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Neoplásia gástrica

Definição
Neoplasia
gástrica

Tumores Tumores
benignos malignos

Pâncreas Adenocarci- Linfoma Sarcomas


Pólipos
ectópico noma gástrico gástricos
Pólipos gástricos
• Achados incidental na EDA – 2 a 3%

• Tipos:
– Pólipos de glândulas fúndicas
– Pólipos hiperplásicos
– Pólipos adenomatosos
Pólipos de glândulas fúndicas
• Epidemiologia:
– 47% de todos os pólipos gástricos
– Esporádicos – na maioria dos casos
– 53% - polipose adenomatosa familiar ou
síndrome de Gardner
– Neoplasias colorretais em mais de 60%
Pólipos de glândulas fúndicas
• Características:
– Tipicamente – lesões sésseis de 2 a 3cm
– Corpo e fundo gástrico
– Mucosa saudável
– Não apresentam potencial maligno
Pólipos hiperplásicos

• Epidemiologia
– Estão entre os mais observados
– 28 a 75% de todos os pólipos gástricos
– 40 a 75% relação com gastrite crônica atrófica (H. pylori)
– Adenocarcinoma franco em 2%
Pólipos hiperplásicos
• Caracteristicas:
– Tipicamente:
• Menos de 1,5cm de tamanho
– Alterações displásicas ocasionalmente
Pólipos adenomatosos
• Epidemiologia
– 10% de todos os pólipos gástricos
– 21% casos com Adenocarcinoma gástrico - marcador
– Risco aumentado: tamanho maior e histologia vilosa
– Pólipos > 4cm: 40% abriga carcinoma
Pólipos adenomatosos
• Características
– Risco indistinto para malignidade
– Antrais, sésseis, solitários e com erosões
– Apresentação: tubulares, tubulo-vilosos ou vilosos
Pólipos adenomatosos
Adenocarcinoma
• Tratamento
– Polipectomia endoscópica - Indicações:
• <2cm
• Pólipos com áreas de TU invasivos
• Pólipos sintomáticos secundários a dor ou sangramento

– Endoscopias seriadas – risco de carcinoma coincidente


Pâncreas ectópico
• Surge durante o desenvolvimento embrionário

• Implantado na parede intestinal e levado para


sua localização final

• Epidemiologia:
– 1 a 2% nas autópsias
– 70% no estômago, duodeno e jejuno
Pâncreas ectópico
• Clínica:
– Assintomático no estômago - maioria
– Sintomas de doença ulcerosa péptica
– Dor abdominal, desconforto epigástrico, náuseas e
vômitos, sangramento
• Tratamento cirúrgico
Pâncreas ectópico
• Exames complementares:
– EDA: massa
– Ultrassonografia endoscópica(USE)
– Biópsia orientada
Tumores malignos
Adenocarcinoma
• Epidemiologia
• Fatores de risco
• Patologia
• Quadro clínico
• Avaliação pré-operatória
• Tratamento
• Prognóstico
Adenocarcinoma
• Epidemiologia:
– Câncer mais comum no mundo – década de 80
– Atualmente é o 2º - ultrapassado pelo câncer pulmonar
– Altas taxas – Japão e partes da América do Sul
– É o 14º câncer mais comum nos Estados Unidos
Adenocarcinoma
• Epidemiologia:
– H:M=2:1
– Homens negros > homens brancos
– Aumenta com a idade – pico na 7ª década
– Sítio : estômago distal para o proximal
– Aumento da incidência na cárdia gástrica
Fatores de risco
Nutricional
Consumo baixo de gorduras ou de proteínas
Carne ou peixe salgados
Consumo elevado de nitratos
Elevado consumo de carboidratos complexos
Ambiental
Preparo alimentar pobre(defumado, salgado)
Falta de refrigeração
Água de má qualidade(de poço)
Tabagismo
Social
Classe social baixa
Clínico
Cirúrgia gástrica prévia
Infecção pelo H. pylori
Atrofia gástrica e gastrite
Pólipos adenomatosos
Gênero masculino
Adenocarcinoma
• Patologia:
– Sistema de Borrmann: classificação em 5
tipos dependendo da aparência macroscópica
da lesão
– Sistema de Lauren: separa em gástrico ou
difuso com base na histologia
– Sistema TNM
Quadro clínico
• Não apresenta sintomas específicos na
evolução – dor epigástrica
• Sangramento significativo é raro – 15%
• Doença avançada: anorexia, perda de peso,
fadiga ou vômitos
Quadro clínico
• Os sintomas freqüentemente refletem o sítio de
origem do tumor (TU)
– TU proximas (junção GE): disfagia
– TU distais antrais: obstrução da saída do trato
gástrico
– Mural: distensibilidade reduzida do estômago e
queixas de saciedade precoce

• Sinais clínicos desenvolvem-se tardiamente –
doença localmente avançada ou metástase
– Massa abdominal palpável
– Linfonodo supraclavicular palpável (Virchow)
ou periumbilical (Irmã Maria José)
– Metástases peritoneais palpáveis pelo exame
retal (Prateleira de Blummer)
– Massa ovariana palpável (TU de Krukenberg)
– Evolução: Hepatomegalia secundária a
metástases, icterícia, ascite, caquexia
Avaliação Pré-operatória
• Endoscopia superior flexível – escolha
– 7 ou mais biópsias da cratera ulcerosa
Tratamento Cirúrgico
• Deve ser adaptado à extensão e a
localização
• Na ausência de disseminação metastática
a distancia = ressecção agressiva
• Ressecção de pelo menos 6cm da massa
– Extensa disseminação intramural
– Assegurar taxa reduzida de recorrência
Tratamento Cirúrgico
• Procedimento ideal: localização e
disseminação
• Tu proximais quando vistos são mais
avançados que os Tu distais
• Tu proximais: gastrectomia total ou
ressecção gástrica proximal
Tratamento paliativo
• 20 a 30% dos pacientes apresentam o câncer
no estádio IV
• Alivio dos sintomas com morbidade mínima
• Paliação cirúrgica x não cirúrgica
• Paliação cirúrgica: ressecção ou bypass isolado
ou em conjunto com técnicas percutâneas,
endoscópicas ou radioterapêuticas

• Paliação não cirúrgica: recanalização com laser,


dilatação endoscópica, com ou sem colocação
de prótese
Terapia adjuvante
• Melhora a sobrevida global
• Esquema: quimio + ressecção completa
– T3, T4 ou positivos para nódulos
Prognóstico
• Globalmente:
– Sobrevida em cinco anos após diagnóstico:
10 a 21%
Vigilância
• Todos os pacientes
• A maioria das recidivas nos primeiros 3 anos

• 1º ano: 4/4 meses


• 2º e 3º ano: 6/6 meses
• A seguir: anual
Vigilância
• Clínica
• Exame físico
• Exames complementares:
– Laboratoriais: hemograma, função hepática
– Imagem: Rx tórax, TC de abdome e pelve -
ACM
Linfoma gástrico
• Epidemiologia
– O estômago é o sítio mais comum do TGI
– Linfoma gástrico primário – relativamente
incomum
• < 15% das malignidades gástricas e 2% dos linfomas
– Pacientes mais velhos: 6 e 7º década
– H:M=2:1
– Mas comum no antro gástrico
Linfoma gástrico
• O paciente é considerado como tendo
linfoma gástrico se:
– Estômago for o local exclusivo ou
– Predominante da doença
• Clínica:
– Sintomas vagos freqüentemente: dor
epigástrica, saciedade precoce, fadiga

– Sintomas B constitucionais - raros


Linfoma gástrico
• Avaliação:
– EDA – gastrite inespecífica ou ulcerações
gástricas
– USE: determinar a profundidade da invasão
– Metástase
– Linfonodo aumentado = biópsia
– Teste de H. pylori – histologia e sorologia(SN)
Estadiamento
• Melhor – controverso
• Quando possível – TNM
– Critérios para o carcinoma gástrico
Tratamento
• Quimio + radio
• Cirurgia: controverso
Sarcomas gástricos
• Epidemiologia
– Provém de componentes mesenquimais da
parede gástrica
– 3% das malignidades gástricas
– Tumor estromal gastrointestinal(GIST) – TU
mesenquimal mais comum do TGI
• 60 a 70% - estômago
• Após 4ª década – idade média de 60 anos
Sarcomas gástricos - Patologia
• GIST – antes classificados como leiomiomas ou
leiomiosarcomas

• Parecem originar da muscular própria – cél,


Cajal(cel. Marcapasso do TGI, regulam a motilidade
)

• TU mesenquimal celular, células fusiformes


Sarcomas gástricos - Estadiamento
• Não existe sistema atual de estadiamento
Sarcomas gástricos
• Clínica:
– Sangramento intestinal
– Dor ou dispepsia
• Avaliação:
– EDA
– TC: avalia melhor a extensão
– Biópsia endoscópica – diagnóstica em 50%
• Apenas se os resultados desaconselharem
cirurgia
Tratamento
• Cirurgico:
– Ressecção com margens negativas
• Inc

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