Você está na página 1de 5

Câncer de Próstata

 O que é próstata?
Glândula que tem função de produção de parte do sêmen (nutrição dos espermatozoides) e
auxílio no controle urinário.
Tem tamanho e forma de uma noz – fica envolta da uretra, justaposta à bexiga.

 Informações:
 Câncer indolente – cresce devagar.
 A incidência aumenta com a idade.

 Diagnóstico Diferencial:
 HPB – Hiperplasia Prostática Benigna.
É uma doença também relacionada ao envelhecimento e, frequentemente, se inicia após os 45
anos e leva a um aumento lento e progressivo da glândula.
Ela cresce em torno da uretra, já o CA é mais periférico, o que de uma certa forma é bom,
porque consigo palpar com o toque retal.
Sintomas:
- Urinários – em geral, surgem na sexta década de vida: Hesitação para iniciar a micção,
aumento da frequência, sensação de resíduo e gotejamento pós-micção.

Em geral, a hipertrofia do músculo detrusor da bexiga compensa a compressão da uretra.


O PSA (antígeno prostático específico) – normal = até 4.
Na HPB vai estar elevado, porém menor ou igual a 10 ng/ml.
No toque retal, próstata com consistência de borracha – não vai estar endurecida, não terá
nódulos.

 O Câncer de Próstata:
 Geralmente, na periferia da glândula.
 Toque retal – capaz de detectar 1 ou mais nódulos, geralmente endurecidos e irregulares.
 É CA assintomático nas fases iniciais – 90% dos casos.
Quanto o doente chega com sintoma, a doença no geral já está avançada.
 Progressão Lenta – tempo de replicação tumoral de cerca de 2 a 3 anos.
 É Adenocarcinoma em 98% dos casos.

 Fatores de Risco:
 Idade – a maioria dos casos acontecem a partir dos 65 anos.
 História Familiar – parente de primeiro grau aumenta 2x
 Raça Negra.
 Mutações BRCA1 e BRCA2
 Síndrome de Lynch(Ca colorretal hereditário)
 Obesidade – não está relacionado à incidência e sim a tumores de pior prognóstico.
 Dieta – consumo aumentado de lácteos e gordura animal, mas isso não é algo fechado.
 Diagnóstico:
 História.

Se é uma coisa progressiva (o jato foi diminuindo, começou a hesitar no início da micção aos
poucos) penso em HPB, mas se foi abrupto penso em CA.
 Exame Físico – Toque Retal.

 PSA.

PSA E TOQUE RETAL TEM QUE SER FEITOS SEMPRE JUNTOS, OS DOIS DEVEM SER FEITOS.
 Biopsia guiada por USG – diagnóstico de certeza.
Sempre bilateral, geralmente 12 fragmentos, no mínimo.

 Exames Complementares:
- RNM Multiparamétrica – serve para ver a extensão da próstata.
 Classificação Histopatológica:
Escala de Gleason – no CA de próstata o estadiamento e o prognostico são definidos tanto pela
extensão do tumor (TNM), quanto pelo valor do PSA, quanto pelo Gleason.
 Essa é uma que vai de 1 a 5.
1 – Mais diferenciado – célula que é mais parecida com o tecido normal.
5 – Menos diferenciado.
Melhor, sempre menor.
 Como é dado o Gleason?
Somo a nota/score do padrão mais frequente.
Ex: 12 fragmentos – em 5 fragmentos apareceu Gleason 4, em 4 fragmentos apareceu Gleason
3, no resto Gleason.
Qual a nota? 7 – Somo os dois padrões que mais apareceram.
 Neoplasias bem diferenciadas:
Gleason 6 ou menos.
Score abaixo de 5 favorece conduta expectante.
 Neoplasias moderadamente diferenciadas – 7.
 Neoplasias pouco diferenciadas - 8 a 10.

 Estadiamento:
O que define?
PSA, TNM e Gleason.

RNM – me ajuda a ver extensão local.


Cintilografia – me ajuda a ver metástase óssea – osso é um sítio muito comum de metástases
de CA de próstata.

Resultados Suspeitos Histopatológico:


PIN – neoplasia intraepitelial – pode ser baixo ou alto grau -> acompanho clinicamente.
ASAP – Atipia Glandular – proliferação de células atípicas -> Presença de CA em 55% dos
canceres, repetir biopsia 2 meses depois.
PIA – Atrofia Inflamatória Proliferativa – células menores que o habitual e inflamação -> pode
estar associado a PIN de alto grau ou CA.

 Tratamento:
 Vigilância Ativa – fiz o diagnostico e opto por não intervir no momento e fico
acompanhando com PSA, Toque Retal e eventualmente, biopsia.
Faço isso para paciente com Gleason mais baixo, doença localizada.
 Prostatectomia Radical – retira a próstata, vesícula seminal e gânglios – pode ser feita
aberta, laparoscópica ou robótica – é o padrão-ouro de tratamento.
Mas, para indicar, eu preciso avaliar uma série de fatores do meu paciente – idade,
comorbidade, expectativa de vida.
Complicações: 40 a 50% dos pacientes submetidos à cirurgia.
 Radioterapia e Braquiterapia (“sementinhas radioativas” que irradiam localmente).
Também pode dar impotência.
 Bloqueio Androgênico:
Se aplica aos doentes com doença avançada, não tem proposta curativa.
Nesse caso, bloqueia a ação dos androgênios – tanto por medicação quanto por orquiectomia
(retirada dos testículos).
 Quimioterapia: Indicada para um percentual pequeno de doentes, que só tornam
resistentes ao bloqueio androgênico.

 Bifosfonato:
Remédios que diminuem a osteólise (destruição óssea), utilizados quanto os doentes têm
metástases óssea.
 Corticoides:
Inibe a produção de andrógenos e tem efeito anti-inflamatório.
Diminui dor também.
 Novos inibidores hormonais e novas drogas radioativas – FUTURO.

 Rastreamento:

Você também pode gostar