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Tipos de cálculos:
Amarelo
Preto
Castanho
Cálculo amarelo: é o mais comum, é de colesterol, formado na vesícula, não pigmentado e é radiotransparente, logo não é
visualizado em RX
Fatores de risco para formação de cálculos de colesterol
Aumento do colesterol na bile
Sexo feminino / estrogênio
Idade / obesidade/ emagrecimento rápido (mobilização muito rápida do estoque de colesterol)
Drogas (clofibrato)- estimula a secreção de colesterol pelo fígado
Doenças ileais: ressecção / Crohn (não ocorre a reabsorção dos sais biliares, logo o colesterol fica mais concentrado na bile,
pois os sais biliares atuam como solvente)
Cálculo preto: é o segundo mais comum. Composto por bilirrubinato de cálcio, formado na vesícula. É pigmentado e os fatores
de risco para sua formação são: hemólise crônica e cirrose.
Cálculo castanho: é mais raro, composto por bilirrubinato de cálcio, pigmentado e formado no ducto colédoco, porém para
isso acontecer é preciso que ocorra obstrução e colonização por bactérias.
COLELITÍASE
COLECISTITE AGUDA
Tratamento
Medidas gerais + Antibioticoterapia
CVL (ideal < 72 horas)
Colecistostomia percutânea se não tolera CVL
Grau II – moderada: presença de algum dos achados, mas sem disfunção orgânica: Leucocitose > 18.000/mm3 /Massa palpável
e dolorosa em QSD / Evolução > 72h / Sinais de complicação local: abscesso perivesicular, abscesso hepático, coleperitônio e
colecistite aguda enfisematosa
Grau I – leve: ausência de critérios para moderada e grave
Complicações
Perfuração:
Livre: peritonite, febre, leucocitose
Bloqueada: forma abscesso (fazer ATB + drenagem-
Colecistostomia)
Fístula: íleo biliar- obstrução intestinal
Obstrução do delgado + cálculo ectópico + pneumobilia = tríade de
Rigler)
COLECISTITE ENFISEMATOSA
Gás na parede da vesícula- Clostridium
Quadro mais grave, 1% dos casos, idoso (maior de 60 anos, DM)
Diagnóstico- TC
COLEDOCOLITÍASE
COLANGITE AGUDA
o Não grave: tríade de Charcot (febre com calafrio + icterícia + dor abdominal)
- Tratamento: ATB (resposta dramática) + drenagem das vias biliares- eletiva
TUMORES PERIAMPULARES
Tumores na região da Ampola de Vater
Clínica: Icterícia progressiva / colúria, acolia, prurido / vesícula de Courvoisier (palpável e indolor)
Obs: câncer da ampola de Vater em alguns momentos pode sofrer necrose e sangra, o que acaba diminuindo o
tamanho do tumor e isso leva a período de atenuação da icterícia. O sangramento gera melena.
Clínica: icterícia + dor epigástrica + emagrecimento/ colestase- icterícia continua e progressiva + colúria + acolia fecal +
prurido intenso.
Marcador tumoral: Ca 19.9
Tipo histológico mais comum: adenocarcinoma ductal
Metástases: fígado, pulmão e peritônio
Diagnóstico: TC contrastada trifásica / RM/ PET/USG endoscópica
Biópsia: apenas lesão irressecável
Exames para estadiamento: RX de tórax/ TC contrastada trifásica de abdome e pelve
Lesão ressecável: 10 a 20 %/ Tis = câncer in situ; estágio I (T1 ou T2); estágio II (T3 ou N1);
Lesão irressecável: 60 %/ estágio III; estágio IV (metástase à distância – fígado, peritônio, sítio extra-abdominal)
TRATAMENTO:
TUMORES RESSECÁVEIS: Cirurgia de Whipple (duodenopancreatectomia) + linfadenectomia regional. Mortalidade: 2-
4% nos grandes centros. Principais complicações: fístula pancreática (15-20%); abscesso intra-abdominal e
esvaziamento gástrico lentificado (15-40%)
Tratamento adjuvante (após a cirurgia): quimioterapia com ou sem radioterapia.
TUMORES IRRESSECÁVEIS: Terapia paliativa para a icterícia: endoprótese (stent) de via biliar, colocado pela CPRE (nos
que se submeteram a laparotomia – derivação biliodigestiva), analgesia, bloqueio do plexo celíaco etc.
Quimioterapia paliativa: prolonga sobrevida. QT + RT pode tornar ressecáveis alguns tumores irressecáveis
CA AMPOLA DE VATER
Apresentação clínica: síndrome colestática clássica – icterícia lentamente progressiva, de início precoce, quando o
tumor ainda é pequeno.
Alguns pacientes podem ter períodos de atenuação da icterícia, no momento em que o tumor sangra para o duodeno,
reduzindo o seu volume – por isso, a atenuação da icterícia pode vir acompanhada de melena.
Anemia ferropriva é comum.
Diagnóstico e estadiamento: CPRE – endoscopia com visão lateral para visualizar o tumor (massa ulcerada na papila) e
realizar biópsia confirmatória.
O estadiamento pré-operatório pode ser realizado com TC e USG endoscópica.
Prognóstico e tratamento: cerca de 90% dos casos são ressecáveis. A cirurgia curativa é a cirurgia de Whipple
(duodenopancreatectomia).
Mortalidade cirúrgica 3-5%.
A chance de cura (sobrevida livre de doença em 5 anos) é relativamente alta: 40-50%!!
Colangiocarcinoma
CA Duodeno
o TUMOR DE KLATSKIN
Colangiocarcinoma peri-hilar- é o mais comum
Clínica: icterícia progressiva + vesícula impalpável
USG: vesícula murcha, dilatação intra-hepática
Classificação de Bismuth
HEPATITE ALCOÓLICA
Estágios
Esteatose alcoólica - Libação
Hepatite alcoólica - libação no bebedor crônico
Cirrose alcoólica- uso crônico
Fisiopatologia: bebedor crônico/ Libação- acetaldeído/ agressão
Manifestações: hepatite (febre, icterícia, dor TGO > TGP, transaminases até 400 U/L/ leucocitose: reação leucemoide
Tratamento: Grave (Maddrey maior ou igual a 32) fazer corticoide por 28 dias/ alternativa: Pentoxifilina
SÍNDROME DE MIRIZZI
É raro, 1% dos casos
Compressão do ducto hepático comum por um cálculo impactado no
infundíbulo ou ducto cístico
Clínica
Colecistite + icterícia
Classificação/ CSENDES
Tipo I: sem fístula
Tipo II: fístula 1/3 do hepático comum
Tipo III: fístula 2/3 do hepático comum
Tipo IV: toda a circunferência
Diagnóstico: CPRE intraoperatória
Tratamento: Cirurgia
COLANGITE ESCLEROSANTE
Grandes vias biliares “conta de rosário”
Homem
Retocolite ulcerativa
p-ANCA
Tratamento
Retardar evolução: Àc. Ursodesoxicólico
Caso avançado: transplante hepático
Fatores de risco: idosos e pacientes de UTI; Nutrição Parenteral Total (NPT); politrauma; grande queimado;
instabilidade hemodinâmica prolongada; ventilação mecânica; diabetes; aids (criptosporidiose, microsporidiose,
citomegalovirose); doença coronariana; neoplasias; uso de opiáceos; múltiplas transfusões de sangue.
Quadro clínico: imita os sinais e sintomas da colecistite aguda calculosa. Exceção: a icterícia é mais frequente.
Todo paciente de UTI que evolui com febre e leucocitose inexplicada deve ser investigado para colecistite aguda
acalculosa!!!
Diagnóstico: USG abdominal (ótima acurácia) – mesmas alterações da colecistite aguda calculosa, exceto pela
ausência de cálculos.