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República de Angola
Governo da Província de Luanda
Gabinete Provincial da Educação
Instituto Médio Privado de Saúde Dapajak do Saber
(IMPSDS)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO TÉCNICO DE ANÁLISES CLINICAS

PROSTATITE

Nível de conhecimento dos estudantes da 12ª classe do curso de


Análises Clínicas do Instituto Médio Privado de Saúde Ana Estrela sobre
o diagnóstico laboratorial da Prostatite no IIº trimestre de 2023.

LUANDA, 2022/2023
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Nível de conhecimento dos estudantes da 12ª classe do curso de


Análises Clínicas do Instituto Médio Privado de Saúde Ana Estrela sobre
o diagnóstico laboratorial da Prostatite no IIº trimestre de 2023.

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Instituto Médio de saúde de
Luanda para obtenção de grau de Técnico Médio
de Análises clínicas.

Integrantes do grupo nº 02

Nome: Adão A. Canivete. Nome: Luísa Francisco Lopes

Nº BI: Nº BI:

NOTA: NOTA:

Nome: Cristiano de Jesus Nome: Luzia Francisco Jaime


Nsadisua
Nº B.I:
NºB.I:
NOTA:
NOTA:

Nome: Cristina Zolana Nome: Pascoal Pedro Manuel

NºB.I: NºB.I:

NOTA: NOTA:

Nome: Deolinda M. Manuel Nome: Patrícia da Silva

NºB.I: NºB.I:

NOTA: NOTA:

Nome: Helena Carlos Mungala Nome: Rossana E. Pedro Neto

NºB.I: NºB.I:

NOTA: NOTA:

ORIENTADOR
Prof. Tomás C. J. Ximuto - Biomédico

LUANDA, 2022/2023
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FOLHA DE APROVAÇÃO

Este trabalho de fim de curso foi aprovado e julgado na versão final pela direção do
Instituto e pela coordenação do curso de análises clínicas no dia
__________/________________ 2023.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Instituto Médio de Saúde de Luanda para
obtenção de grau de Técnico Médio de Análises
clínicas.

BANCA EXAMINADORA

Presidente____________________________Assinatura______________________

1º Vogal______________________________Assinatura______________________

2º Vogal______________________________Assinatura______________________

LUANDA, 2022/2023
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DEDICATÓRIA

Aos nossos queridos pais com muito carinho, dedicamos este trabalho pelos preciosos
conselhos, paciência, valores e ensinamentos transmitidos, por todo o apoio e amor que
sempre nos deram e demostraram de todas as formas possíveis para que chegássemos até
aqui, encorajando-nos a seguir em frente, durante os 4 anos de muita luta.
v

AGRADECIMENTO

Primeiramente, agradecemos a Deus por nos ter dado a saúde e a força para superar
os desafios.

A excelentíssima Senhora Directora da Escola de Formação de Saúde de Luanda, Dra.


Boa Vida Neto, que directamente fez parte da nossa formação, o nosso muito obrigado!

Ao Director Geral do Instituto Técnico Privado de Saúde Dapajak do saber, Joaquim


Sampaio, que sempre nos incentivou para superarmos os nossos obstáculos durante o
processo de aprendizagem

Ao nosso estimado orientador, Biomédico Tomás Ximuto, por ser o nosso Guião e o
nosso grande mentor nos quatro anos de formação.

Aos professores afecto no curso de Análises Clínicas, por nos proporcionarem os


conhecimentos e a manifestação do carácter de efectívidade da educação durante o processo
de aprendizagem.

Aos nossos colegas, o nosso resultado de confiança e da força de cada um de vós.

Aos nossos queridos pais, pelo amor, incentivo e apoio incondicional. Por contribuírem
para o nosso crescimento como pessoas.
vi

EPÍGRAFE

ʺLembre-se de Deus em tudo que fizer e ele lhe mostrara o


caminho certoʺ.

= Provérbios de Salomão 2:6 =


vii

RESUMO
.
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LISTA DE ABREVIAÇÃO E SIGLAS

OMS – Organização Mundial da Saúde

.
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SUMÁRIO
1

INTRODUÇÃO

A próstata é uma glândula do tamanho de uma noz (3 a 4 cm de diâmetro), com


aproximadamente 20 gramas de peso, presente apenas no género masculino (SICA,
2020).

Cerca de 70% do líquido ejaculado durante o orgasmo é produzido pela próstata.


Este líquido é uma secreção alcalina (com pH elevado) que se mistura e protege os
espermatozoides do ambiente ácido da vagina, aumentando sua mobilidade e
facilitando a chegada dos mesmos ao óvulo.

A próstata localiza-se na base da bexiga e circunda a parte inicial da uretra, canal


que escoa a urina da bexiga (SICA, 2020).

Com o aumento significativo da importância das neoplasias no perfil de


mortalidade da população, o Ministério da Saúde propôs a Política Nacional de
Prevenção e Controle do Câncer.

Desta forma, o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde


responsável pela coordenação e execução desta Política de Prevenção e Controle, vem
estruturando, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde,
programas nacionais de controle do câncer que visam à promoção à saúde, intervenção
sobre fatores de risco, detecção precoce, estruturação e expansão da rede
especializada de diagnóstico e tratamento do câncer (SICA, 2020).

A Oficina de Trabalho teve como objetivo promover o consenso entre os


especialistas nas diversas áreas relacionadas ao câncer da próstata sobre as formas de
prevenção, diagnóstico e tratamento desta neoplasia, em todos os seus estágios
evolutivos, para subsidiar a implementação do Programa. Para tanto, os participantes
dividiram-se em três grupos de trabalho.

Antígeno prostático específico (PSA) é uma protease da família das


calicreinassintetizada no epitélio prostático e excretada no fluido seminal. Sua função

1
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principal é a liquefação do fluido seminal, por isso sua concentração no plasma é


normalmente pequena (SICA, 2020).

Desde sua descoberta, em 1979, e a aprovação pela FDA (Food and Drug
Administration), nos Estados Unidos, em 1986, até os dias de hoje, tornou-se ferramenta
valiosa para diagnóstico precoce, tratamento e seguimento de pacientes com neoplasia
prostática maligna.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA2010) mostram que câncer de


próstata (CP) é a neoplasia maligna não cutânea mais comum que acomete o homem
brasileiro, com risco estimado para 2010 de 54 novos casos/100 mil habitantes. Hoje,
na tentativa de se diminuir a morbi-mortalidade específica da doença, a idade
recomendada para a primeira determinação sérica do PSA, segundo a Associação
Americana de Urologia, é a partir de 40 anos (SICA, 2020).

Emprego da dosagem do PSA trouxe benefícios ao diagnóstico precoce do CP,


mas também controvérsias sobre riscos de detecção excessiva (overdetection) e
tratamentos desnecessários (overtreatment) em virtude da indolência de alguns casos,
condições que devem ser discutidas com os pacientes (AUA, 2009).

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FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Segundo o Dr. Dante Sica o Câncer de Próstata é o tumor maligno sólido mais
frequente no homem, resultado do crescimento desordenado de células. Pode estar
alojado exclusivamente na próstata ou, ao longo do tempo, se espalhar para outros
órgãos. Apesar de poder ser diagnosticado em jovens, inclusive abaixo dos 40 anos, o
risco aumenta significativamente após os 50 anos, correspondendo a 40% dos tumores
nessa faixa etária. A idade média do diagnóstico da doença é de 69 anos, enquanto a
do óbito, de 77 anos.

O grupo diante dessa problemática levantou a seguinte questão:

 Qual é o nível de conhecimento dos estudantes da 12ª classe do


curso de análises clínicas do instituto médio privado de saúde Ana
Estrela sobre o diagnóstico laboratorial da prostatite, caso recolhido
no IIº trimestre de 2023?

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JUSTIFICATIVA

Nós como futuros técnicos de saúde, na área de Análises Clínicas, escolhemos o


presente tema de forma consensual pretendemos conhecer, compreender, adquirir,
actualizar e ampliarmos mais conhecimento técnico e científicos sobre o mesmo, de
modo a contribuir na redução e casos de mortes por prostatite, com nosso trabalho
espera-se que sirva como fonte de consulta para profissionais de análises clínicas e
estudantes, de modo a contribuir no enriquecimento da fonte de investigação do nosso
país. E o mesmo ajudará na realização correcta do exame pelos profissionais de
Análises clínicas através da Informação, Educação e Comunicação )I.E.C(.

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OBJECTIVOS DO TRABALHO

Objectivo Geral:

 Avaliar o nível de conhecimento dos estudantes da 12ª classe do curso de


análises clínicas do instituto médio privado de saúde Ana Estrela sobre o
diagnóstico laboratorial da prostatite, caso recolhido no IIº trimestre de
2023

Objectivos Específicos:

 Caracterizar as amostras de acordo a Idade, Género.

 Fundamentar teoricamente os conceitos e termo do tema em estudo.

 Identificar as amostras quanto ao conhecimento dos tipos de exames


laboratoriais utilizado no diagnóstico da Prostatite.

 Detalhar as amostra quanto ao conhecimento geral da amostra, matérias


necessários, equipamento, reagentes e, procedimentos utilizados no
exame de PSA.

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CAPÍTULO-I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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1.1. DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS

1.1.1. Nível

Segundo Gersão (2003) nível é a linha que se define por pontos localizados num
mesmo plano horizontal.

1.1.2. Conhecimento.

Para Vanderspek, (1997) conhecimento: são convicções, experiência e


procedimentos que são considerados corretos, verdadeiros e usados no pensamento,
comportamento e comunicação das pessoas.

1.1.3. Estudantes

Bandeira, (2021) afirma que estudante é qualquer pessoa que frequenta qualquer
estabelecimento de ensino.

1.1.4. Diagnóstico Laboratorial

Segundo Ristow (2010) define é um recurso diagnóstico complementar e não


conclusivo, ou seja, de apoio, que confirma ou não uma clinica inicial, podendo nos
remeter a realização de provas adicionais para que se possam elucidar cada quadro e
traçar as diretrizes terapêuticas, preventivas e de controlo para determinada
enfermidade ou condição patológica.

1.1.5. Prostatite

Segundo Sica, (2020) Prostatite é a patologia prostática mais comum em homens


com menos de 50 anos.

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1.2. GENERALIDADES SOBRE A PROSTATITE

1.2.1. Conceitos

A prostatite é uma condição habitualmente dolorosa que envolve inflamação e/ou


inflamação da próstata e das área ao seu redor. A prostatite não é uma doença única,
mas sim um grupo de quatro doenças que cursam com sintomas semelhastes, sempre
relacionados à inflamação da próstata (PINHEIRO, 2022).

A partir da Anatomia da próstata actualmente dividimos as prostatites em quatro


grupos:

1. Prostatite aguda,
2. Prostatite bacteriana cronica
3. Prostatite não bacteriana cronica ou síndrome da dor pélvica cronica
4. Prostatite inflamatória assintomática.

Prostatite aguda: é um quadro inflamatório normalmente causado por infecção


bacteriana da próstata. As bactérias mas comuns, são as mesmas que costumam
causar infecção urinária tais como: E. Coli, Klebsiella e Proteus (PINHEIRO, 2022).

A contaminação da próstata se dá pela invasão de bactérias que se encontram na


uretra ou na bexiga, normalmente devido a uma urina previamente contaminada.

1.2.2. Factores de risco

Segundo Pinheiro, (2022) os principais factores de risco para a prostatite aguda


podemos citar:

 Infecção urinária;
 Uso de cateter vesical;
 Traumas locais por uso prolongado de bicicleta, andar a cavalo ou
trabalhos que obrigam sentar por longos períodos;

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 Infecção pelo VIH;


 Uretrites por DST, como a gonorreia, ou Clamídia.

1.2.3. Câncer de Próstata – Histórico

A próstata foi descrita pela primeira vez pelo anatomista Niccolò Massa, em 1536
e teve sua primeira representação ilustrada pelo também anatomista Andreas Vesalius,
em 1538. No entanto, o câncer de próstata só foi identificado em 1853, pelo cirurgião J.
Adams (SICA, 2020).

A princípio, foi considerado como uma doença rara, provavelmente por causa da
baixa expectativa de vida daqueles diagnosticados com o mal e pela própria dificuldade
de diagnóstico no século XIX.

O Câncer de Próstata é o tumor maligno sólido mais frequente no homem,


resultado do crescimento desordenado de células. Pode estar alojado exclusivamente
na próstata ou, ao longo do tempo, se espalhar para outros órgãos (SICA, 2020).

Apesar de poder ser diagnosticado em jovens, inclusive abaixo dos 40 anos, o


risco aumenta significativamente após os 50 anos, correspondendo a 40% dos tumores
nessa faixa etária. A idade média do diagnóstico da doença é de 69 anos, enquanto a
do óbito, de 77 anos.

Se a prostatite é suspeitada, o médico pode pedir um exame de urina. Em alguns


casos a coleta de secreção da próstata é realizada durante o exame de toque retal. O
médico levemente pressiona a próstata causando saída de secreção prostática pela
uretra peniana, que será coletada (SICA, 2020).

A prostatite é a patologia prostática mais comum em homens com menos de 50


anos e sua incidência chega a 12%. Sua gênese é pouco compreendida e multifatorial,
mas parece seguir a seguinte sequência: fator iniciador (infecção, trauma, toxinas e
estresse), uma resposta exacerbada (inflamação ou neurológica), facilitação

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(mecanismos neuroendócrinos) e propagação (mediadores imunológicos e


neurogênicos), resultando em dor neuropática. Cerca de apenas 10% dos casos de
prostatite crônica tem cultura positiva, o restante deve ser classificado como síndrome
da dor pélvica crônica.

1.2.4. Fatores relevantes na avaliação do PSA

O mecanismo de regulação hormonal das calicreínas tem sido


profundamente estudado. O gene regulador do PSA é relacionado aos
andrógenos. Portanto, medicamentos que afetam a produção ou o metabolismo
dos andrógenos influenciam os níveis séricos do PSA (CASSINI, 2002).

Finasterida (nas doses de 5 mg ou de 1 mg ao dia) reduz o valor do PSA em 50%


seis meses após início do tratamento, enquanto dutasterida leva doze meses para
atingir tal redução. Substâncias que promovem castração química, como análogos de
LH-RH, provocam reduções drásticas nos níveis séricos do PSA em cerca de 90 dias.

Existem outras fontes de produção do PSA no corpo humano, como glândulas


parauretrais, tecido mamário normal ou neoplásico, líquido amniótico e raramente
algumas neoplasias ovarianas. Entretanto, as quantidades produzidas nesses tecidos
não conseguem alterar de forma significativa a concentração plasmática do PSA. Não
é correto o conceito de que células tumorais produzam mais PSA (CASSINI, 2002).

A fisiopatologia do aumento da concentração plasmática do PSA baseia-se na


ocorrência de lise celular, possibilitando sua liberação à corrente sanguínea. PSA é um
marcador órgão-específico e não doença específica. Três das afecções prostáticas mais
comuns podem elevá-lo, a saber: prostatite, hiperplasia prostática benigna e câncer de
próstata.

Tratamento com antibióticos pode diminuir em aproximadamente 30% o nível do


PSA elevado secundário à prostatite. Outros fatores que conhecidamente podem elevar
os níveis plasmáticos do PSA são traumas prostático e uretral e infecção (CASSINI,
2002).

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Algumas situações, além das neoplasias malignas, podem provocar roptura


celular e consequentemente ocasionar seu aumento sérico.

1.2.5. PSA na detecção de câncer de próstata

Utilização do PSA como triagem para detecção da neoplasia maligna de próstata


foi responsável pela mudança do perfil desta doença. Atualmente, nos Estados Unidos,
a maioria dos pacientes que recebe esse diagnóstico tem doença localizada (CASSINI,
2002).

O valor de corte do PSA acima do qual deveríamos indicar biópsia ainda é causa
de debate. Baseados nos valores do PSA, nossos maiores desafios são diagnosticar a
doença nos pacientes portadores e separar os tumores clinicamente significativos
daqueles com baixa agressividade biológica.

Pacientes com PSA resultados de PSA positivo têm, respectivamente, 30% e 62%
de probabilidade de terem câncer de próstata. Assim, não há nível do PSA abaixo do
qual o homem esteja 100% seguro de que não tem câncer de próstata. As 151 as 500
(CASSINI, 2002).

1.2.6. Sintomas da prostatite

Para Pinheiro, (2022) a prostatite aguda pode ocorrer tanto em homens jovens
quanto em idosos e os seus principais sintomas incluem:

 Febre
 Calafrios
 Disúria (dor ao urinar)
 Dificuldade ao urinar
 Vontade frequente em urinar
 Dor pélvica
 Urina turva

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 Mal-estar
 Dores musculares e nas articulações

Os sintomas da prostatite aguda podem ser muito intensos, sendo a


hospitalização muitas vezes necessárias. A sepse e o choque séptico são complicações
possíveis dessa infecção (PINHEIRO, 2022).

1.2.7. Diagnóstico laboratorial da Prostatite

O diagnóstico da prostatite cronica também é feito através da história clinica e o


toque retal. Neste caso, durante o toque retal é possível realizar a massagem da
próstata para estimular a secrecção de líquidos para a análise laboratorial. A massagem
prostática nunca deve ser feita na prostatite aguda devido ao risco de estimular a
liberação de bactérias para a corrente sanguínea (PINHEIRO, 2022).

A urocultura colida apos massagem também é uma opcção para o diagnóstico da


prostatite cronica.

As bactérias que causam a prostatite cronica são, em geral as mesmas da aguda.


Pacientes que apresentam sintomas da prostatite cronica, com pús no exame simples
de urina, mas cujas uroculturas e culturas da secrecção prostáticas são
persistentemente negativas devem ser investigados para infecção por clamídia
(PINHEIRO, 2022).

1.2.7.1. Confirmação diagnóstica

O toque retal é doloroso e mostra flutuações prostáticas em mais de 90% dos


casos, devendo ser feito com a máxima cautela. A massagem e a biópsia da próstata
são contraindicadas na fase aguda, devido ao risco de disseminação bacteriana.

Os exames de sangue e urina I com urocultura (jato médio) auxiliam na


confirmação diagnóstica.

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O hemograma mostra leucocitose (células imaturas). O PSA geralmente dá


positivo, retornando ao basal de 4 a 8 semanas após o tratamento. O exame de urina
tipo I mostra piúria, nitritos positivos e hematúria (PINHEIRO, 2022).

A coloração de Gram pode guiar o tratamento empírico até a confirmação


microbiológica pela urocultura. A hemocultura pode ser solicitada em pacientes
internados com infecção sistêmica grave, porém apresenta apenas 21% de positividade.

De acordo Pinheiro, (2022) o exame de PSA é o principal exame laboratorial que


diagnostica a prostatite, seja ela cronica ou aguda. A partir do PSA podemos realizar
três tipos de exames:

1. PSA (exame imunológico que faz a reação entre um antígeno e um anticorpo


a partir do teste rápido de PSA);
2. PSA livre (exame imunológico feito em um aparelho automático-Finecare);
3. PSA total (exame imunológico feito em um aparelho automático-Finecare).

1.2.7.2. Significado clínico

O PSA é um teste laboratorial, solicitado pelo médico para detectar a presença do


antígeno PSA no sangue de um indivíduo. É usado para diagnosticar a prostatite. É um
teste de reacção antígeno anticorpo que pode ser feito em 15 minutos (PINHEIRO,
2022).

1.2.7.3. Amostra a ser utilizado

O Teste Rápido de PSA é realizado com a amostra de soro sanguíneo.

1.2.7.4. Materiais a ser utilizado

Segundo Pinheiro, (2022) os principais materiais a ser utilizado nessa técnica são:

 Marcador ou caneta,
 Requisição,
 Guardanapo ou papel higiénico,
 Seringas,

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 Algodão embebido em álcool a 70%,


 Algodão seco,
 Curativo,
 Tubos secos
 Cronometro etc.

1.2.7.5. Equipamentos a ser utilizado

Os principais equipamentos a ser utilizado são o cronómetro e a centrífuga.

1.2.7.6. Procedimento ou técnica a seguir

1. Preparar os materiais a ser utilizados.


2. Identificação do paciente no tubo de colecta de sangue seco e no teste do
referido paciente.
3. Fazer uma preparação psicológica no paciente (explicar ao mesmo o
exame a ser realizado).
4. Realizar a punção venosa coletando 3ml de sangue
5. Com a ajuda da pipeta contido no teste ou com uma pipeta automática
pipetar 50 microlitros do soro do paciente e colocar no orifício do teste.
6. Deixar processar durante 15 minutos e em seguia ler os resultados.

1.2.7.7. Resultado

Os resultados do teste imunológico de PSA, é lido macroscopicamente. Eles são


lançados de forma qualitativa (reagente, não reagente ou invalido ou nulo). (PINHEIRO,
2022).

 Um resultado é reagente ou positivo, quando após os 15 minutos passados se


observar apenas 2 riscas ou traços no teste (quer seja na letra C, que significa
controle e na letra T, que significa teste).

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 Ele é não reagente ou negativo quando após os 15 minutos passados se


observar apenas 1 risca ou traço no teste (apenas na letra C, que significa
controle).
 É inválido, quando após os 15 minutos passados se observar apenas 1 risca
ou traço no teste (apenas na letra T, que significa teste).

 É nulo, quando após os 15 minutos passados não se observar nenhuma risca


ou traço no teste e no controle.

1.2.8. Tratamento das prostatites

O tratamento da prostatite cronica é semente ao da aguda, com duração entre 4


a 6 semanas. Pacientes que apresentam infecções recorrentes, podem precisar de
tratamentos mais prolongados (PINHEIRO, 2022).

1.2.8.1. Prostatite não bacteriana cronica ou síndrome de dor


pélvica cronica.

A síndrome da dor pélvica cronica, é uma síndrome que cursa com sintomas
urológicos e desconforto na região pélvica. O termo síndrome da dor pélvica cronica é
mais correcto que prostatite não bacteriana cronica, por que muitas vezes não há
envolvimento da próstata no quadro, apesar de os sintomas serem sugestivos de
prostatite cronica.

A síndrome da dor pélvica cronica é um diagnóstico de exclusão, ou seja, só


podem ser dado depois que se descartam a prostatite bacteriana e outras causas para
dor pélvica como tumores, infecções urinárias, hemorroidas e doenças testiculares
(PINHEIRO, 2022).

Os sintomas das síndromes de dor pélvica cronica incluem aqueles da prostatite


cronica e outros com dores pélvica, desconforto anal, e incomodo nos testículos.

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Não há tratamento específico para a síndrome de dor pélvica cronica. Quando não
se consegue descartar uma prostatite bacteriana cronica, um curso de quatro semanas
de antibióticos é uma conduta aceitável.

Nos casos em que não é possível determinar as causas da dor, o tratamento se


limita ao uso de analgésicos e medicamentos para reduzir o tamanho da próstata, como
finasterida ou dutasterida (PINHEIRO, 2022).

1.2.8.2. Prostatite inflamatória assintomática

A prostatite inflamatória assintomática é caracterizada por uma inflamação


prostática sem que o paciente tenha queixas geniturinárias.

Essa condição é habitualmente diagnosticada acidentalmente durante uma


investigação de infertilidade, após biópsia da próstata ou apos dosagem do nível
sanguíneo do PSA (PINHEIRO, 2022).

A prostatite inflamatória assintomática pode provocar glóbulos brancos elevados


na ejaculação (leucocitospermia) e pode causar infertilidade masculina.

A não ser que o paciente esteja com dificuldades para ter filhos, o tratamento não
é necessário.

1.2.8.3. Condutas no tratamento da prostatite

As condutas de tratamentos podem ser feitos: Em ambulatórios, Tratamento


hospitalar. Em casos mais graves os tratamentos adoptados são: Remoção cirúrgica,
Tratamento hormonal, Radio e quimioterapia (PINHEIRO, 2022).

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1.2.8.3.1. Condutas Tratamento ambulatorial

É uma opção em pacientes sem complicações e capazes de tolerar a ingestão


oral das drogas. Como por exemplo: As fluoroquinolonas têm a preferência inicial pelo
seu espectro de ação contra gram negativos e positivos e alguns patógenos atípicos
como Clamydia e Mycoplasma. As mais usadas são: ciprofloxacino 500 mg duas vezes
ao dia, levofloxacino 500 mg uma vez ao dia e gatifloxacino 400 mg uma vez ao dia
(PINHEIRO, 2022).

A associação de sulfametoxazol 400/800 mg + trimetoprima 80/160 mg duas


vezes ao dia é usada em casos de reações adversas às quinolonas. O mínimo de 10
dias de tratamento é necessário para casos leves, variando de 2 a 4 semanas.

1.2.8.3.2. Tratamento hospitalar

Em casos graves e complicados, a antibioticoterapia parenteral deve ser iniciada


com o paciente internado logo após a coleta dos exames. Lembrar que o padrão de
resistência bacteriana aos antibióticos varia de acordo com as regiões geográficas
(PINHEIRO, 2022).

Altas doses de antibióticos de largo espectro como cefalosporinas de segunda e


terceira gerações (ex: cefuroxima 50 mg -100 mg/kg/dia de 8/8h com máximo de 6g/d,
cefoxitina 1-2g de 4/4h ou 6/6h, ceftriaxona 1g de 12/12h) associados ou não aos
aminoglicosídeos (ex.: amicacina e gentamicina) são recomendados.

Os aminoglicosídeos associados a um beta lactâmico (ampicilina e penicilina) ou


a uma fluoroquinolona têm sua eficácia aumentada. Uma vez o paciente estável e afebril
o antibiótico oral é iniciado baseado nos exames de sangue e na cultura de urina.

Segundo Sica, (2020), o câncer da próstata pode ser tratado com os seguintes
métodos:

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1.2.8.4. Remoção cirúrgica

Nas primeiras tentativas de tratamento do câncer de próstata, eram feitas cirurgias


para aliviar a obstrução urinária (já que um dos sintomas do câncer é o aumento da
próstata, o que acarreta dificuldade em urinar) (SICA, 2020).

1.2.8.5. Tratamento hormonal

Em 1941, Charles B. Huggins publicou estudos sobre o uso de estrógeno para


combater a produção de testosterona em homens com câncer de próstata metastático
(ou seja, aquele que se espalha para outras partes do corpo).

1.2.8.6. Radio e quimioterapia

O uso de radioterapia no tratamento do câncer de próstata começou a ser


desenvolvido no início do século XX. Inicialmente, consistia em implantes da substância
conhecida como Rádio dentro da próstata (SICA, 2020).

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CAPÍTULO II- METODOLOGIA DO ESTUDO

19
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2.1. Tipo de estudo

O tipo de estudo foi descritivo-exploratório, transversal e com abordagem e quali-


quantitativo.

2.2. Local de estudo

O estudo foi realizado no instituto médio privado de saúde Ana Estrela, localizado
na Província de Luanda Município de Cacuaco.

2.3. População

A nossa população foi constituída por todos os estudantes da 12ª classe do curso
de Análises Clínicas do IMPS- Ana Estrela.

2.4. Amostra

A nossa amostra foi constituída por 50 estudantes selecionado aleatoriamente.

2.5. Critério de inclusão

Foram incluídos todos os estudantes que aceitaram participar na pesquisa no


período em estudo.

2.6. Critério de exclusão

Foram excluídos todos os estudantes que se recusaram em participar na


pesquisa no IIº trimestre de 2023.

2.7. Procedimentos éticos

Antes da realização da pesquisa de campo a direção do Instituto Médio de Saúde


Dapajak do saber enviou uma carta a Direção do Instituto Médio Privado de Saúde Ilha
da Verdade no sentido de autorizar a recolha de dados. Para salvaguardar os princípios
dos estudantes, os dados que foram coletados, permanecerão em sigilo sem qualquer
desrespeito uma vez que concordaram voluntariamente em participar do estudo após o
esclarecimento dos objectivos e assinatura do termo de consentimento livre e
esclarecido.

2.8. Processamento de recolha de dados

Para a recolha de dados foram submetidos a um questionário, composto por


questões abertas e fechadas.

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2.9. Processamento de dados

Após a recolha, os dados foram processados no programa informático Window


10, utilizando o Microsoft Word para a elaboração do texto, Microsoft Excel para a
elaboração das tabelas e o Microsoft Power Point para apresentação dos resultados em
forma de tabelas.

2.10. Variáveis em estudo

2.10.1. Variáveis independentes

 Idade;

 Sexo;

 Factor de risco;

 Sintomas.

2.10.2. Variáveis dependentes

 Fundamentar teoricamente os conceitos e termo do tema em estudo;

 Identificar as amostras quanto ao conhecimento dos tipos de exames


laboratoriais utilizado no diagnóstico da Prostatite;

 Detalhar as amostra quanto ao conhecimento geral da amostra, matérias


necessários, equipamento e, procedimentos utilizados no exame de
PSA.

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22

REFERENCIAS BIBILIOGRAFICAS

1. CASSINI, Marcelo Ferreira. Antigenos Prostatico Específico, 2002.


2. CAVALCANTI, AGLC. Hiperplasia prostática benigna. Projeto diretrizes.
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2006.
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