PARTE 1

Introdução
Olá, leitor. Como está você?

Quero contar-lhe que é com mais satisfação que escrevo este e-book. Com ele,
posso partilhar minha experiência pessoal com a minha próstata, um assunto
importante deste Novembro Azul.

A partir de uma certa idade, os homens costumam ficar mais atentos à saúde da
próstata. Mas isso acontece não porque o indivíduo decide mudar hábitos e ter
uma rotina mais saudável. Ele tem, em realidade, medo do exame de toque e
das consequências que um possível aumento prostático venha trazer, como até
mesmo uma cirurgia.

Não é preciso, entretanto, temer. A prevenção e o cuidado diário com a próstata

ainda são a melhor maneira de evitar problemas deste gabarito. E é sobre isso
que este e-book trata.

Eu mesmo, Dr. Nelson Annunciato, já estive em seu lugar, temendo doenças e

tratamentos invasivos.

Recebi um diagnóstico de hiperplasia prostática e, sem intervenções cirúrgicas,

desviei desse destino que ainda afeta tantos companheiros nossos.

Eu e a Jolivi oferecemos recomendações para que você não seja o próximo.

Antes de tudo, porém, creio que seja conveniente compreender por que cuidar
da próstata é importante.

Onde está a próstata?

A próstata é uma glândula pequena que fica escondida dentro da pelve do

homem, perto da região anal, entre a bolsa escrotal e o ânus. Tem o tamanho de
uma noz e, em um homem jovem, pesa em torno de 15 a 20g.

Já dentro do corpo humano, ela se localiza logo abaixo da bexiga, envolvendo a

uretra (canal por onde urinamos) e fica anterior ao reto (canal por onde passam
as fezes). Por ela estar bem na frente do reto, sua parte posterior (região de maior
incidência de tumor de próstata) pode ser acessada durante o toque retal.

É a próstata que produz substâncias para alimentar e manter vivos os

espermatozoides e, assim, manter a nossa espécie.
Por que cuidar da sua próstata?

Após os 50 anos, é bastante comum que nós, homens, nos queixemos dos
seguintes sintomas:

• Diminuição do jato urinário;

• Gotejamento após a urina;
• Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
• Redução da potência sexual.

Esses sintomas estão relacionados a dois problemas de saúde que, certamente,

você não quer passar: a hiperplasia e o câncer prostático.

Hiperplasia prostática benigna (HPB): no decorrer da vida, a próstata

continua a crescer.

Entretanto, alguns homens, além de observar essa alteração, podem

ter queda na qualidade de vida por conta dos sintomas causados pela
HPB, como micção frequente, dificuldade e ou incapacidade para
urinar.

A HPB pode, também, fazer com homens após os 60 anos apresentem

problemas sexuais. Pode coexistir em casos de câncer prostático.
 Câncer prostático: esse tipo de tumor é bastante comum no Brasil,
são aproximadamente 62 mil novos casos por ano.

O tratamento pode variar de acordo com a gravidade apresentada pelo

paciente e, quando detectada em fase inicial, as chances de cura são
de mais de 90%.

Com a imagem a seguir, você vai compreender o que é que pode estar
acontecendo dentro de você.
 PARTE 2
Minha experiência
pessoal pode ser
o seu resgate
Há cerca de cinco anos, fui diagnosticado com uma Hiperplasia Benigna de
Próstata (HBP).

Minha próstata estava com seus “módicos” 52cm3, quando o ideal, na época,
pela idade, era entre 20 e 25cm3.

O resultado do PSA (antígeno prostático específico) apontava para 3,4ng/ml,

o qual, mesmo estando abaixo dos 4ng/ml (limite considerado para possível
malignidade) já estava muito alto para a minha idade.

O PSA é um marcador tumoral e ambos os resultados apontavam para uma certa

preocupação.

Procurei os melhores profissionais de saúde, e um caminho medicamentoso me

foi apresentado pelo meu urologista.

Então, o profissional me disse:

-- Fique tranquilo. Você ainda não atingiu os 4ng/ml de PSA. Quando os

atingir, venha me procurar e eu te opero.

Nem preciso te dizer que eu “cai das pernas”!

Sim, a tal hiperplasia prostática era um dos meus diagnósticos.

Imediatamente me culpei.

Como pude deixar aquilo acontecer?

Lembrei-me de quantas vezes havia ignorado a única mensagem sobre a saúde

masculina que eu já havia ouvido na vida:

- Nelson, você precisa fazer o exame de toque e o PSA.

Mas, analisando mais criteriosamente, verifiquei que eu não havia deixado de

fazer os exames, conforme recomendado.

Foi então que eu decidi tentar outros caminhos naturais. E eu vou te contar agora
como não precisei operar a minha próstata

Antes, um panorama.
 PARTE 3
Um panorama
do cuidado
Sabe aquela boa e velha indicação de que, a partir dos 40 anos, os homens devem
fazer toque e PSA à rodo e a todo custo?

Não sei se você sabe, mas, desde 2003, o Inca (Instituto Nacional do Câncer) passou
a recomendar que não se organizassem programas de rastreamento em massa.

A justificativa é que “existem evidências científicas de boa qualidade de que o

rastreamento do câncer de próstata produz mais dano do que benefício”.

O mesmo Inca recomenda que os homens que procuram espontaneamente seu

urologista para este exame sejam informados sobre os riscos e a ausência de
benefícios dessa prática – disfunção erétil e incontinência urinária são dois deles.

O toque, caro leitor, está em xeque

Dois importantes estudos, os European Randomized Study of Screening for Prostate

Cancer e Prostate, Lung, Colorectal and Ovarian Cancer Screening Trial, publicados em
2009, foram decisivos para endossar as mudanças de paradigmas.

Ambas as pesquisas também colocaram em xeque-mate os exames toque e PSA.

No estudo americano, por exemplo, a mortalidade em homens que fizeram o exame

de toque foi 13 % maior do que aqueles que nunca fizeram!

Percebi, leitor, que a hiperplasia de próstata era resultado de anos e anos de

inflamações crônicas subclínicas.

Ou seja, eu era um “inflamado crônico ambulante”.

Ficou-me claro, então, que o único caminho para não atingir os 4ng/ml de PSA e não
deixar minha próstata aumentada (ainda mais) de tamanho era adotar alguns truques
alimentares, uma estratégia para o sono e apostar também em suplementos.

Claro que não foi do dia para noite.

Mas, acreditem, foi extremamente prazeroso quando recebi, há pouco tempo, o

resultado de que minha próstata havia diminuído para 30cm3 e o PSA para 1,16ng/
ml.

Tudo perfeitamente normal.

E eu... feliz!
 PARTE 4
Os recursos
indispensáveis
Para chegar aqui, leitor, eu passei a pesquisar de forma assídua uma maneira de
evitar que homens sofram com a glândula masculina. Acredite, até no happy hour
você tem acesso a uma substância protetora.

Por isso, vou partilhar alguns recursos indispensáveis para a próstata ficar no
tamanho ideal.

LÚPULO
A Oregon State University, nos Estados Unidos, realizou um estudo que aponta
que uma substância presente no lúpulo, o Xantohumol, foi capaz de induzir a
apoptose (morte voluntária) em células cancerígenas localizadas na próstata.

Os pesquisadores descobriram que isso acontece porque o Xantohumol inibe

uma proteína ao longo da superfície da próstata que é a responsável por minar
a resistência da glândula, abrindo caminho para a reprodução e crescimento
descontrolado das células (tumores e hiperplasia, respectivamente).

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Fisiologia da Universidade de

Extremadura, na Espanha, indica que o uso de 2mg do extrato de lúpulo diminuiu
a atividade noturna do ciclo circadiano.

O lúpulo é muito mais do que um dos ingredientes da cerveja. A planta tem

propriedades antibióticas e relaxantes.
Como consumir:

• em forma de saladas, se você tiver as folhas;

• as tradicionais receitas feitas pelas avós, advindas da sabedoria popular,
usam o lúpulo para cuidar de dores de cabeça, feridas, dores de orelha
etc. em forma de pasta (juntamente com outros ingredientes);
• em forma de chá: utilize 20g dos cones da planta para cada litro de água
ou, caso você tenha adquirido a planta em casas de produtos naturais, use
uma colher de chá para cada xícara. Depois da fervura, deixe descansar
por 10 minutos e faça o consumo.
• em cápsulas: para suplementação podem ser encontradas em lojas de
produtos naturais e farmácias de manipulação.

CÚRCUMA
Bastante usada na medicina ayurvédica, uma vez que é originária da Índia e
Sudeste Asiático, a cúrcuma – também conhecida como açafrão, açafrão da
terra, falso açafrão, açafrão da Índia – é sempre lembrada por seus potentes
ativos antioxidantes. Entretanto, o poder anti-inflamatório da especiaria é
bastante contundente e tema de inúmeras pesquisas.

Em um artigo que fez uma longa revisão sobre as propriedades da cúrcuma

e que foi publicado pelo Alternative Medicine Review – A Journal Of Clinical
Therapeutics, evidenciou suas características anti-inflamatórias em casos de
pancreatites, síndrome do intestino irritável e também problemas na próstata.
Um excelente motivo para que você consuma, previna minimize os problemas
com a próstata.

A publicação ainda cita testes realizados com camundongos, que tiveram

edemas provocados em suas patas. Com o uso da cúrcuma, eles tiveram uma
diminuição de 50% do edema com uma dose de 48mg/kg de peso. Ou seja, ela
teve quase o mesmo efeito da cortisona e da fenilbutazona.

Como consumir:

• use como tempero nas refeições, como carnes, feijão, ovos mexidos.
• quando combinada com a pimenta preta (piperina), tem seu poder
potencializado.

ÔMEGA 3
Existem 11 tipos de Ômega 3. Um deles estão diretamente ligados à proteção da
próstata:

• Ácido eicosapentaenoico (EPA): age no corpo como um todo, sendo

importante, principalmente para a próstata. É inibidora da enzima COX 1,
que aumenta a sensação de dor, que está envolvida nos processos de
dores, febres, inflamações.

Em linhas gerais, os Ômega 3 são encontrados nos animais marinhos,

especialmente os peixes, como popularmente já é conhecido.
Opte sempre que possível, pelos peixes marítimos e, de preferência, dos mares
mais gélidos. Eles precisam de uma saudável camada de gordura para que seus
corpos não congelem ao mergulhar em águas mais profundas e mais geladas
em busca de alimentos (plâncton e fitoplâncton). Os peixes dos rios brasileiros
estão, desafortunadamente, contaminados com mercúrio.

Por isso, a suplementação acaba sendo mesmo um caminho para a maior parte
da população. É importante, no entanto, que você sempre discuta com o seu
médico qual é a dosagem indicada.

Ter uma quantidade ideal de ômega 3 no corpo é necessário porque os ácidos

graxos realizam muitas funções em nosso organismo:

• A formação de uma camada de gordura em torno de todas as células de

nosso corpo, chamada de membrana celular. Esta membrana tem função
vital para a célula. É o que faz o funcionamento ser possível, garantindo a
circulação e a oxigenação, por exemplo.
• Eles atuam na formação da bainha de mielina, uma outra membrana que
reveste os axônios dos neurônios e cuja função é realizar a condução dos
impulsos elétricos e garantir a comunicação entre eles.
• Eles atuam, também, na membrana externa das nossas mitocôndrias
(“casas de energia” de todas nossas células). Só para se ter uma ideia
melhor, 60% do corpo de um neurônio e 50% da fibra muscular cardíaca
são formados por mitocôndrias. Isto significa que quanto mais energia
uma célula gasta, tanto mais mitocôndrias ela tem e tanto mais vital para o
organismo ela se torna.

Como consumir:

• Peixes de águas frias, como: arenque, sardinha, salmão e atum (cuidado

para ver se os peixes não estão contaminados);
• Suplementação de qualidade.

Outra fonte de ômega é o Krill. Eles são pequenos crustáceos e servem de

alimento para baleias. Eles também vivem no mar gélido e, como o salmão
selvagem, precisam de um bom ômega 3 para não congelar.
GENGIBRE
Essa planta herbácea de origem asiática, principalmente Índia e China, expoentes
da medicina alternativa, tem alto poder analgésico.

O fato é que o gengibre sempre foi conhecido e repassado na sabedoria popular

e, de uns tempos para cá, alguns testes e estudos comprovam os efeitos
benéficos.

Em uma destas pesquisas, cientistas acompanharam 74 voluntários que foram

submetidos a 18 tipos de exercícios físicos nada convencionais, como séries de
flexão com os cotovelos e acrobacias.

O propósito era justamente causar incômodos físicos e inflamações para depois

avaliar se a raiz forte traria, de fato, algum alívio. Depois da ginástica, a proposta
era ingerir dois gramas de gengibre, diariamente.

Um grupo recebeu a raiz in natura. O outro consumiu em forma de chá e a

terceira turma recebeu placebo (claro que ninguém sabia que fazia parte dos
que receberam intervenções de “mentirinha”).

Os resultados, publicados no The Journal of Pain, são bem interessantes.

Ao final do período de testes (11 dias), os consumidores de gengibre

apresentavam 25% menos queixas de dor.

O que é uma ótima notícia já que, na atual conjuntura de epidemia de

sedentarismo, – são quase 80% de brasileiros parados, mostra o último inquérito
do Ministério da Saúde – ir para a academia pode ser uma excentricidade, não é
mesmo?
Que bom que algo tão simples, como dois gramas de gengibre, pode também
ajudar a cuidar da tua próstata.

Como consumir:

• em forma de chá: deixe a água ferver e, depois, coloque pedações

descascados de gengibre. Deixe por mais dez minutos. Consuma após
esfriar.
• em sucos e sopas: coloque pequenos pedações de gengibre nessas
preparações.

CRAVO DA ÍNDIA
Tão fortes quanto seu característico aroma, o cravo da Índia é bastante utilizado
para chás relaxantes e até mesmo aromaterapia.

Um de seus exemplos analgésicos mais contundentes é na hora de barrar a dor

dente. A Faculdade de Odontologia do Kuwait fez um experimento interessante.
Os pesquisadores usaram quatro substâncias: gel de cravo caseiro, benzocaína
20% de gel (um analgésico), placebo que se parecia com o cravo e um placebo
que se assemelha ao analgésico.

Depois de cinco minutos, os participantes receberam agulhadas e as respostas a

dor foram bastante parecidas naqueles que usaram o analgésico e a pomada à
base de cravo da Índia.

Como consumir:
Para fazer o chá, minha orientação é que você use uma colher de sopa de cravos
da Índia para um litro de água. Leve ao fogo. Quando levantar fervura, espere
mais 10 minutos e deixe esfriar. Coe antes de ingerir.

Você pode comprar cravo da Índia ralado ou, até mesmo, moer em casa e usá-lo,
diariamente, junto com o gengibre, a cúrcuma e a piperina (pimenta preta ralada)
nos seus temperos.

Atenção:

O cravo de Índia não pode ser utilizado por gestantes, por ter potencial para
causar partos prematuros.

PARA INCREMENTAR O TEU PACOTE DA SAÚDE

Consuma regularmente, ou seja, mais do que três vezes na semana:

• 1 fatia de abacaxi:

Não é o suco, é a fruta in natura. O abacaxi é rico em uma enzina

chamada bromelaina que combate inflamações, previne cânceres e
ainda diminui a dor.

• Brócolis:

O efeito anti-inflamatório desse alimento está na combinação de duas

substâncias contidas nele, o sulforafano e a mirosinase. Lembre-se de
consumir tanto as folhas quanto o caule dos brócolis.

Evite:

• Açúcar;
• Leite de vaca e seus derivados;
• Alimentos que contêm glúten.

Assim sendo, desejo um mês de novembro para você com mais proteções
naturais e menos cirurgias

Vamos que vamos!

Amplexos!