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REVISÃO DE GENÉTICA 3

CITOGENÉTICA ▪ Usado para associar alterações cromossômicas


com patologias
P: braço curto REPRESENTAÇÃO DO CARIÓTIPO

Q :grande ▪ Cariograma: foto do conjunto diplóide.


▪ idiograma: representação do conjunto haplóide

Metacêntrico. O centrômero está localizado aproximadamente no


meio do cromossomo; logo, o cromossomo tem dois braços de
mesmo tamanho. Submetacêntrico. O centrômero está deslocado
para uma extremidade, criando um braço longo e um curto. (Nos
cromossomos humanos, o braço longo é indicado pela letra q, e o
curto, pela letra p). Acrocêntrico. O centrômero está próximo de
uma extremidade, produzindo um braço longo, e um botão, ou
satélite, na outra extremidade. Telocêntrico. O centrômero está na
extremidade do cromossomo ou muito próximo desta ( Amostras

▪ Sangue Periférico
▪ Medula Óssea: Neoplasias Hematológicas
▪ Fragmento de Pele: Fibroblastos
▪ Líquido Amniótico: Amniócitos
▪ Vilosidade Coriônica
▪ Tumores
▪ Outros tecidos

Obtenção de cromossomos metafásicos

▪ Punção venosa
▪ Meio de cultura para leucócitos (72 horas)
▪ Colchicina: parar o ciclo celular na metáfase
▪ Solução hipotônica (KCl): liberar os cromossomos
▪ Fixação na lâmina
▪ Coloração

Histórico da Citogenética

▪ Eduard Strasburger (1875) e Walter Flemming


(1879 – 1889): termos cromatina, mitose, prófase,
metáfase;
▪ Painter (1923): 48 cromossomos na espécie
humana;
▪ Tjio & Levan (1956): 46 cromossomos na espécie
humana; Uso da colchicina e solução hipotônica;
▪ Nowell (1960): Fitohemaglutinina;
▪ Caspersson et al. (1968): Bandas Q (Quinacrina
mostarda);
▪ Seabright (1971): Banda G (Giemsa).

Caracterização do Cariótipo

▪ Cariótipo Descrição das características do Caracterização do Cariótipo


conjunto cromossômico.
▪ Número Tamanho Posição dos centrômeros
▪ Constrições secundárias
▪ Técnicas de bandeamento: melhor identificação
dos cromossomos
▪ Número de Cromossomos
▪ Número haplóide ou gamético (n)
▪ Número diplóide ou somático (2n) Posição do
Centrômero

Técnicas de Bandeamento

▪ Bandeamento GTG Enzima tripsina para digestão


de proteínas não-histônicas da cromatina, corante
Giemsa para visualização dos cromossomos
▪ Banda Q: Quinacrina mostarda (1970) –
fluorescente;
▪ bandas brilhantes e opacas;
▪ Banda C: Heterocromatina constitutiva (1971);
▪ Banda NOR (RON): Região organizadora de
nucléolos (1973);
▪ nitrato de prata;
▪ Banda R: pré tratamento com calor e coloração
giemsa; reversa à banda G.

Classificação universal de Denver (1960)


▪ Trissomia (2n+1) - um cromossomo a mais no
cariótipo.

Indicações para análise dos cromossomos

▪ Problemas precoces de crescimento e ▪ As monossomias são mais deletérias do que as


desenvolvimento trissomias;
▪ Falta e retardo do desenvolvimento, fácies ▪ As monossomias completas geralmente não são
dismórfica, malformações múltiplas, baixa viáveis, exceto pela monossomia do cromossomo
estatura, genitália ambigua, retardo mental. X (Síndrome de Turner);
▪ Natimortos e morte neonatal. Responde por até ▪ As trissomias completas são viáveis para os
10% dos casos. cromossomos 13 (Patau), 18 (Edwards), 21
▪ Infertilidade Responde por 3 a 6% dos casos de (Down), X (Klinefelter) e Y.
infertilidade ou abortos recorrentes.
▪ História Familiar: Anomalia cromossômica
conhecida ou suspeita em parente de primeiro
grau.
▪ Neoplasia Auxílio no diagnóstico ou para
informações prognósticas.
▪ Gestação em idade avançada: Risco aumentado
de anomalias cromossômicas em fetos concebidos
por mulheres com mais de 35 anos.

Mutações Cromossômicas

▪ Mutações Cromossômicas Numéricas – alterações


no número típico de cromossomos
▪ Euploidias – alteração do número haplóide de Alterações Estruturais
cromossomos
▪ Aneuploidias (somias) – adição ou deleção (perda)
de um ou poucos cromossomos “Alterações na estrutura dos cromossomos, podendo
ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros
Euploidias na leitura de um ou mais genes”

▪ Triplóide (3n) e tetraplóide (4n) foram observados ▪ Podem acontecer por deleção, duplicação,
em fetos; não sobrevivem por muito tempo; translocação ou inversão de partes de
▪ 1 a 3% das concepções; maioria resultado da cromossomos.
fertilização por 2 espermatozoides;
▪ maioria não resiste ao primeiro trimestre. Deficiência ou Deleção (del)

Aneuploidias ▪ perda de um pedaço do cromossomo, com


consequente perda de genes;
▪ Nulissomia (2n-2) - perda de um par inteiro de ▪ Indivíduo é monossômico para a informação
cromossomos. Na espécie humana é letal. genética no segmento correspondente do
▪ Monossomia (2n-1) - um cromossomo a menos no homólogo normal (haploinsuficiência).
cariótipo.
Inversão (inv)

▪ quebra de um segmento do cromossomo que se


solda invertido, provocando erros na leitura dos
genes

▪ Pode ser de dois tipos:

Duplicação (dup)

▪ presença de um segmento duplicado do


cromossomo, acarretando uma dupla leitura de
genes Duplicação em 12p: Síndrome de Pallister-
Killian.

▪ Rearranjo balanceado;
▪ normalmente não apresenta um efeito fenotípico
(todo o material cromossômico está presente);
▪ Produção de gametas desbalanceados.
▪ Pericêntrica: o risco de defeitos de nascimento na
prole aumenta com o tamanho da inversão;
▪ Paracêntrica: risco muito baixo de um fenótipo
anormal.
Translocação (t)

▪ troca de segmentos entre cromossomos não


homólogos, provocando erros na leitura.
Translocação (t) – Pode ser de dois tipos:

Translocação Robertsoniana ou Fusão Cêntrica

Nomenclatura

Translocação: 46,XY,t(4;15)(q11;q22)[20]
Citogenética Molecular

▪ Hibridização in situ Fluorescente (FISH)


▪ Década de 80 Utilização de sondas marcadas com
fluorocromos
Principais tipos de Sondas:

▪ Sondas de Sequências Repetitivas: Centroméricas


e Teloméricas – enumeração de cromossomos e
pesquisa de aneuploidias.
▪ Sondas de Pintura Cromossômica: várias sondas
hibridizando em todo cromossomo
▪ Sondas Gênicas ou de Sequência Única: identifica
uma região específica do cromossomo
▪ Hibridização Genômica Comparativa (CGH)

SÍNDROMES CROMOSSÔMIC AS

Incidências das anomalias cromossômicas

▪ Neonatos: 1/160 nascimentos


▪ Trissomia 21 (Down) (nascimento)
▪ Trissomia 18 (Edwards) (nascimento)
▪ Trissomia 13 (Patau) (nascimento)
▪ 45, X (Turner) (nascimento)
▪ 47, XXY (Klinefelter) (puberdade)
▪ 47, XYY (puberdade)
▪ 47, XXX (puberdade)
▪ Rearranjos balanceados raramente são
clinicamente identificados
▪ Abortos espontâneos: 40% - 50% 45, X: 20% dos
abortos espontâneos cromossômicamente
anormais;
▪ Trissomia do 16: 1/3 das trissomias entre os
abortos

Imprinting genômico
▪ Pintura Cromossômica Aberrações estruturais
▪ Imprinting: alterações na cromatina que ocorrem
naturalmente na linhagem germinativa de um dos
genitores, durante a gametogênese;
▪ Marca alguns genes como provenientes da
mãe/pai;
▪ Pode ser metilação da citosina;
▪ Afeta a expressão do gene mas não a sequência
do DNA;
▪ Persiste durante toda a vida (cópia imprintada
não é expressa).
▪ Sondas Gênicas ou de Sequência Única Rearranjo ▪ Expressão do fenótipo da doença depende de o
gênico, Amplificação Gênica e Mapeamento cromossomo anormal ter sido herdado do pai ou
▪ Sondas Gênicas ou de Sequência Única da mãe;
▪ Síndrome de Prader-Willi e Síndrome de
Angelman
único genitor;
▪ 30% dos casos de Prader-Willi (ambos os
cromossomos 15 intactos herdados da mãe);
▪ 5% dos casos de Angelman (ambos os
cromossomos 15 intactos herdados do pai).
Síndrome de Beckwith-Wiedemann:

▪ dissomia uniparental paterna de 11p15;


▪ Fetos grandes ao nascimento, língua aumentada e
protrusão do umbigo, hipoglicemia grave,
Síndrome de Prader-Willi neoplasia de rim, adrenal e fígado.

▪ Obesidade, hábitos alimentares excessivos e Alterações Cromossômicas e Síndromes Humanas


indiscriminados, mãos e pés pequenos, baixa
Síndrome de Down (Trissomia do 21) Frequência na
estatura, hipogonadismo, retardo mental;
População – 1/800
▪ Deleção em 15q11-q13 no cromossomo paterno.
Expressa apenas a região do 15 materno. ▪ Hipotonia Muscular
▪ Aspecto facial incomum, baixa estatura, grave ▪ Hiperflexibilidade articular (boca sempre aberta)
retardo mental, espasticidade e convulsões; ▪ Estatura reduzida
▪ Em 70% dos casos ocorre deleção da mesma ▪ Braquicefalia com a região occipital achatada
região no cromossomo 15 materno; ▪ Face plana
▪ Expressa apenas a região do 15 paterno. ▪ Epicanto
▪ Pescoço curto
▪ Ponte nasal baixa
▪ Orelhas de baixa implantação
▪ Mancha de Brushfield nos olhos
▪ Retardo psicomotor
▪ Mãos curtas e planas com prega palmar única;
quinto dedo encurvado;
▪ dermatóglifos característicos
▪ Maior separação entre hálux e segundo dedo dos
pés
▪ Cardiopatia congênita (1/3)
▪ Mais comum e bem conhecido distúrbio
Dissomia Uniparental
cromossômico;
▪ Causa genética mais comum de retardo mental
▪ Presença de uma linhagem celular dissômica moderado; Apenas 20 a 25% dos conceptos com
contendo dois cromossomos herdados de um trissomia do 21 sobrevivem ao nascimento;
▪ Menor sobrevida entre os portadores de
cardiomiopatia congênita;
▪ Aumento do risco em 15 vezes em desenvolver
leucemia
▪ Síndrome de Down Trissomia Simples: não
disjunção do cromossomo 21 na meiose materna;
▪ 95% dos casos; Translocação: indivíduos com
síndrome de Down apresentando 2n= 46
cromossomos
▪ 4% dos casos: Envolvendo os cromossomos 14 ou
22
▪ Mosaicismo: indivíduo apresenta um percentual
de suas células normais (2n= 46), e outro com 47
cromossomos 2% dos casos
▪ 2n= 47, XX,+21 (95% dos casos) 90% na meiose ▪ Frequência na População – 1/7.500 95% dos
materna; conceptos são abortados espontaneamente
▪ primeira divisão 10% na meiose paterna; ▪ Retardo mental e do desenvolvimento
▪ segunda divisão2n= 47, XX,+21 2n= 46, XY, ▪ Malformação cardíaca
rob(14;21) +21 2n= 46, XY, rob(22;21) +21 2n= 46, ▪ Cabeça com occipúcio proeminente e retrognatia
XY, t(21;21) ▪ Orelhas mal formadas e implantação baixa ▪ Boca
▪ 2n= 46, XY, rob(14;21) e nariz pequenos
▪ 4% dos casos Não tem relação com idade materna ▪ Rim duplo ou em ferradura
e Recorrência na família ▪ Esterno curto e dedos sobrepostos
▪ Pés de cadeira de balanço
▪ Dermatóglifos característicos e prega palmar
única 90% vão a óbito nos primeiros seis meses de
vida
▪ Idade materna avançada
▪ Translocação em 20% dos casos
▪ 2n = 47, XX, +18
Síndrome de Cri du Chat (deleção)

▪ Frequência na População – 1/7.000


▪ 1% dos pacientes com retardo mental
▪ Emite choro agudo semelhante a miado de gato
▪ Assimetria facial
▪ Microcefalia
▪ Má formação da laringe
▪ Hipertelorismo ocular (distanciamento dos olhos)
▪ Hipotonia
▪ Epicanto
▪ Orelhas de baixa implantação
▪ Retardamento neuromotor acentuado
▪ Defeitos cardíacos 10% a 15% dos casos
translocação
▪ (deleção terminal ou intersticial em 5p)
▪ 2n=46, XX, 5p-
Síndrome de Patau (Trissomia do 13)
Síndromes de microdeleção e duplicação
▪ Frequência na População – 1/15.000 a 25.000
▪ Retardo do crescimento e mental graves
▪ Malformações do SNC – arrinencefalia,
holoprosencefalia
▪ Malformação de orelhas
▪ Mãos fechadas com sobreposição do segundo e
quinto dedos
▪ Fenda Labial e/ou Palatina
▪ Polidactilia
▪ Proeminências nos calcanhares
▪ Anomalias Cardíacas
Cromossomo Y
▪ Anomalias urogenitais Metade morre no primeiro
mês de vida Idade materna avançada (não ▪ Região pseudoautossômica (recombinação na
disjunção do 13 na meiose I) meiose I);
▪ Translocação não-balanceada: 20% dos casos ▪ Cromossomo Y pobre em genes (50 genes) –
▪ 2n = 47, XX, +13 desenvolvimento gonadal e genital;
Síndrome de Edwards (Trissomia do 18) ▪ Desenvolvimento a partir da 6ª semana;
▪ Sequência de genes que leva ao desenvolvimento ▪ Mulheres são mosaicos na expressão de genes
de testículos ou ovários ligados ao X
▪ Gene XIST: regulador da inativação do X RNA não
codificante Ativo no X inativo Inativo no X ativo

Síndrome de Klinefelter (2n=47, XXY)

▪ Frequência na População: 1/1.000


▪ Retardo mental moderado
▪ Pacientes altos e magros
▪ Membros longos
▪ Hipogonadismo
▪ Infertilidade
▪ Ginecomastia
▪ Caracteres sexuais pouco desenvolvidos
▪ Erros na meiose I paterna ou materna
▪ Cariótipo variantes associados a maior gravidade
fenotípica (48, XXYY; 48, XXXY; 49, XXXXY).
▪ (2n=47, XXY)
Síndrome de Turner (Monossomia do X)
▪ Homens XX e mulheres XY: recombinação fora da
região pseudoautossômica; ▪ Frequência na População: ¼.000
▪ Gene SRY: determinação dos testículos Próximo à ▪ Disgenesia ovariana
região pseudoautossômica 1/20.000 nascimentos ▪ Baixa estatura
▪ Gene AZF: espermatogênese 10% dos casos de ▪ Palato estreito
azoospermia não obstrutiva 6% dos casos de ▪ Pescoço curto
oligospermia severa ▪ Tórax largo com mamilos afastados
Cromossomo X ▪ Anomalia cardíaca
▪ Anomalias renais
▪ Inativação do X: silenciamento epigenético ▪ Anomalia de cotovelo
aleatório de um dos cromossomos X nas células ▪ Linfedema fetal
somáticas de mulheres; ▪ (2n= 45, X)
▪ Iguala a expressão de genes ligados ao X nos dois
sexos;
▪ Explica tolerância de anormalidades no
cromossomo X;
▪ Ajudar os familiares a: Compreender o
diagnóstico, o curso da doença e medidas de
controle existentes;
▪ Entender como a hereditariedade contribui para a
doença e risco de recorrência;
▪ Entender as opções para lidar com o risco de
recorrência;
▪ Identificar os valores, crenças, objetivos e
relações afetados pelo risco ou presença da
doença;
▪ Escolher o curso de ação mais adequado;
▪ Receber os encaminhamentos aos especialistas e
grupos adequados.

ACOMPANHAMENTO GENÉTICO

Consulta Genética:

▪ 1983: portaria do CFM define a Genética


Clínica como especialidade médica; Abordagem Genérica
▪ Portaria nº 199, de 30 de janeiro de 2014:
Política Nacional de Atenção Integral às
Pessoas com Doenças Raras;
▪ Doença rara: acomete até 65 a cada 100.000
indivíduos; de origem genética ou não
genética.

“Processo pelo qual um indivíduo ou família


obtém informações sobre um problema
genético real ou possível”. Informar sobre o Etapas
significado de determinados genes para a
ANAMNESE (questionário verbal)
saúde e o bem-estar das pessoas.

▪ PROCESSO DE COMUNICAÇÃO sobre os riscos ▪ Identificação do paciente, motivo da consulta;


de ocorrência ou recorrência familial de ▪ História familiar (heredograma: 3 gerações,
doenças ou síndromes genéticas; consanguinidade, doenças genéticas, defeitos
▪ Enfoque no paciente original e em outros congênitos, RM, abortos, partos prematuros,
membros da família, nascidos e/ou que irão etnia da família);
nascer ▪ Idade dos pais concepção;
▪ Idade de aparecimento dos sintomas;
Objetivo: ▪ História gestacional e dos antecedentes perinatais
(medicamentos, drogas, doenças infecciosas);
▪ Oferecer informações e apoio a famílias em risco
▪ Tipo de parto e avaliação do RN (boletim de
de vir a ter, ou que já tenham, parentes com
Apgar);
defeitos congênitos ou doenças genéticas;
▪ Medidas antropométricas no nascimento;
▪ Consulente: pessoa que busca a consulta
▪ Desenvolvimento neuropsicomotor, sociabilidade,
genética;
escolaridade e perfil comportamental da criança.
▪ Probando: membro por meio do qual uma família
com distúrbio genético é averiguada pelo médico HEREDOGRAMA Registra graficamente a história
geneticista genealógica de uma família e permite:
▪ Compreensão rápida das relações de parentesco ▪ risco de recorrência e necessidade de investigação
entre diversos membros de uma genealogia de outros membros da família em risco ou de
▪ Verificar se há doença genética/hereditária na diagnóstico pré-natal em futuras gestações;
família: ▪ Avaliar o que os consulentes entenderam;
▪ -A doença se manifesta em um único caso ▪ Se necessário encaminhar para acompanhamento
(esporádico) ou se repete. com psicólogo
▪ -Qual a distribuição dos casos afetados segundo o ▪ Acompanhamento periódico
sexo?
Equipe multidisciplinar:
▪ -Qual a ordem de nascimento dos doentes nas
irmandades? ▪ Médico Geneticista,
▪ - Qual a fertilidade dos casais? Abortos? ▪ Médicos (pediatra, ginecologista, neurologista,
▪ Averiguar a ocorrência de casamentos outras modalidades),
consanguíneos e sua relação com a manifestação ▪ Psicólogo,
da doença? ▪ Assistente social,
▪ Qual a ascendência étnica? ▪ Nutricionista,
EXAME CLÍNICO ▪ Enfermeiro

Unidades de apoio:
▪ Aspecto geral: impressão geral do paciente
▪ Medidas antropométricas: peso, estatura, ▪ Genética Clínica: unidade central, para onde os
perímetros e pregas (Tabelas e Gráficos de pacientes são encaminhados, se realizam os
referência para parâmetros físicos) primeiros contatos, entrevista, são levantadas as
▪ Pele e anexos hipóteses- diagnósticas, dadas as orientações,
▪ Crânio e couro cabeludo pedidos de interconsultas e exames.
▪ Face: geral, olhos e região orbitária, pavilhão ▪ Citogenética e Biologia Molecular: técnicas que
auricular, nariz, filtro e boca possibilitem a identificação de doenças
▪ Pescoço cromossomicas (cariótipo) e alterações gênicas
▪ Tórax ▪ Bioquímica: exames para detecção de erros inatos
▪ Abdome do metabolismo, dosagens hormonais, etc
▪ Genitália externa e períneo ▪ Hematologia: investigação de hemoglobinopatias,
▪ Membros coagulopatias, hemogramas, etc
▪ Coluna ▪ Imunologia: investigação de infecções capazes de
EXAMES COMPLEMENTARES provocar anomalias congênitas, como
toxoplasmose, sífilis, rubéola e citomegalovírus
▪ Solicitação de exames de cariótipo, moleculares, ▪ Outras unidades: radiologia, oftalmolgia,
bioquímicos, etc psicologia, etc.
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
NÃO DIRETIVA!
▪ Estabelecer se o problema é genético: >
cromossômico; > monogênico; Não se diz aos pacientes que decisões tomar
▪ poligênico ou multifatorial; em relação aos exames e opções de conduta;
▪ causa ambiental Informações e apoio aos pacientes, para que
▪ Estabelecer o padrão de herança e risco de estes cheguem a uma decisão apropriada;
recorrência Direito de cada casal fazer suas escolhas sobre
reprodução, livre de coerção.
LAUDO

▪ Relatório por escrito com o diagnóstico da doença Compromissos na consulta genética


e informações relevantes sobre:
▪ quadro clínico, causa, prognóstico e evolução da ▪ Neutralidade moral do aconselhador: informações
doença; genéticas isentas de valores pessoais ou
▪ tratamentos disponíveis: julgamentos que possam alterar ou direcionar sua
compreensão
▪ Não-diretividade do aconselhamento:
aconselhador não deve impor suas preferências,
mas, sim, cuidar que as escolhas de seus
pacientes sejam informadas e esclarecidas
▪ Privacidade e confidencialidade da informação
genética

Medidas para controle de recorrência

▪ Casais com risco de terem filhos com doença


hereditária:
▪ Exames genéticos laboratoriais;
▪ Contracepção ou esterilização;
▪ Adoção;
▪ Inseminação artificial (ovócitos II ou esperma
doado);
▪ Diagnóstico pré-implantação;
▪ Interrupção da gravidez (quando possível).

Determinação dos riscos de recorrência


▪ A: mutação nova em III 1. Parentes femininos não
▪ Doença monogênica: determinação de risco a tem risco significativo de serem portadoras;
partir de princípios mendelianos básicos. ▪ B: mutação nova em II 1. Filha III 2 tem risco de ½
de ser portadora; neta IV 1 tem risco de ¼ de ser
portadora;
▪ C: I 1 e II 1 são portadoras do alelo. Todos os
parentes femininos tem risco de ½ ou ¼ de serem
portadoras.

▪ Penetrância reduzida, expressividade variável,


▪ Risco empírico de recorrência: doenças
mutação nova: risco mendeliano associado a
poligênicas, complexas e/ou multifatoriais;
probabilidade condicional;
▪ Fendas labial e palatina, meningomielocele,
▪ Genótipos dos indivíduos relevantes na família
doenças psiquiátricas, etc;
não podem ser inferidos com certeza;
▪ Risco de recorrência em parentes de primeiro
▪ Risco de recorrência muda se esses indivíduos
grau de indivíduos afetados pode ser aumentado
portarem um alelo normal de um gene de doença.
em comparação ao histórico de incidência da
▪ Análise Bayesiana: probabilidade relativa de duas
doença na população, mas não ao nível esperado
ou mais possibilidades alternativas, por exemplo,
para doenças monogênicas;
se uma pessoa possui ou não um alelo mutado;
▪ Estudar várias famílias com a doença e observar
▪ Em certas situações é possível testar diretamente
quão frequentemente ela recorre.
o alelo mutado.
▪ Necessidade de avaliação psicológica
▪ A quem deve ser oferecido?
▪ > 10% risco de ser portador de mutação em gene
de SPHC (ASCO e ASHG)
▪ Consulta Genética Pré-teste:
▪ Diagnóstico e propósito do teste
▪ Estimativa de risco
▪ Possíveis resultados do teste genético: positivo,
negativo, inconclusivo
▪ Transmissibilidade da mutação
▪ Risco de estresse psicológico
▪ Risco de discriminação
Consulta genética no câncer hereditário ▪ Opções de prevenção / manejo
▪ Confidencialidade
▪ Importância da identificação de indivíduos em
▪ Opção pela não realização do teste
risco:
▪ Teste Genético:
▪ Risco de desenvolver câncer
▪ Sensibilidade: Número de indivíduos com uma
▪ Identificação de familiares em risco
dada doença que testam positivo em um dado
▪ Medidas de rastreamento / preventivas
teste.
▪ Identificação de famílias portadoras:
▪ Especificidade: Frequência com a qual um
▪ Rastreamento – mamografia, ultrassom,
resultado de teste é negativo quando a doença
colonoscopia, ressonância...
está ausente.
▪ Medidas preventivas:
▪ Valor preditivo:
▪ Cirurgias Profiláticas: mastectomia, ooforectomia
▪ Positivo: probabilidade de ocorrência de doença
, colectomia
em vista de um teste positivo.
▪ Quimioprevenção (Tamoxifeno)
▪ Negativo: probabilidade de não ocorrência da
▪ Drogas-alvo = inibidores de PARP
doença em vista de um teste negativo
▪ MUTAÇÕES EM GENES DE REPARO
▪ Consulta Genética Pós-teste:
▪ Síndrome de Câncer de Mama e Ovário
▪ Resultado do teste genético e suas implicações
Hereditários
▪ Estratégias de prevenção e manejo
▪ Síndrome de Câncer Colorretal Hereditário sem
▪ Suporte e aconselhamento
Polipose ou Síndrome de Lynch
▪ Polipose associada ao MUTYH Consulta genética pré-natal
▪ MUTAÇÕES EM GENES DO CICLO CELULAR
▪ Síndrome de Li-Fraumeni ▪ INDICAÇÕES
▪ Polipose Adenomatosa Familiar ▪ História familiar
▪ Etapas: ▪ Infertilidade/esterilidade
▪ História familiar ▪ Idade materna/paterna avançada
▪ Diagnóstico ▪ Aborto/perda fetal
▪ Estimativa de risco ▪ Teratógeno
▪ Teste genético ▪ Consanguinidade
▪ Estratégias de vigilância / redução de risco ▪ Pré-natal
▪ Quando suspeitar: ▪ OBJETIVOS
▪ História familiar positiva ▪ Detectar anomalias no feto
▪ Idade precoce de aparecimento ▪ Informar/ educar o casal com risco aumentado
▪ Tumores bilaterais em órgãos duplos ▪ ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS
▪ > 1 tumor primário em um paciente ▪ Doenças gênicas
▪ Aspecto multifocal do tumor ▪ Doenças cromossômicas
▪ Câncer em indivíduo com anomalia congênita ▪ Retardo mental
e/ou do desenvolvimento ▪ Câncer
▪ AG oncológico com teste genético preditivo: ▪ ABORTO
▪ Necessário realizar consultas genéticas préteste e ▪ EXPOSIÇÃO A TERATÓGENOS
pós-teste.
▪ Análise molecular

TÉCNICAS EM BIOLOGIA MOLECULAR E SUAS


APLICAÇÕES NA MEDICINA

TÉCNICAS EM BIOLOGIA E GENÉTICA MOLECULAR

▪ QUAIS SÃO AS TÉCNICAS/OS TESTES QUE


POSSUEM APLICABILIDADE DIAGNÓSTICA?
▪ QUAIS SÃO AS TÉCNICAS QUE POSSUEM
APLICABILIDADE TERAPÊUTICA?
▪ SEQUENCIAMENTO GENÉTICO
▪ EXOMA
▪ DESENVOLVIMENTO DE IMUNOTERAPIAS TERAPIA
▪ INFERTILIDADE DO DNA RECOMBINANTE
▪ Translocação balanceada ▪ QUANTIFICAÇÃO DA EXPRESSÃO GÊNICA (PCR)
▪ Anomalia de cromossomos sexuais ▪ IMUNOENSAIOS (Western blot,
▪ Doenças gênica imunohistoquímica, imunofluorescência, ELISA,
▪ CONSANGUINIDADE etc)
▪ PRÉ-NATAL
Sequenciamento de Genomas
▪ Ultrasonografia
▪ Translucência nucal (11-13 sem)
▪ Punção de VC (10-12 sem) “Método para identificar a ordem de
▪ Amniocentese precoce (12-14 sem) nucleotídeos do material genético de um
▪ Amniocentese tradicional (16-18 sem) organismo”
▪ Teste do risco fetal (perfil bioquímico)

▪ Metodologia do Sequenciamento
▪ US morfológico (17-20 sem)
▪ Frederick Sanger (1977), Inglaterra;
▪ Cordocentese (> 18 sem)
▪ Prêmio Nobel
▪ Ecocardiograma fetal (> 20 sem)
▪ Síntese de DNA in vitro por término didesoxi.
▪ NIPT (non-invasive prenatal testing)
▪ Utilização de enzimas de restrição para gerar
▪ PRIMEIRO TRIMESTRE
fragmentos de DNA menores.
▪ 11-14 semanas
▪ PAPP-A (proteína A plasmática associada a
Os fragmentos de DNA podem ser separados e
gestação) e fração livre do beta-HGC.
seus tamanhos podem ser determinados com
▪ Identifica, mas não confirma 75% dos casos de
o uso de eletroforese em gel. Os fragmentos
Síndrome de Down
podem ser visualizados ao usar um corante
▪ SEGUNDO TRIMESTRE
específico para ácidos nucleicos ou marcar os
▪ 15-18 semanas fragmentos com um corante químico
▪ Alfa-fetoproteína, beta-HGC, estriol não
conjugado
▪ Identifica 63% dos casos de S. Down, 85% dos
casos de espinha bífida aberta e 100% dos
casos de anencefalia
▪ INDICAÇÃO DO ESTUDO CROMOSSÔMICO
▪ Idade materna > 35 anos
▪ Filho anterior com anomalia cromossômica
▪ Translocação balanceada em um dos pais
▪ Ansiedade do casal
▪ Triagem pré-natal alterada
▪ MFC no US do pré-natal
▪ TESTE PARA EIM
▪ Atividade enzimática
▪ Medida do substrato acumulado
1986- automatização do método de Sanger ▪ 1000 genomas das mais diversas etnias foram
sequenciados
▪ Catálogo aberto utilizado para a avaliação dos
pacientes via bioinformática.
▪ Os geneticistas podem associar variação
estrutural com doenças específicas. "Pode ser que
se eu tiver uma cópia extra do gene A, a minha
propensão para X doença pode ser maior ou
menor.” Procurar variantes estruturais em
comum. Se uma dada variante contribuir para
Qual a aplicabilidade do método de Sanger? uma doença, vai ocorrer em uma frequência
maior em pessoas com a doença.
▪ O sequenciamento de Sanger é usado
2005 – Sequenciamento de nova geração NSG – next
clinicamente quando a sequência de um gene
generation sequencing Pirossequenciamento
específico está sendo testada.
▪ É o tipo de sequenciamento de escolha quando as ▪ Como funciona?
mutações já são conhecidas e o teste genético ▪ Adição de cada base
serviria para comprovar a hipótese diagnóstica. ▪ Medida da emissão de fosfato
▪ Exemplo: mutação no fator IX em paciente com ▪ A base que não encaixar na fita será degradada
suspeita de hemofilia B; ▪ baseia-se na síntese de DNA: os nucleotídios são
▪ avaliação de mutações específicas para propensão adicionados um por vez na ordem especificada
a câncer familial (exemplo: caso Angelina Jolie, pelo DNA molde, e a adição de um nucleotídio
mutação em BRCA1) específico é detectada por um flash de luz, gerado
▪ Não é útil quando se precisa analisar múltiplos à medida que o nucleotídio é adicionado
genes pelo custo e pelo tempo empregado.
Os métodos de sequenciamento de próxima e terceira geração
Projeto Genoma Humano
sequenciam muitos fragmentos de DNA simultaneamente e
fornecem uma determinação mais rápida e menos onerosa de
▪ 1990 – Lançamento do projeto genoma humano
uma sequência de bases de DNA do que o método de
▪ Mapa genético e físico detalhado dos
sequenciamento de Sanger.
cromossomos humanos.
▪ Sequenciamento de todos os 3,2 bilhões de pares Pirossequenciamento
de nucleotídeos.
▪ 5000 cientistas
▪ 250 diferentes laboratórios
▪ 2003: 99% do genoma humano com uma precisão
de 99,99%
▪ James Watson = primeiro diretor do projeto.
▪ John Craig Venter (bioquímico, geneticista e
empresário):
▪ Perkins-Elmer Corp

PROJETO HAPMAP HUMANO

▪ Cientistas de todo o mundo iniciaram o


International Human HapMap Project com o Sequenciamento de nova geração
objetivo de caracterizar as semelhanças e
▪ Nos anos seguintes, vários métodos de nova
diferenças em genomas humanos do mundo todo.
geração surgiram ao mesmo tempo:
▪ Iniciou com o sequenciamento de 62 pessoas (62
▪ métodos de segunda geração como Ion
projetos genoma humano)
Torrent e Illumina;
▪ 269 pessoas foram sequenciadas até 2005
▪ e de terceira geração como o Pacific
PROJETO 100O GENOMAS Biosciences e o Oxford Nanopore. Apesar das
diferenças consideráveis entre eles, todos têm
▪ Lançado em 2008 e finalizado em 2015.
como principal característica o ▪ Este fato o levou a julgar de extrema importância
processamento paralelo massivo de a montagem de um banco de variantes da
fragmentos de DNA. Enquanto um população brasileira. Mesmo porque uma
sequenciador que utiliza eletroforese mutação frequente na população do Brasil pode
processa, no máximo, 96 fragmentos por vez, não ser patogênica e podem estar sendo feitas
os sequenciadores de nova geração podem ler associações equivocadas em relação à genética de
até bilhões de fragmentos simultaneamente. outros povos. Daí a importância da geração de
▪ EXOMA banco das alterações comuns na população
▪ SEPARAÇÃO E AVALIAÇÃO APENAS DOS brasileira.
EXONS.
Sequenciamento Avaliação do médico geneticista
▪ Também é considerado um tipo de
sequenciamento de nova geração ▪ Mais de 20 mil genes são analisados em um
sequenciamento genético automatizado.
▪ A análise é realizada a partir da comparação do
genoma daquele paciente com um banco de
dados de genomas, por bioinformática de alta
complexidade.
▪ O médico geneticista filtra aqueles genes que
podem ser significativos (que já foram associados
ao quadro clínico do paciente) e analisa apenas
aqueles determinados genes.
▪ Exemplo: câncer de mama = genes BRCA1 e
BRCA2, além de outros genes supressores de
tumores ou oncogenes.

▪ Em todas as plataformas NGS, há tipicamente Aplicações Clínicas


uma etapa de preparação de amostra ou Qual a finalidade do sequenciamento de nova geração e do
"preparação de biblioteca" na qual o DNA do exoma?
paciente, que serve como molde, é purificado,
amplificado e fragmentado, seguido de Quando solicitar um sequenciamento de segunda geração
isolamento físico de fragmentos de DNA por (Sanger) ou um sequenciamento de nova geração ou um
fixação a superfícies sólidas ou pequenas esferas . exoma?
▪ Os dados de sequência são gerados nesses
pequenos fragmentos e os resultados eletrônicos Qual a finalidade do sequenciamento e do exoma?
são alinhados computacionalmente contra um
▪ Encontrar mutações
genoma ou sequência de "referência" (isto é, um
genoma sequenciado anteriormente designado
como uma referência "normal").
▪ Uma versão atualizada de um genoma de
referência humano comumente usado, GRCh38,
foi lançada pelo National Center for Biotechnology
Innovation (NCBI) em 24 de dezembro de 2013.
(UP TO DATE, 2020)

Sequenciamento/Exoma: qualquer alteração deve


ser motivo de preocupação?

▪ Uma variante em relação ao genoma de


referência suscita uma questão: esta diferença
não estaria relacionada ao fato de se estar Indicações clínicas para o seq de nova geração ou
comparando o genoma de um brasileiro com a de exoma
um indivíduo de outro background genético?
▪ É uma possibilidade que deve ser considerada.
▪ Suspeitas de doenças com caráter genético, que já ▪ Um dos muitos genes potenciais pode ser o
foram investigadas por outras metodologias, responsável e / ou o médico não sabe que gene
porém sem conclusão; (s) testar porque muitos genes diferentes causam
▪ Desordem genética de origem desconhecida; o mesmo fenótipo (por exemplo, devido à
▪ Casos de apresentações clínicas atípicas, com heterogeneidade genética).
sobreposição de sinais e sintomas, que podem ser ▪ Genes candidatos óbvios foram testados e
causados por mutações ainda não descritas em considerados normais. Isso é especialmente
genes conhecidos; aplicável quando a porcentagem de doença
▪ Doenças com heterogeneidade genética, ou seja, atribuída a esses genes candidatos é baixa, e
certas doenças podem ser determinadas por outros genes potencialmente causadores do
mutação em mais de um gene. distúrbio existem, mas ainda não foram
▪ Predisposição genética para determinada doença, identificados. Essas análises são frequentemente
visando a prevenção. auxiliadas pela comparação dos resultados NGS
de membros da família afetados e não afetados.
Vantagens do exoma
Imunoterapia específica para neoantígenos
▪ Em contraste com técnicas usuais de
sequenciamento de DNA em que é analisado um ▪ Isolar DNA e RNA de células normais e tumorais
único gene ou fragmentos deste, o do paciente
sequenciamento do Exoma realiza uma varredura ▪ Realizar o exoma
no DNA do indivíduo, analisando de forma ▪ Reconhecer peptídeos ou minigenes dos
simultânea os éxons de aproximadamente 25.000 neoantígenos
genes (180.000 exons) utilizando a tecnologia de ▪ Neoantígenos são utilizados para estimular APCs
sequenciamento de nova geração - NGS. Este ▪ Linfócitos infiltrados do tumor do paciente são
exame é capaz de analisar de forma simultânea, isolados e estimuladas com as APCs: produção de
aproximadamente 93 a 97% de todos os genes células T específicas para o neoantígeno.
relacionados às questões médicas. ▪ Seleção de células T do paciente que já são
▪ Investiga as regiões mais informativas do genoma, responsivas ao neoantígeno e expansão das
já que a maioria das mutações (85%) causadoras mesmas
de doenças genéticas com padrão de herança ▪ Síntese de vacinas com peptídeos do neoantígeno
familiar ocorre nos éxons;
▪ Fornece uma solução diagnóstica mais rápida e de
maior custobenefício, uma vez que os éxons
correspondem a aproximadamente 1,6% de todo
o genoma;
▪ Analisa a maioria dos genes ao mesmo tempo,
sendo capaz de identificar mutações em genes
responsáveis por síndromes e diagnósticos raros;
▪ Possibilita a reanálise dos dados em investigações
futuras;
▪ Permite o aconselhamento genético do paciente
e da família para futuras gestações. Quando solicitar o sequenciamento?

NSG ou exoma ▪ Sequenciamento:


▪ Confirmação diagnóstica de doença genética que
▪ Diagnóstico de doenças complexas - a envolve uma mutação conhecida (teste específico
consideração de NGS como uma ferramenta para a mutação)
clínica (por exemplo, para diagnóstico genético) é ▪ Quando houver probabilidade de mutação em
apropriada em indivíduos para os quais o regiões não genicas ou introns
sequenciamento de um único gene
provavelmente não fornecerá um diagnóstico.
▪ Os exemplos incluem suspeitas de doenças
genéticas nas seguintes configurações:
Terapia do DNA Recombinante

Aplicações da TDR

▪ Expressão de proteínas humanas em bactérias ou


células eucarióticas para produção em grande
escala, purificação e utilização em pacientes;
▪ Insulina ® 1º produto comercial obtido pela TDR
(1982). Vantagem de eliminar contaminantes ou
agentes infecciosos.
▪ GH – tratamento do nanismo hipofisário, causado
pela deficiência de hormônio do crescimento
humano.
▪ Anticoagulante TPA (ativador de plasminogênio
tipo tecidual), fator VIII de coagulação e
eritropoietina (estimula a produção de
A principal aplicação da terapia do DNA recombinante é a
eritrócitos).
terapia gênica. A terapia gênica é a transferência direta dos
genes nos humanos para tratar doenças. Ela foi implantada
▪ Imunoglobulinas (pacientes com
com sucesso em 1990 e agora é usada para tratar doenças
imunodeficiências congênitas –
genéticas, câncer e doenças infecciosas. agamablobulinemia ligada ao X, deficiências em
células B, etc..)
▪ Interleucinas
Biblioteca Genômica ▪ Terapia gênica por transfecção de células do
▪ Coleção de fragmentos de DNA recombinantes paciente com retrovírus, ou outros tipos de vírus,
que representa o genoma completo de um para introduzir um gene normal em caso de
organismo; doenças.
▪ Bibliotecas de cDNA (expressão) ▪ Primeira terapia gênica (1990)
▪ Deficiência da adenosina desaminase, com
implantação de linfócitos T transfectados com
Um método para encontrar um gene é criar e rastrear uma
biblioteca de DNA. Uma biblioteca genômica é criada pelo
retrovírus expressando a proteína ausente nos
corte do DNA genômico em fragmentos sobrepostos e pela doentes.
clonagem de cada fragmento em uma célula bacteriana ▪ Imunodeficiências (em teste atualmente) Ex.
separada. Uma biblioteca de cDNA é criada a partir do mRNA Doença granulomatosa crônica – NADPH oxidase
que é convertido em cDNA e clonado nas bactérias. ▪ Para quantificações de expressão gênica: PCR
(Protein Chain Reaction) Real Time
▪ Reação em cadeia da polimerase u Identifica o
número de cópias de determinado gene em uma
quantidade “x” de amostra.
▪ Análise de DNA (geralmente usado para analisar
presença de virus ou outros microrganismos) ou
de RNAm (usado para avaliar a expressao de
determinado gene humano. Ex. IgG.)
▪ Utilizado em infecçõeses bacterianas quando as
bactérias são de difícil cultivo, como Chlamydia
trachomatis e Neisseria gonorrhoeae
▪ Utilizado para diagnóstico e prognóstico de
diversas doenças (COVID-19, Hepatite B, AIDS,
etc…)

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