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____________________________________TUMORES GINECOLÓGICOS____________________________________

1. Tumor de ovário.
2. Tumor de colo uterino.
3. Tumor de endométrio.

-Quanto mais precoce → melhor o diagnóstico.

-Quanto mais tardio → pior o prognóstico.

-A maioria são neoplasias epiteliais.

->PODEM SE DISSEMINAR POR:

• Via hematogênica.
• Disseminação linfática.
• Descamação.

->FATORES DE RISCO:

• Infertilidade.
• Não uso de ACO ou por tempo limitado.
• Drogas indutoras de ovulação.
• Fatores dietéticos – ingestão calórica alta/gordura animal.
• Idade avançada.
• Câncer ovariano familiar e hereditário.
• Nuliparidade.

-Fala-se que mulheres que usam pelo menos 1 ano de ACO oral tem uma certa proteção contra o desenvolvimento
da doença.

->NEOPLASIA OVARIANA:

-10-15% de todas as neoplasias ovarianas estão associadas com mutações BRCA1 ou BCRA2.

-80% dos tumores são casos novos.

-Profilática ooforectomia é um efetivo método de redução de risco para portadores de mutações.

• Lembrando: pode ter câncer de omento. Peritônio tem tecido similar ao ovário.

->CÂNCER OVARIANO HEREDITÁRIO:

-Órgão-específico: a mulher tem um risco de desenvolver apenas câncer de ovário se parente muito próximo tiver
esse câncer.

-Síndrome Lynch II: risco para adquirir câncer de cólon, estomago, ovário, mama e endométrio, relacionada ao gene
HNPCC (hereditary non polipoidal colon carcinoma).

-Síndrome do câncer de mama-ovário: o risco é maior em desenvolver o câncer de mama ou de ovário se naquela
geração ou em outras houver parente muito próximo com um ou outro câncer (até 40%). Em geral, o câncer de mama
acomete mulheres mais jovens. BRCA1= 40%, BRCA2= 20%.

->PATOLOGIA:

-Tumores epiteliais – estromais superficiais.

• Carcinoma seroso 40% - mulheres acima de 50 anos / bilaterais na metade dos casos → Mais frequente e
mais deletérico.
• Carcinoma mucinoso 6-16%, mais comum entre 30-50 anos, na sua maioria unilaterais → se é mucinoso,
avaliar se tem algo em apêndice (vai atrás do trato gastrointestinal).
• Carcinoma endometrióide 15%, mais comum na 6ª-7ª décadas de vida.
• Carcinoma de células claras 5-11% é observado numa faixa etária que vai de 40-78 anos → pior que o
seroso, prognóstico muito reservado.
• Transicional.
• Escamoso.

-Os tumores de baixa malignidade são também chamados de ¨borderline¨.

• São tumores de comportamento incerto. Respondem mal à quimioterapia.


• Único tratamento de sucesso é a cirurgia.
• Costuma recidivar muito.

-Tumor de mama também pode mandar metástase para ovário.

-Tumor de krukenberg – câncer de ovário secretor de muco originado de um CA do trato gastrointestinal, quase
sempre estômago ou colon.

->ESTADIAMENTO HISTOLÓGICO:

• G1: Neoplasia bem diferenciada.


• G2: Neoplasia moderadamente diferenciada.
• G3: Neoplasia pouco diferenciada – péssimo prognóstico.

-Posso ter doença metastática para ovário. Importante avaliar se aquela lesão ovariana é primária ou secundária.

• Trato digestivo.
• Mama.
• Endométrio.
• Linfoma.

->COMO ESTADIAR:

• Exame físico.
• USG pélvica.
• TC pélvica e abdominal.
• Radiografia de tórax.
• Marcadores: CA-125.
• Laparoscopia/laparotomia.

->BASES PARA O DIAGNÓSTICO:

-Sensação de plenitude abdominal.

-Timpanismo.

-Massa dolorosa.

-Saciedade precoce.

-Pressão pélvica.

-Elevação do CA-125 plasmático em pacientes com tumores epiteliais e do B-HCG ou alfa-feto-proteína em tumores
de células germinativas.

• CA-125 não serve para rastreio/diagnóstico.


• CA-125 serve mais para acompanhamento.
• Após a cirurgia, o marcador CA-125 baixa. No acompanhamento pode acontecer de esse marcador
aumentar, e ai tem que fazer os exames de imagem para avaliar ou não se tem doença em atividade.

->SINAIS E SINTOMAS:

-Estágios iniciais – assintomático.

-Sintomas vagos como dispepsia, náuseas e desconforto abdominal inferior.

-Sintomas de pressão retal e polaciúria.

-Grandes massas pélvicas – sintomas vesicais ou retais como constipação/pressão pélvica/ascite.

-Derrame pleural – metástase pleural (fazer biópsia da pleura para confirmar se é metástase ou não).

-Perda de peso.

-Os sintomas indicam enfermidade avançada:

• Distensão abdominal.
• Aumento de peso pela ascite.
• Anormalidade menstrual.
• Compressão intestinal.
• Náuseas, vômitos.
• Sinais de obstrução intestinal.

-Sinais menos comuns:

• Linfadenopatia supraclavicular – em adulto, até que prove o contrário, é câncer.


• Dispneia: por derrame.
• Toque bi-manual e reto-vaginal revelam anexos de consistência variável associado a massa.

->FATORES PROGNÓSTICOS:

• Baixo volume tumoral residual.


• Idade < 60 anos.
• Grau histológico 1.
• Subtipos histológicos não células claras ou mucinoso.
• Ausência de ascite.
• Ausência de comprometimento linfonodal.
• Regressão do CA-125 após quimioterapia.
• ECOG 0-1 (status performance).
->ESTADIAMENTO:

• Estádio I → restrito aos ovários.


• Estádio II → doença restrita a pelve.
• Estádio III → doença com extensão extrapélvica.
• Estádio IV → doença com extensão extra-abdominal ou para parênquima hepático.
-Se tem metástase hepática – se está relacionada ao parênquima do fígado (prognostico pior) ou a cápsula.

->TRATAMENTO:

-Cirurgia: papel primordial (laparotomia mediana).

• Diagnóstico.
• Extensão da disseminação da doença.
• Remoção do órgão afetado.
• Remoção dos focos de metástases abdominais.

-Tratamento cirúrgico visa ressecção total e/ou citorredução tumoral.

• Histerectomia total abdominal com anexectomia bilateral + omentectomia, linfonodectomia pélvica e


para-aortica e apendicectomia nos tumores mucinosos.
1. Incisão mediana ampla.
2. Coleta de liquido peritoneal para o estudo citopatológico.
3. Inventário de toda a cavidade abdominal.
4. Biopsias nas goteiras paerietocólicas, fundos de sacos anterior e posterior e superfícies
diafragmáticas (I e II).

Em pacientes jovens sem prole constituída –


ESTADIAMENTO I avaliar cirurgia mais conservadora, sem
prejudicar as chances de cura (no caso de
estadiamento I), seguida de QT ou não.
ESTADIAMENTO II cirurgia básica + quimioterapia adjuvante.
ESTADIAMENTO III E IV cirurgia citorredutora + quimioterapia.
-Esquema padrão quimioterapia: carboplatina + paclitaxel.

• A cada 21 dias.
• Tem protocolos semanais também para diminuir toxicidade.
• CA adjuvante: 4-6 ciclos.
• CA neoadjuvante: 3 ciclos → cirurgia → conforme resposta faço 3.
• CA de ovário metastático: carboplatina + paclitaxel + inibidor de angiogênese (bevacizumabe) → consegue
inibir a formação de vasos (anti-angiogênico, usado em quimioterapia paliativa, de controle).

-CA de ovário → marcador está subindo, mas você não sabe onde está a doença → hoje em dia se permite tratar
com quimioterapia → mas você não altera a sobrevida do paciente.

-Recaídas: doença incurável, em que a meta é aumentar a sobrevida com qualidade de vida.

->SEGUIMENTO AMBULATORIAL:

• Avaliação a cada 3 meses durante 2 anos.


• Depois a cada 6 meses por 3 anos.
• Depois, anualmente.
• Controle com CA-125 (tumores epiteliais).
-Que tinham antes aumento do CA-125.

-Alguns falam que se você teve no início CA de ovário que o CA-125 estava alterado e está todo normal agora, PODE
SER que ele não precise fazer acompanhamento com imagem, só pediria imagem se alterar o marcador (NÃO É FEITO
NA PRÁTICA MÉDICA, IMPOSSÍVEL).

-Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor a chance de curar esse paciente.

-Quanto mais tardio, pior o prognóstico.

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