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 Distúrbios de gene único com herança


não clássica: não é uma mutação
pontual e sim a DINÂMICA DO MATERIAL QUE
ALTERA A PRODUÇÃO DE PROTEÍNAS DE
INTERESSE (ALTERAÇÃO DA MATRIZ DO DNA) .
ex.: CCG EM REPETIÇÃO E DEPENDENDO DO
NÚMERO DE REPETIÇÕ ES PODE CAUSAR
PROBLEMAS OU NÃO ( SÍNDROME DO X FRÁGIL ,
COM MANIFESTAÇÕES MA IS OU MENOS
EXUBERANTES) ;
 Diagnóstico de doenças genéticas: o
EXAME FÍSICO GENÉTICO É BEM MAIS
DETALHADO, EM ITENS , INCLUINDO O EXAM E
 75% das doenças genéticas se DISMORFOLÓGICO . Após isso, exames
manifestam na infância e os demais 25% comuns, propedêutica disponível para
aparecem mais tardiamente na vida; chegar ao diagnóstico, mediante
 Rara: 1,3 a cada 2 mil pessoas. suspeita com critério, PEDIR FERRAMENTAS
 10% do CA: é familiar; MAIS AVANÇADAS ;
 Dogma central: DNA replica, transcrito em  Aconselhamento genético: em última
RNAm que vai codificar proteínas; análise.

MENDEL

 DNA: açúcar + base nitrogenada +


fosfato. 3,2 bilhões de unidade em cada
fita, que se conectam, formando dupla
hélice. Compactadas com proteínas  Cruzamentos: introduziu a
(histonas); estatística/matemática ao estimar as
 Modelo de hereditariedade mendeliana: proporções;
autossômico dominante, autossômico  Cada característica biológica é
recessivo, ligado ao sexo dominante/ determinada por um par de fatores que se
recessivo; segrega: muitos anos após a sua morte
 Distúrbios com herança multifatorial; que seu trabalho foi reconhecido.
 Distúrbios citogenéticos: cariótipo
(observar e contar cromossomos desde o
final dos anos 1950). 22 pares autossomos
e 1 par sexual.
 Autossômicos: características
independentes do sexo;
 Cromossomos sexuais.
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 Projeto Genoma Humano: DESTINADO A  Paul Berg: RECOMBINAÇÕES GENÉTICAS E
CONHECER O GENOMA HUMANO . MANIPULAÇÃO DO DNA (ENGENHARIA
MULTICÊNTRICO (MAIS DE 60 PAÍSES), COM GENÉTICA) .
OBJETIVO DE SEQUENCI AR O MATERIAL
GENÉTICO HUMANO. Começou em 1990, o REDESCOBERTA
primeiro rascunho em 2001 e em 2003 foi
concluído de fato. POSSIBILIDADES PARA
MUITAS PESQUISAS, IN CLUSIVE
DESENVOLVIM ENTO DE MEDICAMENTOS DE
PRECISÃO. BANCOS DE DADOS COM REGISTROS
DAS VARIAÇÕES HUMANAS (MAIORIA PÚBLICOS E
ALGUNS PRIVADOS). MUITAS INFORMAÇÕES :
 99,5% do material genético é o mesmo
em todas as pessoas: VARIAÇÕES (AS
DIFERENÇAS NÃO CAUSA DORAS DE DOENÇAS E
AS TAMBÉM CAUSADORAS DE DOENÇAS) ;
 Aplicação desse conhecimento na  Redescobriram os trabalhos de Mendel:
área da saúde: variações, o que ex.: ALCAPTONÚRIA. SEGUIA GENÉTICA DE
causam (repercussões no organismo) MENDEL ;
e o que as ocasiona;  Erros inatos do metabolismo: DOENÇAS
 Sequenciamento genético do exoma: POTENCIALMENTE TRATÁ VEIS .
APENAS ÉXONS (2-3% DO DNA).
Aconselhamento genético pré-teste ARCHIBALD GARROD – QUÍMICA GENÉTICA
(o que é, qual o alcance, quais as
informações secundárias podem
trazer e se a família quer saber) e
depois fazer de fato aconselhamento.
LISTA DE 59 DOENÇAS
NEOPLÁSICAS/CARDIOVASCULARES E S E A
FAMÍLIA QUER SABER, MESMO QUE NÃO
ESTEJA PROCURANDO .

DISTÚRBIOS GENÉTICOS

 Genética surge no séc XX: REDESCOBERTA


DOS ESTUDOS DE MENDE L ;  Diversidade genética humana:
 1909: química genética;  Organização do genoma;
 Estrutura do DNA: Watson, Crick, Wilkins.  Alteração na sequência de
nucleotídeos;
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 Variação no número de cópias de  Mutações: costuma-se ASSOCIAR A
segmentos de DNA; VARIAÇÕES GENÉTICAS QUE TRAZEM PROBLEMAS .
 Alteração na estrutura de proteínas;  Variações: > 1% , não é causadora de
 Alteração na quantidade de doença e CONFERE A DIVERSIDAD E DA
proteínas. POPULAÇÃO ;
 Variação rara: <1% TENDE A SER CAUS ADORA
DE PROBLEMAS .

 Síndrome de Down: na UFU, o


ambulatório está deficitário, devido a
aposentadoria de vários funcionários.
Cuidados específicos, protocolos para
acompanhamento. VARIAÇÃO GENÉTICA  Tipos de mutações:
MAIS FREQUENTE NA POPULAÇÃO (1 A CADA  Mutação por substituição de
700-800 ); nucleotídeos;
 Mutação por deleção de
nucleotídeos;
 Mutação por inserção de
nucleotídeos;
 Mutações dinâmicas.

VARIAÇÃO GENÉTICA HUMANA

 Cariótipo: observar VARIAÇÃO DE NÚMERO


E DE ESTRUTURAS DOS CROMOSSOMOS .
 Trissomia do 21: corresponde a 99%
das síndromes de down, 1-2% SÃO
TRANSLOCAÇÕES OU MOSAICOS (TRISSOMIA
DO 21 MAS NÃO EM TOD AS AS CÉLULAS DO
CORPO).Variedade fenotípica se o
percentual é baixo.

MUTAÇÕES

 Polimorfismos: analisar perfil genético,


vários exames para inferir a
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predisposição genética. ALVO DE VÁRIOS QUAL EMBRIÃO VAI SER TRANSFERIDO PARA O
PROFISSIONAIS E TERAPIAS (MEDICINA ÚTERO DAQUELA MÃE ;
PERSONALIZADA) . Ex.: FARMACOGENÔMICA  Pré-sintomático: ANTES DA PESSOA TER AS
(PERFIL GENÉTICO COM MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA. EX.: DOENÇA DE
TRATAMENTO/CONDUTAS EM SAÚDE D E FORMA HUNTINGTON (HERANÇA AUTOSSÔMICA
PERSONALIZADA E COMO RESPONDE A CADA
DOMINANTE em que o fator genético é
DROGA). Exame dos polimorfismos determinante) ou outras doenças
genéticos. Ex.: nutricionistas que demenciais progressivas. A PROBABILIDADE
trabalham com pessoas notórias. DOS FILHOS DE TER A DOENÇA É 50% (fazer o
 Inserção, deleção, microssatélites; teste apenas em maiores de idade
 Polimorfismos de nucleotídeos mediante assinatura de termo de
únicos. consentimento livre e esclarecido);
 Epigenética: fatores não genéticos que  Testes preditivos: LIDAR COM
atuam regulando a expressão dos PROBABILIDADES, SENDO A CHANCE DE TER .
fatores genéticos.
EXAMES GENÉTICOS
DIAGNÓSTICO DE DISTÚRBIOS GENÉTICOS

 Pós-natal: APÓS O NASCIMENTO. É A FORMA  Diagnóstico: ex.: doença de Parkinson


CLÁSSICA ; (<50 anos, familiares de primeiro lugar
 Pré-natal: USG FAZ O RASTREAMEN TO , tiveram, em etnias - ex.: judeus com alta
LEVANTANDO A SUSPEIT A (ex.: TRANSNUCÊNCIA consanguinidade).
NUCAL ELEVADA, RCIU, OSSO NASAL CURTO,  Categoria 1: BENIGNA ;
CARDIOPATIA CONGÊNITA, CIV ). NÃO FAZ  Categoria 2: 90% DE SER BENIGNA ;
DIAGNÓSTICO, MAS INDICA UM QUE POSSA
 Categoria 3: VUS. SIGNIFICADO INC ERTO .
FAZER (ex.: COLETA DE LÍQUIDO AM NIÓTICO
 Categoria 4: 90% DE SER CAUSADORA DA
COM CÉLULAS FETAIS, VILOSIDADES CORIÔNICAS
E FAZ O CARIÓTIPO, SANGUE DA GESTANTE COM DOENÇA ;
DNA DO FETO CIRCUL ANTE LIVRE E FAZ  Categoria 5: DEFINITIVAMENTE A CAUSA
DIAGNÓSTICO DE DOENÇ AS FETAIS) .
Causa de DA DOENÇA .
polêmicas (ex.: síndrome de Patau -  Aconselhamento genético:
trissomia do 13, muitas vezes  Tratamento de doenças genéticas:
incompatível com a sobrevivência);  Terapia de reposição enzimática: ex.:
 Pré-implantação: ex.: casal com filho DOENÇA DE GOUCHET,

com alguma condição e que a chance MUCOPOLISSACARIDOSE TIPO 1 ;

de vir outro é alta. APÓS A FERTILIZAÇÃO  Terapia gênica: DAR GENE CORRETO EM
COLETA UMA ÚNICA CÉL ULA, COM PCR AMPLIA O TROCA PELO DEFEITUOS O ;
MATERIAL GENÉTICO, F AZENDO DIAGNÓSTICO  Dietoterapia: ex.: DOENÇA DA URINA DO
PRÉ-IMPLANTAÇÃO , sendo selecionado XAROPE DE BORDO (NÃO TEM COMPLEXO
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ENZIMÁTICO PARA METABOLIZAR LEUCINA,  Questões éticas, políticas e sociais: ex.:
ISOLEUCINA, VALINA) . edição genética, clonagem, etc.
 Privacidade: quem tem direito de
APLICAÇÃO DA GENÔMICA À MEDICINA saber;
 Uso indevido das informações
genéticas;
 Triagem genética;
 Testes genéticos.

MEDICINA PERSONALIZADA

 Cuidados de saúde personalizados;


 Triagem em populações: ex. teste do
pezinho, teste da bochechinha, triagem
genética com 15 mil pessoas no país.
Modernização do SUS, políticas públicas e
com incorporação de tecnologia, a
medida que conhece o genoma da
população;
 Farmacogenômica:  Medicina personalizada: séc. XXI. Criar
 Variação na resposta farmacocinética; BANCOS DE DADOS COM REGISTROS DE
VARIANTES GENÉTICAS HUMANAS
 Variação na resposta
(bioinformática, quem sabe mexer na
farmacodinâmica;
interface da biologia com a informática
 Reações adversas a medicamentos;
e interpreta os bancos de dados,
 Resposta imunológica às vacinas:
validação por meio de algoritmos,
pessoas respondem diferentemente a
composição e como interage no
agressão dos vírus e das vacinas.
indivíduo, auxiliando a fazer o laudo
 Susceptibilidade as doenças: das pessoas
médico depois).
e dos microrganismos.
 Uma sequência completa
FENÓTIPO: todas informações que tem do representativa de seu próprio DNA;
paciente (exame físico, laboratoriais, de  Um inventário abrangente de seus
imagem). Quanto mais apurado, maior genes;
chance de obter de sucesso para o  Um esforço vigoroso para identificar
genótipo. mutações e variações polimórfica;
 Uma base de conhecimentos para
GENÓTIPO: variação observada. Comparar
correlacionar variantes no DNA e
com as informações coletadas. doenças;
 Novas tecnologias poderosas de
acesso ao DNA a custos menores. Ex:
EXOMA CUSTAVA 12 MIL E ATUALMENTE 5 MIL
(AINDA É ALTO PARA MAIORIA DA
POPULAÇÃO), TEM QUE SER CRITERIOSO PARA
INDICAR.
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 Doenças raras: OMS BRASIL (1,3 PARA 2 MIL OU
DOENÇAS RARAS E MEDICAMENTOS
65 PARA 100 MIL ).
ÓRFÃOS  Europa: 1.0/2000;
 EUA: menos de 200 mil pessoas.

 Doenças raras: não é baseada na


etiologia e sim na EPIDEMIOLOGIA
(FREQUÊNCIA COM QUE ESSAS DOENÇAS
APARECEM NA POPULAÇÃO). 80% SÃO DE CAUSA S
 Medicina baseada em evidência: não
GENÉTICAS ;
pode usar o mesmo n amostral. Construir
 Medicamento órfão: DIRECIONADO A
PESSOAS COM DOENÇA RARA (ÓRF Ã). NÃO ERA DE metodologias de pesquisa em que o
INTERESSE DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA . tamanho amostral pequeno possa ser
 Associação entre as famílias dessas validado cientificamente;
doenças raras: geralmente pais que se  Ferramentas estatísticas em medicina;
juntam e trocam informações;  Quantificação para a construção de
 Federações: reuniam as ASSOCIAÇÕES. evidência;
Pressionaram para que desenvolvessem  Industria farmacêutica e tecnologias;
medicamentos (nos EUA na década de  Marginalização de condições pouco
1980). Foram ATRÁS DA INDÚSTRIA frequentes;
FARMACÊUTICA DISCUTI R ALTERNATIVAS, PARA  Bioética e responsabilidade médica.
QUE ELA SE INTERESSASSE EM DESENVOLVER
PRODUTOS (ex.: incentivos fiscais para CENÁRIO BRASILEIRO
desenvolvimento dos produtos, lei de
patentes, dinheiro advindos de
congressos).
 No Brasil: não tem esse tipo de
mentalidade de desenvolver produtos
para tratar essas doenças. Compensa a
médio e curto prazo economicamente
(ex.: menos internações, menor
 Residência em Genética Médica (1977):
sofrimento, etc).
primeiros residentes no Brasil de genética
médica.
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Muitas regiões não têm profissional atuando.  Incentivos Financeiros de custeio.
 SBGM: 1986. ORGANIZA O CONHECIMENTO, OS
ESPECIALISTAS (CUIDA DO MULTIPROFISSIONAL),
OS EVENTOS , etc.

Capítulo V: Organização da
Atenção.
 Eixo I: Doenças raras de causa
genética:
Políticas públicas: a de 2009 não foi para  Anomalias congênitas ou
frente. Com o tempo, houve ORGANIZAÇÃO manifestação tardia;
EM DIVERSAS ONGS E ORGANIZAÇÕES, DE MODO  Deficiência intelectual;
QUE EM 2014 SURGE UM A PORTARIA COM
 Erros inatos do metabolismo.
PARTICIPAÇÃO DE DIVERSAS ENTIDADES CIVIS.
ATUALMENTE EXISTE UM COMITÊ
INTERMINISTERIAL DE DOENÇAS RARAS (de 2020).

 Portaria 81 de 20 de janeiro de 2009:


atenção integral genética Clínica no
SUS;
 Congresso Brasileiro de Doenças Raras:
26/11/2009. ONG fundação Gêiser;
 Portaria 199 de 30 de janeiro de 2014;
 Decreto 10558 de 3/12/20. COMITÊ  Eixo II: Doenças raras de causa não
INTERMINISTERIAL DE DOENÇAS RARAS , do genética:
poder executivo (ex.: MINISTÉRIO DOS  Infecciosas;
TRANSPORTES, DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, DA
 Inflamatóriasl;
SAÚDE, DA JUSTIÇA, D E CIÊNCIA E TECNOLOG IA ,
 Autoimunes.
etc).

 Portaria 199 de 30 de janeiro de 2014:


 Política Nacional de Atenção
integral às doenças raras no SUS;
 Diretrizes para Atenção integral às
doenças raras no SUS;
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 Medicamentos órfãos: remédios próprios
para essas doenças raras nos quais a
farmácia não quer trabalha

 Distúrbio de gene único com herança


não clássica: ex.: X FRÁGIL. FNR1 (GENE
DINÂMICO, NA HORA DA GAMETOGÊNESE) e
que em uma determinada região tem
CCG QUE SE REPETE (EXPANSÃO DE TRI
NUCLEOTÍDEOS). >150 -200 TEM A SÍNDROME ;
 Diagnóstico das doenças genéticas:
ex.: doenças de caráter crônico e que
leva a desabilidades, dependendo de
um manejo profissional (ex.:
fisioterapeuta, fonoaudiólogo,
psicopedagogo, etc);
 Aconselhamento genético.

DOENÇAS RARAS E MEDICAMENTOS


ÓRFÃOS  Portaria 81 de 20 de janeiro de 2009:
Atenção integral Genética Clínica no
SUS;
 I Congresso Brasileiro de Doenças Raras -
26/11/2009: ONG Fundação Gêiser;
 Portaria 199 de 30 de janeiro de 2014 -
Portaria de doenças raras;
 Decreto 10.558 de 03/12/2020;
o Comitê Interministerial de Doenças
Raras: Ministério da Saúde,
Previdência Social, Ministério do
Transporte, etc

 80% das doenças chamadas "Doenças


Raras" são distúrbios genéticos;
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Manteve dificuldade para controlar glicemia
apenas com a dieta, não conseguia sugar, ficou
muito hipoativo, letárgico, hipotônico, queda de
saturação. Comprometimento de nervos cranianos.
Após 48h internação na UTI neonatal manifestou
bradpneia, hiperglicemia, hipertermia, acidose
respiratória, infiltrado pulmonar no RX de tórax.
Entubado e iniciado atb terapia.

Teste do pezinho: de 3-5 dias de vida. APENAS 6


DOENÇAS RASTREADAS NO SERVIÇO PÚBLICO .
CROMATOGRAFIA (QUALITATIVO) EM CAMADA
DELGADA DE AMINOÁCID OS COM AUMENTO
DISCRETO CORRESPONDENTE A LEUCINA.

PERFIL SUGESTIVO DE DOENÇA DA URINA DO


XAROPE DE BORDO. Este teste foi quantitativo.
INTOXICAÇÃO METABÓLICA (EX.: LEUCINA EM
EXCESSO É TÓXICA PARA SNC). ENCEFALOPATIA
METABÓLICA POR ACÚMULO DE PRODUTOS.
ISOLEUCINA TAMBÉM ES TÁ AUMENTADA E A VALINA
PRÓXIMA DO LIMITE SUPERIOR, MAS NÃO ESTÁ
FORA DO INTERVALO DE REFERÊNCIA. QUADRO
Dados positivos: 14 dias de vida, hipoatividade, AGUDO DE DESCOMPENSAÇÃO METABÓLICA QUE
recusa alimentar, hipoglicemia de 28mg/dl, LEVOU A ENCEFALOPATI A. PROCURAR DEFICIÊNCIA
cetonúria. Hipoglicemia de 30mg/dL nas primeiras ENZIMA/COMPLEXO ENZIMÁTICO.
horas controlada com dieta. Mau estado geral,
apático, hiporesponsivo, hipotônico, palidez
cutâneo-mucosa, turgor frouxo, sopro sistólico
suave.

PRESENÇA DE ÁCIDOS ORGÂNICOS NA URINA: 2-


hidroxi-isovalérico, 2-ceto-isocaproico e de alguns
ácidos dicarboxílicos.
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COMPLEXO ENZIMÁTICO DESIDROGENASE DE  Aumentam casos de doenças recessivas


CETOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA: BLOQUEIO em consanguinidade;
ENZIMÁTICO. Não forma os produtos e acumula os  Homozigotos de doenças muito raras
substratos (ácidos orgânicos). quase não sobrevivem: pois são muito
graves. Os pais teriam que ser
heterozigotos dominantes ou mutação
nova, que não tinham conhecimento;
 Sequenciamento dos exomas: dos 22 mil
éxons;
 Achados 2º ou incidentais:
sequenciamento de exomas.
DIAGNÓSTICO NA FASE PRÉ-SINTOMÁTICA. LISTA
DE 59 DOENÇAS
CARDIOVASCULARES/NEOPLASIAS GRAVES QUE
AS PESSOAS PODEM VIR A TER NO FUTURO E QU E
TEM PREVENÇÃO E TRA TAMENTO PRECOCES ;
DIAGNÓSTICO PARA DOENÇA DA URINA DE  Hipótese de doenças metabólicas
XAROPE DE BORDO: foi feito um PAINEL hereditárias: são RARAS ISOLADAMENTE. 1400
MOLECULAR PARA DOENÇAS TRATÁVEIS (N GS). FOI DOENÇAS DE ERROS INA TOS DO METABOLISMO
DETECTADA UMA VARIANTE PROVAVELMENTE (ex.: aminoácidos, gorduras, proteínas,
PATOGÊNICA EM HOMOZIGOS E NO GENE DBT.
metais, etc).

Doença metabólica: AFETA A SÍNTESE, A


DEGRADAÇÃO OU O TRAN SPORTE DE ALGUMA
SUBSTÂNCIA METABÓLIC A .

Isoleucina, leucina e valina: cadeia


ramificada. São METABOLIZADAS NO MES MO
COMPLEXO ENZIMÁTICO . Havendo um BLOQUEIO
NA VIA, NÃO HÁ PRODU ÇÃO DOS PRODUTOS (rota
metabólica normal) e os ÁCIDOS
DETECTADA UMA VARIANTE PROVAVELMENTE PRECURSORES/SUBSTRAT OS APARECEM NA URINA.
PATOGÊNICA EM HOMOZIGOS E NO GENE DBT
(MISSSENSE) implicada na etiologia da doença Leucinose ou doença da urina do xarope
recessiva urina de xarope de bordo. de bordo (MSUD): DOENÇA AUTOSSÔMICA
RECESSIVA relacionada ao metabolismo de
aminoácidos (aminoacidopatia). Urina tem
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um cheiro característico de bordo (cheiro  Teste de portador: detecção SABENDO
adocicado). Leucina, Isoleucina e Valina QUAL O GENE. FAZER O TESTE NOS PAIS ;
tem cheiro característico. (Ácidos  Idade de apresentação: PRECOCE,
aromáticos). Encontrados principalmente NEONATAL ;
nas carnes e leite.  Mapeamento do gene: qual gene,
cromossomo, qual dos braços. Ex.: gene
 Painel molecular de doenças tratáveis: SÓ
DBT, exon 3.
PEGA AS QUE ENVOLVEM ERROS INATOS DO
 Prevenção: ACONSELHAMENTO GENÉTICO,
Em vez de pedir
METABOLISMO (+-300 GENES).
TESTE DO PEZINHO , etc;
um exame mais caro e com os 22 éxons;
 Tratamento: DIETA E ACOMPANHAMEN TO COM
 Mutação no gene DBT, no exon 3:
NUTRICIONISTA ;
normalmente tinha T E FOI ALTERADO PAR A C
 Prognóstico: DEPENDE DO CUIDADO D E SAÚDE
(MUTAÇÃO POR SUBSTITUIÇÃO) , que levou a
FORMAÇÃO DE UMA PROTEÍNA QUE EM VEZ DE LEU DISPONÍVEL .

NA POSIÇÃO 69 TINHA PRO . ALTEROU A


GEOMETRIA DA PROTEÍNA E PERDEU A FUNÇÃO,
NÃO DANDO CONTA DE M ETABOLIZAR OS 3
AMINOÁCIDOS/SUBSTRATOS E ELES
ACUMULARAM . VARIANTE PROVAVELMEN TE
PATOGÊNICA ;
 Classificação:

1: BENIGNA ;

2: PROVAVELMENTE BENIGNA (90%) ;

3: VUS. Sequência de DNA de caráter


duvidoso. Não inclui, mas também não
exclui;

4: PROVAVELMENTE PATOGÊNICA (90%).

5: DEFINITIVAMENTE PATOGÊNICA (100%) .

 Aminoacidopatia: FALTA ENZIMA, NÃO


PROCESSA ESSES 3 AA E ACUMULA. PARTE DOS
PRODUTOS SAEM NA URINA E POR ISSO CRIANÇ A
TEM QUADRO DE ACIDOSE METABÓLICA . HERANÇA
MENDELIANA MONOGÊNICA RECESSIVA .
 Etiologia: DOENÇA GENÉTICA AUTO SSÔMICA
RECESSIVA ;
 Patogênese: COMPLEXO ENZIMÁTICO QUE NÃO
FUNCIONA BEM, QUE NÃ O CONSEGUIU
INCORPORAR NA ROTA METABÓLICA E ACUMULOU
SUBSTRATOS. MUTAÇÃO GENÉTICA POR
SUBSTITUIÇÃO ;
 Incidência: as que nascem;
 Prevalência: é a que tem na população;
 Para a irmandade: 25%.

 1959: Jêrome Jean Louis Marie Lejéune.


DESCREVEU O ACHADO CITOGENÉTICO NAS
PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN E QUE O
EXTRA É O DO PAR 21 . Até então não se
SÍNDROME DE DOWN sabia que aquilo era uma alteração
genética.
 Trissomia live: 98-99%. No cromossomo
21 todo;
 Mosaico. 1-2%. Algumas células do
corpo têm e outras não. O QUADRO
CLÍNICO É VARIADO, DEPENDENDO DA
PROPORÇÃO DAS TRISSÔMICAS E NÃO
TRISSÔMICAS . <10% PODE PASSAR
DESPERCEBIDO ;
 Translocação: PARTE DO 21 EM OUTROS
 1866: John Langdon Down “Observations CROMOSSOMOS (EX.: 13 , 14, 22 , etc);
on na ethnic classification of odiots”.  Síndrome de Down: mais frequente.
Movimento darwinismo muito forte, 1/700, 1/800 e até 1/1000 nascidos
acharam que era uma raça diferente, vivos.
com falta de intelecto. Era usada em
tom pejorativo. Hoje usa pessoa com
deficiência. É de interesse da neurologia,
psiquiatria, psicologia.

 Raças humanas de acordo com


Johann Friedrich Blumenbach: astecas,
caucasianos, malaios, etíopes, mongóis  John Starbuck: 16 POSSÍVEIS PROVAS DE QUE
EXISTIRAM PESSOAS CO M SÍNDROME DE DOWN
NO MUNDO DESDE 5200 A. C .

 100 a. C: estatuetas no Egito.

 5000 a. C: pequena escultura. Ídolo


neolítico. Oeste da Grécia. Feição
 400-800 d. C: escultura no México. Deusa
lembrava síndrome de Down (olhos
com Turbante de pérolas.
puxados e afastados, macroglossia,
pescoço alargado, etc)

 Cerca de 500 d. C: estatueta de


 Entre 1500 a. C a 300 d. C: pequenas
terracota no México.
esculturas Oimecas. Estatuetas que
podem ser comparadas a bebês ou
crianças com síndrome de Down.

 Pinturas criadas entre os séculos XV e


XVIII: além de registros em estatuetas e
esculturas de diversos continentes, há
indícios para a presença de pessoas
com Síndrome de Down em pinturas nos
séculos XV e XVIII.
 Cerca de 500 a. C: estatuetas na
Colômbia/Equador.

 Cerca de 1455: Pintura Virgem e criança


com São Jerônimo e Louis de Toulouse.

 Q 90.1: Síndrome de Down, TRISSOMIA DO
21, MOSAICISMO POR NÃO DISJUNÇÃO
MITÓTICA ;
 Q 90.2: Síndrome de Down, TRISSOMIA DO
21, TRANSLOCAÇÃO ;
 Q 90.9: Síndrome de Down, NÃO
 Cerca de 1460: Pintura Madona e ESPECIFICADA . Porque ainda não fez o
Criança. exame para especificar qual foi o tipo.

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

 Cerca de 1460: Pintura Virgem e


Criança.

 Clínico: HIPOTONIA*, DISMORFIAS*,


COMPROMETIMENTO INTELECTUAL .

Dismorfias*: FACE ARREDONDADA, AC HATADA,


NARIZ PEQUENO (OSSO NASAL HIPOPLÁSICO), TESTA
ALARGADA, SOBRANCELHA ARQUEADA , PREGA
 1618: Pintura Adoração do Pastor. PALMAR TRANSVERSAL ÚNICA (DURANTE A VIU),
MICROSTOMIA, MACROGLOSSIA (BOCA

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CID ENTREABERTA COM EXPOSIÇÃO DA LÍNGUA) E COM


LÍNGUA GEOGRÁFICA (COM FISSURAS), FENDA
PALPEBRAL, MÃOS CURTAS E PEQUENAS, DEDOS
LARGOS, PESCOÇO ALARGADO, ORELHA COM
IMPLANTAÇÃO BAIXA E MENOR, PELE RESSECADA
LEMBRANDO MÁRMORE, ETC. Não aparecem
em todas as pessoas com SD.

Hipotomia: aparece em 100% DOS CASOS .

 Q 90.0: Síndrome de Down, TRISSOMIA DO COMORBIDADES ASSOCIADAS


21, POR NÃO DISJUNÇÃO MEIÓTICA (meiose 2 -
anáfase 2). 80% vem da ovulogênese APARELHO DA VISÃO
(principalmente se a mãe tiver >35 anos)
e a probabilidade na espermatogênese
é menor. Forma uma célula com dois
cromossomos e outro sem nenhum. A
com dois formará a trissomia e a sem
formará a monossomia do 21, não é
compatível com a vida.

 Aparelho visual: CATARATA, PSEUDO-  Sistema nervoso: SÍNDROME DE WEST
ESTENOSE DO DUCTO LACRIMAL (lágrima reflui (ENCEFALOPATIA EPITÉPTICA, ESPASMOS,
para dentro do olho), VÍCIO DE REFRAÇÃO HIPSARRITMIA), AUTISMO ( existe
o autismo
(miopia, astigmatismo). idiopático - 80% dos casos, mas existe
20% com alguma síndrome genética,
ex.: S. Down);
APARELHO AUDITIVO E CARDIOVASCULAR
 Sistema endócrino: HIPOTIREOIDISMO .

SISTEMA LOCOMOTOR E HEMATOLÓGICO

 Aparelho auditivo: PERDA AUDITIVA, OTIT E


DE REPETIÇÃO ;
 Sistema cardiovascular: CIA, CIV, 50%
 Sistema locomotor: SUBLUXAÇÃO CERVICAL
DEFEITO DO SEPTO ÁTRIO VENTRICULAR . SEM LESÃO, SUBLUXAÇÃ O CERVICAL COM LESÃO
Cardiopatias importantes geralmente MEDULAR (pode ter instabilidade entre C1
são cirúrgicas. e C2, o que pode levar a lesão medular),
LUXAÇÃO DO QUADRIL, INSTABILIDADE DAS
SISTEMA DIGESTÓRIO ARTICULAÇÕES EM ALGUM GRAU (tendões/
ligamentos mais flexíveis);
 Sistema hematológico: LEUCEMIA, ANEMIA .
20X maior risco que no resto da
população. Sempre que for fazer exame
precisa avaliar se tem leucopenia ou
bicitopenia. As doenças mielodisplásicas
são mais frequentes na síndrome.

 Sistema digestório: ATRESIA DE ESÔFAGO, DIAGNÓSTICO LABORATORIAL


ESTENOSE/ATRESIA DE DUODENO, MEGACÓLON
AGANGLIONAR/DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG ,
DOENÇA CELÍACA .

SISTEMA NERVOSO E ENDÓCRINO

 Diagnóstico laboratorial: PRÉ-


IMPLANTAÇÃO, PRÉ-NATAL E PÓS-NATAL .
 Pré-implantação: SELECIONAR EMBRIÕES
(FERTILIZAÇÃO IN VITRO). EXAME
CROMOSSÔMICO ;

 Pré-natal: ex.: TRANSNUCÊNCIA NUCAL  Usar pessoa com deficiência: não usar
(ACUMULA LÍQUIDO ) e na síndrome de deficiente, inválido, doente ou
Down esta AUMENTADA , sendo um excepcional;
fator de risco, além DE CARDIOPATIA,  Usar pessoa com síndrome de Down:
OSSO NASAL CURTO , etc; não usar portador de síndrome de Down,
 Pós-natal: ex.: HIPOTONIA, retardado, portador de retardamento
DISMORFISMOS , etc. mental;
 Usar condição genética: não usar
DIRETRIZES DE ATENÇÃO À SAÚDE DA doença genética;
PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN  Usar necessidades específicas: não usar
pessoa especial, com necessidades
especiais;
 Evitar estereótipos: ex.: trabalhadores
com deficiência são melhores, pessoas
com síndrome de Down são anjos,
ingênuos, carinhosos (capacitistas);
 Usar palavras positivas ou neutras: evitar
defeituoso, condenado, erro genético,
anomalia;
 Momento da notícia;
 Usar a “probabilidade/as chances” de
 Cuidado com a saúde do lactente de 0-
ter uma criança com síndrome de Down:
2 anos: ex.: coração e tireoide;
não usar “o risco” de ter uma criança
 Cuidado com a saúde da criança de 2-
com síndrome de Down.
10 anos: ex.: coração e tireoide;
 Cuidado com a saúde do adolescente
de 10-19 anos: ex.: depressão, dirigir, etc.
 Cuidado com a saúde do adulto e do
idoso;
 Aconselhamento genético.

Pediatria: usar tabelas específicas para


acompanhar o crescimento das crianças
com Síndrome de Down.

 Grupo heterogêneo de alterações do
desenvolvimento neuropsicológico:
caracterizadas por DÉFICITS NA
COMUNICAÇÃO SOCIAL E DO
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM (é uma
DESORDEM DA COMUNICA ÇÃO )
acompanhadas por IMPORTANTE
RESTRIÇÃO DE INTERESSES (MESMICE ) e/ou
COMPORTAMENTOS ESTER EOTIPADOS E
REPETITIVOS ,com INÍCIO ANTES DOS 3 ANOS
DE IDADE - Manual de Diagnóstico e
Prevenção Primária das Deficiências
Intelectuais (2021).

 Representam um espectro contínuo


antes do que categorias clínicas bem
definidas, com heterogeneidade clínica
extrema: hoje pela AMPLIAÇÃO DOS
CRITÉRIOS DIAGNÓSTIC OS SÃO CONHECIDAS
COMO TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA
(TEA OU ASD) ;
 Herança multifatorial: condição que tem
uma BASE, VULNERABILIDADE E TERRENO
GENÉTICOS E OUTRAS BASES AMBIENTAIS QUE
AUMENTAM AS CHANCES DE DESENVOLVIMENTO
DE VARIAÇÕES GENÉTICAS ,
como o autismo.
 Incidência de Síndrome de Down (1/700
– 1/800) e TEA (1/56);
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E
GENÉTICA

 DSM-IV 4ª edição:  Resiste a novas aprendizagens e
• Corresponde as Desordens Invasivas do mudanças de ambiente (mesmice);
Desenvolvimento:  Não demonstra medo em situações de
o Autismo; real perigo;
o S. Asperger (autismo com linguagem  Expressa-se por gestos;
preservada);  Rejeita carinho. Apresenta birras sem
o S. Rett; motivos e é hiperativa;
o PDD-NOS (Autismo Atípico);  Não faz contato ocular;
o Na última classificação a síndrome  Apego excessivo a objetos familiares,
de Rett foi retirada e está sendo gosta de rodas objetos;
também abandonado o termo S. de  Estereotipias e Isolamento.
Asperger.
Hoje é definido como alteração de 3
aspectos comportamentais: DÉFICIT SOCIAL,
CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO INFANTIL
BLOQUEIO DA LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO E,
OU CLÁSSICO COMPORTAMENTO REPETITIVO E ESTEREOTIPADO ;

 É considerado que 10-25% apresentam


crises convulsivas e 70% apresentam DI.

INCIDÊNCIA

 Incidência:
 Antes dos anos 2000: 2-5/10000 RN;
 Após 2000: 20-60/10000 ou 1/110 RN;
 Hoje: 1:56. PREVALÊNCIA DE 1-2%. Acredita-
se que o AUMENTO NÃO FOI POR FATORES
GENÉTICOS E QUE É PR ECISO ESTUDAR MAIS
SOBRE OS FATORES AMBIENTAIS ENVOLVIDOS
(ex.: MUDANÇAS NO AMBIENTE E NOS
HÁBITOS ).

 Graves problemas de contato inter-


pessoal;
 Atua como se fosse surda, porém reage
positivamente a música;

ETIOLOGIA

RISCO FAMILIAR DO AU TISMO: risco genético de 70-


90% e herdabilidade de 83%.

 É extremamente heterogênea e
complexa;
 Razão sexual: 4 HOMENS:1MULHER. GENES
LIGADO AO X? IMPRINTING*?
 Concordância em gêmeos: para AUTISMO
CLÁSSICO = 60% MZ E 0% DZ E PARA TEA 92% MZ E
0 A 10% DZ ;
 Herdabilidade: > 90% (ESTUDOS EM GÊ MEOS) ;
 Risco de recorrência para irmãos em
autismo não sindrômico: 5-6%;

Imprinting*: organismos diploides, metade


pai e metade mãe. Genes alelos ficam no
mesmo locus, o gene que veio do pai pode
ser diferente do que veio com a mãe, além
das mutações, crossing-over, AS VEZES A
PESSOA HERDA NUMA DETERMINADA PARTE DO
GENOMA, GENES Q UE VEIO SÓ DA MÃE OU SÓ DO PAI .

EVIDÊNCIAS DO FATOR GENÉTICO NO  Para o transtorno do espectro do


autismo (aqui denominado autismo), a
AUTISMO
natureza do espectro de genes é
incerta: estudos mostram que existem
MAIS DE 1500 GENES RELACIONADOS COM O
AUTISMO, MAS AINDA NÃO SE SABE O PESO QUE
CADA UM DELES TEM ;
 Genes individuais associados ao risco
foram identificados a partir de variações
raras, especialmente mutações de novo:
EVIDÊNCIAS DO FATOR GENÉTICO NO AUTISMO:
"de novo" não quer dizer no sentido de
estudos. Ex.: artigo Most genetic risk for autism resides repetição, mas de uma coisa nova;
with common variation, The familial risk of autism,  A variação rara domina o espectro de
Association of genetic and environmental factors with genes no autismo, mas a variação
autism in a 5-country cohort.
comum, individualmente de pequeno

efeito, tem um impacto substancial em  Alguns fatores estão totalmente
massa; excluídos tais como fumo de tabaco na
 A questão é quanto impacto em relação mãe, vacinação, timerosal e
a variação rara essa variação comum reprodução assistida;
tem;  Estão definitivamente provados a idade
 A herdabilidade foi de ~52,4%, a maioria paterna e traumas de parto;
devido a variação comum, e mutações  Menos fortemente relacionados, mas
de novo foi de 2,6% modesta em significantes a obesidade e diabetes
comparação com a variação maternas e o parto cesariano;
hereditária.  Também há evidências importantes
para a intoxicação com metais pesados
FATORES DE RISCO NÃO GENÉTICOS PARA como mercúrio e chumbo;
O AUTISMO (AMBIENTAIS)  Outro grande fator relacionado ao TEA e
psicoses é o alcoolismo materno: o
chamado EFEITOS FETAIS DO ÁLCOOL ;
 Também a cocaína/crack.

POLUENTES DO AR

 Idade paterna: > 40 ANOS, RISCO MAIOR ,


ACIMA DE 45 ;
 Idade materna;
 Idade materna, sobrepeso, diabetes,
hipertensão;
 Ácido valpróico na gravidez;  Há inúmeros trabalhos relacionando a
 Gestacionais: BAIXO PESO, PREMATURIDADE, poluição do ar com monóxido de
HIPÓXIA, INFECÇÕES, DIABETES E OBESIDADE carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido
MATERNA, INTERVALO CURTO ENTRE AS de enxofre, metais pesados e ozônio,
GESTAÇÕES, IRMÃOS AU TISTAS. Na nossa embora ainda faltem dados mais
sociedade, a INGESTÃO DE ÁLCOOL D URANTE contundentes: seria PERIGOSA TANTO A
A GESTAÇÃO É O MAIOR FATOR AMBIENTAL PARA EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL COMO PÓS-NATAL;
O DESENVOLVIMENTO DO AUTISMO.  Pesticidas e outros Químicos Disruptores
Endócrinos: estão sendo ESTUDADOS, MAS
NÃO HÁ AINDA UMA CONCLUSÃO DEFINITIVA.
Estudo de Sheldon e Col na California em
relação ao USO DE AGRICULTURA D E
PESTICIDAS ORGANOFOSFORADOS,
ORGANOCLORÍDRICOS, PIRETRÓIDES E
CARBAMATOS DEMONSTRARAM UM AUMENTO
DE 60% DO RISCO PARA TEA E NOS PIRETÓIDES
AUMENTO DE TEA E DI . Como são ESTUDOS
RETROSPECTIVOS AS CONCLUSÕES SÃO
QUESTIONÁVEIS.

O AUTISMO É EXCLUSIVAMENTE  Transtorno de ansiedade: 42%;
 Transtorno de conduta: 12%;
BIOLÓGICO?  Transtorno de humor: 8%

ETIOLOGIA

 2 décadas de estudos de Neuroimagem


no Autismo demonstram alterações
cerebrais, em regiões específicas:
portanto, estes estudos ao MOSTRAR BASES  Estudos de ligação, de genes
DE LESÕES NO ENCÉFAL O EXCLUEM TEORIAS candidatos e de associação
PSICOLÓGICAS . genômica: que revelaram NUMEROSOS
 Lobos frontais: AUMENTO, + REG. GENES DE SUSCEPTIBILIDADE* OU DE
DORSOLATERAL E M EDIAL COM ALT. DA PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA* .
CONECTIVIDADE ;  No cromossomo X: SÃO 6 . Xp – 22 32-
 Corpo caloso: REDUÇÃO GLOBAL ; 31 - AUTSX2, Xp – 22.11- AUTSX4, Xq –
 Vermis cerebelar: EM ALGUNS ESTUDOS 13.1 – AUTSX1, Xq28 – AUTSX3, Xq28 –
HIPOPLASIA E EM OUTR OS HIPERPLASIA ; AUTSX5, Xq28 – AUTSX6.
 Amigdalas: ESTUDOS INCONSISTENT ES .  Nos cromossomos autossômicos:
SÃO 15. AUTS11, AUTS16, AUTS8,
DISTÚRBIOS CONCOMITANTES AUTS20, AUTS19, AUTS9, AUTS10,
AUTS15, AUTS17, AUTS13, AUTS3,
AUTS18, AUTS6, AUTS7, AUTS12.

Genes de susceptibilidade: uma pessoa


que HERDOU MUITOS GENES SUSCETÍVEIS E QUE
ENCONTRA FATORES AMBIENTAIS QUE CONTRIBU I,
PODEM DESENCADEAR.

Genes determinantes: DETERMINAM O


TRANSTORNO MESMO SEM OS FATORES
AMBIENTAIS;

Genes de predisposição: a PESSOA TEM ,


MAS PODE SER QUE NUNCA DESENVOLVA. Assim,
uma pessoa pode ter o transtorno mais
tardiamente, mas não é muito comum.

 TDAH: 81%;
 TOC: 46%;

 Doenças genéticas ou genômicas: por
ex.: NEUROFIBROMATOSE, ESCLEROSE TUBEROSA,
FENILCETONÚRIA, S. A NGELMAN, S. X-FRÁGIL, S.
CORNELIA DE LANGE, S. DOWN, MPS III,
DUPLICAÇÃO DA REG.15Q11-13 MATERNA ,
DELEÇÕES DE 2Q37,7Q31,22Q11 E 22Q11.2 ;

 Para melhor estudo e diagnóstico


etiológico deve ser dividido em:
 Autismo sindrômico: ou COM DOENÇA
DE BASE DEFINIDA, NÃO
NECESSARIAMENTE DISM ÓRFICO ,
representam entram 10-20% ;
 Autismo não sindrômico, puro ou  Eventos ambientais: RUBÉOLA E CMV
idiopático. CONGÊNITAS, EXPOSIÇÃO PRÉ-NATAL AO ÁCIDO
VALPRÓICO OU TALIDOM IDA .

AUTISMO SINDRÔMICO FORMAS DE AUTISMO SIMBÓLICO

 É o autismo associado com malformações


e ou dismorfias (para outros autores inclui
o metabólico também): representa cerca
de 10 A 20% DOS CASOS . DIFERENTEMENTE DO
AUTISMO PRIMÁRIO, PURO OU IDIOPÁTICO NÃO
TEM PREFERÊNCIA POR SEXO .

CAUSAS OU CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA

 Metabólico: ERROS INATOS DO METABOLISMO


ASSOCIADOS PODEM LEVAR AO AUTISMO .
 Fenilcetonúria não tratada: EFEITOS
TÓXICOS = REDUÇÃO DA MIELINA, PERDA
NEURONAL E DAS CONEX ÕES;
 Déficit de adenil-succinase: EFEITOS
TÓXICOS DE ACÚMULO D E PURINAS =
ALTERAÇÃO DA NEUROTR ANSMISSÃO;
 Mucopolissacaridose tipo III;

 Deficiência de creatina
cerebral: o Linguagem ecolálica e
EFEITOS TÓXICOS DA GUANIDINACETATO ; perseverativa (gagueira, rápida);
 Deficiência de ácido fólico. o Impulsividade;
o Maneirismos de mãos.

CLÍNICA : são QUADROS GRAVES DE INTOXICAÇÃO


AGUDA DE INÍCIO PRECOCE .  Esclerose tuberosa: ALTERAÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO INTE RNEURONAL NAS
ÁREAS FRONTAIS E PARIETAIS COM
ALTERAÇÃO DOS CIRCUI TOS (DISRUPÇÃO DAS
SINAPSES GABAÉRGICAS ); É PRINCIPALMENTE
NAS MUTAÇÕES DO GENE TSC1(9Q34 -
HAMARTINA).

MODELO GENÉTICO SE DEFININDO NO AUTISMO

 Doenças monogênicas:
 Síndrome do X frágil: ALTERAÇÃO DA
PLASTICIDADE DAS SINAPSES EXCITATÓRIAS E
NAS CONEXÕES E DENDRITOS IMATUROS
NEOCORTICAIS .

 Herança poligênica: com GRANDE


HETEROGENEIDADE GENÉ TICA , ou seja, a
PRESENÇA DE MÚLTIPLO S LOCI DE
SUSCEPTIBILIDADE JÁ DETECTADOS EM 1Q, 2Q ,
5Q, 5P, 6Q, 7Q, 13Q, 15Q, 17Q, 22Q, XP E XQ. A
presença de GENES DE AUTISMO SINDRÔMICO
Características autísticas na síndrome:
(FMR1, TSC1, TSC2, N F1 E MECP2) E FORMAS
o Ausência de contato visual; RARAS DE AUTISMO NÃO SINDRÔMICO COMO
NLGN3, NLGN4 ;
o Recusa ao contato físico;
o Autoagressão;  Mecanismo multifatorial com herança
o Comportamento indiferente e genética poligênica: envolvendo GENES
DE PREDISPOSIÇÃO E G ENES DETERMINANTES,
arredio;
COM GRANDE AÇÃO DE FATORES AMBIENTAIS.

 Exame genético-clínico, cariótipo e teste
VACINAÇÃO RUBÉOLA-CAXUMBA-SARAMPO E
para X-frágil devem ser realizados em
TIMEROSAL todos os casos de TEA;
 Em caso de cariótipo normal em TEA com
características dismórficas e/ou sintomas
neurológicos sem definição sindrômica
deve ser solicitado os exames de MLPA
e/ou array CGH;
 Podem ser implementados programas de
triagem de mutações do gene SHANK3
em casos de TEA com grave déficit social
e verbal;
 Está provado que não há relação;  Todas meninas com TEA e DI devem ser
 A questão do médico inglês em que foi testadas para mutações no gene MeCP2;
provada a manipulação de resultados  As mutações do gene PTEN devem ser
da pesquisa: foi afastado da prática da avaliadas nos casos de macrocefalia
medicina, este ano. com TEA.

ORIENTAÇÕES PARA ACONSELHAMENTO Genes determinantes: SHANK3, MECP2.


GENÉTICO EM TEA
SFARI GENE

Quando for fazer qualquer pesquisa sobre esse


assunto, recomenda-se usar SFARI GENE.

 Se um casal possui um filho com autismo


não sindrômico o risco de recorrência é
 Módulo Gene humano;
de aproximadamente 5-6% (há variações
 Módulo Modelo cobaia;
na literatura que vão de 2 a 18%);
 Pontuação de genes;

 Copiar variantes de número (CNVs).

 Herança poligênica, multifatorial,


quantitativa;

 Mulheres são mais tolerantes ao TEA.



 Eugenia NEGATIVA: REDUZIR A TRANSMISSÃO
DE CARACTERÍSTICAS INDESEJÁVEIS;
 Objetivos:
 Promover a eugenia para a melhora da
AS ORIGENS, OS OBJETIVOS E AS BASES raça humana;
FILOSÓFICAS  Uso de técnicas diretivas e, até mesmo
coercitivas, baseadas na racionalidade
do comportamento humano e na
defesa do gene pool humano;
 Ações sociais e políticas: ESTERILIZAÇÕES
OBRIGATÓRIAS, ABORTO S OBRIGATÓRIOS,
RESTRIÇÕES DE CASAME NTOS, DE MIGRAÇÕES ,
etc.

Problemas: delinquentes são pessoas com


problemas genéticos? Distúrbios de caráter
 Como lidar com a transmissão de são problemas genéticos?
características indesejáveis?
 Os modelos propostos ao longo do
tempo:
 Modelo eugênico;
 Modelo preventivista: modelo do
MÉDICO, ESTABELECER ESTRATÉGIA DE
PREVENÇÃO PRIMÁRIA ;
 Modelo psicológico: ATUALMENTE É O
MODELO VISTO COMO IDEAL. O MÉDICO NÃO
CONSEGUE FAZER O ACONSELHAMENTO
SOZINHO, ELE PRECISA DE UMA EQUIPE  As 3 primeiras décadas do século XX
MULTIPROFISSIONAL (PSICÓLOGO, foram dominadas pelo movimento
TERAPEUTA, PSICOPEDAGOGO , etc). eugênico principalmente por 2
instituições (The Eugenics Record Office,
MODELO EUGÊNICO NY e National Eugenics, London): que
tiveram AÇÃO POLÍTICO-SOCIAL DESASTROSA
PREJUDICANDO MUITO O DESENVOLVIMENTO DA
GENÉTICA HUMANA . Houve grande reação
da ciência liderada por Penrose (1932);
 1946 criado o termo Aconselhamento
Genético por Sheldon Reed: baseado no
PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE DO PROFISSIONA L
EM RELAÇÃO AS DECISÕ ES DO CASAL . Ou seja,
o ACONSELHAMENTO GENÉTICO RESULTA DO
 Proposto por Francis Galton (1885): criou o
MOVIMENTO EUGÊNICO .
termo EUGENIA (ALGO COMO “BEM-NASCIDO”);
 Primo de Charles Darwin: baseou sua
teoria nas teorias de Darwin;
 Eugenia POSITIVA: ESTIMULAR A TRANSMISSÃO
DAS BOAS CARACTERÍSTICAS;

o Eliminar ou reduzir as frequências
das doenças genéticas: ainda é
muito parecido com o Modelo
Eugênico;
o Genética como disciplina clínica
e localizada em hospitais
terciários;
o Base é o diagnóstico médico
acurado;
 Hoje a grande preocupação da o Os médicos são os legítimos
comunidade científica é com a volta conselheiros;
dos princípios eugênicos em relação a o Os médicos usam as tradicionais
Lei dos Cuidados da Saúde Materna e técnicas de relação médico-
Infantil de 27/10/94 na China: ex.:se um paciente (passividade-
dos membros de um casal possuir uma atividade, liderança-
DOENÇA GENÉTICA SÉRIA O CASAL SÓ É cooperação), mas é baseado no
AUTORIZADO A CASAR S E ACEITAR USAR Princípio da Neutralidade
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS POR LONGO (baseado em Reed, 1947): para
TEMPO OU SE ESTERILIZAR; se é detectado DOENÇA CRÔNICA, ESSE MODELO NÃO É
um FETO COM MALFORMAÇÃO GRAVE OU O MAIS ACONSELHADO . ESSAS DOENÇAS
DOENÇA HEREDITÁRIA O MÉDICO DEVE PRECISAM DE UMA PARTICIPAÇÃO
RECOMENDAR O ABORDO E A PACIENTE DEVE MÚTUA DOS PROFISSION AIS E
ACEITAR A RECOMENDAÇ ÃO , 83% DOS FAMILIARES. É o que ACONTECE NO
GENETICISTAS CHINESE S CONCORDAM COM DIA A DIA, MAS NÃO É CONSIDERADO O
ESTAS LEIS . MODELO IDEAL.

No Brasil: o ABORTO É PERMITIDO EM CASOS QUE MODELO PSICOLÓGICO OU PSICOSSOCIAL


PODE LEVAR A MORTE D A MÃE, CASOS DE ESTUPRO
E ANENCEFALIA .
Em casos de síndromes
incompatíveis com a vida, precisa de um
julgamento

MODELO PREVENTISTA OU MÉDICO

 Justificativas da adoção:
 Informações não são neutras do
ponto de vista psicológico: são
AMEAÇADORAS DO EGO ;
 A ocorrência de uma doença
 É a medicalização do AG (entrada da genética em uma família
genética nas FM); desencadeia um processo de luto
 Parte da Medicina Preventiva. ou sofrimento crônico;
 Princípios:

 As pessoas vão ter que lidar com as  Há uma grande dificuldade na prática
emoções desencadeadas no de implementar este modelo, já que os
processo; médicos têm dificuldade de adotá-lo e
 Outras condições influem nas os clientes buscam mais o modelo
decisões/comportamentos, tais médico.
como: DISFUNÇÕES MARITAIS/SEXUAIS,
TIPOS DE PERSONALIDA DE, DIFICULDADES O PROCESSO DO LUTO OU SOFRIMENTO CRÔNICO
INTERPESSOAIS, CONVICÇÕES RELIGIOSAS ,
etc. É muito difícil você chegar para
os pais e falar que o filho deles
nasceu com uma doença e que
veio de um deles ou dos dois e que
ele vai ter essa deficiência (s) para
o resto da vida. Essa notícia tem
consequências muito sérias na vida
do casal.
 Fases do processo do luto ou
BASES DO AG PSICOLÓGICO sofrimento crônico:
 Choque;
 Negação;
 Raiva;
 Culpa;
 Depressão;
 Reequilíbrio;
 Os Processos de Decisão: MÉTODO DA
BALANÇA, SENTIMENTOS AMBÍGUOS . A
INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE PERSONALIDADE.
 Fundamenta-se nas técnicas do
Aconselhamento Psicológico Não CONCEITO DE ACONSELHAMENTO GENÉTICO
Diretivo (C. Rogers);
 Usa a relação conselheiro-cliente de
Participação Mútua (ajudar o cliente a
ser psicologicamente ativo);
 Desenvolve a Empatia;
 Precisa dos conhecimentos dos
processos psicológicos do luto e
sofrimento humano (suas fases e
manejo), do conhecimento dos
processos de comunicação humanos
(incluso da metamensagem),
 É o processo de COMUNICAÇÃO que
conhecimento dos processos de auto-
trata dos PROBLEMAS HUMANOS
defesa e auto-imagem e dos processos
relacionados com a ocorrência ou
de decisão e a influência sobre eles dos
recorrência de uma DOENÇA
tipos de personalidade;
GENÉTICA em uma FAMÍLIA;

 Neste processo o conselheiro deve NÍVEIS: O DIAGNÓSTIC O CLÍNICO (OU SEJA, QUAL
É A DOENÇA) E O DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (OU
ajudar o indivíduo ou família a:
 Entender os fatos médicos SEJA, QUAL A CAUSA D A DOENÇA). Esta fase
ENVOLVE AS PRIMEIRAS CONSULTAS sendo
(diagnóstico, prognóstico,
tratamento); uma FASE ESSENCIAL PARA O ESTABELECIMENTO
DO CONHECIMENTO ENTR E O PROFISSIONAL
 Entender como a hereditariedade (CONSELHEIRO) E OS PA IS DO AFETADO
contribui na causa e os riscos de (CONSULENTES) e a CONSTRUÇÃO DA EMPATIA
recorrência; NECESSÁRIA PARA O RESTANTE DOS
 Entender as opções reprodutivas ATENDIMENTOS. Ambos devem saber que:
perante os riscos;
 Escolher as ações que consideram 1. AS DOENÇAS GENÉTICAS SÃO DIFERENTES DAS
apropriadas perante a situação e DOENÇAS NÃO GENÉTICA S COMUNS. elas SÃO
INATAS (SÃO PARTE DO INDIVÍDUO, DO SELF) E
agir de acordo com as decisões.
NUNCA IRÃO EMBORA E NA MAIORIA TEM
 Ajudar o ajuste psicossocial das PROGNÓSTICO RESERVADO.
pessoas envolvidas com a situação
clínica. 2. COMO JÁ DITO ANTES, ELAS DESENCADEIAM UM
PROCESSO PSICOLÓGICO DE LUTO OU SOFRIMENTO

FASES DO ACONSELHAMENTO GENÉTICO AGUDO/CRÔNICO : estas FASES SE INTERPENETRAM


E O CICLO DE SUPERAÇ ÃO DEPENDE DE MUITOS
FATORES E DE AJUDAS DE PROFISSIONAIS E D O
MODO COMO OS PROFISSIONAIS LIDAM COM SEUS
PACIENTES. O PROFISSIONAL ATENDEN TE DEVE
ESTAR ATENTO PARA A IDENTIFICAÇÃO DESTAS
FASES DO LUTO E PARA LIDAR COM ELAS . As
CONSULTAS EM GENÉTIC A CLÍNICA ENVOLVEM
TODAS AS PROPEDÊUTICAS MÉDICAS, MAS TEM
PROCEDIMENTOS ESPECÍ FICOS PARA OS QUAIS OS
PAIS DEVEM SER ALERTADOS COMO O EXAME
DISMORFOLÓGICO ESPECIALIZADOS, OS ESTUDO S
DOS HEREDOGRAMAS FAM ILIARES E EXAMES
COMPLEMENTARES ESPECÍFICOS DA GENÉTICA , que
devem ser EXPLICADOS E DISCUTI DOS SEUS
RESULTADOS . ALGUMAS VEZES NAS CONSULTAS
GENÉTICAS (EM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL CERCA DE
20%) NÃO SE OBTÉM O DIAGNÓSTICO CLARO E SE
DEVE EXPLICAR ISTO TAMBÉM .

Fase pré-teste: EXPLICAR AO PACIENTE QUAIS


EXAMES SERÃO FEITOS, COMO SERÃO FEITOS. O
MÉDICO TAMBÉM PRECIS A ESTAR PREPARADO PA RA
ENTENDER O RESULTADO DESSES EXAMES .

 1ª fase - Estabelecimento ou
Confirmação do Diagnóstico. Fase do
Diagnóstico Clínico - Etiológico. O  2ª fase – Cálculo dos riscos de
DIAGNÓSTICO DEVE SER ESTABELECIDO EM 2 recorrência: esta é uma FASE MAIS TEÓRICA

EM QUE O MÉDICO GENE TICISTA APÓS O NUMÉRICOS. Usar conhecimentos de
DIAGNÓSTICO ETIOLÓGI CO FAZ O CÁLCULO DOS
probabilidades dos jogos de azar.
RISCOS DE RECORRÊNCI A que são de 2 TIPOS : NUNCA DIGA VOCÊS NÃO PODEM TER FILHOS,
 Riscos Teóricos: BASEADOS EM M ODELOS É ANTIÉTICO;
GENÉTICOS DE TRANSMISSÃO;  Cuidados com as barreiras na
 Riscos Empíricos: BASEADOS EM ESTUDOS comunicação: LINGUÍSTICAS, SOCIAIS ,
DE SEGUIMENTO DE CAS AIS . etc.
o Doenças cromossômicas:
 Numéricas: ex.: TRISSOMIAS , DEPENDEM
MAIS DA IM, MULHERES ABAIXO DE 30 A 1% ;
MULHERES ACIMA DE 30 A 2% ;
 Estruturais: DEPENDEM DO CARIÓTIP O DOS
PAIS. Se for NORMAL RISCO IGUAL A TX.
Mutação = desprezível. Se for
alterado em um dos pais depende
do tipo de alteração balanceada
detectada – faz-se o cálculo. Existem
 4ª fase – Decisão e Ação: MUITAS DECISÕES
riscos empíricos.
DEVERÃO SER TOMADAS PELAS FAMÍLIAS NESTA
FASE , mas serão AMADURECIDAS NO
DECORRER DA VIDA e, portanto, o AG DEVE
SER CONTÍNUO . QUE DECISÕES SERÃO M AIS
IMPORTANTES NESTA FA SE?
 A 1ª será sobre o futuro reprodutivo da
família: SE O CASAL TERÁ OU N ÃO MAIS
FILHOS, OU SEJA, SE VÃO OU NÃO EVITAR
FILHOS. No caso de decidirem EVITAR
FILHOS VÃO TER QUE E SCOLHER O(S)
MÉTODO(S) ANTICONCEPCIONAIS SE
TEMPORÁRIOS (PÍLULAS, DIU, ETC.) OU
DEFINITIVOS (LAQUEAD URA TUBÁRIA OU
 3ª fase – Comunicação barreiras
DEFERENTE) . Também terão que pensar
linguísticas, participação mútua, ter
em ADOÇÃO. EM USO DE DI AGNÓSTICO PRÉ-
certeza que o paciente entendeu,
NATAL OU PRÉ-IMPLANTAÇÃO. Também
estabelecer relação médico-paciente
terão que pensar em INTERRUPÇÃO OU
em um plano HORIZONTAL.
NÃO DE GESTAÇÕES. OS PROFISSIONAIS
 Deve-se comunicar os FATOS
DEVEM AJUDAR EM TODAS ESTAS QUESTÕES .
MÉDICOS (diagnóstico, riscos,
prognóstico e tratamentos);
 Sou adepto do AG CONTÍNUO feito
pela equipe de atendimento com
assessoria de psicólogos: a VERDADE
TOTAL É UM DIREITO ÉTICO , PORÉM DEVE-SE
PREPARAR MELHOR AS PESSOAS PARA AS
INFORMAÇÕES PELAS AMEAÇAS
PSICOLÓGICAS QUE PODEM REPRESENTAR ;
 Como comunicar os riscos? NÃO SE DEVE
USAR ALTO OU BAIXO, MAS SIM OS VALORES

 5ª fase – Seguimento Precoce e Tardio PESSOAS E INFORMAÇÃO PRECISA E SEM
TENDENCIOSIDADE (AUT ONOMIA);
do Ag: ACOMPANHAMENTO, PRECOCE (LOGO
APÓS O DIAGNÓSTICO) , TARDIO (POR LONGOS
2º. PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE DA FAMÍLIA
(AUTONOMIA, NÃO MALEFICÊNCIA);
ANOS, ENTENDER COMO A FAMÍLIA ESTÁ
LIDANDO COM A SITUAÇ ÃO). 3º. REVELAÇÃO COMPLETA P ARA OS INDIVÍDUOS E
FAMÍLIAS DE TODAS AS INFORMAÇÕES
 É muito importante o AG contínuo
RELEVANTES PARA A SA ÚDE (AUTONOMIA, NÃO
com seguimento efetivo das famílias MALEFICÊNCIA);
principalmente as com riscos 4º. PROTEÇÃO DA PRIVACID ADE DOS INDIVÍDUOS
genéticos de recorrência E FAMÍLIAS DE INTRUSÕES NÃO JUSTIFICADAS POR
considerável; PARTE DE EMPREGADORES, SEGURADORAS E
 Não se pode perder o contato com as ESCOLAS (NÃO MALEFICÊNCIA);
famílias e o seguimento: as INSTITUIÇÕES 5º. INFORMAÇÃO AOS INDIVÍDUOS SOBRE A
DE DEFICIENTES DEVEM ESTRUTURAR EQUIPES OBRIGAÇÃO ÉTICA QUE ELES SE ENCONTRAM DE
DE PREVENÇÃO PRIMÁRIA E CONTAR COM UM INFORMAR OS PARENTES QUE PODEM ESTAR EM
PROFISSIONAL ESPECIALIZADO, UM MÉDICO RISCO GENÉTICO (NÃO M ALEFICÊNCIA);
GENETICISTA O QUAL DARIA SUPERVISÃO 6º. INFORMAR AOS INDIVÍD UOS SOBRE A
PARA TODAS AS APAES DE UMA REGIÃO, NECESSIDADE DE QUE ELES REVELEM O SEU
EVITANDO-SE QUERER RESOLVER O PROBLEMA STATUS DE PORTADORES A ESPOSOS/PARCEIROS
POR ENCAMINHAMENTO PARA SERVIÇOS SE UMA CRIANÇA ESTÁ SENDO DESEJADA E AS
DISTANTES E COM FILAS . POSSIBILIDADES DE DANO AO CASAMENTO DA S
REVELAÇÕES (NÃO MALE FICÊNCIA);

ASPECTOS ÉTICOS DO AG 7º. INFORMAR AS PESSOAS DE SUAS OBRIGAÇÕES


MORAIS DE REVELAR O STATUS GENÉTICO QUE
POSSAM AFETAR A SEGURANÇA PÚBLICA (NÃO
MALEFICÊNCIA);
8º. APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DE
FORMA MENOS TENDENCIOSA POSSÍVEL
(AUTONOMIA);
9º. USO DE TÉCNICAS NÃO DIRETIVAS, EXCETO
NAS QUESTÕES DE TRAT AMENTO (AUTONOMIA,
BENEFICÊNCIA);
10º. ENVOLVER AS CRIANÇAS E ADOLESCEN TES O
MÁXIMO POSSÍVEL NAS DECISÕES QUE LHE
AFETAM (AUTONOMIA);
11º. OBRIGAÇÃO DOS SERVIÇOS DO SEGUIMENTO
DOS AFETADOS/FAMÍLIAS SE
APROPRIADO/DESEJADO (AUTONOMIA,
BENEFICÊNCIA, NÃO MALEFICÊNCIA)

 Baseado no documento elaborado pelo


Programa de Genética Humana da OMS
de 1998:
1º. RESPEITO ÀS PESSOAS E FAMÍLIAS, INCLUINDO
A VERDADE TOTAL, RESPEITO PELA DECISÃO DAS
– –
 1909: Archibald Garrod (pai da química
genética). ELE QUE CRIOU O TERM O ERROS
INATOS DO METABOLISM O” . ALCAPTONÚRIA

– (ERRO DO AC. HOMOGENTÍZICO). GENÉTICO E O


MODELO DE TRANSMISSÃO ERA AUTOSSÔMICO
RECESSIVO (TRANSMISS ÃO HEREDITÁRIA
MENDELIANO) ;
REVISÃO DAS AULAS ANTERIORES  De todas as doenças genéticas que
existe são as que se deve conhecer mais:
 Herança multifatorial: autismo;
pois EXISTE TRATAMENTO/INTERVENÇ ÕES QUE
 Distúrbios citogenéticos: ex.: Down. MUDAM A VIDA DO INDI VÍDUO, MESMO QUE
 Herança monogênica: ex. X frágil. NÃO HAJA CURA ;
 Programa de triagem neonatal: RASTREAR
ERROS INATOS DO METABOLISMO PRECOCEMENTE ANTES D E SE MANIFESTAREM.
No SUS SÃO 6, MAS ESTÁ SENDO AMPLIADO
PAULATIVAMENTE (54 -55 DOENÇAS).
DIAGNÓSTICO E TRATAM ENTO PRECOCES ;
 Mapa metabólico: reações que
traduzem atividade química que se
processa o tempo todo. É possível
através de enzimas;
 Erro inato: DEFEITO DA PRODUÇÃO DE UMA
ENZIMA. Se a enzima CONSEGUE MANTER UMA
ATIVIDADE RESIDUAL ( EM
NÚMERO/QUANTIDADE) O INDIVÍDUO
SOBREVIVE ;
 Cofatores, vitaminas: otimizam o
trabalho das enzimas;
 Fenilcetonúria: DEFICIÊNCIA DA ENZIM A
FENILALANINA HIDROXILASE (MUTAÇÃO DA
ESTRUTURA 1ª, TROCA DE UM AMINOÁCIDO
PARA OUTRO ), que atua na via da
FENILALANINA (ACUMULA) E IA SE
TRANSFORMAR EM TIROS INA (PRODUTO EM
 Conceito: DOENÇAS GENÉTICAS CAUSADAS FALTA), COMPROMETE ROTAS QUE ELA ENTRA
POR DEFEITO ENZIMÁTICO QUE LEVAM AO
(ex.: DOPAMINA, MELANINA – PESSOA É BRANCA
BLOQUEIO DE UMA VIA METABÓLICA. Este
POIS NÃO PRODUZ MELANINA SUFICIENTE ).
BLOQUEIO LEVA AO ACÚ MULO DO SUBSTRATO DA
FENILALANINA ACUMULA DA E É DESVIADA PARA
ENZIMA, A DEFICIÊNCIA DO PRODUTO DA REAÇ ÃO
OUTRAS VIAS, EM QUE FORMA ÁCIDO FENIL
OU DESVIO DO SUBSTRATO PARA UMA VIA
PIRÚVICO E FENIL CETON AS (TÓXICOS PARA O
METABÓLICA ALTERNATIVA (pode ser tóxico, SNC). ATRASO DO DESENVOLVIMENTO
produzir produtos ruins para o GRAVÍSSIMO, EPILEPSIA DE DIFÍCIL CONTROL E,
organismo). COMPROMETIMENTO PIRAMIDAL (EX.:
 Doenças metabólicas hereditárias de Rastreia e
ESPASTICIDADE, HIPER TONIA, ETC).
causa genética; depois confirma com o traçado da
 1400 doenças já diagnosticadas e são enzima. O TRATAMENTO É UMA DIETA (EX.:
sistêmicas. FORMULAS QUE NÃO TEM FENILALANINA , etc);
– –
 Hiperfenilalanimenia: ex.: DEFICIÊNCIA DE MOLÉCULAS TIPO AMINOACIDOPATIAS ,
BIOFTERINA. FORNECE O COFATOR. PODE SER ACIDEMIAS ORGÂNICAS (acúmulo de ácidos
USADO PARA ESTIMULAR A ATIVIDADE RESIDUAL
orgânicos, diminuindo o pH e gerando
DA ENZIMA ;
repercussões importantes), CICLO DA UREIA
 Frutosemia/intolerância hereditária a (acúmulo de AMÔNIA E TOXICIDADE AO SNC ),
frutose: gera HIPOGLICEMIA INTOLERÂNCIA A AÇÚCARES (ex.: FRUTOSEMIA,
GALACTOSEMIA – GLICOSE + GALACTOSE NO
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DE SAUDUBRAY E INTESTINO E FAZ HIPOGLICEMIA E

CHAPENTIER DESCOMPENSAÇÃO METABÓLICA NO BERÇÁRIO ).


Podem aparecer emCONDIÇÕES
ESTRESSANTES (CIRURG IA, INFECÇÃO, JEJUM,
REAÇÃO A VACINA ). Ex.: LEUCINOSE,
FENIILCETONÚRIA ;

 Grupo 1: DEFEITO DE SÍNTESE O U


CATABOLISMO DE GRAND ES MOLÉCULAS OU
MOLÉCULAS COMPLEXAS (APRESENTAM SINAIS
CLÍNICOS PERMANENTES E PROGRESSIVOS) . Ex.:  Grupo 3: DEFEITO DA PRODUÇÃO/UTILIZAÇÃO
DOENÇAS LISOSSOMAIS E PEROXISSOMAIS DE ENERGIA. Ocorrem no METABOLISMO
(doenças de depósito). Ex.: INTERMEDIÁRIO DE FÍG ADO, MÚSCULOS E
MUCOPOLISSACARÍDEOS , IMPORTANTE CÉREBRO. Ex.: GLICOGENOSES (DOENÇA DE
COMPONENTE ESTRUTURA L DO TECIDO DEPÓSITO ASSOCIADA AO GLICOGÊNIO , pois
CONJUNTIVO, SE DEPOS ITANDO EM DADOS não consegue quebrá-lo),
LOCAIS, ALTERANDO A ESTRUTURA DO LOCAL, DO HIPERLACTICEMIAS, DOENÇAS MITOCONDRIAIS E
ÓRGÃO E DEPOIS SISTEMICAMENTE . MAIS TEMPO DEFEITOS DA BETA-OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS
PARA TRABALHAR COM ELAS POIS OS SINTOMAS GRAXOS (ex.: DEFICIÊNCIA DE ACETIL -COENZIM A
VÃO SE INSTALANDO LEN TAMENTE ; A DE CADEIA MUITO LONGA. A PESSOA NÃO PODE
FAZER JEJUM PROLONGA DO, PASSA MAL PÓS-
Sofre mais cérebro,
EXERCÍCIO FÍSICO, ETC).
fígado, músculo e coração.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 Grupo 2: DEFEITO NO METABOLISMO


INTERMEDIÁRIO. SÃO DOENÇAS DE BERÇÁRIO.
APRESENTAM CLÍNICA D E INTOXICAÇÃO AGUDA E
CRÔNICA . Ex.: DOENÇAS DAS PEQUENAS
– –
 Grupo 1: doença de DEPÓSITO DE
MACROMOLÉCULAS COM SINAIS DE SINTOMAS
PERMANENTES, PROGRESSIVOS, SIST ÊMICAS , tais
como HIDROPSIA FETAL,
HEPATOESPLENOMEGALIA, HIPOTONIA,
CONVULSÕES, FACE GRO TESCA, LIMITAÇÃO
ARTICULAR (SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO,
RIGIDEZ), DEF. AUDIT IVA, ALTERAÇÕES DE P ELE
(INFILTRAÇÕES), ALTERAÇÕES OCULARES (EX. :
OPACIDADE, CATARATA), SINAIS DISMÓRFICOS
(EX.: NARIZ BULBOSO, LÁBIOS GRANDES,  Subgrupo de Intoxicações crônicas:
GENGIVAS HIPERTROFIA DAS), INVOLUÇÕES SINAIS E SINTOMAS SÃO ATRASO DO DNPM,
NEUROLÓGICAS , etc. ex.: ATRASO DO CRESCIMENTO SOMÁTICO,
MUCOPOLISSACARIDOSES, ESFINGOLIPIDOSES, TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO,
MUCOLIPIDOSES, SINDROME DE ZELLWEGER, HIPOTONIA, HIPERTONI A, MACROCEFLIA,
MICROCEFALIA, EPILEP SIA DE DIFÍCIL
ADRENOLUCOCODISTROFIA, DOENÇA DE REFSUM ,
CONTROLE, ANORMALIDADES OCULARES ,
etc. GERALMENTE NÃO TEM DESCOMPENSAÇÃO
AGUDA. TRATA DANDO A ENZIMA (ENGENHARIA etc. São representados pelas
AMINOACIDOPATIAS E I NTOLERÂNCIA AOS
GENÉTICA) ;
AÇÚCARES .

 Grupo 2:
 Subgrupo das intoxicações agudas:  Grupo 3: doença por DEFICIÊNCIA DA
SINAIS E SINTOMAS SÃO PRECOCES,
PRODUÇÃO OU UTILIZAÇÃO DE ENE RGIA .
RECORRENTES , resultantes de
Envolvem ÓRGÃOS DE GRANDE DEM ANDA
DESCOMPENSAÇÃO METABÓLICA (ex.: VÔMITOS,
ENERGÉTICA (ex.: fígado, músculo,
DESIDRATAÇÃO, CETOSE , LETARGIA, ICTERÍCI A,
HIPERAMONEMIA, HIPO OU HIPERGLICEMI A, miocárdio, cérebro), RESULTANTES DA
COMA, DOR ANORMAL, ACIDOSE METABÓLICA, ANORMALIDADES NO MET ABOLISMO
ACIDOSE RESPIRATÓRIA , INSUFICIÊNCIA INTERMEDIÁRIO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA .
HEPÁTICA, HEPAT OMEGALIA, Sintomas diversos como HIPOTONIA,
TROMBOEMBÓLICAS (DIS TÚRBIOS DA HIPOGLICEMIA, AUMENTO DE ÁCIDO LÁCTICO,
COAGULAÇÃO). Relacionados com DIETA, CONVULSÕES, HEPATOMEGALIA,
JEJUM PROLONGADO, CONSUMO DE PRODUTOS CARDIOMIOPATIA, DEFICIÊNCIA. DE
INADEQUADOS A SAÚDE DO PACIENTE, FATORES CRESCIMENTO , etc. ex.: GLICOGENOSES,
AGRAVANTES QUE ATUAM COMO GATILHO DE DEFICIÊNCIA DA GLICO NEOGÊNESE,
DESCOMPENSAÇÃO COMO FEBRE, INFEC ÇÕES, HIPERLACTICEMIAS, DEFICIÊNCIA DE OXIDAÇÃ O
CIRURGIA s, etc. Os PRINCIPAIS EXEMPLOS SÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS E DOENÇAS
ACIDEMIAS ORGÂNICAS E OS DEFEITOS DO CICLO MITOCONDRIAIS .
DA UREIA ;
– –
PESQUISA DE EIM DO METABOLISMO
INTERMEDIÁRIO OU DE ENERGIA


QUANDO SUSPEITAR DE ERRO INATO DO
METABOLISMO

 Mais difíceis: tem POUCO TEMPO PARA


INVESTIGAR E GERALME NTE APARECE EM UMA
EMERGÊNCIA ;
 Diagnóstico:
 Urina: COR, CHEIRO, DENSIDA DE, PH .
 História familiar positiva: PRINCIPALMENTE SE TRIAGEM DE EIM (CROMATOGRAFIA DE
FOR DE 1º GRAU ; AMINOÁCIDOS, AÇÚCARES OU ÁCIDOS
 Consanguinidade: quanto MAIOR O GRAU ORGÂNICOS). QUALITATIVO (NÃO PERMITE
DE PARENTESCO MAIOR O RISCO (TODOS TEM QUANTIFICAR). MAS PERMITE A SUSPEITA
GENES SILENCIOSOS E SE CASAR COM PARENTE PARA DEPOIS SOLICITAR UM QUANTITATIVO ;
TEM MAIS CHANCE DELE TAMBÉM TER O MESMO  Sangue:
GENE SILENCIOSO E O FILHO HERDAR EM DOSE o Gasometria: ACIDOSE METABÓLICA,
DUPLA ); PRINCIPALMENTE . NA, K, CL, ÂNION GAP
 Involução do DNPM: REGRESSÃO (Na+, K+) – (HCO-3 +Cl-), GLICEMIA,
NEUROLÓGICA NÃO É UM BOM SINAL (DOENÇA LACTATO, AMÔNIA.
COMEÇOU A SE MANIFES TAR) ;
 Deterioração neurológica; Ânion Gap > 16: tem CARGAS NEGATIVAS
QUE NÃO ESTÁ CONSEGUINDO CONTAR
 Hipoglicemia ou hiperglicemia;
(DESEQUILÍBRIO METAB ÓLICO);
 Acidose metabólica;
 Alcalose respiratória; o Teste de triagem para EIM por
 Discrasias sanguíneas; espectrometria de massa em
 Hepato e/ou esplenomegalia; tandem: QUANTITATIVO ;
 Convulsões, ataxia, hipo ou hipertonia; o Hemograma: AST (TGO), ALT (TGP),
 Letargia, coma; GAMA-GT, CK. COLESTEROL,
 Estado neurológico flutuante: acorda, TRIGLICÉRIDES, ÁCIDO ÚRICO .
dorme, tem crise convulsiva; COMPROMETIMENTO DA SÍNTESE DE

 Anormalidades oculares: OPACIDADE DA PLAQUETAS, HEMÁCIAS E LEUCÓCITOS .

CÓRNEA, CATARATA, GL AUCOMA ;


 Anormalidades de cabelo: ex.: NORMAS PARA COLETA DOS EXAMES
MUCOPOLISSACARIDOSES COM CABELOS
ESPESSOS, HIPERTRICOSES ,
etc;
 Odor anormal (urina, suor): ex.: LEUCINOSE
(EXCRETA AMINOÁCIDOS AROMÁTICOS NA
URINA, NA SECREÇÃO DO OUVID o, etc).
– –
 Hepático:
 Insuficiência hepática: ex.:
GALATOSEMIA, INTOLERÂNCIA HEREDIT ÁRIA
À FRUTOSE (TRATAR CO M DIETA );
 Icterícia, colestase: ex.: GALACTOSEMIA
(TRATAR COM DIETA) ;
 Hepatoesplenomegalia: ex.: PORFIRIA ;
 Cardíaca:
 Insuficiência cardíaca,
cardiomiopatia, arritmias: ex.:
DEFEITOS NA BETA OXI DAÇÃO DE ÁIDOS.
GRAXOS DE CADEIA (já está
LONGA
fazendo no teste de triagem
 Colher de preferência na crise neonatal em MG). Dieta (comer de
metabólica: SEPARAR UM POUCO DE SANGUE 3h-3h e retirar aminoácidos de
URINA E CONGELA (CENTRIFUGA E CONGELA SÓ O cadeia muito longa);
PLASMA). NÃO ADIANTA TRATAR E DEPOIS
 Grave hipoglicemia:
COLETAR POIS VAI VIR NEGATIVO ;
 Hepatomegalia: ex.: GLICOGENOSE
 Se tiver fora da crise: coleta com JEJUM DE TIPOS I E III, DEFIC IÊNCIA DA FRUTOSE
3-4H ATÉ OS 6 MESES. 6H ENTRE 6 E 12 MESES E
BIFOSFATASE ;
DE 8H NAQUELES > 12 MESES ;
 Altas taxas de infusão de glicose: ex.:
 Se tiver fora de crise sempre fazer uma
HIPERINSULISMO CONGÊ NITO ;
segunda coleta para confirmação;
 Comprometimento cardíaco:
 Se o lactato estiver elevado na primeira DEFEITOS DE BETA OXI DAÇÃO DE ÁCIDOS
coleta repetir: GASOMETRIA, ELETRÓLITOS, GRAXOS, DEFICIÊNCIA DE CARNITINA .
GLICEMIA DE JEJUM, E OFERECER ALIMENTAÇÃO
E APÓS 1H30MIN COLETAR O LACTATO .

EIM TRATÁVEIS PRESENTES EM


NEONATOS E CRIANÇAS DE ATÉ 3 MESES

DIAGNÓSTICO

 Neurológico:
 Encefalopatia metabólica: ACIDÚRIAS
ORGÂNICAS, EX.: ACIDEMIA PROPIÔNICA ;
 Convulsões/convulsões com
microcefalia: ex.: DEFEITO DO
TRANSPORTADOR DE GLICOSE ;
– –
 Teste de triagem neonatal: ex.:
FECNILCETONURIA (CONTROLE COM DIETA, MAS NA
GESTAÇÃO É DIFÍCIL D E MANTER COMPENSADO E
PODE PASSAR PARA O F ETO, GERANDO DANOS P OR
ACUMULAR NO ENCÉFALO );
 Na rede pública: 6 DOENÇAS E DISTÚRBIOS
DA BETA-OXIDAÇÃO EM MG . Vai aumentar
para 50 doenças em um intervalo de 4
anos;
 Teste da bochechinha: É MOLECULAR. ~300
DOENÇAS. APENAS NA REDE PARTICULAR. NÃO
SUBSTITUI O TESTE DO PEZINHO, POIS NÃO PE GA
TODOS OS TIPOS DE HI POTIREOIDISMO CONGÊNITO
(EX.: DEFEITO NA TIREOIDE QUE NÃO SEJA
GENÉTICO) ;

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