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• ANATOMIA PATOLÓGICA
o Classificação: - Para os adenocarcinomas do esôfago existem
✓ De acordo com o tipo histológico: classificações, de acordo com a localização. Segundo
Siewert, os tumores são classificados em 3 tipos:
- Os tumores do esôfago podem ser classificados em esôfago distal; da região da cárdia e subcárdicos.
benignos e malignos:
- Os tumores do esôfago podem ser divididos de acordo Anatomia patológica do câncer superficial do esôfago. Classificação
com a localização em: cervicais, torácicos e microscópica.
abdominais. Os tumores torácicos podem ser divididos
nos: superiores (localizados acima da bifurcação
traqueal), médios (desde a carina até o ponto médio
dessa distância ao hiato diafragmático) e os inferiores
(desse ponto médio até o hiato esofágico)
alteração no padrão da mucosa ou nenhuma
anormalidade endoscópica visível.
- A disseminação linfonodal pode ocorrer para cadeias - Disfagia progride gradualmente de sólidos pra
cervicais, torácicas e abdominais, independentemente líquidos, acompanhada de perda de peso.
da topografia do tumor. Entretanto, existem cadeias
- Desconforto retroesternal (ou precordial), pirose
onde a disseminação é preferencial.
(queimação – azia), rouquidão ou tosse.
• SINAIS E SINTOMAS
- A perda crônica de sangue gastrointestinal por câncer
de esôfago ou da JEG é comum e pode resultar em
o Patologia
anemia por deficiência de ferro.
o Carcinoma epidermoide (CEC)
- A pneumopatia aspirativa é um fenômeno
- Maioria dos tumores localizada na região média do
relacionado com a passagem do conteúdo esofágico
esôfago;
para a árvore traqueobrônquica, que pode se dar de
- Geralmente surge de pequenas lesões polipoides ou diversas formas:
placas;
1.Fístulas esofágicas (mais comuns nos tumores de
- Lesões iniciais geralmente são sutis e não terço médio);
identificadas na endoscopia
2.Refluxo causado pela obstrução na luz de esôfago;
- Lesões avançadas: massas infiltrativas e ulceradas,
3.Acometimento do nervo recorrente laríngeo,
que podem ser circunferenciais.
responsável pela dinâmica das cordas vocais que,
- Disseminação ocorre por linfonodos regionais ao quando paralisadas, além de comprometer o reflexo da
longo do esôfago na área celíaca e adjacente à aorta tosse e causar rouquidão, não promovem o
(DEPOIS PROCURAR O NOME DESSES LINFONODOS) fechamento da glote, favorecendo a passagem do
conteúdo digestivo. (fonte: abordagem multidisciplinar
o Adenocarcinoma
- As fístulas traqueobrônquicas (comunicação anormal
- Maioria localizada perto da junção esofagogástrica
do trato respiratório com o esôfago) são uma
(JEG) e está associada a evidencias endoscópicas de EB.
complicação tardia. Esses pacientes costumam
- O adenocarcinoma que surge no EB pode se apresentar tosse intratável ou pneumonias
apresentar como uma úlcera, um nódulo, uma recorrentes. A colocação de stent é o tratamento de
escolha.
- Frequentemente, ocorrem sinais ou sintomas o Investigação inicial e estadiamento
relacionados à doença metastática a distância. Os
locais mais comuns de metástases a distância são o o Investigação
fígado, pulmões, ossos e glândulas adrenais.
- Pacientes com disfagia (dificuldade de engolir)
• DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO progressiva, odinofagia (dor ao deglutir) e/ou
emagrecimento não justificável devem ser avaliados
o Rastreamento e detecção precoce com exame de endoscopia digestiva alta (EDA) com
biópsia.
- Não há exames de rastreamento válidos pra câncer de
esôfago. o Estadiamento (avaliar grau de disseminação)
Estudos que avaliaram as peças cirúrgicas e os Nesse particular, cabe destaque o emprego do acesso
linfonodos de lesões que acometiam a mucosa e minimamente invasivo no tórax, através da
submucosa identificaram a ocorrência de linfonodos videotoracoscopia que pode ser empregada na
acometidos quando a neoplasia acomete as camadas modalidade assistida (VATS) ou na forma exclusiva.
além da mucosa, especificamente além da Esse procedimento
profundidade m3 da mucosa. Dessa forma, considera- contém o racional de
se segura a realização da mucosectomia em lesões permitir uma ampla
planas ou elevadas menores que 2 cm, ou deprimidas dissecção linfonodal
sem ulceração menores que 1 cm, que acometam em no tórax reduzindo-se
profundidade as camadas m1 ou m2 da mucosa. Graus as complicações mais
progressivos de acometimento linfonodal, que variam graves decorrentes da
de 6,3 a 12,2% para as lesões m3, ou de 11,1 a 26,5% ampla toracotomia
para as lesões sm1, desencorajam esse procedimento necessária.
nessas formas mais avançadas. Lesões múltiplas ou - Aparente maior conforto do paciente submetido a
maiores que 2 cm, bem como lesões metacrônicas no esse procedimento menos invasivo vem sendo
esôfago de Barrett predizem maior recidiva. Ainda para observado, corroborado na literatura com estudos que
o adenocarcinoma, as lesões do tipo difuso de Laurèn assinalam melhor qualidade de vida e maior
(indiferenciadas) são acompanhadas de maior recidiva, preservação da função respiratória nos pacientes
portanto não devem ser tratadas com essa modalidade submetidos à esofagectomia por videotoracoscopia
de ressecção local. A mucosectomia pode também ter comparada à operação aberta.
emprego adicional em situação diagnóstica. Quando
áreas de esôfago de Barrett, com alterações do epitélio
Esofagectomia transdiafragmática ou à distância no diagnóstico96. Nesse contexto, a
radioterapia e a quimioterapia são modalidades de
Esse procedimento que consiste na dissecção do
tratamento importantes, podendo ser utilizadas de
esôfago por via combinada cervical e abdominal. As
forma exclusiva ou combinada.
principais indicações dessa via de acesso para a
esofagectomia são: tumores intramucosos do esôfago, o Radioterapia exclusiva
situações de indicação de esofagectomia paliativa,
- No tratamento da doença localmente avançada, a
situações de contraindicação para toracotomia e
radioterapia exclusiva tem sido cada vez menos
tumores da junção esofagogástrica.
utilizada, pois há grande evidência de que o tratamento
Adenocarcinoma da junção esofagogástrica combinado, consistindo de irradiação e quimioterapia,
é superior à radioterapia isolada. Em geral, a irradiação
Os adenocarcinomas da junção esofagogástrica (JEG)
isolada como tratamento primário é reservada a
constituem hoje a principal indicação da via
pacientes sem condições clínicas para receber o
transdiafragmática. Esse acesso permite avaliar as
tratamento combinado.
lesões da JEG e subdividi-las do ponto de vista
topográfico. o Quimioterapia e radioterapia exclusivas
o Doença metastática