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GINECOLOGIA – ISABELLA CHAVES

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

A presença do HPV é quase que condição sinequanom para surgimento do CA de colo de útero

Sua prevalência é de aproximadamente 50% na população geral, todavia há grandes chances de realizar o
clareamento viral por meio da imunidade do corpo!

Sua transmissão se dá pelo contato sexual

Existem mais de 100 subtipos sendo os mais ONCOGÊNICOS os subtipos 16, 18, mais prevalentes, 31, 33, 35 e os
tipos NÃO-ONCOGÊNICOS 6 e 11, mais associados ao surgimento de condilomas acuminados, as verrugas genitais.

65% das lesões regridem, 20% permanecem, 15% progridem para lesões pré-malignas e malignas.

O COLO DO ÚTERO

Dividido:

 Endocérvice: Epitélio glandular colunar


 Ectocérvice: Epitélio escamoso estratificado

Encontram-se na JEC, junção escamo colunar! Area com maior suscetibilidade ao HPV.

Metaplasia  Transformação do epitélio glandular em epitélio escamoso.

Zona de transformação está mais vulnerável à ação do HPV!

COLPOSCOPIA

Magnificação do colo do útero para melhor observação da ZT, sendo indicada em casos especiais.

Avalia-se a zona de transformação, sua localização, se é possível observar toda a zona de transformação a
colposcopia é SATISFATÓRIA.

Utiliza-se em sequencia

 Visualização com filtro verde: visualização de vascularização atípica.


 Ácido acético: cora proteínas intracelulares, células alteradas ficam mais esbranquiçadas, áreas
acetoreagentes.
 Lugol: Cora glicogênio, células alteradas tem menos glicogênio e não coram com o iodo  Schiller +

VACINA DO HPV

Prevenção primária! Visa diminuir a incidência de uma doença.

Diminui incidência e mortalidade de câncer de colo uterino, diminuição de verrugas e outros cânceres relacionados
ao HPV.

PELO MS: Tetravalente: 16, 18, 6 e 11.

População alvo:

 Meninas de 9-14 anos com duas doses em 0 e 6 meses.


 Meninos de 11-14 anos com duas doses em 0 e 6 meses.
 Mulheres HIV+: 9 a 26 anos em 3 doses 0-2-6 meses.
 Pacientes oncológicos ou transplantados: 3 doses 0-2-6 meses

Contraindicação: Gestantes

PAPANICOLAU/PREVENTIVO/CCO

Exame citopatológico do útero, colpocitologia oncótica.


GINECOLOGIA – ISABELLA CHAVES
Método de prevenção secundária – Diagnóstico e tratamento precoce.

Detecta lesões precursoras pré-malignas que são assintomáticas e curáveis

Progressão para o câncer é de 8-10 anos!

POPULAÇÃO ALVO

Mulheres que já tiveram relação sexual dos 25-64 anos!

Desde que acima de 64 anos apresente 2 exames com resultado negativo.

Frequência trienal pelo ministério da saúde após 2 exames normais anuais consecutivos.

Pacientes histerectomizadas total pode cessar rastreio caso a histerectomia tenha sido feita por lesão benigna.

Imunossuprimidas: Semestral no primeiro ano e após isso anual!

HIV+ com TCD4 <200cel permanece coleta semestral

Gestantes devem colher CCO.

ALTERAÇÕES NO CCO

LSIL  Ligado a regressão, baixo risco – ASC US E ASC

HSIL  Progressão para câncer


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ASC-US

Células atípicas de significado indeterminado, possivelmente não neoplásicas. Atipia citológica mais comum.

Em HIV+ e imunossuprimidas encaminhar para Colposcopia

 Em >30 anos Repetir CCO em 6 meses


 25-29 anos Repetir CCO em 1 ano
 <25 anos Repetir em 3 anos

ASC-H

Células atípicas de significado indeterminado, quando não se pode excluir lesão intraepitelial de alto grau.

Encaminhar paciente direto para colposcopia.

AGC

Células glandulares atípicas. Encaminhar paciente direto para colposcopia

Em pacientes >35 anos Colposcopia + USGTV

LSIL OU LIEBG

Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau

2ª ATIPIA CITOLÓGICA + COMUM

Manifestação citológica da infecção por HPV, alto potencial de regressão.

 >25 anos Repetir em 6 meses


 <25 anos Repetir em 3 anos ou com 25 anos
 Imunossuprimidas  Colposcopia
 Gestante  Repetir CCO com 3 meses pós-parto
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H-SIL

Lesão intraepitelial escamosa de Alto grau, corre risco de ser NIC 2/3

Encaminha direto para colposcopia

Achados anormais  Biópsia e aguarda conduta.

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO

 3º CANCER MAIS COMUM ENTRE AS MULHERES


 Idade média de diagnóstico é aos 45 anos de idade.
 NIC 2 E NIC 3 até 40% evolui para câncer

FATORES DE RISCO

 HPV
 Múltiplos parceiros
 Baixo nível socioeconômico
 Início precoce da atividade sexual
 Tabagismo
 Imunossupressão
 IST’s

QUADRO CLÍNICO

 Assintomáticas
 Sangramento vaginal
 Sinusorragia
 Corrimento vaginal fétido
 Dor
 Alterações urinárias e intestinais quando progressão maior.

EXAMES

 CCO
 Histologia é padrão ouro.

Biópsia incisional, ou exérese da lesão (conização).

TIPOS HISTOLÓGICOS

Carcinoma de células escamosas ou epidermóides (80%)

Adenocarcinoma (15%)

PROGRESSÃO DA DOENÇA

A progressão geralmente é por contiguidade Vagina, paramétrios, bexiga, reto e parede pélvica.

Disseminação linfática

Disseminação hematogênica mais tardiamente.

ESTADIAMENTO FIGO

 É clinico!  Colposcopia  RX Tórax


 Incorpora linfonodos no  Histeroscopia  Pielografia intravenosa
estadiamento.  Cistoscopia  Proctoscopia
 Palpação/inspeção  USG vias urinárias  Curetagem cervical
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ESTADIAMENTO

1- Restrito ao colo
a. Doença microscópica
i. <3mm de profundidade
ii. 3-5mm de profundidade
b. Lesão maior ou = 5mm de profundidade
i. >= 5MM E <2CM
ii. >=2cm e <4cm
iii. >4cm
2- Extensão além do útero mas sem atingir parede pélvica e 1/3 inferior da vagina
a. Atinge até 2/3 superior da vagina sem paramétrio
i. <4cm
ii. >4cm
b. Atinge paramétrio
3- Atinge parede pélvica e/ou 1/3 inferior da vagina e/ou hidronefrose/rim não funcionante/linfonodos+
a. 1/3 inferior da vagina
b. Parede pélvica e/ou hidronefrose
c. Linfonodos pélvicos
i. Somente pélvicos
ii. Pélvicos e para-aórticos
4- Além da pelve e/ou bexiga reto
a. Bexiga / reto
b. Órgãos à distância

TRATAMENTO

1A 1 – Conização ou histerectomia simples

1A 2 – Linfadenectomia + traquelectomia ou Histerectomia radical modificada

1B – Histerectomia radical + linfadenectomia

Tratamento adjuvante no pós-operatório

2B O tratamento inicia com a QT+RT primaria

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