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CÂNCER DE PRÓSTATA

1. O que é?
Câncer de próstata é o tumor que afeta a próstata, glândula localizada abaixo
da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis.
O câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.
Embora seja uma doença comum, por medo ou por desconhecimento muitos homens
preferem não conversar sobre esse assunto. Além de ser a segunda causa de morte
por câncer em homens no Brasil, com mais de 14 mil óbitos.

2. Sintomas e Sinais

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando


apresenta, os mais comuns são:

• dificuldade de urinar;
• demora em começar e terminar de urinar;
• sangue na urina;
• diminuição do jato de urina;
• necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

A maioria desses problemas pode ser provocada por outras condições clínicas,
além do câncer de próstata. Por exemplo, o aumento da frequência urinária é muito
mais comumente causado por hiperplasia prostática benigna (crescimento benigno
da próstata). Dessa forma, é importante manter o médico informado sobre qualquer
um desses sintomas para que a causa seja diagnosticada e, se necessário, iniciado
o tratamento.

3. Quais os fatores de risco?


• Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens
diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
• Histórico de câncer na família: homens cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer
de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
• Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de
próstata em homens com peso corporal mais elevado.
• Doenças sexualmente transmissíveis. Doenças sexualmente transmissíveis,
como gonorreia ou clamídia, podem aumentar o risco de câncer de próstata,
possivelmente levando a inflamação da próstata. Até agora, os estudos não
são conclusivos.
• Tabagismo. A maioria dos estudos não encontrou uma ligação entre tabagismo
e o risco de desenvolvimento de câncer de próstata. Alguns estudos
associaram o tabagismo a um possível aumento no risco de morte por câncer
de próstata, mas esta é uma descoberta que terá de ser confirmada por outros
estudos.
• Exposição ocupacional. Existe alguma evidência de que bombeiros expostos
a produtos de combustão tóxica têm um risco aumentado de câncer de
próstata.
• Inflamação da próstata. Alguns estudos têm sugerido que a prostatite
(inflamação da próstata) pode ser associada a um risco aumentado de câncer
de próstata. A inflamação é muitas vezes diagnosticada em amostras de
tecido da próstata, que também contêm câncer. A ligação entre os dois ainda
não está clara, mas essa é uma área ativa de pesquisa.
4. Diagnóstico

Para investigar os sinais e sintomas de um câncer de próstata e descobrir se


a doença está presente ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais.

• Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata,


introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame
permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
• Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma
proteína produzida pela próstata - Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis
altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas
da próstata.
5. Tratamentos

O câncer de próstata é feito por meio de uma ou de várias


modalidades/técnicas de tratamento, que podem ser combinadas ou não. A principal
delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com radioterapia e tratamento
hormonal, conforme cada caso.
Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado
com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns
casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se
espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento
hormonal, além de tratamentos paliativos.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico


especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores
resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do
paciente.

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