Você está na página 1de 3

Câ ncer colo de ú tero

EPIDEMIOLOGIA - 4º + frequente entre as mulheres no mundo e 7º dentre todos os tipos de CA


- 3º mais incidente entre as mulheres no Brasil
- Maior incidência em países menos desenvolvidos
- Faixa mais afetada: 30-49 anos (OMS)
- Mais comum é o carcinoma de células escamosas, seguido do adenocarcinoma

FATORES DE - HPV 16 e 18 (malignas se integram ao DNA da célula) e 6 e 11 (benignas  separados do DNA celular)
RISCO - imunidade baixa: apesar de retirar a lesã o, o vírus permanece no corpo e somente a imunidade individual consegue combater
- comportamento sexual
- idade > 30 anos (< 30 costuma ter regressã o espontâ nea)
- deficiência de vitamina A (manutençã o do epitélio escamoso)
- tabagismo: reduçã o da resposta imune com menor atividade NK e na produçã o de Ac

GENES - genes E5, E6 e E7 do HPV


ENVOLVIDOS * E5: fase inicial da carcinogenese – forma um complexo com EFGR (fator de crescimento epidérmico) e estimula o K-ras (faotr mitogênico) constantemente
* E6: - inibe p53  nã o ocorre síntese da CDKI p21  célula segue pra fase S ou M com erro
- degrada proteina pró -apoptó tica BAK  evita apoptose das células
* E7: inibe PRB  liberaçã o de E2F (sintetiza proteínas da fase S e estimula a passar pra fase S)
- inibe a síntese das CDKIs p16 e p17  nã o inibe ciclina-CDK  passa para a fase S
- induz amplificaçã o dos centríolos, causando aneuploidias

SINAIS E Carcinogênese: vírus infecta as células indiferenciadas da camada basal da epiderme (células imaturas)
SINTOMAS - fase latente: HPV se mantem em pequeno numero e se multiplicando junto com as células (baixa carga viral, transmissã o dificultada)  cura é responsabilidade do
sistema imune
- fase ativa: vírus aumenta expressã o de E5, E6 e E7 e surgem as lesõ es
* LSIL: lesao simples que regride espontaneamente e pode ser provocada por vírus de alto ou baixo risco – identificadas na colposcopia, macroscopicamente normal
* HSIL: lesã o de alto grau provocada por vírus de alto risco e consideradas precussoras do CA de colo – podem ser identificadas ao exame especular
- tipo couve flor (vegetaçõ es para a ectocérvice), de aspecto nodular (infiltrativas e endurecidas), formato de barril (expansã o pra endocérvice), ulceraçõ es
- podem evoluir com sangramento vaginal intermitente ou pós-coito, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou
intestinais.

DISSEMINAÇÃ O Propagaçã o direta: vagina, corpo de ú tero, bexiga e reto


E SÍTIOS + Propagaçã o indireta: linfá tica (mais comum)  linfonodos paracervicais (primeiros), pélvicos e periaó rticos, podendo se estender para raizes nervosas lombossacras e
COMUNS provocar dor
Hematogênica  pulmã o, ossos e fígado
RASTREIO Exame citopatoló gico: inicio anual e, apó s 2 exames negativos, fazer a cada 3 anos; > 25 anos e que já iniciaram atividade sexual; encerra aos 64 anos com 2 exames negativos
consecutivos nos ú ltimos 5 anos
- mulheres com histerectomia total podem ser excluídas do rastreio, histerectomia parcial deve continuar
- imunossuprimidas por HIV, CA ou transplante devem fazer o exame semestralmente no primeiro ano e seguir anualmente
 dos resultados:
. amostra insatisfató ria: material acelular ou hipocelular, excesso de sangue, pió citos, contaminantes externos  repetir o exame em 6 a 12 semanas
. células presentes na amostra: escamosas, glandulares e metaplá sicas
- achados anormais: pontilhado, epitélio acetobranco, mosaico, vasos atípicos

DIAGNÓ STICO Tríade: citologia + colposcopia + histologia


Indicaçõ es de colposcopia + bió psia: resultado citoló gico: LIE-AG; 2 ASC-US seguidos; 2 LIE-BG seguidos; ASC-H, AGC (antigo AGUS); imunossupressã o + lesao de baixo grau
Colposcopia
- teste do á cido acético: marca atividade proteica. Aplicar á cido acético a 5% - deve ficar acetobranco apenas na regiã o de da JEC, se tiver + regiõ es acetobrancas  bió psia
- teste de schiller: aplicaçã o de lugol (iodo 2%)  epitélio escamoso normal fica acastanhado. Cora moléculas de glicogênio (células maduras)
Biópsia
Incisional, dirigida, em cone (se a lesao nã o for visível a olho nu, é contraindicada), curetagem, endocervical ou excisional
Se JEC nã o visível + suspeita: conizaçã o a frio – nã o usar métodos com alça diatérmica, pois impossibilita estudo das margens.
TIPOS
HISTOLÓ GICOS

 tumores epiteliais:
1- carcinoma de células escamosas (+ comum): grandes células queratinizado ou nã o queratinizado (+comum); pequenas células nã o queratinizado; carcinoma verrucoso
2- adenocarcinoma (origem das células colunares cervicais): padrã o comum; mucinoso e papilífero. Maior recorrência, maior numero de linfonodos e pior prognó stico
 tumores mesenquimais: sarcoma estromal cervical, leiomiossarcoma, adenossarcoma
TRATAMENTO Tratamento da NIC: Conização: Invasã o de até 3 mm e <7mm de extensã o,
 físico-destrutivo: criocauterizaçã o, eletrocoagulaçã o sem invasã o linfá tica e vascular e sem dissecçã o
 exérese linfonodal
Tratamento do CA Histerctomia radical + LS ou linfadenectomia
 histerectomia simples: sem invasã o linfá tica e sem desejo de engravidar  remoçã o do corpo e colo do ú tero, pélvica bilateral: invasã o >3 mm ou com invasã o
preservando estruturas pró ximas linfá tica e vascular.
 histerectomia radical: retira ú tero e os tecidos pró ximos + parte superior da vagina, pró xima ao colo. Os ová rios QT e RT (externa ou braqui) adjuvantes: tumor
só sã o removidos se houver razã o pra isso. Retirada dos linfonodos pélvicos clinicamente visível, >7mm ou com acometimento do
Wertheim-Meigs: remoçã o do ú tero, os 25% proximais da vagina, ligamentos ú terosacros, ligamentos ú tero- paramétrio.
vesicais, ambos os paramétrio e salpingooforectomia bilateral. RT externa + braqui: invasã o de paramétrios, parede
 traquelectomia: preservaçã o do utero e da fertilidade  remoçã o do colo e da parte superior da vagina (coloca-se pélvica, vagina, bexiga , reto e ó rgã os distantes.
bolsa alinhavada para servir de colo). Retirada dos linfonodos por laparoscopia
 quimioirradiaçã o neoadjuvante: quimio potencializa a radio
 RT adjuvante ou em caso de recidiva ou metá stase

ESTADIAMENTO A FIGO diz que o estadiamento deve ser clínico e nã o cirurgico: exame ginecoló gico + colposcopia + histopatoló gico + método de imagem
0- in situ
1- restrito ao colo (1a nã o visível, 1b visível)
2- carcinoma sai do colo, mas nã o acomete terço inferior da vagina
3- atinge terço inferior da vagina
4- acomete bexiga e/ou reto

Você também pode gostar