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O câncer de colo uterino é o 2º tipo mais frequente de câncer Sinais de carcinoma invasor completar !!!!:
feminino (atrás do câncer de mama). Acomete geralmente vascularização atípica,
mulheres de 40-50 anos nas regiões mais pobres em recursos
e com baixos indicadores de saúde. O rastreamento é barato, ESTADIAMENTO
feito pela citologia oncótica (Papanicolaou) e a prevenção É essencialmente clínico e deve ser feito com exames
também, com educação sexual e vacinação. ginecológicos, toque vaginal, toque retal (paramétrios),
RXTX (metástases), cistoscopia, retoscopia, urografia
FATORES DE RISCO excretora. Os exames invasivos podem ser substituídos por
Infecção pelo HPV (principalmente 16 e 18) RNM.
Início precoce de atividade sexual Investigar linfonodos acometidos com PET-CT/RNM
Multiparidade (múltiplos mecanismos de lesão, 0: câncer in situ (NIC)
reparação e cicatrização do colo uterino) I: lesão restrita ao colo
Número elevado de parceirxs sexuais Ia: lesão restrita ao colo, microscópica PATOLOGIA
Tabagismo o Ia1: invasão de até 3 mm de profundidade e 7 mm O desenvolvimento da forma invasora é lenta e quase sempre
Imunossupressão (transplantados, HIV+, doenças do de extensão horizontal evolui a partir de NICs. O tipo histológico mais comum é o
colágeno e doenças autoimunes) o Ia2: invasão de 3-5mm de profundidade e 7 mm de carcinoma de células escamosas (CEC, 70-80% dos casos),
Antecedentes de ISTs extensão horizontal seguido do adenocardinoma (15-20% dos casos, de pior
Deficiência de alfa-1-antitripsina Ib: lesão restrita ao colo, macroscópica prognóstico).
o Ib1: lesão < 2 cm O câncer se propaga por 3 vias:
QUADRO CLÍNICO o Ib2: lesão de 2-4 cm Contiguidade: paramétrios, paracolpo
O câncer de colo uterino quase sempre é precedido pelas o Ib3: lesão > 4 cm Continuidade: vagina e corpo uterino
NICs (carcinoma in situ), que são assintomáticas. IIa: envolvimento da vagina, sem o 1/3 inferior Linfática: linfonodos paracervicais
Com a evolução para forma invasora, os sintomas tendem a o IIa1: lesão < 4 cm
aparecer: o IIa2: lesão ≥ 4 cm TRATAMENTO
Sinusorragia (sangramento às relações sexuais) é o IIb: envolvimento dos paramétrios sem atingir a Na maioria dos casos, a histerectomia é recomendada e essa
principal sintoma parede pélvica cirurgia pode ser classificada em 3 classes:
Corrimento aquoso contínuo e fétido IIIa: envolvimento da vagina até o 1/3 inferior Piver I: histerectomia total.
Sangramento genital irregular IIIb: envolvimento de um ou ambos os paramétrios até Piver II: histerectomia total, com remoção dos
Caquexia e queda do estado geral a parede pélvica ou compressão ureteral gerando paramétrios até o cruzamento com os ureteres, remoção
Disúria e oligúria (hidronefrose) hidronefrose ou rim não funcionante do terço superior da vagina e linfadenectomia pélvica
Perda involuntária de urina por fístulas IIIc: metástases em linfonodos pélvicos e/ou bilateral.
Dispareunia Piver III (cirurgia de Wertheim-Meigs): histerectomia
paraórticos
Aumento difuso do colo uterino com ou sem a presença total, com remoção do útero, paramétrios, terço superior
IVa: envolvimento de reto e/ou bexiga
de massas exofíticas, vegetantes, friáveis e necróticas da vagina e linfadenectomia pélvica bilateral.
IVb: metástases à distância (fígado, pulmão e
A principal causa de sinusorragia é a ectopia, mas é Na emergência, se há quadro de sangramento vaginal intenso
intestino)
necessário descartar suspeita de câncer em toda paciente com devido a câncer ainda não diagnosticado, estancar com
o sintoma. tamponamento mecânico.
DIAGNÓSTICO Não há necessidade de remoção de tuba e ovários.
Colposcopia com biópsia (o Papanicolaou é útil no
rastreamento, não no diagnóstico) O tratamento depende do estadiamento:
0: conização
Câncer de colo uterino GIN
SEGUIMENTO
Avaliação 3/3 meses nos primeiros 2 anos
Avaliação 6/6 meses do 2º ao 5º ano
COMPLICAÇÕES
Tumor IIIb (até parede pélvica) pode comprimir
ureteres, causando obstrução e IRA pós-renal