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GASTROINTESTINAIS, DO
FÍGADO, VIAS BILIARES,
PÂNCREAS E PULMÃO
Maria José Temido
Versão Agosto 2021 mariajosetemido@gmail.com
Neoplasias do Fígado e Via Biliar
Relevância B Medicina
Cecil Essentials of Medicine
• Hemocromatose
CHC é MENOS COMUM em indivíduos com cirrose associada a alfa-1-
antitripsina, hepatite autoimune, doença de Wilson e alterações colestáticas
Maria José Temido 4
Carcinoma Hepatocelular (CHC)
Fatores de Risco:
• HBV – integra o genoma do hospedeiro → ativa oncogene e causa disrupção de
genes supressores tumorais. CHC pode surgir SEM CIRROSE
RMN: Variável em T1 e hiperintensa em T2, com captação de gadolíneo na fase arterial pela sua
hipervascularização e hipointensa nas fases tardias pelo washout do contraste
Maria José Temido 8
Caso Clínico
Um homem de 52 anos, caucasiano, vem a consulta de vigilância de cirrose hepá=ca alcoólica. Sem queixas
de relevo. É fumador (carga tabágica 45UMA) e encontra-se em abs=nência alcoólica há cerca de 6 meses.
Tem hipertensão arterial controlada com ramipril. Os sinais vitais são temperatura 36,7ºC, frequência
cardíaca 75/min, frequência respiratória 12/min e pressão arterial 125/66mmHg. O exame Xsico mostra
escleras ictéricas e várias telangiectasias no dorso. A auscultação cardíaca e pulmonar encontram-se dentro
dos parâmetros de normalidade. O abdómen é globoso, tem RHA de =mbre e frequência normais, está mole
e depressível e o Xgado encontra-se duro e nodular, sem hepatomegália, com =mpanismo adequado. Sem
edemas periféricos. Traz o resultado da ecografia abdominal de rastreio que havia realizado que mostra uma
lesão solitária, sólida no lobo direito do Xgado.
Qual dos seguintes é o próximo passo mais adequado?
• TC com contraste
• Medição de CEA
• PET
• Colonoscopia
• Endoscopia digesVva alta Maria José Temido
Carcinoma Hepatocelular (CHC)
Critérios NÃO HISTOLÓGICOS
Fatores de Risco:
• Colangite esclerosante primária – fator de risco importante para
Colangiocarcinoma intrahepático e perihilar
• Até 10% dos doentes com Colangiocarcinoma tem CEP
• +++ multicêntrico e associado a doença hepática (eventual cirrose e HT portal)
• vigilância (imagem + CA 19.9 anualmente)
• Quistos nos ductos biliares
• Hepatolitíase
Diagnóstico
• TC com contraste (ou RM): nódulo hipodenso com CAPTAÇÃO
GRADUAL DE CONTRASTE da fase arterial para a fase portal e tardia
CHECK atrás: CHC: HIPERDENSIDADE em fase arterial e HIPODENSIDADE em fase portal ou tardia
Em não cirróticos pode ser feito DG presuntivo com imagem se a resseção for considerada
Maria José Temido
Colangiocarcinoma intrahepático
Quisto
São as lesões hepáticas + comuns e podem ser:
• Primários (congénitos) - 5 a 14% da população (> em mulheres)
• Geralmente simples, com fluido seroso - Parede fina bem definida, sem componente sólido
e com fluido homogéneo claro
• Secundários:
• trauma: seroma ou biloma
• infeciosos: piogénicos ou parasíticos
• neoplásicos
Maria José Temido
Neoplasias Hepá7cas Benignas
Hemangioma
• Tumor primário do fígado mais frequente
• ++ em mulheres 30-50 anos (2 a 20% da população)
• Variam desde muitos pequenos (≤
1 cm) até hemangiomas cavernosos gigantes (10-25 cm),
podendo, mesmo de grandes dimensões ser assintomáticos
Abordagem conservadora
(independentemente do tamanho)
Um homem de 64 anos de idade é referenciado a consulta hospitalar por aumento recente do perímetro abdominal. O
doente tem antecedentes de hipercolesterolemia medicada com sinvastatina. É fumador desde os 24 anos de idade (30
UMA). Os sinais vitais são temperatura 36,5°C, frequência cardíaca 56/min, frequência respiratória 13/min e pressão
arterial 125/68mmHg. Ao exame físico apresenta-se desnutrido e com telangiectasias faciais. O abdómen apresenta-se
globoso e tenso, com sinal de onda ascítica presente. O restante exame físico encontra-se dentro dos parâmetros de
normalidade. Os resultados dos estudos analíticos revelaram: Hemoglobina 8g/dL, VGM 102fL, Leucócitos 7600/mm3,
Neutrófilos segmentados 52%, Linfócitos 21%, Plaquetas 15×109/L, INR 2,8, Creatinina 0,8mg/dL, Glucose 108mg/dL,
Albumina 1,8g/dL, Bilirrubina 2mg/dL, α-fetoproteina 20U/L (N <0,5 U/L).
Foi realizada endoscopia digestiva alta que revela a presença de varizes esofágicas. A ecografia abdominal revela um
nódulo hepático com 2,2 cm de diâmetro no segmento II. A TC toracoabdominopélvica revela fígado com alterações
sugestivas de cirrose e um nódulo no segmento II hipervascular e com wash-out em fase portal.
Qual dos seguintes diagnósticos é o mais provável?
• Carcinoma hepatocelular
• Colangiocarcinoma intra-hepático
• Hemangioma hepático
• Hidatidose hepática
• Hiperplasia nodular focal
Neoplasias do Pâncreas
Relevância B Medicina
Cecil Essentials of Medicine
NEOPLASIAS DO ESTÔMAGO
Relevância A Cirurgia
Schwartz’s Principals of Surgery
METAPLASIA INTESTINAL
DISPLASIA GÁSTRICA
Maria José Temido
Adenocarcinoma
Cancro Gástrico é uma doença MULTIFATORIAL!
FACTORES DE RISCO
Mais importantes na patogénese do subtipo INTESTINAL
DIETA - Conservantes, alimentos fumados ou salgados
Nitratos são convertidos por bactérias em nitritos, os quais são carcinogénicos
TABACO
Álcool - Sem aparente relação
Reconstrução
• Bilroth II (gastrojejunostomia) – a mais usada •• Menor tempo operatório
Menos estase
• Bilroth I (gastroduodenostomia)
possibilidade de recorrência na anastomose ou obstrução
O estômago é o local mais comum de linfomas primários GI - > 95% são LNH
PEGA
Benignos Malignos
Tamanho • Pequenos • Grandes
• sem ↑ de dimensões em ≥ 2 anos • ↑ de dimensões em estudos seriados
2º TC
• <6mm baixo risco → SEM FOLLOW-UP
alto risco → TC em 12M opcional
• 6-8mm – TC em 6-12M → se estável, TC em 18-24M
Se crescimento
• >8mm baixo risco → TC em 3M
alto risco → PET-CT Se alto risco Biópsia
Maria José Temido
Clínica
Sintomas iniciais são inespecíficos Geralmente atribuídos a bronquite ou pneumonia
• GG linfáticos • Cérebro
locais + comuns de MetasSzação: • Fígado • Rins
• Glândulas supra-renais • Pulmão
Maria José Temido
Clínica Sintomas adicionais refletem estruturas invadidas ou
Síndromes Paraneoplásicas
Uma mulher de 55 anos de idade recorre à consulta do médico assistente porque tem
tido dor no ombro esquerdo nos últimos dois meses. Ela fuma um maço de tabaco por
dia há 25 anos. Ao exame físico não há dor à palpação do seu ombro, mas ela não
consegue abduzir o braço além dos 25º. Ela está rouca, mas o restante exame físico é
normal.
O raio-X do ombro é normal.
Qual das seguintes alternativas devia ser o próximo passo na avaliação deste doente?
• Artroscopia
• Artrografia do ombro
• Raio-X do tórax
• RM do ombro
• TC do ombro
Maria José Temido
Diagnóstico e Estadiamento Preferencialmente em simultâneo
2º BIÓPSIA
• LOCALIZADO Tumor Central - Biópsia por Broncofibroscopia
Tumor Periférico - Biópsia por Via Percutânea
2º BIÓPSIA
• LOCALIZADO
• ADENOPATIAS MEDIASTÍNICAS → PET-CT
• METASTIZADO à distância
Maria José Temido
• ADENOPATIAS MEDIASTÍNICAS – preferir Ecoendoscopia ou Ecoendobrônquica a estadiamento cirurgico
Se evidência de
envolvimento ganglionar
mediastínico na PET ou
na TC → Ecoendoscopia
recomendada como primeira
opção, antes da cirurgia para
estadiamento
Ecoendoscopia e Eco
endobrônquica
negativas mas elevada
suspeita clínica →
Mediastinoscopia
recomendada