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Gastrointestinal I
Relevância: Alta
Todos as aulas da Mentoria possuem relevância moderada, alta ou muito alta,
baseado na incidência nas provas de residência médica dos últimos 5 anos.
Oncologia Gastrointestinal I
Tema fundamental, muito frequente nas provas Clínica Médica e Cirurgia Geral e considerado
difícil pela maioria dos candidatos. É o tipo de assunto que diferencia os concorrentes às vagas!
Mas fique tranquilo(a): com um bom estudo direcionado e revisão constante, você será capaz de
acertar a maioria das questões.
• Adenocarcinoma:
Tipo histológico com incidência crescente, inclusive já é o mais comum nos EUA. Seu
grande fator de risco é a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), obesidade e o esôfago
de Barret! Costuma aparecer no terço distal do órgão.
Endoscopia demonstrando áreas de metaplasia intestinal (áreas em “cor de salmão”) no esôfago, conhecida como
“Esôfago de Barret”.
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Oncologia Gastrointestinal I
O quadro clínico do câncer de esôfago só costuma aparecer quando o tumor já está mais avançado,
causando obstrução mecânica do órgão. Basicamente, você terá no seu enunciado um paciente
com disfagia progressiva + perda ponderal.
Outra manifestação que pode levantar a suspeita da doença é a anemia ferropriva, alteração
relacionada a qualquer câncer de trato gastrointestinal.
OBS: os exames endoscópicos são essenciais para o diagnóstico dos tumores gastrointestinais,
seja a EDA no câncer de esôfago e estômago, ou a colonoscopia no câncer colorretal.
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Oncologia Gastrointestinal I
Conduta e estadiamento
Os estadiamentos dos tumores gastrointestinais possuem muitas semelhanças, e nós
recomendamos que você memorize pelo menos as seguintes informações:
Estadiamento T
T3 Atinge adventícia.
• Broncofibroscopia: usado nos tumores de terço médio e proximal para avaliar possível
invasão brônquica.
• Mucosectomia endoscópica: utilizada nos raros casos em que o tumor está restrito à
mucosa (T1a).
• Tratamento paliativo: pode ser feito com stents, dilatadores, RT paliativa, gastrostomia, etc.
Essa é a conduta em todo caso de doença metastática (M1) ou tumor primário inoperável.
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Oncologia Gastrointestinal I
Esofagectomia
Procedimento extremamente agressivo e complexo, que pode ser feito com 3 técnicas diferentes…
e como sempre, as bancas gostam de compará-las!
Câncer de estômago
Esôfago
Fundo
Cárdia
Piloro
Corpo
Canal
Pilórico
Duodeno
Antro
Segundo tipo de câncer que mais mata no mundo (só atrás do pulmonar), dado justificado pela alta
incidência em países asiáticos muito populosos.
No entanto, a incidência vem caindo na maior parte do mundo por razões desconhecidas, com
exceção do tumor localizada na cárdia - este se tornando mais comum e relacionado ao esôfago
de Barret e à doença do refluxo.
Nas provas, os principais assuntos cobrados são as suas classificações (comparações), além de
alguns pontos da conduta.
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Oncologia Gastrointestinal I
Sexo masculino
Tabagismo
Anemia perniciosa
Classificação de Borrmann
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Oncologia Gastrointestinal I
Classificação de Lauren
Classificação de Lauren
Acantose nigricans em região do pescoço. Sinal comum em pacientes com resistência aumentada à insulina,
mas também está associada ao câncer de estômago.
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Oncologia Gastrointestinal I
IMPORTANTE: existem alguns sinais clínicos do câncer gástrico, que indicam uma doença incurável.
As bancas adoram usá-los nos enunciados, o que já determina uma conduta paliativa.
Os principais deles são:
• Além deles, qualquer descrição de metástase à distância também é sinal de doença incurável.
Estadiamento e conduta
O estadiamento T e os principais exames utilizados (TC de tórax e abdome, além da
ultrassonografia endoscópica) no câncer de estômago são muito semelhantes aos do câncer de
esôfago. A diferença é que no tumor de estômago, caso os exames apontem para uma doença
curável (sem metástases e ressecável), o cirurgião normalmente faz uma videolaparoscopia
diagnóstica para se certificar que realmente não há metástases peritoneais e que a cirurgia
aberta com intenção curativa está indicada.
• Mucosectomia endoscópica: tumor restrito à mucosa (T1a) + subtipo intestinal + lesão não
ulcerada (similar, porém indicação ainda mais restrita do que no câncer de esôfago).
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• QT + RT adjuvantes: todo tumor operado que atingiu pelo menos a adventícia (T3+) ou
com invasão de linfonodos (N+). Perceba que no CA de esôfago, esse tipo de tratamento
é normalmente neoadjuvante (antes da cirurgia), ao contrário do que costuma ocorrer no
CA de estômago. Algumas referências recomendam QT + RT adjuvantes para tumores
mais precoces (T2N0), mas isso dificilmente será cobrado em prova.
• Tratamento paliativo: pode ser feita gastrectomia paliativa, bypass gástrico, RT e/ou
QT paliativos, jejunostomia, etc. Está indicado em todos os tumores gástricos M1 (com
metástases).
Vamos ver como as bancas cobram esses conceitos com uma questão que caiu na prova:
(HSM-DF - 2019) Considere um paciente de 68 anos de idade com histórico de dor epigástrica há
três meses. Ele realizou endoscopia digestiva alta com achado de lesão de 2 cm em antrogástrico,
Bormann II, cuja biópsia mostrou adenocarcinoma do tipo intestinal, com células em anel de sinete.
Realizou estadiamento clínico que sugeriu T2, sem evidências de metástases linfonodais ou a
distância. Com relação a esse caso clínico, a conduta indicada é:
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Gabarito: letra D.
• Linfomas gástricos:
Representam aproximadamente 5% dos tumores localizados no estômago. O tipo mais
comum é o Linfoma não-Hodgkin (LNH) difuso de grandes células B e o segundo mais
frequente é o Linfoma de zona marginal extranodal do tipo MALT (conhecido como
Linfoma MALT). Um CCQ fácil que as bancas cobram dentro do tema é saber que o
estômago é o principal sítio extranodal dos LNH.
Para as suas provas de residência, o mais importante é você saber que o tratamento
do linfoma MALT envolve a erradicação do Helicobacter Pylori. Tal conduta muitas
vezes é suficiente para curar a doença, sem necessidade de cirurgia ou qualquer
outro tratamento. Este é o CCQ mais cobrado pelas bancas, sobre linfoma gástrico,
disparadamente! Se após erradicação não houver cura, a quimioterapia é o tratamento
de escolha.
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