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CÂ NCER DE PRÓ STATA

EPIDEMIOLOGIA Triênio 2020-2022: 65.840/ano


Exceto tumor de pele nã o melanoma, ocupa a primeira posiçã o em todas as regiõ es do país.
FATORES DE HBP: NÃ O é fator de risco
RISCO Idade ≥65 anos – ¾ dos casos
Etnia: 2x maior em negros que em brancos
Níveis de IGF-1
História familiar:
85%: esporá dicos – histó ria familiar negativa
15%: risco aumenta com o nº de familiares acometidos, grau de parentesco e idade em que a doença aparece.
Comportamentais:
Obesidade, dieta rica em gorduras.
Tabagismo e etilismo nã o sã o fatores, mas aumentam a morbimortalidade.
IST/prostatite, vasectomia: dados inconsistentes.
Níveis de androgênios, estrogênios e vit D nã o sã o ú teis para predizer o risco.
GENES Mutaçõ es no BRCA-1 e 2: coagregaçã o familiar com o CA de mama
ENVOLVIDOS Mutaçã o HPC-1: rara, doença + agressiva
Amplificaçã o de oncogenes, como o MYC;
Deleçã o de genes supressores de tumor, como RB, TP53 e PTEN;
Silenciamento gênico por mecanismo epigenético (p. ex., GSTP1, TP53, CDKN2A, APC e genes de reparo do DNA
CARACTERÍSTICAS Neoplasia intraepitelial prostática (NIP): lesã o precursora.Ccélulas atípicas, Interpretação clínica
HISTOLÓ GICAS irregularmente dispostas, nú cleos volumosos e nucléolos evidentes, no epitélio de Bem diferenciado 2-4 Achados incidentais
revestimento ductal ou acinar. Intermediário 5-6 Maioria dos tumores
Adenocarcinoma acinar: tipo + comum ~95%; Pouco # 7 Maioria dos tumores
Macroscopia: aspecto cirroso - nó dulo endurecido ao toque (estroma fibroso abundante) Indiferenciado 8-10 Tumores avançados
ou medular (nã o é endurecido). Superfície da pró stata esbranquiçada ou branco-amarelada
(lipídeos).
Microscopia: á cinos que infiltram no estroma; nú cleos evidentes; arranjo cribiforme Grupos de Grau
(glâ ndulas dentro de glâ ndulas). Grupo 1 Gleason ≤ 3 + 3 = 6
Grupo 2 Gleason 3 + 4 = 7
GLEASON: classificaçã o da citoarquiterura. Vá rios graus podem estar na mesma amostra; se Grupo 3 Gleason 4 + 3 = 7
≥3 padrõ es, fazer cá lculo pelo padrã o dominante e o mais indiferenciado. Grupo 4 Gleason = 8
-1: mais bem diferenciado Grupo 5 Gleason = 9 ou 10
-5: menos diferenciado
Classificação em grupos de grau: Tumores com comportamentos # podem ter mesmo
pontuaçã o, apesar de alguns serem mais agressivos. Refina a capacidade prognó stica
SINAIS E Inicialmente assintomá tico Metástases esqueléticas
SINTOMAS Doença localmente avançada: -Indolor no início
Obstrução urinária: hesitaçã o, jato intermitente e/ou fraco, gotejamento ao final da -Dor ó ssea crô nica (lombar, pelve, quadril)
micçã o, nictú ria, sensaçã o de micçã o incompleta, infecçã o uriná ria associada, disú ria. -Dor óssea aguda: por fratura patoló gica, que se torna frequente.
Hematú ria -Síndrome de compressão epidural da medula espinhal:
Hematospermia envolvimento da coluna – paraglegia, nível sensitivo, distú rbio
# HPB: nã o tem hematú ria ou hematospermia. esfincteriano.
Disseminação linfática
-Edema de MMII
-Sensaçã o vaga de desconforto pélvico ou perineal constante
DISSEMINAÇÃ O E Disseminação local: estruturas periprostá ticas – vesículas seminais e base da bexiga. Regiõ es + acometidas:
SÍTIOS MAIS Disseminação linfática: linfonodos obturadores para-aó rticos. Coluna lombar Fêmur proximal
COMUNS Disseminação hematogênica: esqueleto axial, ossos longos e outros ó rgã os e tecidos. Pelve Coluna torá cica
Metá stases ó sseas sã o geralmen Costelas
te osteoblá sticas, com aspecto branco ou radiopaco no RX.
RASTREAMENTO Nã o existem evidências científicas de que o rastreamento reduz a morbi-mortalidade
O tratamento pode causar mais danos que benefícios
Sociedade Brasileira de urologia: oferecer a todos os homens entre 50-75 anos com expectativa de sobrevida > 10 anos.
- Se alto risco (negros, histó ria familiar), começar aos 45 anos
-Explicar riscos e benefícios e controversas.
-Anualmente: PSA + TR -
-TR +, PSA > 4ng/mL ou com velocidade de aumento anual de > 0,75 ng/ml/ano  bió psia
DIAGNÓ STICO Toque retal Biópsia transretal guiada por USG:
-Só identifica tumores localizados nas faces laterais ou posteriores da glâ ndula. -confirmaçã o histopatoló gica
-Exame positivo: nodularidade, induraçã o ou assimetria lobar acentuada  bió psia - No mínimo 12 fragmentos, da base, meio e á pice,
-Sensibilidade e especificidade baixa: pode estar aumentado por prostatite, infarto prostá tico, tuberculose. medialmente e lateralmente, dos dois lados da
Antígeno prostático específico (PSA): varia com raça, idade, tamanho da pró stata. glâ ndula
-Marcador de dano ao epitélio prostá tico, nã o é câ ncer específico. USG: imagens hipoecoicas (60%), isoecoico (39%) e
-Está aumentado em causas nã o malignas: HPB, prostatite, ejaculaçã o e outros. hiperecoico (1%).
-Células malignas produzem até 1,5x menos PSA que as normais, mas por distorçã o da arquitetura  TC, RM, cintilografia: metá stases
aumento da permeabilidade dos ductos prostá ticos  PSA secretado reflui para a circulaçã o
- >10 ng/ml: mais específicos para CA
-Apó s cirurgia leva 6 sem para normalizar. Recidiva: zera e volta a subir.
TRATAMENTO Conduta expectante: se PSA < 10, Gleason ≤6, até 2 fragmentos + Doença localizada Doença avançada
- Paciente com expectativa de vida ≤10 anos pela idade ou outras comorbidades + fatores de bom (estágios I e II) (estágios III e IV)
prognó stico. Acompanhar com exame clínico + PSA Conduta expectante Hormonioterapia +
Prostactectomia radical: complicaçõ es  disfunçã o erétil e incontinência uriná ria Prostatectomia radical (aberta, cirurgia ou radioterapia
Orquiectomia subcapsular bilateral: bloqueio hormononal da testosterona em casos graves. Nã o laparoscópica manual ou
é curativa. RALP)
Linfadenectomia pélvica: se PSA > 10 ng/mL e Gleason >7 Radioterapia externa
Hormonioterapia neo: nã o indicada Braquiterapia
RT: se margens positivas, 6 sem pó s op; isolada ou combinada (feixes externos ou braqui)
Recidiva: crioablaçã o, ablaçã o por radiofrequência e ultrassom focal de alta intensidade.
Metástases: orquiectomia bilateral para deprivaçã o androgênica, agonistas do GnRH ou
bloqueadores de receptor de androgênio.
QT: inicialmente efetiva, mas os sobreviventes acabam indo para a fase de castraçã o-resistente.
SEGUIMENTO

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