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Definição e epidemiologia 6
Classificação 8
Fisiopatologia 11
Sinais e sintomas 12
Diagnóstico 14
Exame físico 15
Testes diagnósticos 18
Tratamento 18
Tratamento medicamentoso 20
Prevenção 20
Referências bibliográficas 21
Definição e epidemiologia1-3
Rinite é uma inflamação difusa ou um processo hiperativo da mucosa nasal
causada pela ação de agentes infecciosos, alergênicos ou de hiper-reatividade.
A rinite é classificada em rinite alérgica, não alérgica e infecciosa.
Rinite alérgica (RA) é um processo inflamatório crônico da mucosa nasal causada
por alérgenos. É a doença com resposta imunológica mais comum. Estima-se
que aproximadamente um em cada três indivíduos apresenta processo alérgico
ativo e que três em cada quatro indivíduos desenvolvem reação alérgica pelo
menos uma vez na vida. Nos países ocidentais, anualmente, entre 10% e 25%
dos indivíduos são diagnosticados com rinite alérgica.
Concha nasal
Seio frontal
Mucosa olfatória
Seio esfenoidal
Tonsila faríngea
Vestíbulo
Nasofaringe
Narina
Palato mole
Orofaringe
Cavidade oral
©2014 BBD, Ltd
Epiglote
Laringofaringe
6
Cavidade nasal normal versus cavidade nasal
inflamada4-7
Normal
7
Classificação1,6,8,9
A rinite alérgica é classificada com base em três critérios:
1. Pela exposição a alérgenos:
• Sazonal (causada por diferentes tipos de pólens)
• Perene (causada por alérgenos que existem ao longo de todo o ano)
• Profissional (causada por alérgenos no local de trabalho)
2. Pela duração dos sintomas:
• Intermitente (sintomas ocorrem < quatro dias/semana ou < quatro semanas
consecutivas)
• Persistente (sintomas ocorrem > quatro dias/semana e > quatro semanas
consecutivas)
3. Pela gravidade dos sintomas:
• Leve (sono normal, sem comprometimento das atividades diárias, escolares ou
profissionais e sintomas não perturbadores)
• Moderada a grave (distúrbio do sono e comprometimento das atividades diárias,
escolares ou profissionais)
Intermitente Persistente
8
Alérgenos mais comuns1-4,8,10
Pólen em girassóis* Pó domiciliar – ácaros* Picada de inseto
Animais de estimação –
Luvas de látex Tapete com ácaros*
pelos de cães e gatos*
9
Desencadeadores3,4,8,10-12
Alérgeno (pólen)
Anticorpo
10
Fisiopatologia1,6,8,10,13
Na rinite alérgica, a inflamação das membranas mucosas é caracterizada por
complexa interação entre mediadores inflamatórios, desencadeada por uma res-
posta mediada pela imunoglobulina E (IgE) a uma proteína extrínseca (processo
de sensibilização):
1 AnaIgE específica acopla-se à superfície dos mastócitos que estão presentes
mucosa nasal.
Quando a proteína específica é inalada pelo nariz, ela pode se ligar à IgE
2 sobre os mastócitos, levando à liberação imediata e tardia de diversos me-
diadores (histamina, triptase, quimase, quininas e heparina).
3 Os mastócitos rapidamente sintetizam outros mediadores, incluindo leuco-
trienos (LTs) e prostaglandina D2 (PGD2).
4 Estes mediadores, por diversas interações, causam os seguintes sintomas:
a Glândulas mucosas são estimuladas, levando ao aumento das secreções.
b Aplasmática.
permeabilidade vascular é aumentada, levando à exsudação
Células linfáticas4,6,12-14
Alérgeno
Desencadeadores
não alérgicos
Via final
comum
Histamina
PGD2
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11
Sinais e sintomas1,11,15-17
A rinite alérgica perene é caracterizada por sintomas durante todo o ano, por
exemplo: congestão nasal, cefaleia e sensação de garganta seca.
12
Sintomas da rinite alérgica1,3,4,15-17
Prurido no ouvido e
plenitude auricular
Espirros, congestão
e secreção nasal
13
Diagnóstico1-3,9
Para o diagnóstico, é preciso fazer anamnese completa e realizar exame físico
cuidadoso.
Antecedentes pessoais:
O aspecto da mucosa nasal pode não diferenciar os tipos de rinopatia, pois tanto
a rinite alérgica quanto a não alérgica podem representar os mesmos sinais,
palidez, edema ou hiperemia da mucosa.
14
Exame físico1-3,17
Geral
Palidez facial, fácies alongadas, respiração oral e qualquer evidência de
doença sistêmica.
Olhos
Lacrimejamento excessivo, eritema e edema da conjuntiva palpebral e/ou
bulbar, conjuntiva tarsal com aspecto pavimentoso, edema ou dermatite das
pálpebras externas, linhas de Dennie-Morgan, ou estase venosa abaixo
das pálpebras inferiores (“olheiras alérgicas”).
Nariz
Redução da patência da valva nasal, colapso alar, prega nasal transversal,
deformidade externa como nariz em sela, desvio ou perfuração de septo,
esporão, úlceras, perfuração, vasos proeminentes, escoriações, hipertrofia dos
cornetos nasais, edema, palidez ou eritema, crostas, secreção (quantidade,
coloração e consistência) e pólipos nasais. É preciso pesquisar a presença de
tonsilas faríngeas, corpos estranhos e tumores.
Orelha
Abaulamento, eritema, retração, perfuração, aumento ou redução da mobilidade
da membrana timpânica e nível hidroaéreo.
Orofaringe
Halitose, má oclusão dentária, palato alto, hipertrofia de tonsilas palatinas.
Pescoço
Linfadenopatia, dor ou aumento da tireoide.
Tórax
Sinais de asma, deformidade ou dor torácica, percussão anormal, egofonia,
sibilos audíveis, murmúrio vesicular ausente ou com ruídos adventícios.
Abdômen
Dor à palpação, distensão, massas, hepatomegalia ou esplenomegalia.
Pele
Rash, especialmente eczema ou urticária (distribuição e descrição) ou
dermatografismo.
Outros
Quando a história clínica ou o exame físico indicarem acontecimento de outro
órgão, ele deve ser investigado.
15
Órgãos acometidos pela alergia1,3,4,17
Congestão ou
secreção nasal
Inflamação ou prurido
na garganta
Asma
Inflamação brônquica
16
Teste cutâneo de hipersensibilidade1,2,4,17
Teste positivo:
eritema e prurido
na pele
17
Testes diagnósticos1,2,9,17
A confirmação laboratorial da presença de anticorpos IgE específicos a alérgenos,
como ácaros, pólens ou pelo animal, corrobora para estabelecer um diagnóstico
alérgico específico.
Há dois métodos para o teste para anticorpos IgE específicos: teste cutâneo in
vivo e teste sorológico in vitro.
Indivíduos com doenças de pele ou incapazes de suspender os fármacos anti-
-histamínicos são candidatos a realizar o exame in vitro, pois provavelmente não
seria possível interpretar o teste cutâneo destes pacientes.
Tratamento1,12,18-20
O tratamento da rinite alérgica consiste em quatro estratégias principais:
1. Medidas para controlar o ambiente e evitar alérgenos
Evitar o máximo possível a exposição a alérgenos como pólen, ácaros e mofo.
2. Farmacoterapia
Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos associados aos descongestionantes,
outros fármacos como corticosteroides orais e tópicos nasais e antileucotrienos.
Geralmente, para o tratamento da rinite alérgica, os anti-histamínicos de segunda
geração são preferíveis aos de primeira geração.
3. Imunoterapia
Este tratamento pode ser considerado mais eficaz nos casos de difícil controle,
quando há resposta inadequada às outras opções de tratamento e na presença
de comorbidades ou complicações.
Frequentemente, a imunoterapia é combinada com a farmacoterapia e o
controle do ambiente.
4. Cirurgia
Embora não haja um tratamento cirúrgico para a rinite alérgica, a cirurgia pode
ser indicada no tratamento de comorbidades, como obstrução nasal por desvio
do septo importante ou hipertrofia do corneto nasal inferior, hipertrofia de
tonsilas faríngeas ou sinusite refratária e suas complicações.
18
Algoritmo de tratamento21
Moderada-
Leve Leve-moderada -grave
Falha
Cirurgião
Cuidado ambiental com alérgenos e irritantes
Se conjuntivite, adicionar:
• Anti-histamínico de segunda geração oral
• Ou anti-histamínico ocular
• Ou cromona intraocular (ou salina)
19
Tratamento medicamentoso1,12,16,18,19,22,23
Classe medicamentosa Fármaco
Levocetirizina
Desloratadina
Bilastina
Anti-histamínicos orais Rupatadina
de última geração Fexofenadina
Ebastina
Cetirizina
Loratadina
Mometasona
Propionato de fluticasona
Corticosteroide intranasal Fuorato de fluticasona
Ciclesonida
Budesonida
Prevenção1,3,9,12
Em algumas situações pode ser útil evitar também o contato com animais de
estimação.
20
Referências bibliográficas
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Rhinitis and its Impact on Asthma (ARIA) 2008 update (in collaboration with the
World Health Organization, GA (2) LEN and AllerGen). Allergy. 2008;63(Suppl 86):
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Clinical Immunology (BSACI) Standards of Care Committee. Management of allergic
and non-allergic rhinitis: a primary care summary of the BSACI guideline. Prim Care
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Society for Allergy and Clinical Immunology. BSACI guidelines for the management
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non-allergic rhinitis. Dan Med Bull. 2011;58(5):B4278.
21
Referências bibliográficas (cont.)
22
ZINA dicloridrato de levocetirizina. INDICAÇÕES: Tratamento dos sintomas associados
às enfermidades alérgicas, como: rinite alérgica sazonal (incluindo os sintomas
oculares), rinite alérgica perene e urticária crônica idiopática. CONTRAINDICAÇÃO:
Hipersensibilidade à formulação, à cetirizina, à hidroxizina ou a qualquer derivado
piperazínico. Insuficiência renal terminal com clearance de creatinina inferior a 10ml/
min. Pacientes submetidos à diálise. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: Recomenda-
se ajustar a dose em pacientes com comprometimento da função hepática e renal.
Não se recomenda o uso em crianças < 6 anos. Precaução em pacientes com
fatores de predisposição de retenção urinária. Precaução na ingestão concomitante
com o álcool. Recomenda-se que os pacientes que venham a conduzir veículos ou
utilizar máquinas potencialmente perigosas que exijam atenção, não devam superar
as doses recomendadas. Devem ser tomadas as precauções comuns em pacientes
>65 anos. Deve-se tomar precauções para prescrição na gravidez. Categoria B.
Não é recomendado o uso na amamentação. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
Álcool e depressores do SNC. Teofilina e ritonavir. REAÇÕES ADVERSAS: Boca seca,
dor de cabeça, fadiga, sonolência, astenia, dor abdominal, taquicardia, palpitações,
hepatite, hipersensibilidade, dispneia, náusea, vômitos, edema angioneurotico,
prurido, rash, urticária, alterações no comportamento, convulsões, parestesia,
tontura, síncope, tremor, disgeusia, mialgia, aumento do apetite, vertigem, disúria,
retenção urinária. POSOLOGIA: Adultos e adolescentes >12 anos e crianças de 6
a 12 anos: 5mg 1x ao dia. Ajustar a dose em pacientes com comprometimento da
função hepática e renal. M.S.:1.0043.0996. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE
PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. MATERIAL
DESTINADO EXCLUSIVAMENTE AOS PROFISSIONAIS HABILITADOS A PRESCREVER
MEDICAMENTOS. ANTES DE PRESCREVER RECOMENDAMOS A LEITURA DA
BULA COMPLETA PARA INFORMAÇÃO DETALHADA DO PRODUTO. EUROFARMA
LABORATÓRIOS S.A. – CAE: 0800 704 3876 - euroatende@eurofarma.com.br.
Contraindicação: hipersensibilidade.
Interação medicamentosa: teofilina.
Referências: 1) De Vos C. et al. Non-Interventional Study Comparing Treatment
Satisfaction in Patients Treated with Antihistamines Clin Drug Invest 2008; 28
(4): 221-230. 2) Bula do produto Zina. 3) Day JH; Briscoe MP et al.Comparative
Clinical efficacy, onset and duration of action of levocetirezine and desloratadine
for symptoms of seasonal allergic rhinits in subjects evaluated in the Environmental
Exposure Unit (EEU). Int J Clon Pract 20014; 58(2):109-118.3
* Estudo comparativo envolvendo 7.274 pacientes (homens e mulheres acima de 6
anos), realizado em 9 países europeus (Áustria, Bulgária, Finlândia, Alemanha, Itália,
Holanda, Polônia, Rússia e Espanha).
É recomendado por 98,7% dos médicos
e aceito por mais de 90% dos pacientes *1
Categoria B para
gestante*2 1x
529115 - FA QRG RINITE. IMPRESSO EM: FEV/2016.
*As informações obrigatórias preconizadas pela RDC 96/08 e referências bibliográficas, encontram-se no interior deste material.