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KARINA TOMAZ ROLO – ST (DR.

PARMA) – SEXTO SEMESTRE – PROBLEMA 4

Problema 4
1) Discutir o rastreamento do câncer houver possibilidade de fazer os
colorretal. outros exames)
Para a população em geral, sem -Retossigmeidoscopia flexível a cada
fatores adicionais de risco, o 5 anos (se alterada, obrigatório fazer
rastreamento é indicado a partir dos colonoscopia).
50 anos por meio dos seguintes
-Colonoscopia a cada 10 anos.
métodos:
-Colonoscopia virtual a cada 5 anos.
-Pesquisa de sangue oculto nas fezes
anual (pouco específico; só se não Respeitando esses intervalos caso os
exames não apresentem alterações.

SUS CCR no Brasil não é considerada


A implementação de programas viável ou custo-efetiva de acordo com
populacionais de rastreamento de os apontamentos da OMS. Então,
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recomenda-se que a estratégia de CCR ou que ressecaram pólipos


diagnóstico precoce seja adenomatosos maiores de 1 cm ou
implementada com todos os seus pólipos com componente tubuloviloso
componentes: divulgação ampla dos ou vilosos à histologia; aumento do
sinais de alerta para a população e risco na presença de dois ou mais
profissionais de saúde, acesso familiares de primeiro grau
imediato aos procedimentos de diagnosticados com CCR e se o
diagnóstico dos casos suspeitos e primeiro for diagnosticado antes dos
acesso ao tratamento adequado e 50 anos.
oportuno.
-Síndromes hereditárias:
As situações de alto risco devem
--Síndrome de Lynch/Câncer
receber abordagens individualizadas.
Colorretal hereditário não polipose:
2) Entender câncer colorretal. doença autossômica dominante, que
afeta principalmente o cólon
EPIDEMIOLOGIA
ascendente ou ceco, podendo
É o terceiro câncer mais frequente em apresentar surgimentos de mais lesões
homens e o segundo mais frequente após o diagnóstico. Possui surgimento
em mulheres, sendo a terceira maior precoce a partir dos 20 anos e idade
causa de morte por câncer no mundo, média de diagnóstico aos 48 anos.
de acordo com a OMS. Possui dois subtipos, o I e II, sendo
É mais incidente na Europa, América que o I causa apenas o CCR e o II
do Norte e Oceania. está associado a cânceres
extracolônicos, como no endométrio,
FATORES DE RISCO ovário e estômago. O rastreamento é
-Raça, etnia, gênero e idade: o CCR é feito com colonoscopia a cada 2 anos
mais incidente afro-americanos do a partir dos 20 anos e anual a partir
que nos caucasianos; a mortalidade é dos 40 anos ou a partir de 10 anos
maior nos homens; é pouco frequente antes do diagnóstico do primeiro
antes dos 40, aumentando a familiar; USG, exame pélvico e
incidência após os 50 anos. biópsia de endométrio a cada1-2 anos
a partir dos 25-35 anos; USG de vias
-História pessoal ou familiar de CCR urinárias e urina I e urocultura a cada
esporádico ou pólipos adenomatosos: 1-2 anos a partir dos 30-35 anos. É
aumento da incidência nos primeiros necessário a presença dos quatro
5 anos de pós-operatório em pacientes critérios de Amsterdam para o
submetidos a ressecção colônica por diagnóstico.
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-Acromegalia: incidência maior de


CCR principalmente proximais ao
ângulo esplênico.
-Endocardite por Streptococcus bovis:
fisiopatologia não é bem conhecida,
mas está associada com a presença de
CCR.
--Polipose adenomatosa familiar e -Hábitos de vida:
suas variantes: presença de pólipos
de modo disseminado por todo o --Fatores prejudiciais: dieta rica em
intestino grosso. É uma síndrome carne vermelha e pobre em vegetais,
autossômica dominante causada por consumo de álcool e tabaco, diabetes
mutações no gene APC, localizado no mellitus, obesidade, resistência à
cromossomo 5; os sintomas insulina e terapia antiandrogênica.
aparecem, em média, aos 16 anos e o --Fatores protetores: dieta rica em
câncer se apresenta aos 45 anos nos frutas, vegetais, fibras, ácido fólico,
pacientes não tratados. Possui vitamina B6, cálcio, vitamina D e
variante Gardner, associada a tumores ômega 3.
de partes moles e variante Turcot,
associada a tumores do SNC. Para PATOGÊNESE

rastreio é necessário, além da -Pode ser esporádico (mais associado


colonoscopia anual a partir dos 10-12 a fatores ambientais), familiar
anos, realizar EDA a cada 1-3 anos a (presença de caso familiar) e
partir dos 20-25 anos e exame anual hereditário (associado a síndromes
de tireóide. genéticas).
-Doença inflamatória intestinal: A -Mutação do gene APC (gene
retocolite ulcerativa idiopática e a supressor de tumor, que impede a
doença de Crohn aumentam a proliferação celular desordenada) leva
incidência de CCR a depender do a formação de displasia celular.
tempo de diagnóstico e da extensão Alterações na metilação do DNA,
da doença. levam a evolução para adenoma
inicial. Há, então, mutação do K-ras,
-Radiação abdominal: radiação
formando um adenoma tardio. E por
abdominal na infância aumenta o
fim, tem-se a mutação do gene p53
risco de desenvolvimento de
(supressor de tumor, induz a célula a
neoplasias gastrointestinais.
reparo ou a apoptose), levando a
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formação do carcinoma in situ -Dor abdominal.


(intramucoso) que pode evoluir para
-Anemia ferropriva.
invasor (quando chega a submucosa,
repleta de vasos sanguíneos e -Enterorragia e melena
linfáticos).
Cólon direito: sangramento intestinal,
->Teoria da “sequência adenoma- anemia e diarreia.
carcinoma” atribui que a maioria dos
Cólon esquerdo: alteração do hábito
CCR (80%) se originam de pólipos
intestinal.
adenomatosos (em geral, com mais de
1 cm) que evoluem para displasia de Reto: enterorragia, constipação, dor,
baixo, médio e alto grau, até o tenesmo, redução do calibre das fezes.
carcinoma invasivo, sendo que essa
DOENÇA METASTÁTICA
transformação ocorre ao longo de 10
anos. A disseminação pode ocorrer por via
linfática, hematogênica ou por
->Outros CCR esporádicos (15%) se contiguidade, sendo os sítios mais
originam de pólipos serrilhados, que comuns o fígado (drenagem pela veia
incluem os hiperplásicos, adenomas porta), pulmões (drenagem pela veia
serrilhados sésseis e serrilhados cava), ossos e cérebro.
tradicionais, com potencial maligno
variável. Podem ocorrer fístulas, obstruções,
perfurações, febre de origem
->Os outros 5% são denominados indeterminada, abscessos hepáticos,
carcinoma de novo, em que o retroperitoneal ou intra-abdominal.
surgimento independe de lesão
adenomatosa ou displásica prévia. DIAGNÓSTICO

QUADRO CLÍNICO
-Colonoscopia: “padrão ouro”, maior
acurácia, pois localiza as lesões e
Vai variar de acordo com a permite coletar biópsias e realizar
localização do tumor. polipectomias.
-Alteração do hábito intestinal -Retossigmoidoscopia flexível: não é
(constipação e/ou diarreia). o ideal, pois não avalia todo o cólon.
-Perda ponderal. Útil na suspeita de câncer retal,
devendo ser feita para auxiliar o
-Distensão abdominal. exame protoctológico.
-Náuseas e vômitos
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-Enema opaco: útil apenas para aumentados, ascite, hepatomegalia) e


avaliar pacientes sintomáticos com em todos os que apresentarem
CCR. estadiamento II, III e IV.
-Colonoscopia virtual e DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

enterotomografia: são úteis nos casos Hemorroidas, diverticulite, doença


obstrução ou dificuldade técnica para inflamatória intestinal, outros tumores
passagem do colonoscópio, mas tem a malignos (linfoma, sarcoma de
desvantagem de não possibilitar Kaposi e carcinoide) e metástases de
biópsia. outros tumores malignos primários.
-USG endorretal, TC de pelve ou CÂNCER COLORRETAL PRECOCE
RM: usadas para avaliar a extensão e
São os tumores com invasão limitada
infiltração do tumor retal.
à camada mucosa ou submucosa, sem
-Laboratoriais: hemograma pode levar em consideração presença ou
demostrar anemia e perfil hepático não de metástase linfonodais.
pode estar alterado no caso de doença
Não significa que a lesão foi
metastática.
detectada logo após seu aparecimento,
-Marcadores tumorais: o antígeno mas indica que é precoce o suficiente
carcinoembrionário (CEA) e o CA para tratamento curativo
19-9 possuem baixa acurácia
CLASSIFICAÇÃO DE PARIS
diagnóstica em decorrência da
sobreposição com doenças benignas
(gastrite, diabetes, diverticulite,
DPOC) e pela elevação em tabagistas,
sendo útil apenas para prognóstico e
acompanhamento pós-tratamento.
DIAGNÓSTICO DE METÁSTASE

-Metástases intra-abdominais e
pélvica: exame ultrassonográfico, TC
ou RM, a critério médico.
-Metástase pulmonar: Raio X de tórax As indicações de tratamento
ou TC, a critério médico. endoscópico dos CCR precoces são:
adenomas, adenocarcinoma
Devem ser pesquisadas as metástase intramucoso,, adenocarcinoma
se houver suspeita clínica (linfonodos invasivo submucosa (bem
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diferenciados, com invasão até


muscular da mucosa e sem invasão
angiolinfática).
CÂNCER COLORRETAL AVANÇADO

É considerado quando há invasão


além da camada muscular da mucosa.
CLASSIFICAÇÃO ENDOSCÓPICA DE BORRMANN

3) Explicar o estadiamento e o
tratamento do câncer colorretal.
A classificação TNM é a mais
utilizada para realizar o estadiamento
do CCR, sendo importante para
estabelecer prognóstico e tratamento
adequado.
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-Quimioterapia adjuvante com


esquema terapêutico baseado em
fluoropirimidina e oxaliplatina.
Estágio IV ou doença recidivada:
-Ressecção cirúrgica para lesões
localmente recidivadas, lesões
obstrutivas ou hemorrágicas,
TRATAMENTO POR ESTÁGIOS metástase pulmonar ou metástase
CÂNCER DE CÓLON hepática, como procedimento
primário ou após quimioterapia
Estágio 0:
paliativa regional ou sistêmica.
-Excisão local ou polipectomia, com
-Radioterapia paliativa, com
margens livres;
finalidade antiálgica ou hemostática.
-Ressecção segmentar do cólon, para
-Quimioterapia paliativa regional
lesões que não são passíveis de
hepática ou sistêmica.
excisão local.
CÂNCER DO RETO
Estágio I:
Estágio O:
-Ressecção segmentar do cólon, por
via aberta ou laparoscópica. -Polipectomia simples ou excisão
local.
Estágio II:
-Ressecção local transanal ou
-Ressecção segmentar do cólon, por transcoccígea.
via aberta ou laparoscópica;
-Radioterapia externa e endocavitária.
-Quimioterapia adjuvante não é
recomendada rotineiramente, sendo Estágio 1:
empregada em casos de lesão T4, -Ressecção ampla e anastomose
ressecção linfonodal insatisfatória ou término-terminal ou colo anal.
tumor mal diferenciado, sendo usado
a fluoropirimidina. -Amputação abdominoperineal do
reto.
Estágio III:
-Ressecção local transanal ou
-Ressecção segmentar do cólon, por transcoccígea, seguida ou não de
via aberta ou laparoscópica. radioterapia ou radioquimioterapia.
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Estágio II e III: -As metástases hepáticas podem ser


retiradas se houver possibilidade de
-Quimiorradioterapia prévia por
ressecção completa, com adequada
cirurgia radical.
reserva funcional de fígado, sem
-Excisão mesorretal total e ressecção envolvimento da artéria hepática, veia
anterior baixa ou amputação porta e ductos biliares principais.
abdominoperineal.
-As metástases pulmonares podem ser
-Quimiorradioterapia adjuvante após ressecadas se houver lesões
cirurgia radical. completamente ressecáveis, reversa
cardiopulmonar adequada e tumor
-Quimioterapia adjuvante para casos
primário controlado.
selecionados no estágio II (lesão T4,
ressecção linfonodal insatisfatória ou ACOMPANHAMENTO APÓS RESSECÇÃO
tumor mal diferenciado) com Estágios II e III: consulta médica e
fluoropirimidina. dosagem de CEA a cada 3-6 meses
-Quimioterapia adjuvante para casos nos primeiros 5 anos, TC de abdome
no estágio III com fluoropirimidina e e tórax anual nos primeiros 3 anos.
oxaliplatina. Nos casos de câncer de reo, TC
pélvica anual por 3-5 anos,
Estágio IV ou doença recidivada: retossigmoidoscopia semestral por 2-
-Ressecção paliativa anterior baixa ou 5 anos nos casos que não se utilizou
amputação abdominoperineal. radioterapia.

-Ressecção de metástase hepática ou Nos casos de pacientes submetidos a


pulmonar. cirurgia de urgência por obstrução ou
perfuração, deve-se realizar
-Quimiorradioterapia paliativa. colonoscopia após 3-6 meses da
-Quimioterapia paliativa. cirurgia para avaliar a presença de
tumores sincrônicos.
-Radioterapia paliativa.
5) Entender a constipação intestinal
OBSERVAÇÕES:
funcional.
-As cirurgias são segmentares,
Constipação intestinal: evacuação
devendo ter margem proximal e distal
dolorosa e insatisfatória, sem
do tumor de pelo menos 5 cm.
depender da frequência, já que é
-Devem ser retirados, no mínimo, 12 extremamente variável entre os
linfonodos.
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indivíduos, sendo mais significativo a desconhecido os mecanismos


mudança dos hábitos evacuatórios. envolvidos.
A constipação intestinal funcional ou Na prática, há contração da
idiopática não nenhuma alteração musculatura da pelve em vez de
estrutural ou metabólica, nem relaxamento durante a evacuação,
qualquer alteração na rotina diária do resultando em acúmulo do bolo fecal
paciente que possa justificar o na região retossigmoidiana.
problema.
DIAGNÓSTICO
SUBGRUPOS
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS ROMA IV PARA
CONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL COM TRÂNSITO
NORMAL
1. Deve incluir dois ou mais dos
É a forma mais comum. O trânsito seguintes itens:
colônico e a frequência de evacuações
-Esforço durante a defecação em mais
são normais, mas os pacientes se
de 25% das defecações.
consideram constipados, sentem
dificuldade para evacuar e/ou -Fezes irregulares ou duras (Tipo 1 ou
apresentam fezes endurecidas. 2 da Escala de Bristol) em mais de
25% das defecações.
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL COM TRÂNSITO
LENTO/ INÉRCIA COLÔNICA
-Sensação de evacuação incompleta
Caracteriza-se por tempo prolongado em mais de 25% das evacuações.
do trânsito das fezes através do cólon.
-Sensação de obstrução /obstrução
Pode ocorrer devido a disfunção da anorretal em mais de 25% das
musculatura colônica (miopatia) ou defecações.
na inervação intrínseca (neuropatia)
-Manobras manuais para facilitar a
ou também devido a incoordenação
defecação em mais de 25% das
da atividade motora do cólon distal, o
defecações.
que acarreta diminuição da peristalse
normal devido a redução das -Menos de três evacuações
contrações que são responsáveis pelo espontâneas por semana.
movimento da massa
2. As fezes soltas raramente estão
DEFECAÇÃO DISSINÉRGICA OU OBSTRUTIVA presentes sem o uso de laxantes.
Existe uma falência do mecanismo de 3. Não existem critérios suficientes
coordenação da evacuação, sendo para diagnóstico de Síndrome do
Intestino Irritável.
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-Colonoscopia: suspeita de
malignidade.
-Enema opaco: afastar carcinoma.
-Defecografia: permite avaliar a
anatomia e a dinâmica da evacuação.
AVALIAÇÃO FUNCIONAL

-Determinação do tempo de trânsito


colônico: permite entender o
O estudo diagnóstico de pacientes movimento do bolo fecal através do
portadores de constipação deve ser cólon; é realizada pela administração
realizado em três planos: orgânico, de marcadores radiopacos, sendo
funcional e psicológico. realizadas radiografias seriadas
diariamente por 5 dias.
AVALIAÇÃO ORGÂNICA

-Quadro clínico: anamnese completa -Manometria anorretal: permite medir


para entender quando o problema a pressão na região anorretal para
começos, se há presença de outros diferenciar constipação intestinal
sintomas associados, presença de idiopática da doença de Hirschsprung.
doenças orgânicas, hábitos de vida e -Eletromiografia do cólon: registra a
alimentares. atividade elétrica do cólon por meio
-Exame físico: deve incluir exame de de eletrodos em forma de anel
cavidade oral, exame físico do colocados via colonoscopia.
abdome e região perianal, toque retal -Eletromiografia de esfíncter anal:
e exame físico neurológico. avalia a ação dos músculos do
-Exames bioquímicos e períneo, reflexo da pele perineal.
microbiológicos: deve incluir -Avaliação dinâmica da evacuação:
hemograma, glicemia de jejum, TSH realizada pela defecografia ou pelo
e T4, urina 1 e urocultura, mais teste de expulsão de balão.
exames a critério médico de acordo
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
com a avaliação clínica.
É necessário detectar “traumas
-Retossigmoidoscopia: afastar
emocionais” e ocorrência de abuso
doenças orgânicas.
sexual na infância ou adolescência.
TRATAMENTO
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-Ingestão de fibras: devem ser


consumidas 30g de fibras
diariamente, sendo recomendado o
aumento gradual da quantidade (5g
por semana) com a ingestão de frutas,
vegetais e produtos integrais.
-Ingestão hídrica: ingestão de 1,5-2 L
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS
de água por dia.
-Reeducação do hábito intestinal:
-Atividade física: diminui o risco de
estimular o paciente a evacuar no
constipação, devendo ser respeitada a
mesmo horário (após o café da manhã
capacidade física do paciente.
é o melhor horário porque a atividade
motora propulsiva está mais intensa) e MEDICAMENTOS LAXATIVOS
evitar abolir o desejo de evacuar.

Fibras alcançam o colón intactas, estimulando o peristaltismo e diminuindo o tempo


de trânsito intestinal. São indicados para pacientes com trânsito intestinal normal.

Uso associado a desconforto abdominal e diarreia. Ineficientes nos casos deinércia


colônica, megacólon e defecação dissinérgica.

Estimulação do plexo aumenta a motilidade intestinal. Segunda linha de tratamento

Diminui a reabsorção
de água, acelerando o
Associado alterações cardíacas,
trânsito intestinal.
sendo mais utilizado em mulheres
abaixo dos 55 anos.

BIOFEEDBACK Tratamento de escolha para pacientes


com defecação dissenérgica,
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permitindo corrigir contrações mioentérico (Chagas, Hirschsprung),


inapropriadas da musculatura do compressões extrínsecas (tumores
assoalho pélvico. ovarianos, uterinos e prostáticos),
lesões anais dolorosas (papilites,
TRATAMENTO CIRÚRGICO
proctites, fissuras, hemorroidas),
Restrito a casos de constipação doenças venéreas, doenças sistêmicas
refratária ao tratamento clínico. (diabetes, Parkinson,
Escolha deve ser discutida de forma hipotireoidismo).
individualizada.
-Causas medicamentosas: opiáceos,
6) Explicar o fecaloma. antiácidos a base de sais de alumínio
CONCEITO e cálcio, laxativos a base de cáscara
sagrada e sÊnicos, anticolinérgicos,
Consiste na formação de uma massa
sulfato de bário como contraste.
de fezes, grande, dura e imóvel, que
se localiza em geral no reto e -Causas psicogênicas: comum em
sigmoide. Pelo seu volume e crianças. Denominada encoprese, que
consistência, o fecaloma não pode ser é a presença de fecaloma, mas com
eliminado pelo paciente através do passagem intermitente de fezes.
esforço da evacuação.
-Outras causas: estenoses, DII,
Em geral, resulta da evacuação fecal tumores.
incompleta, por longo período de
DIAGNÓSTICO
tempo, podendo ocasionar obstrução
QUADRO CLÍNICO
parcial ou total do intestino.
Presença de dor em baixo ventre,
FATORES PREDISPONENTES
tenesmo retal, distensão abdominal,
É uma situação quase exclusiva de perda de pequenas quantidades de
crianças portadoras de megacólon ou fezes líquidas ou pastosas, simulando
problemas psicogênicos, de idosos incontinência, retenção urinária em
debilitados, sedentários, usuários de homens, perda de sangue ou muco
narcóticos e pacientes chagásicos. pelo reto, obstrução intestinal.
ETIOLOGIA EXAME FÍSICO

Causas anatômicas: deficiência de Inspeção abdominal aponta alças


presa abdominal, lesões anatômicas intestinais dilatadas, ausculta com
(estenoses e fístulas perianais), lesões ruído hidroaéreos com timbre
neurológicas centrais e medulares, metálico ou abolidos em fase mais
deficiência mental, leões do plexo tardia.
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O toque retal confirma o diagnóstico -Prescrever laxantes VO ou na forma


e pode ser feito simultaneamente a de supositório aos pacientes que se
palpação do abdome. submeterem exame radiológico
contrastado.
Deve-se fazer a palpação do cólon
sigmoide da suspeita do fecaloma e, TRATAMENTO
em geral, há dúvidas quanto a O tratamento é feito com o uso de
presença deste ou de um tumor clister glicerinado a 20% ou
colônico, cisto mesentérico ou mioma lubrificante a base de óleo mineral e
uterino. Neste caso, duas manobras toque retal para quebrar o fecaloma
auxiliam, sendo a manobra de
Gersuny (palpar o tumor com a mão Nos casos em que o fecaloma está
estendida e com pressão para fora do alcance pelo toque retal, pode-
promover o acolamento da mucosa do se utilizar o retossigmoidoscópio para
sigmoide ao fecaloma, então, quando irrigar o fecaloma com água ou soro
a mão é retirada, tem-se a sensação de fisiológico, quebrando a massa fecal.
descolamento da mucosa ao COMPLICAÇÕES
fecaloma) e de Trendeleburg (calçar
com a ponta do polegar um godê no Hérnia, volvo sigmoide, megacólon,
fecaloma, então quando voltando a prolapso retal, crise hemorroidária,
palpar, o godê estará marcado). ulceração intestinal com hemorragia,
perfuração e obstrução intestinal.
RETOSSIGMOIDOSCOPIA
4) Explicar o programa melhor em
Identifica com clareza o fecaloma,
casa.
sendo importante especialmente nos
casos em que o fecaloma não está ao Portaria nº 825, de 25 de abril de
alcance do toque retal. 2016: Redefine a Atenção Domiciliar
no âmbito do SUS e atualiza as
RADIOLOGIA
equipes habilitadas.
Permite confirmar o diagnóstico. Em
alguns casos pode haver confusão -Atenção Domiciliar (AD):
com tumores malignos, mas pode-se modalidade de atenção à saúde
usar o enema opaco para permitir integrada às RAS, caracterizada por
melhor visualização. ações de prevenção e tratamento de
doenças, reabilitação, paliação e
PROFILAXIA promoção à saúde, prestadas em
-Tratar a constipação intestinal. domicílio, garantindo a continuidade
de cuidados.
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-Serviço de Atenção Domiciliar oportuna para tratamento, paliação,


(SAD): serviço complementar aos reabilitação e prevenção de agravos,
cuidados realizados na atenção básica tendo em vista a ampliação de
e sem serviços de urgência, autonomia do usuário, família e
substitutivo ou complementar à cuidador. Possui três modalidades
internação hospitalar, responsável (AD1, AD2, AD3).
pelo gerenciamentos e
-AD1: indivíduos que requerem
operacionalização das Equipes
cuidados com menor frequência e
Multiprofissionais de a Atenção
com menor necessidade de
Domiciliar e Equipes
intervenções multiprofissionais, uma
Multiprofissionais de Apoio.
vez que se pressupõe estabilidade e
-Cuidador: pessoas com ou sem cuidados satisfatórios pelos
vínculo familiar com o usuário, apta cuidadores. A assistência é de
para auxiliar em suas necessidades e responsabilidade das equipes de
atividades da vida cotidiana e que, atenção básica, por meio de
dependendo da condição funcional e acompanhamento regular em
clínica do usuário, deverá estar domicílio, de acordo com as
presente no atendimento domiciliar. especificidades de cada caso.
Objetivos de SAD: reduzir da -AD 2: usuário, com o fim de abreviar
demanda por atendimento hospitalar; ou evitar hospitalização, apresente:
reduzir o período de permanência de afecções agudas ou crônicas
usuários internados; humanização da agudizadas que necessitem de
atenção à saúde, com a ampliação da reabilitação, tratamento parenteral;
autonomia dos usuários; afecções crônico-degenerativas que
desinstitucionalização e otimização demande atendimento no mínimo
dos recursos financeiros e estruturais semanal; necessidade de cuidados
da RAS. paliativos com acompanhamento
clínico no mínimo semanal;
Indicações da AD: é indicada para
prematuridade e baixo peso em bebes
pessoas que, estando em estabilidade
com necessidade de ganho ponderal.
clínica, necessitam de atenção à saúde
em situação de restrição ao leito ou -AD 3: usuário nas mesmas situações
lar de maneira temporária ou listadas em AD2, quando necessitar
definitiva ou em grau de de cuidado multiprofissional mais
vulnerabilidade na qual a atenção frequente, uso de equipamentos ou
domiciliar é considerada a oferta mais agregação de procedimentos de maior
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complexidade (ventilação mecânica, assistente social, fisioterapeuta,


paracentese de repetição, nutrição fonoaudióloga, nutricionista,
parenteral), demandando períodos odontólogo, farmacêutico, psicólogo
maiores de acompanhamento ou TO) cuja a soma das CHS deve ser
domiciliar. de no mínimo 90 horas. Será acionado
de acordo com a indicação clínica do
O atendimento de AD 2 e 3 é de
EMAD.
responsabilidade do SAD.
Para habilitação do SAD é preciso
É inelegível para AD indivíduos nas
que a população do município seja
seguintes situações: necessidade de
igual ou superior a vinte mil
monitorização contínua, necessidade
habitantes, tenha hospital de
de assistência contínua de
referência no município ou região,
enfermagem; necessidade de
cobertura do SAMU em
propedêutica complementar com
funcionamento.
demanda para procedimentos
diagnósticos com urgência; Municípios com mais de 150 mil
necessidade de cirurgia em caráter de habitantes, podem solicitar a segunda
urgência; necessidade de uso de EMAD, e sucessivamente, uma nova
ventilação mecânica invasiva, nos EMAD a cada cem mil habitante.
casos em que a equipe não estiver
Todo município com uma EMAD
pata para tal procedimento.
pode solicitar uma EMAP, sendo
Toda SAD deve ter uma Equipe possível a implantação de uma EMAP
multiprofissional de Atenção a cada três EMAD implantadas.
Domiciliar (EMAD). É necessária
7) Explicar os aspectos gerais do
uma EMAD para se ter uma Equipe
sono.
multiprofissional de Apoio (EMAP).
A EMAD (tem tipo 1 e 2, variando a
carga horária) deve conter médico,
enfermeiro, fisioterapeuta e técnico de
enfermagem e realiza no mínimo um
atendimento por semana a cada
usuário. Pode atender até 60 usuários
do tipo 1 e 30 do tipo 2, mensalmente.
A EMAP deve ter três profissionais O sono é um estado comportamental
de nível superior (podendo ser representado por uma alteração
temporária e reversível do nível de
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consciência e da motricidade. Tendo -Funções autonômicas como FC, FR e


como funções: papel na conservação PA permanecem estáveis.
da energia, homeostase sináptica,
-Sono profundo e reparador; ocorre na
plasticidade neuronal e consolidação
primeira hora de sono quando não se
de memórias.
dorme por horas.
O sono pode ser dividido em dois
-Há redução do tônus neuromuscular
estados distintos: sono sincronizado
e a atividade mental atinge seu
ou sono não REM (NREM) e sono
mínimo, sem sonhos nítidos.
dessincronizado ou sono REM.
-“Um estado de relativa inatividade
Esses estágios se alternam durante a
do cérebro e um sistema
noite, sendo que o sono NREM
neuromuscular parcialmente inativo”.
predomina na primeira metade da
noite e o REM, na segunda metade. SONO REM – SONO COM MOVMENTOS
OCULARES RÁPIDOS/NÃO SINCRONIZADO
O sono REM ocupa 25% do tempo
-25% do tempo de sono em adultos
total de sono e o sono NREM, o
jovens; cada episódio tende a
restante.
acontecer a cada 90 minutos, durando
SONO NREM – SONO DE ONDAS LENTAS/ entre 5-30 minutos.
SINCRONIZADO
-Não é um sono tão repousante
-Ondas de grande amplitude e baixa
frequência. -Dessincronização
eletroencefalográfica com atividade
-Atividade elétrica cerebral síncrona
elétrica de baixa amplitude, presença
com elementos gráficos e
de movimentos oculares rápidos e
característicos do EEG, como fusos
movimentos corporais ativos e atonia
do sono, complexos K e ondas lentas.
muscular.
-Pode ocorrer sonhos e pesadelos,
-O SNA simpático é ativado, sendo
mas eles não são lembrados, pois não
observadas variações da FC, FR, PA,
há consolidação na memória.
débito cardíaco e fluxo cerebral.
-É dividido em três estágios: N1, N2 e
-Há redução significativa do tônus
N3.
neuromuscular e presença de sonhos
-Redução da atividade do sistema vívidos.
nervoso autônomo simpático e
aumento do tônus do parassimpático.
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-“Um estado de atividade cerebral A principal teoria para ocorrência do


(sonhos) em um sistema sono REM que grandes neurônios
neuromuscular inativo. secretores de acetilcolina a liberam na
formação reticular superior do tronco
-É mais fácil despertar uma pessoa
encefálico, ativando várias regiões do
com estímulos sensoriais nessa fase e
cérebro por conterem grandes
o despertar matinal tende ocorrer nela
prolongamentos.
também.
CICLO SONO E VIGÍLIA
MECANISMO DE SONO
Quando os centros do sono não são
O sono é causado por um processo
ativados, os núcleos de ativação
inibitório ativo, já que a secção
(mesencefálicos e reticular superior
transversal do tronco encefálico no
da ponte) são liberados da inibição,
nível da ponte média cria um córtex
excitando o córtex cerebral e SNP.
que nunca dorme e que causa sono
Esses enviam sinais de
pela inibição de outras partes do
retroalimentação a esses núcleos.
cérebro.
Após um longo período de vigília,
Um sono com características
esses neurônios entram em fadiga e a
próximas ao do natural pode ser
retroalimentação enfraquece, então,
causado pela estimulação de áreas do
os centros do sono assumem o
cérebro como: núcleos da rafe na
controle, levando a uma rápida
metade inferior da ponta e da medula
transição da vigília para o sono.
(estimulam o sono pela liberação de
serotonina em vários locais para quais SINTOMAS DOS TRANSTORNOS DO SONO
emite prolongamentos, como tálamo, O paciente pode relatar: sono ruim,
formação reticular, sistema límbico e insônia, insatisfação com a qualidade
medula espinhal), núcleo do trato do sono, sonolência excessiva diurna
solitário e regiões do diencéfalo, e fenômenos indesejáveis durante o
como parte rostral do hipotálamo sono.
(área supra-quiasmática) e área
ocasional nos núcleos difusos do A anamnese do sono deve incluir a
tálamo investigação de hábitos e queixas:

Substâncias como o peptídeo muramil -Avaliação do padrão de sono prévio


e o peptídeo indutor do sono delta são e atual e dos sintomas ao longo das 24
acumulados no corpo após muito horas, além das variações nos dias de
tempo de vigília, podendo induzir o semana, feriado e férias: horário em
sono. que se deita, dorme, acorda e levanta,
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se há despertares noturnos -Polissonografia: registro simultâneo


(frequência, horários e duração) e se de algumas variáveis fisiológicas
há uso de despertador. durante o sono: eletroencefalograma,
eletro-oculograma, eletromiografia,
-Insônia: se há fatores desencadeantes
eletrocardiograma, fluxo aéreo, gases
e se estão presentes sintomas de
sanguíneos, esforço respiratório
pernas inquietas.
toracoabdominal, latência do sono
-Sonolência diurna: início, quando se REM e NREM, eficiência do sono,
manifesta, presença de cochilos porcentagem e distribuição dos
(duração, horários, se há sonhos). estágios do sono, número de duração
dos despertares, índice de
-Presença de ronco e pausas
microdispertares, eventos motores e
respiratórias.
respiratórios, arritmias cardíacas,
-Comportamentos noturnos: idade de alteração de gases sanguíneos.
início, horário que ocorre, frequência,
Testes de latências múltiplas do sono:
ferimentos, sonhos e se há memória
exame que avalia a sonolência diurna
do evento.
de uma forma objetiva. É realizada
-Sintomas que possam afetar o sono durante o dia, precedida de PSG e
(rinite, movimentos involuntários, consiste em cinco registros pligráficos
tosse, dispepsia, dispneia, respiração de 20 minutos cada, obtidos em
bucal, dor, zumbido, parestesia. intervalos de 2 horas. OS registros
medem o tempo que o paciente
-Hábitos de higiene do sono.
demora para adormecer e calcula a
-Condições físicas do ambiente de latência média de sono obtida. Um
dormir, se há barulho, luzes, ronco do valor inferior a 8 minutos é
cônjuge. considerado sonolência excessiva
anormal.
-Uso de medicamentos (horário e
dose). 8) Apontar os principais transtornos
do sono.
-Uso de álcool, cafeína, tabaco,
drogas ilícitas (horário e dose).
-Tratamentos já realizados e
resultados.
MÉTODOS DE MONITORIZAÇÃO DO SONO
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Insônia: dificuldade persistente de Síndrome de Kleine-LEvin: síndrome


iniciar, manter ou consolidar sono, rara e autolimitada que cursa com
ou, ainda, sono insatisfatório a sutos de hipersônia e sintomas
despeito de oportunidade adequada associados (fadiga, cefaleia).
para dormir, resultando em
Hipersônia Idiopática: sonolência
consequências negativas diurnas.
excessiva crônica, intensa e
incapacitante, de etiologia
descohecida.

Os transtornos do ritmo circadiano


são marcados por falta de paralelismo
do horário de sono com o horário
desejado ou imposto socialmente.

Narcolepsia: distúrbio neurológico


crônico de causa genética autoimune Parassonias: termo utilizado para
que é desencadeado por disfunção da definir experiências desagradáveis ou
neurotransmissão das hipocretinas, comportamentos motores durante o
levando a sonolência excessiva sono e/ou nas transições com o
crônica. despertar.
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