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Descrever a resposta

imunológica aos
helmintos e protozoários
(eosinófilos, Ige,
aspecto laboratorial)

Gabi e Carol
Protozoários e helmintos ativam mecanismos diferentes de imunidade inata.

● A principal resposta imunológica inata aos


protozoários é a fagocitose, porém a maioria
desses são resistentes à morte fagocítica,
replicando-se dentro de macrófagos.

● Os helmintos são muito grandes para serem


fagocitados e, além disso, possuem tegumentos
espessos que os tornam resistentes às
substâncias microbicidas secretadas pelos
fagócitos (neutrófilos e macrófagos).

Imunidade adaptativa

● Helmintos e protozoários variam muito suas


propriedades estruturais e bioquímicas e ciclos
de vida, por isso induzem a imunidade
adaptativa.
O principal mecanismo de Protozoários que se
01
replicam no interior de
02
defesa contra protozoários
intracelulares é semelhante células do hospedeiro e
à defesa contra bactérias causam lise dessas células,
como por exemplo o
intracelulares, ou seja,
Plasmodium sp., estimulam
imunidade mediada por
a produção de anticorpos
células, particularmente a
específicos e ativação dos
ativação de macrófagos por linfócitos T CD8+ (similar à
citocinas derivadas de resposta contra os vírus
linfócitos Th1. citopáticos).

A principal defesa contra os helmintos é mediada por linfócitos


03 Th2, resultando na produção de IgE e ativação de eosinófilos.
A interleucina 4 (IL-4) estimula a produção de anticorpos IgE e a IL-5 a ativação e
desenvolvimento de eosinófilos e mastócitos. Os eosinófilos produzem enzimas
oxidativas e hidrolíticas que são tóxicas para os parasitos.
Dentre os mecanismos de
escape estão a mudança
de antígenos de superfície;
os protozoários “se
escondem” do sistema
imunológico (vivem dentro
da célula ou formam
cistos); e há estímulo de
linfócitos T reguladores que
suprimem a resposta
imunológica.
Barreiras naturais orgânicas envolvidas nas infecções por protozoários

Tegumento Cutâneo Cavidades Revestidas por mucosas


Barreira mecânica: exemplo são os
Barreira mecânica: uma movimentos peristálticos. Movimento
pele íntegra impede ou mucociliar em determinadas mucosas,
dificulta a penetração de determina a remoção de elementos
agentes parasitários. inanimados (poeira e vírus), ou biológicos
Barreira bioquímica: (bactérias, larvas de helmintos e protozoários)
redução do pH e produção de aderidos ao muco. Pelas características
substâncias microbicidas; histológicas do revestimento mucoso, esta
condição se apresenta com pouca eficiência.
Cavidades Revestidas por mucosas

Barreira química: há uma grande quantidade de produtos liberados nas cavidades


mucosas, entre as quais, HCl (no estômago), enzimas digestivas, e outros como a
lisozima, sais biliares e suco pancreático que atuam na degradação ou inativação de
grande número de microrganismo. Mucina, proteína de alta viscosidade, atua
facilitando a adesividade entre si de agentes biológicos e virais, bem como
partículas inertes, visando a posterior remoção. Também mantém úmida a
superfície mucosa, formando camada protetora frente a agentes físicos e químicos.

Observação: Peristaltismo intestinal também é uma barreira, pois busca


impedir que o protozoário se instale.
Resposta imunológica a helmintos (igE, eosinófilos)

Eosinófilos localizam os parasitas próximos → se ligam à IgG ou IgE na


superfície das larvas ou vermes.

Desgranulam‐se fundindo seus grânulos intracelulares com a membrana


plasmática, e liberam a proteína básica principal no espaço intercelular.

A proteína básica principal é tóxica para o parasita. Nas infecções parasitárias


por vermes, as citocinas produzidas pelas células epiteliais e pelas células T CD4
TH2 são muito importantes na estimulação da produção de IgE e na ativação dos
mastócitos A IgE ligada aos receptores Fc nos mastócitos direciona as células
para os antígenos do parasita infectante
No lúmen do intestino:

ligação ao antígeno e a ligação cruzada da


IgE na superfície do mastócito →

liberação de histamina e de substâncias


tóxicas para o parasita →

secreção de muco para revestir e promover


a expulsão do verme.
Vídeo auxiliar:
https://www.youtube.com/
watch? v=JLIiSPFETgo

- Mastócito atua em tecido e


basófilo no sangue

→ Funções idênticas mas


lugares diferentes!
Ação dos eosinófilos na defesa contra parasitas:
01
03
05
Importantes no controle Podem atuar em conjunto
das infecções helmínticas com mastócitos (após sua Matam larva de
por limitarem a migração degranulação IgE- esquistossomose
através dos tecidos. dependente).

02 04
Têm menor potencial A ligação do eosinófilo aos
fagocítico, mas a ação das parasitas revestidos por IgE
proteínas granulares causa ou IgG aumenta a liberação
maiores danos ao parasita de seu conteúdo granular
que ao hospedeiro. sobre o parasita.
Características: - As células T CD4+ ou T CD8+ do tipo 2 da
imunidade adaptativa são produtoras de citocinas
do tipo IL-4, IL-5 e IL-13 no qual uma das funções é
- Os eosinófilos são granulócitos muito eficientes
induzir os linfócitos B para a produção de
no combate às infecções, tem uma ação anticorpos, que nesse caso é do tipo
antiparasitária voltada principalmente para os principalmente de IgE, mas também IgA e IgG que
helmintos, tendo uma das respostas vão ativar os eosinófilo, os mastócitos e basófilos,
potencialmente fortes e eficientes do que são fundamentais na defesa contra helmintos
organismo. - Durante o processo, os anticorpos produzidos se
- São reunidos em locais de infecções por ligam aos patógenos revestindo toda a extensão de
sua membrana, em seguida os eosinófilos
parasitas e reações alérgicas através de
reconhecem esses anticorpos se aderindo pela
moléculas de adesão e quimiocinas. Seu ligação do FcεRI com a IgE ligada ao antígeno alvo,
mecanismo de ação ocorre através de liberando seus grânulos citoplasmáticos.
citotoxicidade mediadas por células que - Depois de ativados, os grânulos catiônicos
depende de anticorpos, tendo participação do eosinofílicos liberados pelos eosinófilos induzem
FceRI, que é um receptor de IgE uma inflamação devido a essa liberação. Esses
grânulos são compostos por peroxidase
- Em relação à imunidade inata contra helmintos,
eosinofílica, proteína catiônica eosinofílica,
à fagocitose por macrófago ou neutrófilos é
proteína básica principal e neurotoxina derivada de
impossível por causa do tamanho da larva, eosinófilos, que tem enorme potencial citotóxico
sendo necessária uma estratégia diferente do nos parasitas / Como mostra a figura 3.
sistema imune inato para eliminar o patógeno.
Imunidade contra agentes
infecciosos extracelulares
Caracteristicas:
- A proteína catiônica eosinofílica (ECP) é bactericida, promove a desgranulação dos
mastócitos e é tóxico para os parasitas do tipo helmintos.
- Seu mecanismo de ação envolve a formação de poros na membrana-alvo que permite a
entrada de outros componentes citotóxicos, além disso, ela também inibe a proliferação de
linfócitos T e suprime a produção de anticorpos pelos linfócitos B avisando para encerrar a
produção.
- A peroxidase eosinofílica induz a formação e espécie reativa de oxigênio (EROs) e óxido
nítrico (NO), isso promove um estresse na célula, chamado de estresse oxidativo, levando a
célula à morte por apoptose e necrose
- Os eosinófilos também têm a capacidade de destruir esquistossômulos por meio da
citotoxicidade celular dependente de anticorpos.
- Um tipo de defesa dos helmintos é que eles induzem a produção de vários anticorpos
policlonais não específico do parasita e muito pouco específico contra o parasita,
protegendo assim o helminto da degranulação mediada por IgE dos eosinófilos, mastócitos
e basófilos

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