por um tempo. Após a
colonização por um novo organismo (isto é, adesão e crescimento, geralmente em uma
membrana mucosa), esse organismo pode causar uma doença infecciosa ou pode ser
eliminado por nossas defesas. Além disso, o indivíduo colonizado por um novo organismo
pode transmitir aquele organismo a outros, isto é, atuar como um reservatório de infecção
para terceiros.

- São bactérias ou leveduras.

- Vírus, protozoários e helmintos não são considerados membros da microbiota normal


(entretanto, os humanos podem ser portadores de alguns desses organismos).

- Habitam as superfícies corporais expostas ao meio ambiente, como a pele, a orofaringe, o


trato intestinal e a vagina. Além disso, diferem em número e tipo nos vários sítios
anatômicos.

- São organismos de baixa virulência e desempenham papel na manutenção da saúde.

- Em seu sítio anatômico usual, não são patogênicos, mas quando deixam seu sítio
anatômico usual, especialmente no caso de um indivíduo imunocomprometido, podem
causar doenças em outras regiões do corpo

- Constituem um mecanismo de defesa protetor. A resistência à colonização ocorre quando


os membros da microbiota normal ocupam locais especialmente a pele, a orofaringe, o
cólon e a vagina.

- regiões que não possuem microbiota normal (exceto por aqueles organismos transientes):

- sistema nervoso central


- sangue
- brônquios inferiores e alvéolos
- fígado
- baço
- rins
- bexiga

receptores da pele e superfícies mucosas, impedindo, assim, a adesão de patógenos a


esses receptores. Quando a microbiota normal é suprimida, os patógenos podem crescer e
causar doenças.

- Podem desempenhar uma função nutricional. As bactérias intestinais produzem grande


quantidade de vitamina B e vitamina K. Indivíduos mal nutridos, quando submetidos ao
tratamento com antibióticos orais, podem apresentar deficiências vitamínicas como
resultado da redução da microbiota normal. Todavia, uma vez que animais livres de germes
exibem bom estado nutricional, a microbiota normal não é essencial à nutrição adequada.)
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS PRODUZIDOS PELA MICROBIOTA NORMAL HUMANA

A microbiota é multifuncional, incluindo a capacidade de:

- auxiliar na digestão de polissacarídeos vegetais, na biotransformação de conjugados


ácidos da bile e na degradação de oxalatos;

- sintetizar e excretar vitaminas, como ocorre com bactérias entéricas, que produzem
vitaminas K e B12, e bactérias do ácido láctico, que produzem outras vitaminas do
complexo B;

- impedir a colonização por patógenos, através da competição por sítios e nutrientes


essenciais;
- antagonizar outras bactérias, por meio de síntese de substâncias inibidoras ou letais
contra espécies não pertencentes à microbiota normal;

- promover o desenvolvimento de tecidos, como o ceco e tecido linfático (Placa de Peyer)


no trato gastrointestinal;

- estimular a produção de anticorpos “naturais”, em baixos níveis, contra os componentes


da microbiota normal, e que são capazes de reconhecer cruzadamente patógenos
relacionados, e,

- ajudar o sistema imune na apresentação de antígenos, o que torna o organismo mais


tolerante a alguns determinantes imunológicos, reduzindo assim as respostas alérgicas à
comida e antígenos ambientais

RELAÇÃO COM O ORGANISMO HOSPEDEIRO


As interações que existem entre bactéria e hospedeiro podem ser vistas em termos
contínuos entre simbiose, comensalismo e patogenicidade, sendo que simbiose de
comensalismo estariam incluídos em um mesmo grupo: mutualismo. O termo simbiose
refere-se a relação entre duas espécies diferentes, onde pelo menos uma das partes é
beneficiada sem causar qualquer tipo de dano a outra. Normalmente, tal relação é centrada
nos metabólitos que permitem tanto uma ou ambas as partes aproveitarem os nutrientes. O
termo comensalismo vem do Latim commensalis e significa: “na mesma mesa” e se refere a
parceiros que coexistem sem dano a nenhuma das partes, mas sem benefícios óbvios. Já
uma relação patogênica ocasionaria danos para o hospedeiro. Simbiose de comensalismo
têm sido visto como uma corrida onde, caso o microrganismo saia na frente ou seja,
expresse os fatores de virulência, este causará algum tipo de dano ao hospedeiro
vulnerável.

Os microrganismos membros da microbiota humana podem existir como (1) mutualistas,


quando protegem o hospedeiro competindo por micro-ambientes de forma mais eficiente
que patógenos comuns (resistência à colonização), produzindo nutrientes importantes e
contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico;
(2) comensais, quando mantêm associações aparentemente neutras sem benefícios ou
malefícios detectáveis e (3) oportunistas, quando causam doenças em indivíduos
imunocomprometidos devido à infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, terapia
imunossupressora de transplantados, radioterapia, quimioterapia anticâncer, queimaduras
extensas ou perfurações das mucosas.

A microbiota humana constitui um dos mecanismos de defesa contra a patogênese


bacteriana, mas ainda que a maioria dos componentes da microbiota normal seja inofensiva
a indivíduos sadios, esta pode constituir um reservatório de bactérias potencialmente
patogênicas. Muitas bactérias da microbiota normal podem agir como oportunistas. Nestas
condições a microbiota residente pode ser incapaz de suprimir patógenos transitórios, ou
mesmo, alguns membros da microbiota podem invadir os tecidos do hospedeiro causando
doenças muitas vezes graves. Em indivíduos sadios, algumas espécies de bactérias da
microbiota oral causam cáries em 80% da população.
RELAÇÕES SIMBIÓTICAS: Associação de dois organismos (geralmente de espécies
diferentes) vivendo juntos em íntima associação => simbiontes.

→ Mutualismo: Quando a relação simbiótica é benéfica para ambos os simbiontes, ou seja,


tanto o hospedeiro quanto o microrganismo se beneficiam de sua inter-relação. Esta relação
é extremamente estável, visto que a sobrevivência de ambos os membros depende dela
(Bacteriorrizas, micorrizas, etc).

→Comensalismo: Quando a relação simbiótica é benéfica apenas para um simbionte, sem


acarretar qualquer consequência para o outro.

→Parasitismo: Quando a relação simbiótica é danosa para um simbionte (hospedeiro) e


benéfica para o outro (parasita).

Os membros da microbiota normal desempenham papel na manutenção da saúde, bem


como na promoção de doenças, de três maneiras significativas:

EXEMPLOS DE MUTUALISMO:

(1) Podem causar doenças, especialmente em indivíduos imunocomprometidos ou


debilitados. Embora esses organismos não sejam patogênicos em sua localização
anatômica usual, podem ser patogênicos em outras regiões do corpo.

(2) Constituem um mecanismo de defesa protetor. As bactérias residentes não patogênicas


ocupam sítios de adesão na pele e mucosa, podendo interferir na colonização por bactérias
patogênicas. A capacidade dos membros da microbiota normal limitarem o crescimento de
patógenos é denominada resistência à colonização. Quando a microbiota normal é
suprimida, os patógenos podem crescer e causar doenças. Por exemplo, os antibióticos
podem reduzir a microbiota normal do cólon, permitindo que o Clostridium difficile,
organismo resistente a antibióticos, cresça em abundância, causando uma colite
pseudomembranosa.

(3) Podem desempenhar uma função nutricional. As bactérias intestinais produzem grande
quantidade de vitamina B e vitamina K. Indivíduos mal nutridos, quando submetidos ao
tratamento com antibióticos orais, podem apresentar deficiências vitamínicas como
resultado da redução da microbiota normal. Todavia, uma vez que animais livres de germes
exibem bom estado nutricional, a microbiota normal não é essencial à nutrição adequada.

A determinação se um organismo recuperado a partir de um paciente corresponde à real


causa da doença envolve atenção em relação a dois fenômenos: microbiota normal e
colonização. Os membros da microbiota normal são residentes permanentes do corpo e
variam quanto ao tipo, de acordo com o sítio anatômico. A colonização refere-se à presença
de um novo organismo, o qual não é membro da microbiota normal, nem a causa dos
sintomas. A distinção entre um patógeno e um colonizador pode constituir-se em um difícil
dilema clínico, especialmente no caso de espécimes obtidos a partir do trato respiratório,
como culturas de garganta ou culturas de escarro.

● À permanência: transitória/permanente ou residente


→ Transitória: microrganismos frequentemente responsáveis pelas infecções hospitalares.
Por estar presente na superfície, é facilmente removível pela lavagem com água e sabão.

→ Permanente/Residente: De baixa virulência e raramente causa infecção. Em pacientes


imunodeprimidos, pode ocasionar infecções sistêmicas após procedimentos invasivos.
exemplo: microbiota normal.

● Membros importantes da microbiota normal

‣ Pele
- Há cerca de 103-104 organismos/cm2 de pele.
- A maioria localiza-se superficialmente no estrato córneo, porém alguns encontram-se nos
folículos pilosos e atuam como reservatório para substituir a microbiota superficial após a
lavagem das mãos.
- Staphylococcus epidermidis, não é patógeno quando situado na pele, porém pode causar
infecções em válvulas cardíacas artificiais e próteses articulares.
- A levedura Candida albicans, também encontrada na pele, pode alcançar a corrente
sanguínea e provocar infecções disseminadas, como endocardite, em usuários de fármacos
intravenosos.
- S. aureus também está presente na pele, embora seu principal sítio seja o nariz. Esse
organismo causa abscessos na pele e em vários outros órgãos.
- Propionibacterium e Peptococcus, situados em folículos mais profundos da derme, onde a
tensão de oxigênio é baixa. (Propionibacterium acnes)
- A levedura Candida albicans é também um membro da microbiota normal da pele. Pode
atingir a corrente sanguínea de um indivíduo quando a pele é perfurada por agulhas (por
exemplo, em pacientes em uso de cateteres intravenosos, ou indivíduos que fazem uso de
fármacos intravenosos).
Ela é uma importante causa de infecções sistêmicas em pacientes que apresentam baixa
imunidade mediada por células.

‣ Orofaringe (boca e garganta) - Um amplo espectro de organismos coloniza o nariz, a


garganta e a boca, porém os brônquios inferiores e alvéolos tipicamente contêm poucos
organismos, ou nenhum.

- Estreptococos do grupo viridans, como S. sanguis e S. mutans. Os estreptococos viridans


são a causa mais comum de endocardite subaguda.

A garganta contém uma variedade de estreptococos do grupo viridans, espécies de


Neisseria e S. epidermidis. Esses organismos não patogênicos ocupam os sítios de adesão
da mucosa da faringe, impedindo o crescimento dos patógenos Streptococcus pyogenes,
Neisseria meningitidis e S. aureus, respectivamente.

‣ Trato gastrintesTInal
- O estômago contém pouquíssimos organismos devido ao baixo pH. O cólon contém a
microbiota normal mais numerosa, bem como a maior diversidade de espécies, incluindo
bactérias anaeróbias e facultativas. Existem bacilos e cocos gram-positivos, e também
bacilos e cocos gram-negativos. Os membros da microbiota normal do cólon são uma
importante causa de doenças que ocorrem externamente ao
cólon. Os dois membros mais importantes da microbiota do cólon que causam doença são
os organismos Bacteroides fragilis anaeróbios e Escherichia coli facultativas. Enterococcus
faecalis, um facultativo, também corresponde a um importante patógeno.

‣ Vagina
- Os lactobacilos são os organismos predominantes da microbiota normal da vagina.
- Mantêm o pH vaginal baixo, inibindo o crescimento de organismos como C. albicans, uma
importante causa de vaginite.
- Antes da puberdade e após a menopausa, quando os níveis de estrógeno são baixos, os
lactobacilos são raros e o pH vaginal é alto.
- Eles impedem o crescimento de potenciais patógenos, uma vez que sua supressão por
meio de antibióticos pode levar ao crescimento abundante de C. albicans. O crescimento
excessivo dessa levedura pode resultar em vaginite por Candida.

‣ Uretra
- O terço distal da uretra contém uma variedade de bactérias, principalmente S. epidermidis.
- A uretra feminina pode ser colonizada por membros da microbiota fecal, como E. coli,
predispondo a infecções do trato urinário.

https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/1805061602

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