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PACIENTES COM NECESSIDADES ESPECIAIS

AULA 01: CONDUTA ODONTOLÓGICA EM PACIENTES Logo a síndrome de donw é uma alteração
COM SÍNDROME DE DOWN cromossômica numérica. Trissomia do 21 – cariótipo
47, XY+21 ou 47, XX+21.
 O cariótipo é o estuo da representação dos
cromossomos presentes nas células. O exame é CAUSA DA SINDROME DE DOWN
realizado por meio da coleta de sangue. A partir
delas, as células, que apresentam núcleo e DNA  De acordo a OMS, o principal fator associado ao
envelopado, são administrados alguns desenvolvimento da síndrome é a idade materna
medicamentos como colchicina, que vão estimular avançada, mulheres que engravidam mais tarde –
a condensação de todo DNA em cromossomos, a 45/47 anos.
partir daí há uma fragmentação desses Idade materna vs. Risco de concepção de criança com SD
cromossomos.
 O material cromossômico é, então, corado, o que IDADE MATERNA RISCO
permite que ele seja avaliado quanto à sua 20 1/1925
quantidade e estrutura. É essa análise que 25 1/1205
permite organizar os cromossomos em pares, 30 1/885
para identificar monossomias, trissomias, grandes 35 1/365
deleções e translocações. 40 1/110
 Tipicamente, uma célula humana tem 46 45 1/32
cromossomos — 23 herdados da mãe e os outros 49 1/11
23, do pai. Esses cromossomos são organizados
em 22 pares conhecidos como autossomos, além  Idade paterna avançada (20% dos casos), e
de um par de cromossomos sexuais. Neste último quando o pai e mãe possuem idades avançadas o
par, as mulheres apresentam 2 cromossomos X, risco é ainda maior.
enquanto os homens carregam um X e um Y. Na
síndrome de down, no cromossomo 21 teremos Existem diversos processos biológicos do corpo
então uma trissomia – presença de 3 humano que barram a formação de anomalias mais
cromossomos (47 cromossomos). severas – por isso que a maior causa do aborto
 Ser humano padrão – 2n: 46 cromossomos, 23 espontâneo no primeiro trimestre é um função do
pares (22 autossomos e um par de cromossomos impedimento da formação de anomalias congênitas
sexuais). no feto.

MUTAÇÕES CROMOSSÔMICAS ANOMALIAS CONGÊNITAS

 Podem afetar todo o genoma;  Incapacidade a longo prazo;


 Vai determinar varias síndromes, que vão gerar  Impacto: indivíduos, famílias, sociedade e sistema
características atípicas, diferentes do ser humano de saúde;
padrão.  Múltiplas causas.
 Tipo mais comum de mutação (3 a 4% das
PRINCIPAIS FATORES
gestações. Ex: acréscimo ou deleção de
cromossomos.  Status nutricional da gestante;
 Hereditariedade;
 Aneuploidias (alteração cromossômica numérica):  Ingestão crônica de bebidas alcolicas e/ou
 Ex: Nulissomia: 2n – 2: 44 cromossomos; psicotativos;
 Monossomia: 2n – 1: 45 cromossomos;  Infecções;
 Trissomia: 2n + 1: 47 cromossomos.  Consanguinidade;
 Exposição a fatores ambientais;
 Idade materna e paterna avançada;  Descoberta da causa genética após 100 anos –
 Ausência de consultas de Pré-natal – que vão Jérôme Lejeune
determinar a vacinação da gestante, se a mesma é
PREVALENCIA DA SINDROME DE DONW
portadora de alguma doença não tratada como
sífilis.  Brasil: ausência de estatísticas especificas
ANOMALIAS CONGÊNITAS MAIS PREVALENTES  1/700 nascidos vivos;
 270.000 indivíduos
 Defeitos cardíacos;  Estados Unidos
 Defeitos de fechamento do tubo neural –  1/691 nascidos vivos
herniação da medula espinhal (fica pra fora do  400.000 indivíduos
organismo);
 Síndrome de Donw CARACTERISTICAS CLINICAS

Inclusive, muitos indivíduos portadores de donw MANIFESTAÇÕES FACIAIS


possuem defeitos cardíacos, alterações nas válvulas
 Ponte nasal baixa;
cardíacas. Por isso que nesses pacientes iremos por
 Epicanto + Fendas palpebrais obliquas;
via de regra realizar uma anamnese antibiótica em
 Orelhas pequenas, curvadas;
procedimentos mais invasivos (raspagem, cirurgia),
 Pseudo prognatismo;
porque muitas vezes os responsáveis não sabem
 Face achada
informar se há presença de algum defeito cardíaco
 Pele abundante no pescoço;
durante a anamnese.
 Pescoço largo e curto;
RASTREAMENTO PRÉ NATAL E ACONSELHAMENTO  Amenização do fenótipo quando mosalcismo.
GENETICO

 Exames
 Analise citogenética vs Invasividade (aminiocentese
+ bx do vilo corial)
 Marcadores bioquímicos do sangue – α-feto
proteína; βHCG; Estriol não conjugado; Proteína A
plasmática associada à gestação.
 Translucência nucal, dopplerfluxometria de ducto OUTRAS MANIFESTAÇÕES
venoso, USG morfológico fetal, ECG fetal.
 Prega palmar transversa única;
 Avaliação genético clinica – geneticista clinico;  Baixa estatura.
 Acompanhamento de gestantes com idade MANIFESTAÇÕES SISTEMICAS
elevada – Hoje a OMS considera que a maior
estratégia de prevenção para síndrome de donw é  Hipotonia muscular;
trabalhar a conscientização dos pais,  Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
principalmente os de idade mais avançada –  Deficiência mental;
investigação diagnostica, aconselhamento  Epilepsia – uso crônicos de anticonvulsivantes,
genético, cariótipo. que levam a formação da hiperplasia gengival;
 Espaçamento ideal de uma gravidez para outra –  Cardiopatia congênita (40 - 50% dos casos) – 1 a
24 meses (2 anos) para prevenir anomalias. cada 2 pacientes – por isso realizamos profilaxia
antibiótica por via de regra;
HISTORICO
 Hipotireodismo (8x maior);
 Caracterizada pela primeira vez em 1866 – John  Envelhecimento precoce;
Langdon Haydon Down – nominou a condição  Doença de Alzheimer (30%);
como mongolismo;  Hipoacusia (70-80%);
 Alterações oculares;
 Deficiência imune (linfócitos T e monócitos) – Dificuldades de acesso e desespero profissional.
oque levam a uma maior tendência de esse
PROTOCOLO CLINICO
paciente possuir doença periodontal, mesmo na
ausência de placa bacteriana – mais uma  Anamnese criteriosa;
indicação de profilaxia antibiótica;  Comorbidades;
 Infecções recorrentes;  Alergias;
 Leucemias (15 a 20x maior);  Hospitalizações e cirurgias;
 Deficientes intelectuais;  Queixa principal;
 Alterações da articulação atlanto-axial – muitos  Listagem das medicações em uso;
desses pacientes não possuem o processo  Solicitação de avaliação medica (SN);
odontoide, que leva a uma instabilidade atlanto-
 Avaliação global do paciente.
axial, que junto à hipotonia muscular eleva as
chances de lesão de medula. NO CONSULTORIO

MANIFESTAÇÕES ORAIS  Identificação de rejeição familiar, maus tratos;


 Desenvolvimento de ansiedade, tensão, medo
 Macroglossia
excessivo;
 Microstomia
 Encaminhamento para assistência psicossocial.
 A microstomia (boca pequena) pode estar
associada a macroglossia, e na maior parte dos CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
casos, o paciente possui uma microstomia, dessa
forma a língua não cabe na boca.  Cianóticas (não há oxigênio suficiente no sangue)
 Protusão lingual – retrognatismo; vs Não cianóticas;
 Hipotonia muscular  39,4% de mortalidade;
 Dificuldades de fala, alimentação e apneia  Aumento da morbidade perinatal;
obstrutiva do sono;  A maioria não é corrigida cirurgicamente;
 Respiradores bucais;  50% -> prolapso valvar (25%-30%);
 Quielite esfoliativa;  Risco para endocardite infecciosa – bactérias
 Fissuras labiais (por conta do ressecamento); circulantes encontram um defeito na parede
 Má-oclusão – mordida aberta, mordida cruzada; interna do coração e se multiplicam ali dentro,
criando uma massa vegetativa, que pode se
 Palato ogival;
desprender e obstruir outro vaso, causando
 Bruxismo;
também um AVC, por exemplo.
 Aumento da capacidade tampão da saliva vs fluxo
salivar vs prevalência de carie dental. INDICAÇÕES PARA PROFILAXIA ANTIBIOTICA

ANOMALIAS DENTARIAS  Protese valvar cardíaca;


 El previa;
 Microdontia difusa, agenesias, oligodontia,
 Cardiopatia congênita (cianótica) sem reparo (não
alterações de forma;
foi operado);
 Atraso na cronologia e sequencia da erupção
 Cardiopatia congênita com reparo (< 6 meses) –
dentaria;
foi operado;
 Alta incidência de agenesia dentaria;
 Cardiopatia congênita com reparo e defeito
 Doença periodontal grave – deficiência
residual;
imunológica + local de pobre irrigação sanguínea;
 Histórico de febre reumática;
 Consumo de bisfosfonato secundariamente à
 Cardiomiopatia hipertrófica;
baixa densidade mineral óssea – osteoporose
precoce – atenção a osteonecrose associada a  Prolapso de valva mitral com regurgitação – sopro
medicamentos. cardíaco.

ATENÇÃO À SAUDE BUCAL AO PORTADOR DA PROCEDIMENTOS AUTORIZADOS COM USO DE


SINDROME DE DOWN ANTIBIOTICOS E SEM USO DE ANTIBIOTICOS
PROCEDIMENTOS ODONTOLOGICOS – SÓ COM  Aplicação de vernizes de flúor;
ANTIBIOTICO  Preparo pré-cirurgico;
 Manipulação de tecido gengival  Condicionamento do paciente;
 Manipulação na região periapical dos dentes
 Considerar o uso de sedação consciente.
 Perfuração da mucosa oral contaminada
PROCEDIMENTOS ODONTOLOGICOS SEDAÇÃO CONSCIENTE – Metodos não
 Infiltração anestésicas em tecidos sadios farmacológica.
 Realização de radiografias
 Colocação de aparelhos ortodônticos e protéticos Falar, mostrar, fazer – controle de voz – reforço
 Esfoliação espontânea dos dentes decíduos. positivo – distração – modelagem.

SEDAÇÃO CONCIENTE – Farmacológico


PROTOCOLO TERAPEUTICO (60 minutos antes do
procedimento) Para pacientes não responsivos à sedação não
farmacológica; administração isolada ou combinada;
Acima de 40kg é tratado como adulto do ponto de
redução de secreções; relaxamento muscular;
vista farmacológico, para dosar o medicamento.
domínio de movimentos incoordenados; diminuição
 Amoxicilina: 2g ou 50mg/kg em dose única; do reflexo de vomito; amnesia anterógrada; pode ser
 Cefalexina: 2g ou 50mg/kg em dose única; empregada em qualquer procedimento.
 Doxiciclina: 100mg em dose única; ANESTESIA GERAL
 Clindamicina: 600mg ou 20mg/kg em dose única;
 Azitromicina ou Claritromicina: 500mg ou  Não responsivos as técnicas de sedação
15mg/kg em dose única. farmacológica;
 Para alérgicos a amoxicilina dosamos a doxiciclina,  Casos de urgência;
contudo, este é uma tetraciclina – tem risco de  Ausência completa de cooperação;
pigmentação em dentes decíduos não formados,  Autoagressividade evidente – risco de se
por isso não utilizamos em crianças. Dessa forma, machucar;
dosamos os demais antibióticos, contudo em  Heteroagressividade;
adultos com a dentição permanente formada é  Tratamento acumaldo;
doxiciclina para alérgicos a amoxicilina.  Dificuldade de acesso aos serviços;
Necessidade de nova dessensibilização.
PACIENTES JÁ EM USO DE ANTIBIOTICO
AULA 02: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Utilizar outro antibiótico diferente na dosagem
profilática ou adiar o procedimento por 10 dias e PREVALÊNCIA
realizar nova profilaxia?
 Variação: 2 a 5 casos/100 nascidos vivos;
O ideal é que prescreva outro antibiótico, contudo  EUA – 1/68 nascidos vivos;
aguarda os 10 dias da ultima dose antibiótica para  0,6-1% da população;
prescrever outro medicamento. O ideal é que aguarde  Sexo masculino – maior prevalência, 3 a 5 vezes
esse período por conta da resistência bacteriana – não mais;
se faz profilaxia antibiótica toda semana, pode-se  Sem predileção por raça, condição
fazer em 15 e 15. socioeconômica, grau de escolaridade;
 Transtorno de desenvolvimento de mais rápido
ATENDIMENTO
crescimento.
 Consultas curtas;
ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO COM TEA COM BASE
 Atendimento em preferencia a 4 mãos;
NA POPULAÇÃO DE CADA REGIÃO BRASILEIRA
 Posicionar o pescoço e a cabeça corretamente;
 Alterações salivares; Não há uma distribuição por igual.
 Tratamento periodontal avançado por conta da
maior incidência; ESTIMATIVA BRASILEIRA
1,2 milhões de portadores do TEA, necessitando então  15-30% apresentam convulsões – podem fazer
de cerca de 40 mil instituições para atender toda essa uso de anticonvulsivantes (atenção a hiperplasia
população, oque não é a realidade do pais. gengival)
 60% tem QI < 50
POLITICAS NACIONAIS
 20% tem QI > 70 – autismo de alto funcionamento
 Lei 12.764/12 – Politica Nacional de Proteção dos
TRANSTORNO PRESENTES NO TEA
direitos da pessoa com TEA
 Abril/2012 – Diretrizes de atenção à reabilitação Alimentares; do sono; de relacionamento com pessoa;
da pessoa com TEA (ministério da saúde) – aqui de relacionamento com brinquedos; de comunicação.
surgiram também cartilhas sobre o atendimento
odontológico com portadores de TEA.

CARACTERISITICAS AUSTÍSTICAS

 Déficit da comunicação
 Interesses restritos e comportamentos repetitivos
 Déficit na interação social

 Manifestações antes dos 30 meses;


DIFERENÇAS ENTRE TEA E DEFICIENTES INTELECTUAIS
 Cronicidade;
 Alguns sintomas podem desaparecer/diminuir;
 Deficiência nas respostas aos estímulos visuais e
auditivos;  Ecolalia: repetições na fala.
 Não olhar nos olhos; DIAGNÓSTICO
 Frieza emocional;
 Hiperatividade;  CID-10/DSM V
 Fala deficiente ou ausente;  Observação clinica
 Deficiência no comportamento social reciproco;  Histórico: relato dos pais/responsáveis
 Incapacidade de estabelecer relações  Ausência de imagem: anomalias estruturais no
interpessoais normas; cérebro
 Isolamento Extremo;  Diagnóstico definido em fases avançadas
 Características como: andar nas pontas do pés,
Não há um exame para confirmar, não há um exame
predileção por um brinquedo
típico. são vários testes feitos para determinar mas o
 Comportamento estereotipado, repetitivo e
principal é a observação clínica
excessivo na execução de tarefas;
 Não responde quando chamado pelo nome; Critérios
 Apego a um determinado objeto;
 Ausência de medo em situações perigosas; 1. Falta de reciprocidade social e emocional;
 Baixo limiar de frustação; 2. Anormalidade grave de desenvolvimento,
 Hipersensibilidade ao toque, som etc; comunicação (linguagem falada);
3. Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de
 Déficit cognitivo, de compreensão e ao seguir
interesse, comportamento e imaginação;
normas;
4. Apego inapropriado e persistente a objetos;
 Resistentes a mudanças;
5. Inicio precoce (antes dos 3-5 anos)
 Autismo de Alto funcionamento – gênios
NOVA CLASSIFICAÇÃO

GRAU/NIVEL: Severo, moderado, leve


 75% apresentam deficiência mental;
SEVERO
 Crianças isoladas;  Características não diferem da população em
 Grave prejuízo na comunicação; geral
 Extrema inabilidade social;  Palato Ogival + mordida aberta – respiradores
 Movimentos estereotipados; bucais
 Movimentos repetitivos;  Apinhamento dentário
 Deficiência mental associada  Dentes perdidos precocemente
 Relação de molar – classe II de angle
MODERADO  Presença de Diastemas
 “Autistas clássicos”;
 Falam, mas não se comunicam;
 Hábitos fora de contexto; Higiene oral deficiente
 Dificuldade de compreensão;
 Levam tudo ao “pé da letra”;
 Problemas com expressão faciais Cárie dental/ Doença Periodontal

LEVE
Perda precoce dos dentes
 Antiga “Síndrome de Aspenger”;
 Dificuldades amenizadas;
 Verbais e inteligentes; Maloclusão
 Pensamento logico distinto;
 Imagem fotográfica;
 Baixo limiar de frustação;  Menor capacidade de aprendizagem: Soluções
 Ex: Messi práticas
 Dieta cariogênica: Preferência por alimentos ricos
CARACTERISTICAS BUCODENTAIS em sacarose
 Hipotonia muscular: Habilidades mastigatórias
 Menor capacidade de aprendizagem – soluções
reduzidas -> acúmulo de alimento
praticas;
 Uso de medicamentos indutores da
 Dieta cariogênica – preferencia por alimentos
hipossalivação: Anticonvulsivantes, antipsicóticos,
ricos em sacarose;
antidepressivos
 Hipotonia muscular – habilidade mastigatórias
 Sensibilidade tátil aumentada: Recusa a contatos
reduzidas – acumulo de alimentos;
físicos
 Uso de medicamentos indutores da hipossalivação
– anticonvulsivantes, antipsicóticos, Hábitos parafuncionais
antidepressivos;
 Sensibilidade tátil aumentada – recusa a contatos  Morder a mucosa oral;
físicos  Bruxismo;
 Sendo assim, há uma maior incidência de cárie e  Interposição da língua;
doença periodontal  Morder objetos;
 Movimentos repetitivos;
Prejuízo no autocuidado; Déficit neuropsicomotor;
 Deglutição atípica;
Falta de cooperação do paciente; Dependência dos
 Roer unhas.
responsáveis; Saúde bucal em segundo plano frente
aos outros problemas. Traumatismo dental

OBS: importante ensinar hábitos de alimentação  A incidência de traumas entre pacientes autistas e
a população geral não apresenta diferença
Maloclusão
significativas
 Não há provas suficientes para indicar ou não se o
autismo é um fator de risco
 Comportamento agressivo; Autoagressão e baixa  Psicologia infantil aplicada
sensibilidade à dor – são características que levam
a ocorrência de traumas dentais. Falar, mostrar e fazer; reforço positivo; controle da
voz; distração e modelagem
CONDUTA ODONTOLOGICA
Métodos de sedação consciente – métodos
PROTOCOLO CLINICO – Anamnese e planejamento farmacológicos

 75% apresentam deficiência intelectual;  Não responsivos à sedação não farmacológicos


 15-30% apresentam convulsões – podem fazer  Administração isolada ou combinada
uso de anticonvulsivantes (atenção a hiperplasia  Redução de secreções
gengival)  Relaxamento muscular
 60% tem QI < 50  Domínio de movimentos incoordenados
 Autoagressividade/automutilação  Diminuição do reflexo de vômitos
 Terapêutica medicamentosa – polifarmacia  Amnesia anterógrada
(consumo múltiplo de medicamentos)  Pode ser empregada para qualquer procedimento

CARACTERISTICAS QUE INFLUENCIAM NO Para isso é necessário...


ATENDIMENTO
 Capacitação profissional
 O estimulo doloroso se dá de maneira alterada  Conhecimento do fármaco utilizado
 Os limiares de dor são superiores aos dos  Treinamento em suporte básico de vida (SBV)
indivíduos saudáveis  Monitorização de sinais vitais (diagnostico)
 “Indiferença a dor” é mais apropriado do que  Saber lidar com equipamentos de emergência
“insensibilidade a dor”  Conhecimento da condição medica do paciente
 Dificuldade de expressar a dor
 Atenção voltada ao estimulo e não a situação Urgências odontológicas
 Sensibilidade exagerada a estímulos sensoriais
DOR = fator desencadeante para autoinjúria
 Movimentos repetitivos do corpo e da fala
 Frustram-se rapidamente Anestesia geral: para pacientes não responsivos às
 Não se interessam nas demonstrações técnicas de sedação farmacológica
 Esforçam-se para não estabelecer relacionamento
CONTEÇÃO FISICA
É NECESSÁRIO
Pacientes não responsivos as técnicas de sedação
 Aproximação afetiva consciente (condicionamento + sedação
 Abordagem comportamental farmacológica) – ex: paciente agressivos –
 Cooperação aumentada com idade e experiências autoagressividade vs heteroagressividade
do individuo
PROTOCOLO CLÍNICO
É NECESSÁRIO UM TRATAMENTO INDIVIDUALIZADO
Listagem das medicações em uso
 “Uma abordagem pode funcionar com um
 Anticonvulsivantes: Fenitoína, Carbamazepina,
paciente, mas com outro não”
Ácido Valpróico
 “Os pacientes mostram uma variedade de níveis
 Antidepressivos: Paroxetina, Fluoxetina,
de compreensão e cooperação”
Imipramina
É um verdadeiro desafio para os cirurgiões-dentistas...  Antipsicóticos: Haloperidol, Risperidona,
Metilfenidato (Ritalina®)
PODE-SE INCLUIR NAS CONSULTAS  Antipsicóticos: distúrbios motores, alteração da
fala e deglutição, xerostomia e hipotensão
Métodos de sedação consciente – métodos não
ortosítica - Metilfenidat Taquicardia, episódios
farmacológicos – condicionamento
hipertensivos
 Antidepressivos: Disgeusia, glossite e estomatite. (neutrófilo, macrófago, etc) onde a célula
cancerígena passou e gerou um tumor. A segunda
AULA 03: PACIENTES ONCOLÓGICOS (câncer de linha de defesa é a local, exemplo, os gânglios e
cabeça e pescoço) linfonodos aonde na cirurgia vai ser removido os
Opções de tratamento acometidos e faz ressecção. O nome dessa cirurgia
é esvaziamento cervical (Procedimento cirúrgico
 Cirurgia oncológica realizado com o intuito de tratar e/ou estadiar o câncer de
cabeça e pescoço. Para isso, é feita a retirada de algumas
 Quimioterapia
estruturas, como os linfonodo).
 Radioterapia
QUIMIOTERAPIA
CIRURGIA ONCOLÓGICA
 Quem prescreve a quimioterapia é o médico
 Quem realiza a cirurgia é o cirurgião de cabeça e
oncologista. Consiste em inibir a proliferação de
pescoço. A cirurgia é o tratamento de primeira
células neoplásicas através de medicamentos. É
linha para o câncer, mas depende do estágio do
um tratamento sistêmico.
tumor (efeitos colaterais). É um tratamento local.
 É geralmente aplicada em estágios avançados pois
 Geralmente está associada a maior eficácia,
possuem metástases. Pode ocorrer também por
controle da doença, que pode necessitar de uma
conta da mutilação com a cirurgia, que faz o
reabordagem em caso de recidiva. Quando há
paciente optar diretamente pela quimioterapia.
estruturas vitais em proximidade, pode ser
Paciente também pode não ter “status
necessário utilizar terapias adjuvantes como
performance” (teto-cirúrgico), idade ou condição
quimioterapia e radioterapia.
sistêmica para operar. Pode estar associada a
radioterapia (quimioradioterapia). Ataca células
neoplásicas e sadias.

Pode gerar “efeitos colaterais”, um exemplo, é uma


VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
cirurgia na laringe que pode afetar as cordas vocais e
o paciente não conseguir mais falar. Pode gerar Costuma ser realizada via endovenosa, muitas vezes o
efeitos irreversíveis e sequelas graves, como perda de acesso periférico não suporta o grau de inflamação
sensibilidade, sequelas motoras, na boca podem que o medicamento gera, sendo necessário um acesso
ocorrer disfagia, hipossalivação. venoso central aonde é realizado em uma veia de
maior calibre.
 Na cirurgia, quando o paciente tem por exemplo
um câncer na língua, mais avançado, geralmente a EFEITOS COLATERAIS
cirurgia envolve outros tecidos adjacentes, por
conta de células satélites que podem ocasionar a
recidiva do câncer.
 O sistema imunológico possui várias camadas
protetoras. A primeira barreira é a celular
Geralmente a quimioterapia é não seletiva, agindo
pela velocidade de replicação, fazendo com que
células saudáveis de rápida replicação também sejam
atingidas e gerem grandes efeitos colaterais, como
queda do cabelo (cabelo cresce rápido) e mucosite
oral (células da boca também possuem alta
replicação).

 Efeitos: mucosite, xerostomia, infecções


oportunistas, trismo, sangramentos
(plaquetopenia), alterações do paladar, vômitos e
diarreia (mucosite no estômago), etc.

MUCOSITE ORAL

É a experiência mais desagradável da quimio. O


paciente sente muita dor, não consegue falar e nem
se alimentar. A laserterapia é tratamento padrão ouro TIPOS
(goldstandard), o problema que está acontecendo é
Teleterapia, braquiterapia, radiocirurgia.
profissionais realizando sem critério (podendo aplicar
locais que gerem mais replicação de células). EFEITOS COLATERAIS

Por ser um tratamento local, os efeitos são mais


locais.

 Mucosite oral radioinduzida


 Osteoradionecrose
Radioterapia  Cáries por radiação – são similares a uma cárie
rampante. Possuem rápida progressão e poucos
 É um tratamento local, trata a célula através da sinais clínicos.
radiação. Utilizam radiação para destruir o tumor  Xerostomia/hipossalivação
ou impedir a replicação das células. A radiação
induz apoptose do celular, destruindo as células Paciente que realiza a radioterapia possui alterações
neoplásicas e as saudáveis. salivares quantitativas e qualitativas, tendo menor
 O alimento do tumor são as células, sangue, loo capacidade do sistema tampão, alteração de
que a radioterapia faz é o oposto, gera apoptose. glicoproteínas, menor capacidade de des-re, gerando
 Trabalha com a teoria dos “três Hs”: cárie similar a cárie rampante.
hipocelularidade, hipooxigenação,
 Doença periodontal
hipovascularização – induz apoptose. Menos
 Trismo
oxigênio, menos vascularização, sem alimento
 Alteração do paladar
para o tumor. As vezes ainda assim o câncer
 Infecções oportunistas
sobrevive, pois existem células que fazem
automutação e se adequam a essas características
que a radioterapia causa. Tratamento ocorre por
sessões.

 Planejamento radioterápico tridimensional,


tomografia. Áreas mais próximas do vermelho e
do amarelo são mais quentes, aonde possui dose ESTAGIOS
maior. Área azul na periferia tem doses menores.
 A boca na imagem B encontra-se fechada, isso  PACIENTE EM RISCO: Sem osso necrótico aparente
significa que está pegando radiação nos dentes em pacientes assintomáticos que foram tratados
maxilares. Mas é possível fazer com a boca aberta com IV ou terapia antirreabsortiva oral.
através dos stents.  ESTAGIO 0: Nenhuma evidência clÍnica de osso
necrótico, mas apresenta sintomas inespecíficos
Stents orais ou achados clínicos e radiográficos. Odontalgia;
Mobilidade; Perda ou reabsorção óssea alveolar.
Abridor de boca para radioterapia. É feito de resina
 ESTAGIO 1: Ossos expostos e necróticos, ou
acrílica e faz com que abra a boca do paciente para
fístulas com comunicação óssea, em pacientes
que a radiação não atinja áreas que não precisa, como
assintomáticos e sem evidência de infecção.
maxilar.
Achados radiográficos do estágio 0.
APRESENTAÇÕES  ESTÁGIO 2: Osso exposto e necrótico, ou fístula
que atinge o osso, com evidência de
PACIENTES COM RISCO DE OSTEONECROSE infecção/inflamação. Sintomático. Achados
INDUZIDA POR MEDICAMENTOS DOS MAXILARES radiográficos do estágio 0.
 ESTAGIO 3: Osso exposto e necrótico, ou fístula
BISFOSFONATOS (BPs)
que atinge o osso, com evidência de infecção, e
Os bisfosfonatos são medicamentos que reduzem a associado a um ou mais. Extensão do osso exposto
reabsorção óssea e estimulam a atividade e necrótico, além da região do osso alveolar;
osteoblástica e a apoptose de osteoclastos. Por essas Fratura patológica; Fístula extraoral; Comunicação
razões, são frequentemente administrados em bucosinusal; Osteólise estendendo-se até a borda;
pacientes com osteoporose e comumente inferior da mandíbula ou assoalho do seio.
empregados no tratamento do câncer de mama,
ASPECTOS RADIOGRAFICOS
próstata, pulmão e mieloma múltiplo.
Radiografias panorâmicas, Tomografia
 Podem ser nitrogenados e não nitrogenados.
computadorizada (CT) ou tomografia
DENOSUMABE computadorizada de feixe cônico (CBCT) e
Ressonância magnética (RM).
Anticorpo anti-RANK-L e inibe a função osteoclástica e
a reabsorção óssea associada Principais achados: Aumento da densidade óssea
Esclerose óssea ou osteólise Persistência de alvéolo
 Indicação: Osteoporose pós-menopáusica, dentário Neoformação periosteal Espessamento da
Osteoporose induzida por glicocorticoide, etc. lâmina dura Estreitamento do canal mandibular.

Apesar dos benefícios associados ao tratamento com TRATAMENTO


bisfosfonatos, esses medicamentos vêm sendo
relacionados a uma debilitante patologia, cujas
manifestações clínicas acometem exclusivamente a
mandíbula e a maxila, denominada de "osteonecrose
dos maxilares".

ACHADOS CLINICOS

Osso exposto; Dor Distúrbios de cicatrização; Edemas;


Inflamação; Formação de fístulas; Fraturas patológicas
da mandíbula; Comprometimento do NAI;
Envolvimento do seio maxilar; tendo juntamente as
sinusites e comunicações bucosinusais.
PREVENÇÃO Além desses fatores, a falta de higiene bucal e uma
dieta rica em gordura e pobre em vitaminas e
Tratamento de cárie e Doenças periodontais, proteínas aumentam ainda mais o risco de câncer
Aplicação tópica de flúor, Exodontia de raízes nestas regiões;
residuais, Boa adaptação da prótese.
INCIDÊNCIA

 A neoplasia está entre o 6º tipo de câncer mais


incidente no mundo. Incidência do câncer de
cabeça e pescoço – entre os homens, o tumor
TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTE COM mais comum é o de boca, enquanto entre as
mulheres é o de tireoide.
CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
 O câncer de cabeça e pescoço é o quinto mais
O câncer é o crescimento desordenado de células que comum no mundo e engloba vários tipos de
tumores.
se agrupam formando tumores. Podem invadir órgãos
vizinhos e até distantes da origem do tumor
TIPOS
metástase – principal causa de morte por câncer.

CANCER DE CABEÇA E PESCOÇO  Estadiamento é o processo para determinar a


localização e a extensão do câncer presente no
É representado por uma variedade das neoplasias corpo de uma pessoa. O estadiamento é realizado
maligna. Regiões de cavidade oral, faringe, laringe, quando um paciente recebe o diagnóstico inicial
cavidade nasal, seios paranasais e glândulas salivares de câncer, antes de qualquer tratamento ser
podem ser afetados com epidemiologia, história iniciado. Tipos de estadiamento:
natural, patologia, tratamento e prognóstico distintos.
 Estadiamento patológico ou estadiamento
FATORES DE RISCO cirúrgico: cirurgia pode ser realizada para retirar o
tumor ou somente analisar a disseminação da
As causas exatas do câncer de cabeça e pescoço não
doença e remover amostras de tecido.
são conhecidas, mas existem alguns fatores de riscos  Estadiamento clinico: uma estimativa da extensão
que aumentam as chances de desenvolver a doença, da doença com base nos resultados do exame
como: físico, radiografias, TC e outros exames de
imagem.
 TABAGISMO: 90% dos pacientes com câncer de
boca eram tabagistas. O tabagismo e etilismo tem O estadiamento do câncer de cabeça e pescoço é
sido consistentemente associados com o aumento feito pelo sistema TNM.
do risco de CCP. Esse fenômeno pode ser
biologicamente explicado pelo menos em parte,  O sistema TNM classifica o T que é usado pra
pelo metabolismo do etanol na cavidade oral e a avaliar o tamanho do tumor primário. O N que
presença de agentes carcinógenos provindos do determina se houve disseminação para os
tabaco. A fumaça do tabaco contém substâncias linfonodos regionais. O M para dizer se houve ou
cancerígenas que podem danificar as células do não metástase desse tumor. A metástase ocorro
corpo. quando o tumor se espalha para além do local de
 ÁLCOOL: O consumo regular de bebida também origem.
aumenta o risco. O risco pra quem consome  Estágio 0: é o carcinoma in situ, para a maioria
bebida alcoólica de maneira abusiva é estimado dos cânceres. Isso significa que o câncer se
duas a seis vezes enquanto os que usam tabaco é encontra numa fase muito precoce, localizado
de cinco a vinte cinco vezes dependendo da apenas na área onde originalmente se iniciou e
quantidade de maços/ano, sexo e etnia. não se disseminou.
 HPV: O subtipo 16 do vírus está fortemente
relacionado ao câncer bucal. Infecção pelo HPV: o TRATAMENTO
papomavirus humano (HPV) pode aumentar o
risco de câncer de orofaringe O tratamento para o câncer de cabeça e pescoço
 RADIAÇÃO SOLAR: Exposição ao sol sem proteção começa a partir da análise do estadiamento, feita pelo
aumenta o risco de câncer nos lábios. médico oncologista, ele irá decidir quais tipos de
tratamentos serão necessários para o caso do
paciente. Alguns tipos deles são, a cirurgia,
radioterapia, quimioterapia, terapia alvo,  Remédios; Modificações na dieta; Estilo de vida
imunoterapia e o tratamento paliativo.
O cirurgião dentista pode ajudar o paciente durante a
radioterapia fazendo um stent oral, que é um abridor
de boca feito para evitar que a radiação pegue em
áreas desnecessárias, feito de resina acrílica

ACHADOS BUCAIS

 Mucosite (estomatologia dolorosa)


 Trismo (limitação da abertura de boca)
 Disgeusia (atrofia das papilas gustativas, associada
à redução do fluxo salivar)
 Candidíase oral (infecção secundária)
 Cárie de radiação
 Xerostomia
 Osteorradionecrose (mandíbula é a estrutura mais RETARDANDO A PROGRESSÃO DA DRC
afetada, por pouca vascularização).
Diagnóstico e tratamento dos fatores de risco como:
CUIDADOS
 Diabetes melltus
 Esses sintomas se identificam precocemente num  HAS (hipertensão arterial sistêmica)
grupo de lesões que se chama lesões  Tabagismo
potencialmente malignas na cavidade oral  Dislipidemia
(eritoplasia e lecoplasia).  Hiperuricemia
 As duas se situam em várias áreas da cavidade  Obesidade
oral. A mancha vermelha inclusive é mais grave.  Nutrição
 Cuidado com úlceras que não se cicatrizou por até
21 dias em paciente tabagistas. PRINCIPAIS ACHADOS MAXILOFACIAIS

Hiperemia da gengiva; palidez da mucosa bucal


PACIENTE RENAL CRÔNICO (anemia); perda da demarcação da linha
mucogengival; diminuição do fluxo salivar, o que gera
CONCEITO
xerostomia; redisposição para a candidíase ▪
 DRC é uma redução da função renal e/ou Sialodenite; doença cárie; gengivite Ulcerativa ▪
presença de anormalidades na estrutura renal Eritema da mucosa bucal; disestesia dos lábios e
presentes por mais de 3 meses ou mais, com língua; hipoplasia de esmalte.
implicações para saúde, normalmente MODIFICAÇÕES NO PLANO DE TRATAMENTO
assisntomática
 Doença multifatorial, algumas causas são:  Pré cirúrgico: Avaliação médica nos últimos três
Diabetes(43,5%) e hipertensão arterial(26%); ▪ meses e consultar médico para avaliar situação do
 Consequências: dor nas costas; inchaço no corpo; paciente.
agravamento da pressão arterial; emagrecimento;  Cirurgias em pacientes dialíticos deverão ser
anemia; fraqueza, enjoos e vômitos realizadas no dia seguinte ao tratamento da
 Os rins fazem parte do sistema excretor e diálise.
osmorregulador, pois filtram e excretam os  A fistula arteriovenosa é susceptível a infecções:
dejetos presentes no sangue como uréia, reconsiderar o uso de antibioticoterapia
creatinina e ácido úrico. profilática por risco de endocardite bacteriana
 Solicitar hemograma completo para verificar o
PACIENTE DIALÉTICO
grau da anemia e uma avaliação do tempo de
 Hemodiálise; Diálise peritoneal; Transplante renal sangramento (TS) que costuma estar prolongado.

NÃO DIALÉTICOS Medicamentos indicados Anestésicos:

Tratamento conservador Escolher anestésico de menor poder vasoconstrictor,


com dose mais baixa possível (FILHO, 2998) Lidocaína
 Antibióticos: Adequação das doses - usar a menor TRATAMENTOS
dose efetiva, pelo menor tempo possível. Escolher
 Dialise peritoneal: NÃO usa heparina
antibióticos de excreção hepática. Clindamicina e
 Hemodiálise: usa heparina.
metronidazol necessitam de um ajuste no
intervalo entre as doses ou de uma dosagem O que é mais prevalente cárie ou doença periodontal
reduzida (ANDRADE, 1998);
 Analgésicos: Analgésicos, como Paracetamol,  Cárie tem pouca. Doença periodontal mais
podem ser utilizados com segurança em doses presente: A ureia elevada na saliva gera tártaro e
baixas e moderadas, porém o uso deve ser favorece a doença periodontal.
cauteloso, quando em doses maiores. DIABETES MELLITUS
Medicamentos contraindicados É uma síndrome metabólica sistêmica crônica,
Evitar drogas nefrotóxicas e ajustar a dosagem dos decorrente a deficiência parcial ou total de insulina
fármacos conforme o grau de insuficiência do que acarreta uma inadequada utilização dos
paciente. carboidratos e alterações no metabolismo lipídico e
proteico. É caracterizando altas taxa de açúcar no
 Antibióticos: Cefalexina e penicilina são sangue (hiperglicemia).
contraindicados, pois tem excreção renal;
Tetraciclinicas e os aminoglicosídeos são FISIOPATOLOGIA
nefrotóxicos em grandes doses. A eritromicina é  Durante a digestão, os carboidratos ingeridos são
contraindicada de forma absoluta devido a sua quebrados em glicose (e outros nutrientes). Eles
ação hepatóxica já reconhecida são absorvidos pelo trato digestivo, passam para o
 Anti-inflamatórios: Os anti-inflamatórios não sangue e circulam por todo o corpo.
esteroides (AINEs) devem ser evitados pois são Normalmente, a glicose no sangue aumenta
nefrotóxicos. Drogas que possuam ácido ligeiramente após uma refeição e o hormônio
acetilsalicílico devido aos seus efeitos insulina é liberado pelo pâncreas no sangue em
antiplaquetários que podem causar hemorragia. resposta. A quantidade de insulina liberada
Os que não são dialíticos pode prescrever corresponde ao tamanho e conteúdo da refeição.
corticóide. A insulina ajuda a transportar a glicose para as
Cirurgia odontológica em paciente com doença renal células do corpo, onde é usada para obter energia.
crônico Conforme a glicose entra nas células e é
decomposta (metabolizada), o nível de glicose no
 Hemograma: pode ter sinais de anemia sangue cai e o pâncreas responde diminuindo a
 Saber qual foi o último da hemodiálise que o liberação de insulina.
paciente realizou, porque a heparina  Quem tem diabetes tipo 1 não produz insulina e o
(anticoagulante- risco de sangramento) é utilizada processo não acontece. Quem tem diabetes tipo 2
nesses tratamentos, ela tem uma meia vida de 3 a pode até produzir insulina, mas o mecanismo que
4 horas, após 24 é eliminada do organismo. faz a glicose entrar não funciona de maneira
 A heparina no paciente renal a meia vida é maior, adequada, então a glicose não consegue penetrar
demora mais pra ser eliminado. Realizar a cirurgia a célula de forma eficiente. A glicose que fica
no dia após a hemodiálise e escrever um relatório circulando na corrente sanguínea pode causar
que planeja realizar as extrações e outro que uma série de problemas: infarto, cegueira, AVC,
realizou as extrações. E sugere que no dia insuficiência renal e outros. Diabetes Gestacional:
seguinte realize a hemodiálise sem usar a presença de glicose elevada no sangue durante a
heparina. Porque o coágulo não deu tempo de se gravidez, diagnosticada pela primeira vez na
estabilizar e o paciente tem risco grande de ter gestação, podendo ou não persistir após o parto.
hemorragia. Sua causa exata ainda não é conhecida.
 Sem o uso desse anticoagulante, tem que lavar a
DIAGONOSTICO E EXAMES
máquina com soro fisiológico para não coagular o
sangue na máquina.  Glicemia em jejum: exame laboratorial para medir
o nível de glicose na circulação sanguínea do
Qual exame que comprova o diagnostico: Taxa de
paciente. Nesse exame para o paciente ser
filtração glomerular (TFG) e Creatina.
considerado diabético o valor da glicose TRATAMENTO MÉDICO CONVENCIONAL
plasmática deve ser superior a 126 mg/dL. (insulinizados e não insulinizados)
 TTG (teste oral de tolerância a glicose):
O tratamento do diabetes mellitus tem como
determina a capacidade que um indivíduo tem de
finalidade envolver principalmente a manutenção do
manter a homeostase da glicose sanguínea após
controle metabólico e glicêmico do paciente. O
uma sobrecarga de glicose. Consiste em retirar
médico deve orientar o paciente a seguir tanto as
uma amostra de sangue após 8 horas jejum,
mudanças aplicadas em seu estilo de vida que se
posteriormente, consumir determinada
referem principalmente a prática regular de exercícios
quantidade de glicose (75g) e então, 2h após
físicos e o seguimento de dieta específica quanto à
medir os níveis da mesma após a ingestão do
prescrição de medicamentos.
açúcar, utilizado para determinar a capacidade de
um indivíduo em manter a glicemia em  INSULINIZADOS
homeostase. Para um diagnóstico de Diabetes
Mellitus a glicemia plasmática deve ser igual ou
superior a 200 mg/dL após duas horas da ingestão
de glicose dissolvida. (O teste de tolerância à
glicose não exige que o corpo divida os
carboidratos em glicose, uma vez que a glicose no
líquido que bebe já é livre).
 Hemoglobina glicada (HbAlc): teste laboratorial
que avalia a percentagem da hemoglobina glicada
é muito útil e bastante utilizado para avaliar a
 NÃO INSULINIZADOS
eficácia do controle terapêutico do diabetes e o
risco de complicações. Quando os níveis A terapêutica medicamentosa do diabetes mellitus se
sanguíneos de glicose estão persistentemente baseia geralmente no uso de antidiabéticos orais e na
elevados, a glicose se liga à hemoglobina das insulinoterapia. O uso da metformina geralmente é
hemácias. Esse processo é chamado glicação. recomendado para o tratamento inicial com
Quanto maior for o nível de glicose no sangue, medicamentos. Se a metformina for contraindicada,
maior será sua ligação com a hemoglobina. Os mal tolerada ou inadequadamente eficaz, inúmeras
valores normais de referência da HbAlc no sangue alternativas terapêuticas e suplementos encontram-se
(indivíduos não diabéticos) situam-se entre 4 - disponíveis – Sulfonilureias ou glinidas, que são
5,7%. A glicação da hemoglobina ocorre durante secretagogos de insulina.
os quatro meses do período de vida útil das
ACHADOS BUCAIS
hemácias.
 Xerostomia
 Candidíase oral
 Periodontite
 Líquen plano oral
 Para o correto diagnóstico é necessário que 2  Lingua geográfica
exames estejam alterados, se somente um exame  Cárie – maior índice devido a hiposalivação
estiver alterado, esse deve ser repetido para (aumento da viscosidade salivar e diminuição do
confirmação. Podem ser dois exames diferentes fluxo de saliva), que leva a uma redução da
(ex: glicemia e jejum e hemoglobina glicada) ou capacidade tampão, consequentemente deixando
dois exames do mesmo após um intervalo de o ph mais acido e acelerando o processo de
tempo (ex: glicemia em jejum, e repete o mesmo desmineralização.
após uma semana), para confirmar o diagnostico.  Doença periodontal – maior índice devido a um
Deve ser considerado estabelecer o diagnóstico de maior grau de vascularização e grau de
DM na presença de glicemia de jejum > ou = espessamento da parede vascular e alterações
126mg/dl e HbA1c = ou = 6,5% em uma mesma vasculares nos tecidos gengivais.
amostra de sangue.
RISCOS DE INFECÇÃO PÓS CIRURGIA
Estresse metabólico causado pelo procedimento Hepatomegalia; Derrame pleural; Dispneia aos
cirúrgico: esforços; Tosse noturna, capacidade vital <1/3 do
previsto, taquicardia (>120bpm)
Aumento da demanda de insulina pode causar
descompensação hiperglicêmica, levando a um EXAMES: Para auxiliar no diagnóstico, é comum
aumento de complicações e infecções pós- solicitar exames como eletrocardiograma (ECG),
operatórias. A hiperglicemia resulta no aumento da radiografia do tórax e ecodopplercardiograma.
resistência à insulina e da diminuição da sua secreção,
causadas pelo estresse e pelo jejum, e da liberação de ESTAGIOS
hormônios contrarreguladores que promovem a
gliconeogênese. Considerar utilização de
benzodiazepínico no pré-operatório

OBSERVAÇÕES

 Epinefrina exerce efeito oposto ao da insulina,


contribuindo para aumento da glicemia.
 Anestésico de escolha: mepivacaína 3% sem
vasoconstrictor ou prilocaína com felipressina
 Lidocaína 2% não é de primeira escolha ->
apresenta influência sobre o miocárdio
TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO
 Aprofilaxia antibiótica cirúrgica de forma rotineira
não é indicada para pacientes controlados,  Baixa ingestão de sódio
bastando adotar protocolo de assepsia e  Restrição de água em pacientes com hipervolemia
antissepsia local.  Monitorar o peso corporal
 Ingestão moderada de álcool (miocardiopatia
INSUFICIENCIA CARDIACA
alcoólica)
É uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é  Uso proibido do tabaco
incapaz de bombear sangue de forma a atender às  Vacinação influenza e Pneumococcus
necessidades metabólicas tissulares.  Gravidez desaconselhada
 Pratica de exercício 60 a 85%
FISIOPATOLOGIA
 Evitar AINE e inibidores da COX-2 (retenção e
 A insuficiência ocorre quando a capacidade do elevação da PA)
coração de funcionar como uma bomba é  Evitar viagem aérea e dirigir
alterada.
TRATAMENTO FARMACOLOGICO
 Redução do débito cardíaco, suprimento
impróprio de sangue, oxigênio e nutrientes para  Inibidores da enzima conversora de angiotensina
os tecidos, ou retorno impróprio deste sangue (IECA)
para o coração - congestão sistêmica.  Betabloqueadores (BB)
 Redução do débito cardíaco, desequilíbrio entre  Bloqueadores dos receptores de angiotensina II
carga hemodinâmica e capacidade do coração de (BRA)
fornecê-la.  Antagonista de Aldosterona
 Ativação de sistema compensatórios (renina-  Diuréticos
angiotensina-aldosterona e sistema simpático)  Hidralazina+nitrato
aumento da FC, aumento da PA, retenção de água  Digoxina (digitálico)
e sódio e aumento da contratilidade do miocárdio.  Anticoagulantes e antiagregantes plaquetários
DIAGNOSTICO TRATAMENTO CIRURGICO
Critérios: Dispneia paroxística noturna; Turgência de  Revascularização do miocárdio
jugular; Estertores pulmonares; Cardiomegalia; Edema  Cirurgia da valva mitral
agudo de pulmão; Galope de terceira bulha (B3);  Transplante cardíaco
Pressão venosa aumentada (>16mmHg); Refluxo
hepatojugular; Perda de peso >4,5kg em 5 dias de MANIFESTAÇÕES BUCAIS
resposta ao tratamento. Edema maleolar bilateral;
 Hiperplasia gengival – por conta do uso de
bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazen e
anlodipina);
 Alterações no paladar – por conta dos inibidores
das enzimas conversoras de angiotensina;
 Liquen plano;
 Liquenoides;
 Ulceras
 Xerostomia.

Manhã tem maior risco de infarto.

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