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O câncer de próstata é um mal conhecido e famigerado entre a sociedade, sendo o quinto

mais ocorrente em escala mundial, sobre ambos os sexos, e o segundo mais ocorrente entre os
homens.

Sabe-se que a próstata é uma glândula endócrina específica masculina, onde, nela é secretado
o líquido prostático, cujo tal, tem sua fundamental importância no processo de alcalinizacão
vaginal e espermática. A glândula prostática confere, geralmente, dimensões de 3cm de
comprimento, 4cm de largura e 2cm de profundidade antero-posterior - classicamente
comparada ao tamanho de uma "noz".

Uma ameaça fatal e silenciosa, tendo, respectivamente, sua taxa de mortalidade em torno de
23 mortes a cada 100.000 homens no ano de 2005, cuja taxa geralmente maior em países
desenvolvidos (ABOUASSALY et al, 2012 & DARVES-BORNOZ et al, 2014).
As origens do acometimento de câncer de próstata pode ser dividido em dois grupos:
epiteliais e estromais.

Suas classificações de risco são abrangentes, sendo elas, respectivamente, as de muito baixo
risco: são aquelas em que o paciente tem poucas chances de que o tumor o leve a óbito em 20
anos; as de baixo risco: são aquelas onde é recomendada a prostatectomia ou radioterapia; as
de risco intermediário: são aquelas onde a terapia hormonal, cirurgia e radioterapia são as
melhores indicações; e a classificação de alto risco: onde a prostatectomia e radioterapia são
escolhas primárias. A terapia hormonal tbm costuma ser selecionada em casos metastáticos
do câncer de próstata.
Ao paciente recentemente diagnosticado com a grave doença, é orientado a boa relação com
seu médico, e as indicações de tratamento podem variar muito de acordo com a condição e o
caso individual do paciente. Os estágios do câncer de próstata são classificados de acordo
com o sistema Whitmore e Jewett (1956): TNM.
O "T" faz referência a presença do tumor primário e demais características no formato de
porcentagem de células cancerosas, meio de descoberta do tumor, etc. O "N" refere-se a
linfonodos, sobre a presença (ou não) de extensão linfonodal no tumor. O "M" se refere a
presença de metástase. (COOPERBERG et al, 2013 & LOEB et al, 2012).

O diagnóstico deve ser feito através do ultrassom transretal, onde são extraídos 12 "pedaços"
da próstata para avaliação, onde um médico patologista avalia as células e define se esta é
normal, benigna ou cancerosa. Em caso de câncer, o patologista expressa laudo na Graduação
Histológica do Sistema de Gleason, onde a gravidade de área tumoral é avaliada de 1 a 5 (1
menos agressivo, 5 mais agressivo) (LOEB et al, 2012). Tais números são somados, a partir
dessa soma surge uma outra escala, de 2 a 10, e, com base em Gleason, podemos estabelecer:
Gleason de 2 a 4: aproximadamente 25% de chance do tumor metastar em anos, afetando a
sobrevida; Gleason de 5 a 7: aproximadamente 50% de chance; Gleason de 8 a 10: 75% de
chance.

Sabemos que o PSA é um dos marcadores tumorais mais populares, onde seu "surgimento"
pode estar relacionado com a presença de neoplasias, os marcadores tumorais apresentam
diversos formatos examináveis, como: porcentagem livre de PSA, velocidade e densidade de
PSA, PSA inativo, IGF-1, hK2, PCA3, entre outros.
O PSA não pode ser usado isoladamente para predição das características tumorais, mas
apesar disso, seus valores aumentados, especialmente acima de 10ng/ml, são sugestivos de
maiores gravidades tumorais.

O câncer de próstata pode acometer qualquer grupo étnico ou social, predomina em homens
negros, idosos e com maior nível socioeconômico. Por ser silencioso e potencialmente
curável, o toque retal anual é sumariamente recomendável aos homens com idade entre 40 e
75 anos, ficando a utilização de PSA restritos aos casos específicos. O diagnóstico só pode
ser feito a partir da análise da biópsia e o tratamento deve ser guiado com base nesse
resultado.

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