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Doenças genéticas tanto por alelos mutantes diferentes no

Tipos de doenças: infecciosas, congênitas, mesmo loco ou por mutação em dois ou mais
inflamatórias, mentais, cânceres, metabólicas, locos.
genéticas. Exemplos: surdez hereditária, distúrbios da
coagulação, palato fendido, albinismo,
Classificação das doenças genéticas: distrofias musculares, doença de tay-sachs.
1. Citogenéticas - ocasionadas por
alterações de número ou estrutura de
cromossomos. Distúrbios monogênicos - um par de genes
2. Multifatoriais - envolvidas com vários afetados.
pares de genes e uma influência maior Anemia falciforme - proteína afetada:
ou menor de fatores ambientais. hemoglobina.
3. Monogênicas - aquelas Fibrose cística - proteína afetada: canal de
predominantemente influenciadas por cloreto.
um par de genes. Autossômica recessiva.
Problemas com os sistemas
1- Distúrbios citogenéticos ou cromossômicos respiratório e digestório; infecções
*Cromossomos autossomos: não são X ou Y - pulmonares.
cromossomos sexuais. Distrofia muscular duchenne - proteína
● Síndrome de Down (trissomia do 21): afetada: distrofina.
nas células diplóides o paciente possui Fenilcetonúria - proteína afetada: fenilalanina
3 cromossomos no cromossomo 21, ao hidroxilase.
invés de 2. Imunodeficiência combinada severa (SCID) -
● Síndrome de Edwards (trissomia do 18): proteína afetada: adenosina desaminase
o indivíduo possui 3 cromossomos 18, (ADA).
ao invés de apenas 2. Doença de Tay-Sachs - proteína afetada:
● Síndrome de Patau (trissomia do 13) - o hexosaminidase A (catalisa a clivagem de
indivíduo possui 3 cromossomos 13, ao uma hexosamina terminal de gangliosídeos).
invés de apenas 2. Autossômica recessiva.
*Cromossomos sexuais Retardamentos mentais e motores,
● Síndrome de Turner (monossomia do X, cegueira, macrocefalia, hipotonia.
síndrome XO). É uma heterogeneidade genética.
● Síndrome de Klinefelter (síndrome Hemofilia A - proteína afetada: fator VII de
XXY): um cromossomo sexual a mais. coagulação.
● Síndrome do miado do gato (síndrome Osteogênese imperfeita - proteína afetada:
de cri-du-chat - deleção do braço curto colágeno.
do cromossomo 5): o cromossomo 5 Talassemias - proteína afetada: hemoglobina.
possui um defeito estrutural/ perda do Doença de Huntington - proteína afetada:
material genético. huntingtina.

2- Distúrbios multifatoriais - pares de genes Genes letais


afetados. ● Esclerose tuberosa complexa -
● Cardiopatias congênitas. proteína/gene afetada: hamartina e
● Defeitos do tubo neural. tuberina.
● Fenda labial com ou sem fenda Deficiência: supressores de
palatina. crescimento de tumor, regulação de
● Cânceres proliferação e diferenciação celular.
● Diabetes. ● Ictiose congênita - proteína/gene afetada:
proteína ABCA12.
Heterogeneidade genética Deficiência: transporte de lipídios
A produção de fenótipos idênticos ou afetado.
similares por mais de uma mutação gênica,
● Telangiectasia múltipla - proteína/gene Os cromossomos acrocêntricos humanos (13,
afetada: endoglina. 14, 15, 21, 22) têm pequenas massas de
Deficiência: receptor para TGFbeta- cromatina conhecidas como satélites fixadas
essencial para manter a integridade aos seus braços curtos por pedículos ou
vascular. constrições secundárias.
● Xeroderma pigmentoso - proteína/gene
afetada: gene XPA- enzimas de reparo de Telômeros
DNA. Estruturas localizadas nas extremidades dos
Deficiência: enzima envolvida com cromossomos lineares, cujo encurtamento
reparo de excisão de DNA. ocorre a cada mitose pode resultar em
● Braquidactilia - proteína/gene afetada: senescência celular.
indian hedgehog.
Deficiência: sinalização, regulação e Nos humanos, os telômeros são formados
diferenciação de condrócitos. pela repetição de seis nucleotídeos: TTAGGG.
● Hipercolesterolemia familiar -
proteína/gene afetada: receptor de LDL. Em alguns tecidos, a enzima telomerase é
Deficiência: envolvido com a absorção capaz de contrapor o encurtamento dos
de colesterol para célula. telômeros. Estes exercem ainda papel de
Na maioria dos casos, é recessiva. proteção celular, evitando a instabilidade
Tipos são diferenciados pela origem genética.
genética.

CROMOSSOMOS HUMANOS
Cromossomos: dois exemplares idênticos de
cada em cada célula diplóide. Portanto, nos
núcleos existem pares de cromossomos
homólogos.
● Células diplóides: 2n cromossomos.
● Células haplóides: n cromossomos (n:
número básico de cromossomos de uma
espécie). Técnicas de análise dos cromossomos
Cultura celular
Centrômero → ponto de referência citológico As células para análise cromossômica devem
básico dividindo os cromossomos em dois ser capazes de crescimento e divisão rápida
braços. em cultura. As células mais acessíveis são os
P: braço curto. leucócitos, linfócitos T.
Q: braço longo.
Os braços são indicados pelo número do Metáfase: os cromossomos aparecem ao
cromossomo seguido de P ou Q. microscópio como uma dispersão
Exemplo: 11P é o braço curto do cromossomo cromossômica e cada cromossomo apresenta
11. duas cromátides, unidas pelo centrômero.

Constrições secundárias → apresentam Procedimento para análise: amostra de


estreitamentos que aparecem sempre no sangue periférico e acrescenta-se heparina
mesmo lugar. para evitar coagulação.
Centrifugação: permite aos leucócitos se
sedimentarem como uma camada distinta.

Os leucócitos são colocados em meio de


cultura tecidual e estimulados a dividir-se pelo
acréscimo de um agente mitogênico: a
fito-hemaglutinina.
A cultura é incubada por cerca de 72 horas.
Adição de uma solução diluída de colchicina,
para impedir a conclusão da divisão celular
inibindo a formação de fusos e retardando a
separação dos centrômeros.
Acúmulo de células em metáfase no meio de
cultura.

Adiciona-se uma solução hipotônica →


tumefação nas células, lisando-as e liberando Grupo B: os pares 4 e 5 e submetacêntricos.
os cromossomos, mas mantendo os Grupo C: submetacêntricos de tamanho
centrômeros intactos. médio (os pares de 6 a 12 e o X).
Os cromossomos são fixados, espelhados em Grupo D: aconcentricos de tamanho médio
lâminas e corados por uma das várias com satélites nos braços curtos (13 a 15).
técnicas e prontos para análises. Grupo E: formado pelos pares 16, 17 e 18
(cromossomos curtos). O 16 é metacêntrico e
Cariótipo os pares 17 e 18 submetacêntricos.
Fotomicrografia de célula humana em Grupo F: os pares 19 e 20 são metacêntricos
metáfase. pequenos.
Análise citogenética: Grupo G: pares 21 e 22 e Y: aconcentricos
Sangue periférico. pequenos.
Líquido amniótico.
Vilosidades coriônicas. ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS
Cultura de fibroblastos. NUMÉRICAS
Medula óssea. Síndrome = conjunto de sinais e sintomas que
Tumores sólidos. caracterizam uma doença/patologia.
Alterações cromossômicas:
FISH: fluorescence in situ hybridization. Estruturais: deleções, duplicações,
Hibridização in situ: técnica baseada na translocações.
detecção de pequenos segmentos de DNA e Numéricas: euploidias e aneuploidias.
RNA a partir de "sondas"específicas: Indivíduo normal: 46 cromossomos, 22 pares
sequencias de nucleotídeos complementares de autossomos e 1 par de sexuais.
desenvolvidas a partir de segmentos
conhecidos do DNA ou RNA que se deseja Alterações cromossômicas numéricas
identificar. Euploidias = alteração de múltiplo exato do
número haplóide (n) de cromossomos.
Utiliza sondas de DNA marcadas com Perda de cromossomos:
fluorescência para detectar anomalias Haploidia (conjunto n de cromossomos).
cromossômicas que estão além do poder de Ganho de cromossomos:
resolução de citogenética de rotina, como Triploidia (conjunto 3n de cromossomos).
microdeleções e rearranjos cromossômicos Tetraploidia (conjunto 4n de
complexos. cromossomos).
Pentaploidia (conjunto 5n de
Cariótipo feminino humano cromossomos).
Grupo A: formado pelos seis maiores Somente foram observados em abortos
cromossomos. Os pares 1 e 3 são espontâneos. Raros foram os casos que
metacêntricos e o par número 2 é chegaram a termo e mesmo assim, eram de
submetacêntrico. natimortos ou de morte neonatal.

Aneuploidias = aumento ou diminuição de


um ou mais cromossomos.
Diminuição:
Monossomia: 2n-1 cromossomo.
Nulissomia: 2n-2 cromossomos. Origem pós zigótica: após a formação do
A monossomia de cromossomos autossomos zigoto, durante as divisões mitóticas do
inviabiliza o indivíduo, provocando sua embrião.
eliminação.
Aumento: Alterações cromossômicas numéricas
Trissomia: 2n+1 cromossomo. Dissomia uniparental: presença de 2
Trissomia duplo: 2n+1+1 cromossomos. cromossomos provenientes do mesmo genitor
Tetrassomia: 2n+2 cromossomos. em uma prole diplóide. Forte relação com
Pentassomia: 2n+2+1 cromossomos. idade materna avançada.
Hexassomia: 2n+2+2 cromossomos. Isodissomia - não disjunção na
Exemplos: meiose 2. O mesmo cromossomo em
Monossomia do cromossomo X. Síndrome duplicata, 2 cromossomos presentes
de Turner - 45, X0 no zigoto tem a mesma origem e as
Trissomia do cromossomo 21 (S. Down) mesmas informações gênicas.
Trissomia do cromossomo 13 (S.Patau)
Trissomia do cromossomo 18 (S.Edwards) Heterodissomia - mais comum ocorre
na primeira divisão meiótica. Os
● Não disjunção na meiose 1 - pré zigótica. cromossomos são provenientes do
mesmo genitor. Os cromossomos
homólogos são iguais em sua forma,
mas seus alelos não são exatamente
iguais, diferentes na informações.

Síndromes cromossômicas
Síndrome de Down - trissomia 21.
Baixa estatura.
● Não disjunção na meiose 2 - pré zigótica.
Hipotonia generalizada.
Braquicefalia.
Occipital achatado.
Pavilhão das orelhas é pequeno.
Implantação baixa das orelhas.
Face achatada e arredondada.
Olhos com fendas palpebrais mongólicas,
Boca entreaberta.
● Não há disjunção na divisão mitótica do Língua protrusa, sulcada e saliente
zigoto. Formação de indivíduos mosaico. (macrogossia).
Com linhagens de células normais Mãos curtas e alargadas prega única palmar
e linhagens com alteração. transversa ("prega simiesca").
Indivíduo mosaico: indivíduo Evolução: melhora do tônus muscular, piora
recebe dois materiais do Q.I, desempenho social é acima do
genéticos diferentes provindos esperado, sexo masculino considerável
do mesmo zigoto. É um estéril.
distúrbio que altera o número Mortalidade até o primeiro ano de vida =
de cromossomos de uma 44% (Cardiopatias (CIA/CIV/PCA),
célula. infecções pulmonares, leucemia).

Mecanismos de produção de uma alteração


numérica CROMATINA
Origem pré zigótica: antes da formação do Cromossomo X
zigoto, produção dos gametas, óvulos ou Cromossomo submetacêntrico de tamanho
espermatozóides. médio.
5% do DNA do genoma nuclear.
1500 genes codificantes. Tanto o X materno quanto o X paterno
Doenças ligadas ao X (maioria recessiva). podem sofrer inativação.
2. Manutenção do padrão de ativação.
Cromossomo ≠ DNA Todas as células descendentes de uma
Cromossomo: estrutura dentro da célula que mesma célula, mantém o mesmo
armazena o DNA dos seres vivos. Dentro de cromossomo inativado.
cada cromossomo, o DNA fica como uma fita Inativação do X - hipótese de Lyon
enrolada em espiral. Por isso, todo o DNA Cromossomo X inativado na célula ⇢ inativos
cabe em uma célula. em todas as células descendentes.
Processo ao acaso, mas fixo
DNA: sequência completa de bases Duas populações distintas de células no sexo
nitrogenadas. O DNA contém toda a feminino: uma com X de origem paterna ativo
informação genética.— e outra com X de origem materna ativo
(mosaicos).
Cromatina ≠ Cromossomo
Cromatina: complexo de moléculas de DNA Estudos em animais: características
associadas a proteínas. determinadas pelo cromossomo X com
Cromossomo: cromatina enrolada em si padrões distintos de machos e fêmeas.
mesma. Ex: cor de pelos em gatos.
⤍ Essas estruturas são diferentes estágios da
mesma estrutura, estados diferentes do Evidências citogenéticas
material genético (momentos diferentes do Corpúsculo de Barr: células somáticas
ciclo de divisão celular). normais em intérfase ⇢ massa de cromatina
densamente corada ⇢ cromossomo X
Inativação do X altamente condensado.
Sexo feminino: 2X - duas cópias de cada gene Visível apenas em células com dois ou mais
ligado ao X. cromossomos X.
Sexo masculino: apenas uma cópia.
Dois sexos não diferem em termos de Processo de inativação
produtos codificados na maioria destes genes: Não é imediata , ocorre de 13 a 16 dias após
expressão do X semelhante nos dois sexos. a fertilização.
Centro de inativação: braço longo do
Inativação do X - hipótese de Lyon cromossomo X.
Um cromossomo X em cada célula somática
da fêmea é inativado no início do Presença do gene XIST: codifica um produto
desenvolvimento embrionário. do RNA que cobre o cromossomo X inativo.
Compensação da dose: equalização dos
produtos gênicos ligados ao X em ambos os Manutenção da inativação do X
sexos. O gene XIST é essencial na iniciação, mas
não é capaz de manter esse processo.
Inativação ao acaso Para que os genes inativados pelo XIST
X de origem paterna ⇢ inativado em algumas sejam assim mantidos, eles sofrem um
células. processo de metilação (modificação de DNA).
X de origem materna ⇢ inativado em algumas
células. XIST:
Cromossomos X de origem materna e paterna ● Transcrito específico do X inativo.
serão inativados em cerca de metade das ● Expresso apenas pelo alelo do X inativo.
células do embrião. ● Na ausência do XIST não há inativação.
● Produto do XIST: RNAm não codificante,
Processo de inativação do X que fica associado ao X inativo.
1. Determinação randômica (aleatória) do ● Determina o silenciamento dos outros
padrão de inativação. genes do cromossomo X.
Processo de inativação ● Partes dos cromossomos podem ser
Inativação: ao acaso, fixa e incompleta. perdidos ou duplicados durante a
- Algumas regiões permanecem ativas em gametogênese.
todas as cópias. ● Organização de determinadas porções
- Cerca de 25% dos genes escapam da cromossômicas podem ser alteradas.
inativação e expressam-se pelos ● Pode ocorrer quebra cromossômica
cromossomos X ativo e inativo. durante a mitose ou meiose.
- 15% dos genes encontram-se ativos em ● Anomalias balanceadas: rearranjo não
todas as células. produz perda ou ganho de material
- 10% dos genes encontram-se ativos em genético → gerando menores
alguns grupos de células. consequências para a saúde.
● Anomalias não balanceadas: rearranjo
Gametogênese ⇢ reativação do cromossomo causa um ganho ou perda de material
X previamente inativado. genético → gera sérias consequências
Enzima-azacitidina: inibe a metilação da para a saúde.
citosina.
Expressão do gene XIST diminui. Citogenética - alterações cromossômicas.
Reativação do X é fundamental para a 1- Deleção.
manutenção da vida. 2- Inversão.
3- Translocação.
ALTERAÇÃO DE CROMOSSOMOS 4- Duplicação.
SEXUAIS 5- Isocromossomo.
Diferenciação sexual
Determinação sexual = fecundação XX ou XY 1- Deleção (deficiência): desequilíbrio do
diferenciação. cromossomo por perda de um segmento
O processo de desenvolvimento do fenótipo cromossômico.
feminino ou masculino inicia-se com 7 - Terminal (única quebra
semanas gestacionais. cromossômica).
Depende da expressão regulada e interação - Intercalar (entre dois pontos de
de genes específicos. quebra).
Cromossomo X (gene SRY). Fragmento acêntrico: perdido.
Cromossomo Y (gene DAX1). Radiação ionizante (X e gama): altamente
energética, provocam numerosas quebras
⇢ Apesar de X e Y serem cromossomos bifilamentares no DNA.
diferentes, eles tem um pedacinho homólogo ⇢ A letalidade de grandes deleções
que facilita o pareamento. heterozigotas pode ser explicada pelo
● Algumas regiões permanecem ativas em desbalanceamento gênico e pela expressão
todas as cópias. de recessivos deletérios.
● 15% dos genes escapam da inativação ⇢
localizados nas extremidades dos braços. *Síndrome de Wolf-Hirschhorn: é uma
● Genes localizados na região homóloga ao anomalia genética caracterizada pela deleção
cromossomo Y (braço curto do X). terminal do braço curto do cromossomo 4,
cursando com deficiência mental e crises
Presença ou ausência do SRY = determina a convulsivas.
diferenciação sexual. 2- Inversão: ruptura do cromossomo por 2
Cromossomo X = COM SRY quebras seguida pela reconstituição com
Cromossomo Y = SEM SRY inversão do segmento cromossômico que
ficava entre as 2 quebras.
- Paracêntrica: sem o envolvimento do
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS centrômero.
ESTRUTURAIS - Pericêntrica: com o envolvimento do
centrômero.
Os principais aspectos diagnósticos das Leucemia mielóide crônica: translocação que
inversões heterozigotas são alça de inversão, ocorre entre o gene abl do cromossomo 9 e o
frequência de recombinantes reduzida e gene bcr do cromossomo 22, originando um
fertilidade reduzida, devido a produtos produto de fusão bcr-abl, no cromossomo 22
meióticos deletados ou desbalanceados. alterado, denominado cromossomo Filadélfia .
Os portadores dessa enfermidade apresentam
⇨ Alça de inversão: é uma estrutura fadiga acentuada, mal estar abdominal,
tridimensional formada para possibilitar o surdez, cegueira, entre outros sintomas.
pareamento de segmentos equivalentes dos
cromossomos homólogos quando um deles Translocações robertsonianas
possui um segmento invertido. Ocorre durante ● Cromossomos 13, 14, 15, 21 e 22 ⇨
a gametogênese dos indivíduos portadores de braços curtos e pequenos e sem material
uma inversão cromossômica. genético essencial.
A frequência de crossing-over na alça é menor ● Fenótipo normal, mas com 45
do que em outras regiões dos cromossomos. cromossomos.
A forma como ocorre e os produtos ● Formação de gametas desequilibrados.
cromossômicos formados são diferentes entre ● Proles podem herdar braços longos
dois tipos de inversões. ausentes ou extra de um cromossomo
acrocêntrico.

4- Duplicações: podem surgir de crossing


desigual durante a meiose ou ocorrer entre a
prole de portadores de translocações
recíprocas (trissomia parcial).
● Consequências mais sérias do que as
deleções.
● Poucas síndromes são conhecidas,
3- Translocações: transferência de parte de pois a maioria das publicações não
um cromossomos para outro não homólogo ⇨ parecem ter efeito fenotípico.
quebra de ambos, com reconstituição em uma
posição anormal.
- Recíproca: quebra com troca
recíproca de segmentos (balanceada).
- Não recíproca: inserção.
- Translocação 14X21 (5% das
síndromes de Down).
● Mais comuns e menos prejudiciais do
que as deficiências: excesso de genes
geralmente é menos prejudicial do
que a falta deles.
● Efeito fenotípico: depende da
extensão de material cromossômico
envolvido, no que se refere ao número
de genes e ao número de cópias.
● Ex. síndrome de Charcot-Marie-Tooht:
duplicação de um pequeno fragmento
Robertsoniana: translocação entre as regiões na cromátide pequena do
centroméricas de dois cromossomos cromossomo 17: causa perda de
acrocêntricos não homólogos braços curtos sensibilidade nas mãos e nos pés do
são perdidos e os longos se fundem no paciente.
centrômero para formar um único
cromossomo (recíproca).
5- Isocromossomos Cromossomo em anel: tipo de deleção
Durante a divisão celular, o centrômero se cromossômica em que ambas as
divide de maneira incorreta, separando os extremidades se perdem e as duas
dois braços e não as duas cromátides. extremidades rompidas se unem formando
Um braço estará ausente e outro duplicado. uma estrutura circular.

Locus gênicos: genes que ocupam a mesma


posição em cromossomos homólogos e
possuem as mesmas características.

⇨ A inversão, deleção, translocação e


formação de isocromossomos levarão a
resultados de gametas inviáveis que causarão
diminuição na fertilidade ou em gametas
Rearranjos subteloméricos
portadores de anomalias cromossômicas,
Regiões próximas ao telômeros dos
levando a deformidades fenotípicas no
cromossomos: alta densidade de genes.
embrião.
Rearranjos de material genético nestas
regiões (duplicações, deleções) ⇨ doenças
SÍNDROMES POR ALTERAÇÃO
genéticas.
ESTRUTURAL DOS CROMOSSOMOS
Síndrome Cri du Chat
Quebras cromossômicas: pontos
● Denominação: 46, XX ou XY, 5p-
fundamentais
(deleção no braço curto do
● Cada cromossomo é uma molécula única
cromossomo 5) Síndrome de Cri du
de DNA bifilamentar.
Chat/ síndrome de Lejeune.
● Primeiro evento na produção de um
● Incidência: frequência 1:50.000
rearranjo cromossômico é a geração de
nascimentos ( 400 casos descritos).
duas ou mais quebras bifilamentares nos
● Fisiopatogenia: 85% resultam de uma
cromossomos de uma célula.
nova deleção. 15% translocação
● Quebras bifilamentares são
balanceada em um dos genitores.
potencialmente letais, a menos que sejam
● Molecular: 5p15.3 (proximal) = chiado
reparadas.
5p15.2 (central) = demais
● Sistema de reparo da célula: corrigem as
características.
quebras bifilamentares ao reunir as
Em bebês:
extremidades quebradas.
- Choro alto e longo ao nascer, semelhante
● Se duas extremidades da mesma quebra
ao miado de gato
voltam a se unir, a ordem original do DNA
Baixo peso ao nascer.
é estabelecida.
- Entre 1.100g e 2540g.
→ Caso as extremidades de duas
- Atraso no desenvolvimento.
quebras diferentes se unam, o
neuropsicomotor (DNPM).
resultado é um outro tipo de rearranjo
Características faciais: hipertelorismo ocular,
cromossômico.
epicanto interno, fendas antimongólicas, nariz
● Rearranjos cromossômicos que
em sela, estrabismo, micrognatismo.
sobrevivem à meiose são aqueles que
produzem moléculas de DNA que
Evolução: expectativa de vida diminui, mas
tenham um centrômero e dois
pode chegar a 50 anos.
telômeros.
primeiro ano de vida crítico (óbito 10% dos
● Se o rearranjo duplicar ou deletar um
casos.
segmento de um cromossomo, o
balanço gênico pode ser afetado.
Tratamento: intervenções para estimular o
● Quanto maior o segmento perdido ou
desenvolvimento o mais precoce possível
duplicado, maior a probabilidade de
fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia.
anormalidades fenotípicas.
Síndrome de Wolf-Hirschhorn ● 1 par de cromossomos sexuais XY ou XX.
- Distrofia intra uterina. ● Locus gênicos.
- Baixo peso ao nascimento (2000g). ● Genes alelos
- Criptorquidia, hipospádia. Homozigose - mesma finalidade.
- Atresia de canais lacrimais. Heterozigose - finalidades opostas.
- Displasia de quadril, pés tortos.
Cardiopatia congênita. Dominância: quando o efeito produzido por
Rim policístico. um gene se sobrepõe ao efeito ao seu alelo.
- Atrofia cerebelar /corpo caloso.
Retardamento físico e mental severo. Recessividade: para haver a manifestação é
Características faciais: microcefalia, necessário a presença dos alelos em
hipertelorismo ocular, ptose palpebral, homozigose.
estrabismo, fenda antimongólica, lábio
leporino e falhas no couro cabeludo. Codominância: os 2 genes apresentam
manifestação concomitantemente.
HEREDOGRAMA
Heredograma: representação gráfica de uma Herança monogênica: 1 gene/2 alelos.
genealogia.
Genealogia: estudo de transmissão de Herança autossômica dominante
características de uma família. → A característica tende a aparecer em todas
as gerações.
Símbolos para construção de um → Ambos os sexos são igualmente afetados.
heredograma familiar → Pais não afetados produzem filhos não
→ Em um heredograma, os símbolos para afetados.
cada geração na família são colocados em um → Dois pais afetados podem produzir filhos
fila, numerados com algarismos romanos, não afetados.
iniciando com a geração mais velha no topo e → Em média, metade dos filhos
terminando com a mais recente abaixo. de um pai afetado serão
→Dentro de cada geração, os indivíduos são afetados.
numerados da esquerda para direita com → Exemplos incluem a doença
algarismos arábicos. de Huntington e nanismo.
→ Os irmãos são habitualmente listados por
idade, com o mais velho à esquerda. Herança autossômica recessiva
→ Assim, cada membro do heredograma → A característica tende a pular gerações.
pode ser identificado por 2 algarismos (ex.II, → Ambos os sexos são igualmente afetados.
4). Também é designado um algarismo para → Pais não afetados podem produzir filhos
os cônjuges. afetados.
→ Dois pais afetados tem todos os filhos
afetados.
→ Quando um pai é afetado e outro não
(homozigoto), os filhos são todos não
afetados.
→ O traço é mais frequente
em casamentos
consanguíneos.
→ Exemplos incluem o
albinismo e a fibrose
cística.
Conceitos:
Herança recessiva ligada ao X
● 46 cromossomos.
→ Homens são mais afetados que as
● 23 pares de cromossomos homólogos.
mulheres.
● 22 pares de cromossomos autossômicos.
→ Pai afetado passa o gene para as filhas e um progenitor e nenhuma cópia do outro. A
nunca para os filhos. DUP pode resultar em transtornos
→ Em média, metade dos filhos de uma recessivos raros ou problemas no
mulher filha de pai afetado são afetados. desenvolvimento.
→ Para uma mulher ser afetada, o pai deve A DUP também pode ocorrer sem nenhum
ser afetado e sua mãe deve possuir um gene impacto aparente na saúde e no
recessivo. desenvolvimento do indivíduo.
→ Distrofia muscular e o daltonismo!! Presença de 2 cromossomos
provenientes do mesmo genitor em uma
Herança dominante ligada ao X prole diplóide. Forte relação com idade
→ Tanto homens quanto mulheres afetados, materna avançada.
mulheres mais prevalentes.
→ Homens não transmitem para os filhos Dissomia uniparental pode ser classificada
homens. em:
→ Homozigose geralmente é fatal. Isodissomia
→ Raquitismo hipofosfatêmico. Não-disjunção na meiose II.
→ Incontinência pigmentar. O mesmo cromossomo em duplicata,
2 cromossomos presentes no zigoto tem a
Herança ligada ao cromossomo Y mesma origem e as mesmas informações
Holândrica (determinação de masculinidade e gênicas.
manutenção de espermatogênese).
Só é transmitida de pai para filho: herança Heterodissomia
restrita ao sexo. Ex: hipertricose. Mais comum.
Ocorre na primeira divisão meiótica (na
Heredograma - Cuidados na interpretação gametogênese).
- Mutação Nova. Os cromossomos são provenientes do mesmo
- Penetrância. genitor.
- Expressividade. Os cromossomos homólogos são iguais em
- Pleiotropia. sua forma, mas seus alelos não são
- Segmento homólogo entre X e Y (Pseudo exatamente iguais, diferentes na informação.
autossômica).
- Epistasia. DOENÇAS GÊNICAS AUTOSSÔMICAS
- Poligenia. DOMINANTES E RECESSIVAS
- Mosaicismo germinativo: durante o
desenvolvimento embrionário de um dos Acondroplasia (nanismo)
genitores, ocorreu uma mutação que afetou ➪ Autossômica dominante.
toda ou parte da linhagem germinativa, mas Forma mais frequente dentre mais de 200
poucas ou nenhuma das células somáticas tipos de nanismo.
do embrião. 80% a 90% dos casos não têm histórico
Assim, o genitor tem a mutação em sua familiar (mutação nova).
linhagem germinativa, mas não expressa a Incidência: 1:20.000nv.
doença. Como resultado, pode transmitir a Produzido por distúrbio de crescimento,
mutação para vários descendentes. devido a uma deficiência da
- Fenocópias: fator não hereditário, que ossificação endocondral.
ocorre quando o individuo manifesta um ➪ 1 dos progenitores afetados.
fenótipo diferente do seu genótipo e com a ➪ Afeta homens e mulheres.
mesma determinação dos genes, por uma ➪ Não salta gerações.
influência do meio-ambiente, por exemplo, ➪ Gene envolvido encontra-se
bronzeamento da pele, cabelo tingido, no braço curto do cromossomo
surdez congênita pós rubéola. 4.
- Dissomia uniparental​: um indivíduo herda ➪ Expressão da mutação do gene = alteração
duas cópias de um par de cromossomos de no receptor 3 do fator de crescimento do
fibroblasto.
Albinismo ⇢ Não se distribui igualmente em homens e
Incapacidade de produção de melanina. mulheres na família.
Deficiência da enzima tirosinase. ⇢ Há mais mulheres afetadas do que homens
Autossômica recessiva (heterogeneidade). afetados.
⇢ Não ocorre transmissão do gene de pai para
filho.
⇢ As manifestações ocorrem em:
homozigose (XD XD)
heterozigose (XD Xd)
hemizigose (XD Y) nos homens
⇢ Todas as filhas do homem afetado, serão
afetadas.
Exemplo: raquitismo hipofosfatêmico e
incontinência pigmentar.
(albino T+) aaBB X Aabb (albino T-)
AaBb (sem albinismo) Doença de Rett
Doença neurológica progressiva
Tirosinase negativa(mais severo): não exclusivamente em meninas.
produz melanina. Comportamento autista, perda da fala e crises
Cromossomo 11 (11q14 – q21) convulsivas.
1 par de alelos BB e Bb = s/albinismo; bb = Mutação dominante fatal em
albinismo. homozigoto.Localizado no locus 28q do
cromossomo X.
Tirosinase positiva(mais comum): não Mutação no gene da proteína MECP2
produz proteína P. (ativação e repressão global da transcrição e
Capaz de produzir melanina provoca a acetilação de um grupo de histonas
Bulbo capilar pode conter melanócitos nas células).
ativos.podem melhorar a acuidade visual nos
adultos. Herança dominante ligada ao X
Cromossomo 15(15q11,2 – q12). ⇢ Homens são mais afetados que as
1 par de alelos AA e Aa = s/ albinismo; aa = mulheres.
albinismo. ⇢ Pai afetado passa o gene para todas as
filhas e nunca para os nossos filhos.
Quadro clínico: ⇢ Em média, metade dos filhos de uma mulher
Acentuada hipopigmentação da pele, cabelos filha de um pai afetado são afetados.
e olhos. ⇢ Para uma mulher ser afetada o pai deve ser
Pele branca, desenvolve eritemas intensos à afetado e sua mãe deve possuir um gene.
exposição solar. Exemplos: daltonismo, hemofilia e distrofia
Nistagmo, fotofobia e diminuição da acuidade muscular.
visual.
Síndrome da distrofia muscular progressiva do
Albinismo Parcial – autossômico dominante. tipo duchenne
⇢ Hipopiagmentação em áreas bem Recessiva ligada ao cromossomo X.
delimitadas de pele ou cabelos. Progressiva com disfunção da contração
⇢ Sem comprometimento do globo ocular. muscular.
Acomentimento apenas de indivíduos ao sexo
Albinismo Ocular – recessivo ligado ao X. masculino.
⇢ Pele e cabelos normais.
⇢ Ausência da pigmentação de retina. ⇢ A Distrofina conecta o filamento de Actina e
a região terminal C que conecta- se com a
Herança dominante ligada ao sexo (X) membrana e o complexo proteico
transmembranoso. As mutações tanto no
Terminal C como na região de Conexão com a não uma resposta do nosso sistema imune.
Actina, causam distrofia de Duchenne. Nesse último caso, o antígeno é conhecido
⇢ Alteração no tamano da Distrofina = Doença como imunógeno.
de Becker. Exemplos: os vírus, as bactérias e até
mesmo partículas desencadeadoras
GRUPOS SANGUÍNEOS de alergias.
Sangue: tecido vivo por parte líquida
(plasma), com água, sais, vitaminas Anticorpo: proteínas produzidas por nossas
misturadas às hemácias, leucócitos e células de defesa (linfócito B) que impedem
plaquetas. que organismos patogênicos desencadeiem
danos ao organismo.( neutralizar o antígeno).
Plasma: líquido amarelado claro que
representa 55% do sangue, constituído por Aglutinação/Hemaglutinação: quando um
90% de água, onde se encontram dissolvidas antígeno é particulado, a reação de um
proteínas, açúcares, gorduras e sais e anticorpo com o antígeno pode ser detectada
circulam os elementos nutritivos necessários à pela aglutinação (agrupamento) do antígeno.
vida das células. O termo aglutinina é usado para descrever
anticorpos que aglutinam antígenos
Plaquetas: são fragmentos de células que particulados.
atuam na coagulação e obstrução de lesões
ocorridas nos vasos sangüíneos
(hemorragias).

Leucócitos: São glóbulos brancos, ligados à


defesa do organismo contra bactérias e
elementos estranhos a ele.

Hemácias/Eritrócitos: glóbulos vermelhos do


sangue.

Hemoglobina: transporta o oxigênio dos Sensibilização natural


pulmões para as células e elimina o gás ● Criança com antígeno A: reagirá ao
carbônico para os pulmões. antígeno B, produzindo anticorpos anti-B.
● Criança com antígeno B: produção de
Funções do sangue: transportar oxigênio anticorpos anti-A.
molecular dos pulmões para os tecidos, água, ● Criança do grupo O: reagirá ás duas
hormônios, anticorpos, resíduos metabólicos e substâncias, produzindo anticorpos anti-A
íons minerais. e anti-B.
● Criança do grupo AB: não produzirá
O sangue controla o pH dos tecidos, anticorpo.
participando da homeostase, por tampões
fosfato e bicarbonato. O sangue é alcalino pH Após a sensibilização → anticorpos
= 7,4. permanecem por toda a vida.
Importância:
Grupo sanguíneo ABO: é de maior - Determinação das transfusões
importância na prática transfusional por ser o sanguíneas.
mais antigênico, ou seja, por ter maior - Transplante de tecidos e órgãos.
capacidade de provocar a produção de - DHRN.
anticorpos, seguido pelo sistema Rh.
Transfusão sanguínea
Antígeno: moléculas capazes de reagir com
um anticorpo. Essa reação pode provocar ou
substância B antígeno B (precursor +
substância H + substância B).

3) IAIB: produção dos dois antígenos


(precursor + substância H + substância A e B).

4)ii: não produz novos antígenos (substância


H inalterada) ausência da atividade da
Grupo O: doador universal - não possui transferase.
antígenos. Só recebe de outro O devido a
presença de anticorpos anti-A e anti-B. Fenótipo Bombaim: falso grupo O
Genótipo hh: não produz a enzima que altera
Grupo AB: receptor universal - não possui a substância H.
anticorpos. Só doa para outro AB. ● Não ocorre ligação do complexo
substância A ou B + substância H ao
Genética no sistema ABO: os antígenos precursor.
deste sistema estão presentes na maioria dos ● São considerados com falso grupo O,
tecidos do organismo. Fazem parte deste embora possam ter genes A ou B e
sistema três genes A, B e O podendo transmiti-los aos seus descendentes.
qualquer um dos três ocupar o loco ABO em ● Extremamente raro.
cada elemento do par de cromossomos
responsáveis por este sistema. A isso, Substâncias A, B e H
chamamos Polialelia ou Alelos Múltiplos. ⇝ Não estão confinadas à membrana da
hemácia.
Grupos sanguíneos ABO são determinados ⇝ Componentes de superfícies de células
pela atividade de uma glicosil-transferase, epiteliais e de todas as células endoteliais.
codificada por um gene polimórfico localizado ⇝ Presentes em secreções: saliva, suco
no braço longo do cromossomo 9 (9q34). gástrico, secreções pancreáticas, suor,
lágrimas.
Codifica glicosil transferases → transferem um
açúcar para o esqueleto H ligado-o a uma Fator Rh antígeno de membrana que
D-galactose terminal. estimulava a produção de anti-Rh. Encontrado
também na membrana plasmática das
Substância precursora: presente em todas hemácias de indivíduos Rh positivos (85%).
as pessoas, independentemente de seu grupo
sanguíneo (mucopolissacarídeo). Rh negativo: fator antigênico ausente, sendo
estas pessoas capazes de responder com a
Gene H: regula a formação de uma enzima produção de anticorpos anti-Rh, quando
(glicosil- transferase) que adiciona um resíduo entram em contato com o antígeno.
de fucose à galactose terminal da cadeia
substância H (antígeno H). Teoria Fisher 3: pares alélicos de genes
ligados responsáveis pelo fator Rh localizados
no cromossomo 1.
Substância H: modificações de acordo com o Multiplicidade de especificidades de
genótipo ABO. antígenos → incompatibilidade com
esta teoria.
1) IA (transferase A): adiciona Multiplicidade de especificidades de
N-acetilgalactosamina substância A → antígenos: geneticamente existem
antígeno A (precursor + substância H + dois loci muito ligados, sendo o
substância A). principal o locus D que é responsável
pela DHRN: são 2 alelos com relação
de dominância e recessividade: D e d.
2) IB (transferase B): adiciona D-galactose →
Teoria Wiener: todas especificidades de Rh ● Homens caucasianos do grupo O são
são devidas a um único local, com muitos mais longevos do que os do grupo B,
alelos. ocorrendo o contrário com as mulheres
caucasianas.
● Varíola = grupos sanguíneos B e O eram
mais resistentes à doença do que os dos
grupos A e AB.
● A caxumba afetava mais os indivíduos do
Sensibilização: mãe Rh- (dd) e Pai Rh+, se for grupo O.
DD todos os filhos Rh+; se for Dd somente ● Na hanseníase os mais afetados eram os
50% dos filhos Rh+. Uso da Ig anti-D na grupos B e AB.
gestação. ● A peste e a cólera afetam mais os do
grupo O.
Rh nulo ● O grupo O é menos suscetível a terem
- Fazem com que glóbulos vermelhos mais cânceres pancreáticos, do estômago, de
frágeis. mama e ovário.
- Anemia por causa da fragilidade da
estrutura das suas hemácias, que têm uma
sobrevida menor se comparadas às de
indivíduos com fatores Rh nulo.
- Causas: mutação de um gene responsável
pela síntese de uma proteína que interage
com o Rh, não expressando os genes ou
defeito no gene responsável pelo Rh.

Eritroblastose fetal: anticorpos Anti-Rh


passam pela placenta destruindo
hemácias/eritroblastos fetais.

DOENÇA HEMOLÍTICA DO RN
Icterícia no recém-nascido: coloração
amarelada da pele e das mucosas por
deposição de bilirrubina, o que se verifica
quando esta excede 5mg/dL no sangue.

Hemólise: destruição prematura das


hemácias (glóbulos vermelhos) por
rompimento da membrana plasmática.
⇨ Anemia, hipóxia, hemossiderina,
hiperbilirrubinemia, retardo mental e morte.

Profilaxia para a doença hemolítica do RN:


- Pré-natais: tipagem sanguínea ABO e Rh
na mãe e no pai e testes de Coombs na
mãe (dosagem de anticorpos anti Rh).
- Pós-natais: tipagem sanguínea no
primeiro filho e realização de terapia com
imunoglobulina anti D na mãe.
- Tratamento do RN: transfusão de
concentrado de hemácias.

GRUPOS SANGUÍNEOS E DOENÇAS

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