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Fatores de risco:
→Histórico familiar:
- Os indivíduos com antecedentes familiares de câncer da próstata têm maior
chance de desenvolver a doença.
- Os riscos aumentam duas vezes quando um parente de 1o grau (pai ou irmão) é
acometido pelo problema, três vezes quando dois parentes de 1o grau são portadores do
tumor e cinco vezes quando três parentes de 1o grau têm a doença
-Nos casos hereditários, esse câncer manifesta-se mais precocemente, muitas vezes
antes dos 50 anos, como se recomenda habitualmente.
→Etnia:
-Indivíduos negros têm risco 80% maior de desenvolver câncer da próstata do
que os brancos, ao passo que nos homens de raça amarela ou nos índios essa chance é
10 vezes menor. Tanto por causa de acesso a tratamento ou a causas intrínsecas
História natural da doença:
-A evolução dos pacientes com câncer da próstata é relativamente imprevisível,
com casos de rápida disseminação da neoplasia antes mesmo de surgirem sintomas
locais, e casos de evolução lenta e indolente, com lesões que permanecem estacionárias.
-.O estágio inicial do tumor, o seu grau histológico de diferenciação celular e as medidas
do antígeno prostático específico (PSA) no sangue representam os principais métodos
de previsão prognóstica
-A penetração da cápsula prostática pelo câncer é um evento comum, e ocorre com
freqüência ao longo dos espaços perineurais. A invasão da vesícula seminal está
associada a grande probabilidade de doença regional ou distante. CaP localmente
avançado pode invadir o trígono vesical, resultando em obstrução ureteral. É digno de
nota que o envolvimento retal é raro, pois a fáscia de Denonvilliers representa uma
barreira robusta.
-Com maior freqüência, metástases linfáticas são identificadas na cadeia dos nodos
linfáticos obturadores. Outros locais de envolvimento nodal são os linfonodos ilíaco
comum, pré-sacral e periaórtico
-O esqueleto axial é o local mais comum de metástases distantes, e é muito freqüente o
envolvimento da coluna vertebral lombar.
- Pacientes com tumores localizados costumam evidenciar níveis séricos inferiores a 10
ng/ml, nos casos de doença extraprostática restrita à região pélvica esses níveis
costumam se situar entre 20 e 80 ng/ml e quando a neoplasia se dissemina os valores
de PSA ultrapassam 100 ng/ml
Clínica
-O aparecimento súbito de dificuldade urinária em um paciente com padrão miccional
satisfatório é manifestação comum em câncer da próstata.
(Em casos de hiperplasia benigna, os sintomas obstrutivos urinários tendem a evoluir de
forma lenta.)
-Menos comumente, pacientes com câncer da próstata podem apresentar
dores ósseas, uremia, anemia, perda de peso, adenopatia cervical ou inguinal, linfedema
ou trombose venosa de membros inferiores e hemospermia, como primeira
manifestação da doença.
Diagnóstico:
- Toque prostático: o toque digital tem sensibilidade diagnóstica que varia
de 40 a 80%, dependendo do tipo de paciente que está sendo avaliado.
- PSA:
→Sob o ponto de vista prático, níveis séricos
de PSA inferiores a 2,5 ng/ml em pacientes
com toque prostático normal são
acompanhados de riscos desprezíveis de
presença de câncer na próstata.
→ os níveis de PSA situarem-se entre 2,5
ng/ml e 10 ng/ml, a chance de existir
neoplasia prostática varia de 23 a 40%
→ os valores de PSA superam 10 ng/ml, o
risco de se identificar câncer na próstata é de 55%
(Por esses números, pode-se compreender que os homens com PSA acima de 2,5 ng/ml
devem ser submetidos à biópsia da próstata, se não existirem outras razões para
explicar tal elevação (processos infecciosos locais, idade muito avançada, próstata de
grande volume por hiperplasia benigna)
Tratamento:
-Deve-se levar principalmente em consideração a extensão, o grau histológico do tumor e
as condições gerais do paciente.
-Os tumores localizados inteiramente dentro da glândula (estágios T1 e T2) são mais bem
controlados através de cirurgia ou radioterapia.
-Quando o câncer atinge os envoltórios da próstata (estágio T3), costuma-se indicar
tratamento radioterápico associado à terapêutica hormonal anti-androgênica.
-Finalmente, quando o tumor se estende para outros órgãos (estágios T1-T3,N+, M+), a
doença é tratada com castração ou hormônios anti-androgênicos.
Patologia
-As características citológicas de CaP são: núcleos hipercromáticos, aumentados de
tamanho e com nucléolos evidentes.
-Muitas vezes, o citoplasma fica com tonalidade ligeiramente azulada ou basofílica, o
que pode ajudar no diagnóstico.
-camada das células basais está ausente em casos de CaP
- Se houver alguma dúvida no diagnóstico de CaP, será válido obter uma coloração
imunoistoquímica de ceratina de alto peso molecular, pois ocorre coloração preferencial
das células basais. Assim, a ausência de coloração é consistente com CaP.
-Neoplasia intra-epitelial prostática (PIN) é o precursor do CaP invasivo. O aspecto
diferenciador fundamental do CaP invasivo é a ausência da camada das células basais da
arquitetura glandular. Embora PIN tenha as características citológicas do CaP, a camada
de células basais está presente. Comumente, PIN é classificada em duas categorias: de
alto grau (PINAG) e de baixo grau (PINBG).
Quando detectada por biópsia de próstata por agulha, em geral há associação entre PIN
e CaP invasivo em aproximadamente 50 a 80% dos casos, enquanto PINGB está
associada a CaP invasivo em apenas cerca de 20% dos casos.
Diagnóstico Diferencial
-Nem todos os pacientes com concentração elevada de PSA têm CaP. Outros fatores que
elevam o nível sérico de PSA são: HPB, instrumentação uretral, infecção, infarto de
próstata ou massagem prostática vigorosa.
-O endurecimento da próstata está associado não apenas a casos de CaP, mas também
com prostatite granulomatosa crônica, realização prévia de RTUP ou biópsia por agulha,
ou cálculos prostáticos.
-Lesões escleróticas nas radiografias simples e níveis elevados de fosfatase alcalina
podem ser observados em casos de doença de Paget, e muitas vezes pode ser difícil
diferenciar entre essa moléstia e CaP metastático. Na doença de Paget, em geral os
níveis de PSA estão normais, e os achados radiológicos demonstram espessamento
cortical subperiosteal.
Câncer de Testículo
- Infrequente, porém o mais comum entre 15 e 35 anos → preservação fertilidade
Fatores de risco:
- Criptorquidia
- Atrofia testicular
- Uso recreativo da maconha
- Prematuridade
- Abuso de álcool e tabaco e uso de estrógenos na gestação
Diagnóstico:
- Palpação testicular, c/ achado de aumento do volume testicular com nodulação
palpável - autoexame
- US de bolsa testicular
- Marcadores tumorais: alfa feto proteína, HCG fração beta, Desidrogenase láctea
(DHL) - volume tumoral
Estadiamento:
- Tc tórax e abdome
- RNM
- Pet scan
Tratamento:
- Orquiectomia radical por via inguinal
- Orquiectomia parcial (restrita h<2cm)
- RTX
- QTX
Patologia:
- Tumores germinativos: seminomatosos e não seminomatosos
- Diferença na agressividade
- Seminoma4 clássico, espermatócito, anaplásico
- Não seminomas: tumor de seio endodérmico, teratocarcinoma, ca embrionário, Saco
vitelínico (yolk sac), coriocarcinoma, teratoma maduro e imaturo
Câncer de Pênis:
Epidemiologia
- Maior incidência na América do sul, ásia e áfrica
- Fatores de risco: má higiene, fimose, tabagismo, infecções por HPV subtipos 16 e 18
- Associação baixo desenvolvimento socioeconômico
Patologia:
- 97% Carcinoma espinocelular (CEC)
- Fundamental realização de biópsia excional
- Estadiamento:
- TC + RNM de pelve
Tratamento:
- Penectomia parcial
- Penectomia radical (emasculação)
- Linfadenectomia inguinal e pélvica
- QTX + RTX