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CÂNCER COLORRETAL

CCR
CCR
 Epidemiologia

 O câncer colorretal é a segunda causa mais comum


de morte por câncer, no Brasil e nos EUA e a
terceira maior causa de câncer

 Perde somente para câncer de pulmão nos óbitos

 Possui maior incidência na faixa etária entre 50 e


70 anos, mas as possibilidades de desenvolvimento
já aumentam a partir dos 40 anos.
CCR
 Segundo as estimativas de incidência e mortalidade
por câncer no Brasil, publicadas pelo INCA, o
número de casos novos previstos para o ano 2010
eram de 28.101 casos e 11.322 mortes

 Nos EUA, para 2009 eram previstos 146.970 casos


novos e 49.920 óbitos pela doença

 5-6% de risco de desenvolver doença ao longo da


vida no ocidente
CCR

 O tipo histológico preponderante é o


adenocarcinoma

 Incidência aumenta com idade >50 anos, sexo


masculino e afrodescendentes

 Sequência adenoma carcinoma é o processo pelo


qual se desenvolve a maioria dos CCR
CCR - genética
 gene APC (supressor tumoral, PAF)

 Mutações no gene MYH

 Gene p53 (supressor tumoral)

 Gene MMR (gene de reparo)

 Proto-oncogene ras
CCR
 A mortalidade por câncer de cólon e reto pode ser
controlada por meio de estratégias de detecção e
tratamento precoces.

 Vem ocorrendo aumento na taxa de sobrevida em


cinco anos nos últimos trinta anos

 Nos EUA a sobrevida em cinco anos dos pacientes


com CCR foi 49% de 1975-77,
57% de 1984-86 e 67% de 1996-2004.
CCR
 Pode ocorrer:

 Forma esporádica – 75% dos casos

 Forma familiar – 20% dos casos

 Forma hereditária – restante dos casos


CCR
 CCR hereditário* - mais raro

 Histórico familiar

 Início da doença nos jovens

 Presença de outros tumores e defeitos específicos

*polipose adenomatosa familiar(PAF)


*PeutzJeghers
CCR – polipose adenomatosa familiar
CCR
 CCR esporádico – 75% dos casos

 Ocorre na ausência de história familiar

 Em geral afeta população mais idosa(60 a 80 anos)

 Costuma apresentar lesão colônica ou retal isolada


CCR
 CCR familiar – 20% dos casos

 Conceito relativamente novo

 Risco aumenta para membro da família nos quais o caso


base é jovem(<50 anos) e o parente é próximo(primeiro
grau)

 O risco cresce conforme o número de membros da


família com CCR aumenta

 Forma mais sutil de herança


CCR
CCR
 ETIOLOGIA
◦ Fatores dietéticos

◦ Adenoma – carcinoma

◦ Doenças inflamatórias

◦ Polipose Adenomatosa Familiar

◦ Câncer colorretal hereditário não polipóide(CCHNP)


CCR
 Fatores de risco:

 Idade
 sexo
 pólipos
 história familiar
 história clínica indivídual (doenças inflamatórias,
diabetes)
 dieta
 obesidade e sedentarismo
 estilos de vida
CCR
 principais fatores de risco são:

 dieta com alto conteúdo de gordura, excesso de carne e


baixo teor de cálcio

 obesidade e sedentarismo

 consumo em exagerado de bebidas alcoólicas e fumo

 Presença de pólipos

 doenças associadas como retocolite ulcerativa, doença de


Cronh e a predisposição genética (polipose intestinal
familiar).
CCR – PÓLIPO COLORRETAL
 Definição:
 Qualquer massa que se projeta para o lúmen

do intestino, acima do epitélio intestinal


CCR - PÓLIPOS COLORRETAIS
 Sequência adenoma carcinoma desenvolve maioria
de CCR

 Por isso a importância da identificação dos pólipos


colorretais

 Pacientes que desenvolvem adenomas têm risco


maior de CCR

 Remoção dos pólipos diminui a incidência de


câncer
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS
 Adenomas maiores abrigam o câncer com mais
frequência

 Pacientes com polipose adenomatosa familiar(PAF)


desenvolverão CCR em 100% dos casos se não
sofrerem intervenção cirúrgica

 Pico de incidência para descoberta de pólipos é de 50


anos

 Estima-se que um pólipo >1cm tem risco de câncer de


2,5% em cinco anos, 8% em 10 anos e 24% em 20 anos
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS

 Classificação macroscópica:

 Pediculados (com uma haste)

 Sésseis (achatados, planos)


CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS

 CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA:

 HIPERPLÁSICOS

 ADENOMATOSOS
 Adenoma tubular – 65-80%
 Adenoma viloso – 5-10%
 Adenoma tubuloviloso – 10-25%
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS

 Adenomas tubulares: maioria pediculados, menos


atipias

 Adenomas vilosos: maioria sésseis, mais atipias

 Presença de câncer depende do tamanho e tipo


histológico

 Conduta cuidadosa, para adequação do tratamento


CCR –PÓLIPOS COLORRETAIS
 Diferenciar:

 Carcinoma confinado à muscular da mucosa - não


se metastatiza e as alterações celulares são
descritas como atipia

 Carcinoma invasivo – células malignas se estendem


através da muscular da mucosa do pólipo
CCR - PÓLIPOS COLORRETAIS
CCR – PÓLIPOS COLORRETAIS
CCR - PREVENÇÃO
 cientificamente provado quanto à eficácia e
segurança:

 exame periódico de colonoscopia - acessorada pelo


exame proctológico e pesquisa de sangue oculto nas
fezes, para todas as pessoas acima de 50 anos de idade

 para os menores de 50 anos com história familiar de


câncer do intestino grosso ou com sintomas e sinais
intestinais suspeitos e para as pessoas com doença
intestinal inflamatória ou outros fatores de riscos
reconhecidos
CCR
 SINAIS E SINTOMAS :

 Variados

 Inespecíficos

 Algo dependente da localização do tumor e seu


tamanho
CCR –localização e sintomas
CCR
 LOCALIZAÇÃO:
 cólon direito – 30%

 transverso – 10%

 cólon esquerdo – 15%

 sigmóide – 25%

 reto – 20%
CCR
◦ SINAIS E SINTOMAS

◦ sangramento
◦ anemia
◦ um terço dos pacientes não tem anemia
◦ dor abdominal
◦ mudança de hábito intestinal
◦ outros sintomas
CCR
 Cólon direito

◦ diarréia
◦ melena
◦ anemia
◦ fadiga(anemia)
◦ dor abdominal e massa palpável, se tumor
avançado
CCR
 Cólon esquerdo

◦ alteração de hábito intestinal – maioria relata


constipação progressiva
◦ dor abdominal(cólicas)
◦ distensão abdominal
◦ fístulas colovesicais ou colo-vaginais
◦ febre
◦ enterorragia
CCR
 Câncer retal:

 hematoquezia

 enterorragia

 secreção de muco

 tenesmo

 alteração de hábitos intestinais


CCR
 Diagnóstico diferencial:

 Doença diverticular

 Doença anorretal (hemorróidas, fissuras, fístulas)

 Colite infecciosa

 Doença inflamatória intestinal

 Angiodisplasia

 Colite por radiação


CCR – CAUSAS DE SANGRAMENTO
CCR
 DIAGNÓSTICO

◦ exame proctológico – toque retal


◦ pesquisa de sangue nas fezes
◦ Retossigmoidoscopia
◦ colonoscopia
◦ enema opaco
◦ TC de abdome e pelve
◦ RM
CCR - COLONOSCOPIA
CCR - COLONOSCOPIA

 padrão ouro de diagnóstico

 permite biópsias

 inspeciona todo cólon

 permite ressecção de pólipos (tratamento)


CCR - COLONOSCOPIA
CCR – COLONOSCOPIA
CCR - COLONOSCOPIA
CCR - COLONOSCOPIA
CCR - COLONOSCOPIA
CCR - COLONOSCOPIA
CCR - COLONOSCOPIA
CCR – ENEMA OPACO
CCR – ENEMA OPACO
 Enema
opaco
normal
CCR – enema opaco
CCR – ENEMA OPACO
 Enema opaco de
duplo contraste
com imagem de
maça mordida
CCR – enema opaco
CCR - TRATAMENTO
 Avaliação detalhada devido risco de doença
metastática

 Exame físico detalhado


 RX de tórax
 Testes de função hepática
 Dosagem de antígeno carcinoembrionário (CEA)
 TC ou RM de abdomen
CCR - TRATAMENTO

 Baseado no estadiamento clínico

 Estadiamento clínico – avaliação clínica do


estádio da doença

 TNMc
CCR - TRATAMENTO
 Estadiamento clínico (TNMc):

 anamnese e exame físico

 Endoscopia

 exames para detectar doença metastática (M):


 RX de tórax
 TC(incluindo abdome, pelve e tórax)
 RM
 PET-TC
 US endorretal(USE), TC pélvica e RM pélvica para tumores do reto
CCR - TRATAMENTO

 ESTADIAMENTO CLÍNICO (TNMc)

 Frequentemente determina se o tratamento


adjuvante no pré operatório (neoadjuvante)
está indicado
CCR - TRATAMENTO
 TRATAMENTO*:

◦ Endoscópico (Colonoscopia)

◦ Cirurgia

◦ Quimioterapia(Qtx) e Radioterapia

◦ Paliativo

◦ * variável de acordo com a localização e extensão da doença


CCR – CÓLON E RETO
CCR – tratamento endoscópico
CCR - polipectomia
CCR - polipectomia
CCR - polipectomia
CCR – polipectomia
lesão séssil
CCR – TRATAMENTO CIRÚRGICO

 Hemicolectomia direita

 Hemicolectomia esquerda

 Retossigmoidectomia

 Operação de Hartmann

 Amputaçao de reto

 Colectomia total

 Colostomias, ileostomia
CCR – TRATAMENTO CIRÚRGICO
CCR – suprimento arterial do cólon
CCR –TRATAMENTO CIRÚRGICO
CCR – tratamento cirúrgico
colectomia total
CCR - POLIPOSE ADENOMATOSA
FAMILIAR
CCR – tratamento cirúrgico
cirurgia de Hartmann
CCR – tratamento cirúrgico
colectomia direita
CCR - tratamento cirúrgico
anastomose ileotransversa
CCR – tratamento cirúrgico
colostomia
CCR – tratamento cirúrgico
ileostomia
CCR - TRATAMENTO

FATORES PROGNÓSTICOS:

 Obstrução

 Extensão do tumor na parede do órgão

 Linfonodos contaminado

 Grau de diferenciação

 Invasão neural
CCR -TRATAMENTO

 Estadiamento patológico (pTNM):

 Realizado pelo exame patológico do espécime


ressecado

 Fornece base para a consideração de tratamento


adicional (adjuvante) e prognóstico
CCR – PROGNÓSTICO TNM
CCR –DUKES MODIFICADA
CCR
CCR- classificação American Joint Committe on Cancer

Estágio(AJCC) Estágio TNM Critério TNM


Estágio 0 Tis N0 M0 Tis: in situ (mucosa)
Estágio I T1 N0 M0 T1: invade submucosa
Estágio I T2 N0 M0 T2: invade musc. própria
Estágio II-A T3 N0 M0 T3: invade sub serosa
Estágio II-B T4 N0 M0 T4: órgãos
adjacentes/perfura
peritôneo
Estágio III-A T1-2 N1 M0 N1:meta 1a3 nod
linfat.
Estágio III-B T3-4 N1 M0 N1:meta 1a3 nod
linfat.
Estágio III-C qualquer T N2 M0 N2:meta 4/+ linfat
CCR - CLASSIFICAÇÃO

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