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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO / SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE SÃO VICENTE DE PAULO
“EDUCAR PARA HUMANIZAR”

PROJECTO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

TIPAGEM SANGUÍNEA

TIPAGEM SANGUÍNEA REALIZADA PELOS TÉCNICOS DE


DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO NO HOSPITAL MATERNO INFANTIL
MÃE JACINTA PAULINO NO IIº SEMESTRE DE 2022.

LUANDA - 2023
TIPAGEM SANGUÍNEA REALIZADA PELOS TÉCNICOS DE
DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO NO HOSPITAL MATERNO INFANTIL
MÃE JACINTA PAULINO NO IIº SEMESTRE DE 2022.

Trabalho de fim do curso apresentado ao Instituto


Técnico Privado de Saúde São Vicente de Paulo,
como um dos requisitos para obtenção do título de
técnico de diagnóstico terapêutico.

Integrantes do Grupo n° 05

1. Admilda Jandira Chocono


2. Aurora Nádia Zale Monteiro
3. Bernarda Cassinda Caulo Teixeira
4. Irondina Milénia António Pontes
5. Paulo Agostinho Bongo Domingos
6. Telma Mariana Domingos Miguel

Curso: Análises Clínicas

O Orientador

_________________________________

João Garcia Adão Tomás


(Lic. Análises Clínicas e Saúde Pública)
TIPAGEM SANGUÍNEA REALIZADA PELOS TÉCNICOS DE
DIAGNÓSTICO TERAPÊUTICO NO HOSPITAL MATERNO INFANTIL
MÃE JACINTA PAULINO NO IIº SEMESTRE DE 2022.

FOLHA DE APROVAÇÃO

Aprovado em ______/______/2023

Trabalho de fim do curso apresentado ao Instituto


Técnico Privado de Saúde São Vicente de Paulo
como um dos requisitos para obtenção do grau de
Técnicos de diagnóstico terapêutico, sob a
orientação do professor: João Garcia Adão Tomás.

____________________________________
A Coordenação do curso Análises Clínicas

BANCA EXAMINADORA

Presidente ____________________________Assinatura________________________

1º Vogal _____________________________Assinatura________________________

2º Voga _____________________________Assinatura_________________________
SUMÁRIO

DEDICATÓRIA.................................................................................................................I

AGRADECIMENTOS.....................................................................................................II

EPÍGRAFE......................................................................................................................III

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS......................................................................IV

INDICE DE TABELAS E FIGURAS..............................................................................V

RESUMO........................................................................................................................VI

ABSTRACT...................................................................................................................VII

INTRODUÇÃO.................................................................................................................8

FORMULAÇÃO DO PROBLEMA..................................................................................9

JUSTIFICATIVA............................................................................................................10

OBJECTIVOS.................................................................................................................11

Objectivo Geral................................................................................................................11

Objectivo Específicos......................................................................................................11

CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................12

1.1 Definições de termos..................................................................................................12


1.2 Breve história da tipagem sanguínea..........................................................................12
1.3 Proteínas de membrana..............................................................................................13
1.4 Proteínas de membrana integrais ..............................................................................13
1.5 Proteínas de membrana Periféricas............................................................................13
1.6 Determinação dos Grupos Sanguíneos.....................................................................14
1.7 Transfusão................................................................................................................15
1.8 Sistemas de coleta de sangue ....................................................................................15
1.9 Sistema ABO............................................................................................................16
1.10 Sistema Rhesus – RH (D)....................................................................................17
1.11 Determinação do RH D em TUBO......................................................................18
1.12 TITULAÇÃO ANTI-A, ANTI-B E ANTI-D......................................................19
1.13 Anticorpos ABO e as transfusões sanguíneas......................................................20
1.14 A herança do sistema de grupos sanguíneos RH.................................21

1.15 A herança do sistema de grupo sanguíneo MNSs...................................................22

1.16 Outros Sistemas de Grupos Sanguíneos Humanos .................................................22

1.17 Riscos do uso do sangue..........................................................................................23

1.18 Tratamentos alternativos à transfusão sanguínea....................................................24

CAPITULO II. METODOLOGIA..................................................................................25


2.1. Tipo de estudo..........................................................................................................25
2.2. Local de estudo.........................................................................................................25
2.3. População em estudo................................................................................................25

2.4. Amostra....................................................................................................................25
2.5. Critério de inclusão..................................................................................................25
2.6. Critério de exclusão..................................................................................................25
2.7. Procedimentos éticos................................................................................................25

2.9. Processamento de dados............................................................................................26

2.10 Principais variáveis em estudo................................................................................26


2.10.1 Demográficas........................................................................................................26
2.10.2 Técnicas................................................................................................................26

CAPITULO III – APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS...27

Conclusões.......................................................................................................................36

Recomendações...............................................................................................................37

Referências bibliográficas

Apêndice

Anexo
DEDICATÓRIA

Dedicamos o nosso trabalho a todos os profissionais de saúde.

I
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por nós ter concedido vida e saúde durante os 4 anos de formação.

Agradecemos ao Instituto Técnico Privado de Saúde São Vicente de Paulo pela formação e
boa qualidade de ensino.

Agradecemos a coordenação do curso de Análises clínica pela orientação do nosso Trabalho de


Conclusão de Curso.

Agradecemos a direcção do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino, por nos ter
permitido fazer a recolha de dados do nosso Trabalho de Conclusão de Curso.

Agradecemos ao professores pela paciência, capacidade cognitiva, por serem guia para nós e
por acompanharem a nossa trajectória durante os anos de estudos nesta instituição,
especialmente ao nosso professor e orientador João Garcia Tomás pela máxima atenção,
paciencia e pelo tempo disponível.

Agradecemos aos nossos pais por tudo que eles fizeram por nós.

Agradecemos aos caríssimo Raimundo Gonçalves, por conseder o seu tempo para estar sempre
com o grupo na elaboração do nosso projecto.

Agradecemos aos nossos colegas e amigos pela união, força e coragem que tiveram um papel
fundamental no incentivo e na percepção dos conteúdos ensinados.

A todos aqueles que directa ou indirectamente fizeram parte deste percurso nosso muito
obrigado.

II
EPÍGRAFE

“Um Doador de Sangue há dois mil anos salvou a minha vida”.

Autor: Josemar Bessa.


III
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PAI: Pesquisa de Anticorpos Irregulares

DNA: Ácido Desoxirribonucleico

ISBT: Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea

HIV: Vírus de Imunodificiença Humana

CPD: Citrato, fosfato e dextrose-dextrose

IgG: Imunoglobulina G

TCI: Técnica do Coombs Indireto

IgM: Imunoglobulina M

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária

AIDS: Síndrome da imunodeficiência adquirida

HTLV-I e HTLV-II: Vírus da leucemia e linfoma de células T humano

IV
INDICE DE TABELAS E FIGURAS

Tabela1..................................................................................................................................27

Tabela 2. ...............................................................................................................................28

Tabela 3. ................................................................................................................................29

Tabela 4. ................................................................................................................................30

Tabela 5. .................................................................................................................................31

Tabela 6. .................................................................................................................................32

Tabela 7...................................................................................................................................33

Tabela8....................................................................................................................................34

Tabela 9...................................................................................................................................35

V
RESUMO
Este estudo foi elaborado para que os nos permite fornecer informações necessárias aos técnicos
de saúde para melhor exercício das suas competências e oferecer um melhor conhecimento à
apacientes que pretendem conhecer o seu grupo sanguíneo, este trabalho é apresentado por meio
de um estudo que se realizou no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº semestre
de 2022, baseando-se no tema: Tipagem Sanguínea Realizada pelos Técnicos de Diagnóstico
terapêutico no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº semestre de 2022, tivemos
como objectivo geral Compreender os Procedimentos da Tipagem Sanguínea Realizada pelos
Técnicos de Diagnóstico terapêutico no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº
semestre de 2022, o estudo foi feito por meio de uma abordagem observacional descritiva
transversal, selecionamos para o nosso estudo uma população de todos os profissionais, tendo
como amostra 10 técnicos, os dados foram selecionados por meio de um questionário com
perguntas e respostas, abertas e fechadas, dirigidas aos proffissionais, os dados obtidos de uso
exclusivo a esta resposta.

Palavras Chaves: Procedimentos, Tipagem Sanguínea, Sistema, antígenos.

VI
ABSTRACT
This study designed to allow us to provide necessary information to health technicians to
better exercise their skills and offer better knowledge to pacients who know their blood group.
Infantile Mãe Jacinta paulino, during the period of the II semester of 2022, based on the
theme: Blood Typing Performed by Therapeutic Diagnostic technicians at the Hospital
Materno Infantil Mom jacinta Paulino in the II semester of 2022, our general objective was to
understand the Typing Produceres Blood Test Performed by Terapeutic Diagnostic tecnicians
at the Hospital Materno Infantil Mom jacinta Paulino in the II semester of 2022, the study was
carried out using a cross-sectional descriptive observacional approach, we selected a
population of all professionals for our study, having a sample off 10 professionals, data were
selected through a questionnaire with questions and open and closed answers addressed to
professionals, the data obtained for exclusive in this research.

Keywords: Produceres, Blood typing, antigens.

VII
INTRODUÇÃO

A tipagem sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do paciente para


identificar a qual grupo sanguíneo pertence. Além de facilitar na hora do atendimento, também
é importante saber o tipo sanguíneo, para doações de sangue, transfusão e para o período
gestacional (JUNQUEIRA, et al., 2010).

A tipagem sanguínea é feita de por meio de exame laboratorial. Para isso, é coletado
uma amostra de sangue em laboratório de A.C. o sistema o ABO, que é determinar pelos testes
comum de tipagem, se refere à presença de antígenos na membras das células sanguíneas. Estes
antígenos são proteínas reconhecidas pelo sistema imunológico de quem não as possui. Nesses
testes também se avalia o factor Rh, que se refere a presença determinadas proteínas das
membranas das hemácias (DANIELS, et al., 2002).

O sistema ABO, descoberto por Landsteiner em 1901, é representado por quatro grupos
principais, A, B, AB e O. Um dos testes mais importantes em imuno-hematologia é a tipagem
sanguínea, com pesquisa de antígenos presentes na membrana do eritrócito e anticorpos livre
no soro. O sistema ABO relaciona-se à gravidade das reações transfusionais hemolíticas e a
reações de incompatibilidade materno-fetal, que acontecem devido à presença no plasma do
receptor/mãe de anticorpos "naturais" contra os antígenos A e B (GIRELLO, et al., 2014).

Seguido do sistema ABO, o sistema Rh apresenta grande interesse nas áreas de medicina
transfusional e materno-fetal. Por apresentar grande variabilidade em sua expressão, a
identificação do antígeno D em testes laboratoriais é complexa.

O mesmo reveste de grande importância visto que visa enriquecer os conhecimentos


para obtenção de grau de Técnico Médio de Saúde, especificamente na área de Análises
clinicas. O mesmo poderá comtribuir para o melhoramento do desempenho e conhecimento das
actividades dos analista (ALVES, et al., 2010).

8
FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

A Transfusão de sangue é um tratamento de alto risco imediatos e futuros. Por sua


própria natureza, comporta riscos inafastáveis de contaminação e incompatibilidade, seja pela
precariedade e falta de segurança dos testes neste realizado, quer pelo desconhecimento do
comportamento do vírus ou de outros agentes existentes no material biológico a ser objecto da
transfusão. Sendo a tipagem sanguínea uma técnica usada nível nas nossas unidades hospital
surgi a nossa pergunta de partida:

Que Procedimentos são usados na Tipagem Sanguínea realizada pelos Técnicos de


Diagnóstico Terapêutico no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº
Semestre de 2022?

9
JUSTIFICATIVA

A escolha desse tema deve-se ao facto de que a tipagem sanguinea é normalmente


solicitada em caso de tranfusão de sangue, doação de órgãos, gestação, cirurgias ou sempre que
a contabilidade sanguinea é necessária e envolva riscos. É teste realizado para saber o tipo
sanguineo e factor Rh que uma pessoa possui.

Sendo que é fundamental fazer o exame de tipagem e descubruir qual é seu tipo para estar
sempre pronto para qualquer eventualidade, lembrando que você pode também ajudar na
doação de sangue.

10
OBJECTIVOS

Objectivo Geral

 Compreender os procedimentos da Tipagem Sanguínea realizada pelos Técnicos


de Diagnóstico Terapêutico no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino
no IIº semestre de 2022.

Objectivos Específicos

 Caracterizar o perfil sociodemográfico dos Técnicos do Laboratório do Hospital


Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino.
 Explicar a importância clínica da detecção de anticorpos irregulares devido ao
risco inerente às reações transfusionais;
 Ilustrar os diferentes grupos sanguíneos;
 Diferenciar os factores Rhesus de cada grupo sanguíneos;
 Representar os processos de análise realizados na identificação de grupos
sanguíneos.

11
CAPÍTULO II- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Definições de termos

A tipagem sanguínea é o processo de coleta e análise do sangue do paciente para


identificar a qual grupo sanguíneo pertence.

Grupos de sangue são definidos por sistemas de um ou mais antígenos controlados pelo
mesmo gene no DNA, ou por um conjunto de dois ou mais genes altamente homólogos.

Sangue é um fluido corporal de cor vermelha que circula o corpo e transporta nutrientes.

1.2 Breve história da tipagem sanguínea

A descoberta dos grupos sanguíneos, o início do século XX, foi um dos grandes marcos
da história da medicina, quando o médico austríaco Karl Landsteiner verificou que o plasma de
alguns indivíduos aglutinavam as hemácias de outros. Nos anos seguintes, apenas anticorpos
que aglutinavam diretamente hemácias puderam ser estudados (DANIELS, et al., 2002).

Em 1945, Coombs, Mourant e Race desenvolveram uma técnica que detectava outros
anticorpos não-aglutinadores e a ciência da sorologia dos grupos sanguíneos floresceu. Através
do Soro de Coombs, foi desenvolvida a técnica do Teste de COOMBS Indireto, ou Pesquisa de
Anticorpos Irregulares (PAI), que verifica a presença de anticorpos irregulares no soro,
anticorpos além dos esperados (anti-A e anti-B) (SCHNEIDER, et al., 2013).

Atualmente são conhecidos 339 antígenos de grupos sanguíneos dos quais 297 se
enquadram em um dos 33 sistemas de grupos sanguíneos reconhecidos pela Sociedade
Internacional de Transfusão Sanguínea (ISBT) (ARAÚJO & MAGALHÃES, et al., 2014).

Os anticorpos antieritrocitários são classificados em regulares e irregulares, de acordo


com o seu desenvolvimento. Os anticorpos do sistema ABO (anti-A, anti-B e anti-AB) são ditos
regulares, pois são encontrados naturalmente no soro/plasma de um indivíduo e são
direcionados a antígenos que este não possua nas suas hemácias (BAPTISTA, et al., 2011).

12
1.3 PROTEÍNAS DE MEMBRANA

Associadas à bicamada lipídica, as proteínas de membrana atuam na maioria das funções


específicas da membrana plasmática celular, tais como em propriedades mecânicas da
membrana, favorecendo a elasticidade e resistência da membrana, transporte de substâncias,
comunicação intercelular e adesão celular (MURADOR, DEFFUNE, et al., 2007).

Essas proteínas podem ser classificadas de acordo com sua posição na membrana
plasmática. As que atravessam a bicamada lipídica são classificadas como integrais ou
transmembranares, sendo a banda 3 e as glicoforinas proteínas importantes dessa classe. As que
são ligadas parcialmente à membrana plasmática são denominadas proteínas periféricas ou
intramembranares, sendo a espectrina, anquirina, banda 4.1, 4.2, 4.9, 5, 7 e alducina importantes
no bom funcionamento da membrana dos eritrócitos (MOTTA, et al., 2011).

Juntas, as proteínas integrais e periféricas formam uma malha que reforça a estrutura da
membrana celular, sendo responsável também pelo formato de disco bicôncavo normal ou
anormal dos eritrócitos (LUX, et al., 2016).

1.4 PROTEÍNAS DE MEMBRANA INTEGRAIS

As proteínas de membrana integrais são firmemente associadas à membrana por


atravessarem a bicamada lipídica uma ou mais vezes, e por isso a dissociação ocorre apenas
durante a lise da membrana. Interagem com a região hidrofóbica dos fosfolipídios (MOTTA,
2011). Entre as proteínas de membrana integrais, fazem parte as proteínas de transporte banda
3 e as glicoforinas A, B, C e D, que exercem importante papel no funcionamento da membrana
eritrocitária (LUX, et al., 2016).

1.5 PROTEÍNAS DE MEMBRANA PERIFÉRICAS

As proteínas de membrana periféricas ou intramembranares são assim denominadas por


localizarem-se na face interna da bicamada lipídica, interagindo entre si e compondo o
citoesqueleto. Entre elas estão a espectrina, anquirina, banda 4.1, banda 4.2, dematina, actina,
GAPD, tropomiosina e a aducina (PINTO et al, 2010).

13
1.6 DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS SANGUÍNEOS

Como visto anteriormente, as proteínas e glicoproteínas compõem o glicocálice, uma


extensão da membrana plasmática dos eritrócitos e que atuam em papéis estruturais e funcionais
da célula. Entre essas funções, inclui-se o reconhecimento de antígenos de grupos sanguíneos
por meio da sequência dos oligossacarídeos ou aminoácidos nessas glicoproteínas. Esses
antígenos são sítios específicos nas proteínas ou glicoproteínas onde o sistema imunológico
pode interagir (SINGH A. et al, 2014).

As proteínas de membrana de realizam transporte podem também fazer o


reconhecimento dos grupos Kidd e Diego, por exemplo, assim como as que fazem parte da
estrutura da membrana podem reconhecer nos sítios os grupos Diego e Gerbich. Segundo o
grupo de trabalho de Imunogenética Eritrocitária e Terminologia de Grupos Sanguíneos da
(INTERNATIONAL SOCIETY, et al., 2021).

Os grupos de sangue são definidos por sistemas de um ou mais antígenos controlados


pelo mesmo gene no DNA, ou por um conjunto de dois ou mais genes altamente homólogos.
Esses antígenos devem ser herdados, possuindo cromossomo conhecido e gene identificado e
sequenciado, com gene diferente de um homólogo intimamente ligado de grupos sanguíneos já
existentes. Além disso, devem ser definidos por um aloanticorpo, que seria o anticorpo de um
receptor produzido contra antígenos das hemácias de um doador (VIZZONI, et al., 2013).

Esses critérios são definidos a partir de pesquisas sorológicas e genéticas (SMART,


ARMSTRONG, et al., 2020).

Alguns grupos sanguíneos são mais frequentes do que outros na população, entretanto,
para o sangue de um indivíduo ser classificado como pertencente a um grupo de fenótipo raro,
dois conceitos são considerados: a ausência de antígenos de alta frequência ou indivíduos que
apresentam combinação de variados antígenos negativos comuns (SCHORNER, et al., 2015).

Incluso nesses dois conceitos, considera-se também que a definição de sangue raro pode
ser variante de acordo com a frequência de tipo raro de sangue em um país, isto é, um grupo
que é comum em um país pode ser considerado raro em outro (NANCE, et al., 2013).

14
1.7 TRANSFUSÃO

A transfusão sanguínea, também chamada hemoterapia, é uma forma de transplante


autóloga, na qual se realiza transferência do sangue total ou dos produtos sanguíneos de um
indivíduo doador para um receptor, visando a corrigir, temporariamente, uma deficiência ou
disfunção (BAETA; et al, 2015).

Transfusão é definida como uma terapia intravenosa com sangue total ou


hemocomponentes. Indica-se a terapia transfusional para várias circunstâncias clínicas,
incluindo anemia, hemorragia, coagulopatia, pancreatite e hipoproteinemia (GOMES, et al.,
2008).

1.8 SISTEMAS DE COLETA DE SANGUE

O sangue é coletado em bolsas de sangue convencionais contendo soluções


anticoagulantes e preservativas, acopladas a uma agulha para punção (SCHNEIDER, 2010).

As soluções anticoagulantes-preservadoras e soluções aditivas são utilizadas para a


conservação dos produtos sanguíneos, pois impedem a coagulação e mantêm a viabilidade das
células do sangue durante o armazenamento (DANIELS, 2002).

A depender da composição das soluções anticoagulantes-preservadoras, a data de


validade para a preservação do sangue total e concentrados de hemácias pode variar. O sangue
total coletado em solução CPDA-1 (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio, dextrose e
adenina) tem validade de 35 dias a partir da coleta e de 21 dias quando coletado em ACD (ácido
cítrico, citrato de sódio, dextrose), CPD (ácido cítrico, citrato de sódio, fosfato de sódio,
dextrose) e CP2D (citrato, fosfato e dextrose-dextrose) (BRASIL, et al., 2010).

As soluções aditivas são utilizadas para aumentar a sobrevida e a possibilidade de


armazenamento das hemácias por até 42 dias em 4 ± 2°C. Um exemplo de solução aditiva é o
SAGM composto por soro fisiológico, adenina, glicose e manitol. As bolsas de coleta
convencionais estão disponíveis em diversos tamanhos, com capacidade total de 150 a 500ml,
sendo a proporção sangue: solução preservativa de 10:1 e 7:1, aproximadamente em cães e
gatos, respectivamente (MARTINS, et al., 2011).

15
1.9 SISTEMA ABO

O grupo ABO foi o primeiro grupo sanguíneo a ser descoberto pelo médico e cientista
Karl Landsteiner no início do século XX, quando realizou testes com o soro e com hemácias de
algumas amostras de sangue e percebeu que em algumas ocorria aglutinação e outras não.
Landsteiner descreveu os tipos A, B e O e seus colaboradores, Decastelo e Sturli, o tipo AB
(SINGH A. et al, 2014).

Certamente, o sangue ABO ainda é o de maior importância sob o ponto de vista dos
procedimentos transfusionais, sendo o grupo mais comum na população (SMART,
ARMSTRONG, et al., 2020).

Além disso, é o grupo em que os anticorpos, anti-A e anti-B, são os únicos a serem
produzidos normalmente, e não dependem, como outros grupos sanguíneos, de exposição aos
fatores de transfusão, transplante ou gravidez para serem desenvolvidos imunologicamente
(SOLANKI CHANDRA, et al., 2020).

Devido à isso, para garantir a segurança transfusional, é possível realizar a tipagem


sanguínea nas formas direta e reversa. Esta, utilizando apenas o soro do paciente e uma
suspensão de hemácias a 3%; e aquela, através da pesquisa antigênica na superfície da hemácia
e anti-soros específicos. Devido à presença regular de anticorpos naturais hemolíticos no
sistema ABO, é regra fundamental não transfundir hemácias contendo antígenos que possam
ser reconhecidos pelos anticorpos do receptor. Anticorpos naturais contra antígenos A e/ou B
(geralmente IgM, ocasionalmente IgG) são encontrados no plasma de indivíduos cujos
eritrócitos não possuem o antígeno correspondente (HOFFBRAND; MOSS, et al., 2013).

16
1.10 SISTEMA RHESUS – RH (D)

Segundo GONÇALVES (2008), Afirma que a classificação do sistema Rh tem como


princípio a pesquisa do antígeno D fixado na membrana da hemácia do paciente. Esta
classificação define o factor Rh de um indivíduo, e se dá por:

 Determinação Rh: determinação do antígeno D do Sistema Rhesus nas hemácias


do paciente.
 Controle Rh: é um reativo controle com ausência de anticorpo Anti-D e de
qualquer outro tipo de anticorpo para todos os sistemas eritrocitários. Este
reativo controle tem por finalidade detectar erros ou patogenias existentes no
paciente que resulte numa reação positiva do controle. (Exemplo: casos de
hiperproteinemia).

Contudo, diversos laboratórios não fazem uso deste controle em sua rotina ou não
valorizam resultados positivos obtidos com o mesmo, arriscando assim a confiabilidade dos
seus resultados finais.

Para liberar um resultado com o Controle de Rh positivo deve-se fazer um estudo mais
aprofundado da imunohematologia do paciente, o que inclui a observação de autoanticorpo frio
ou quente (principalmente se a auto-prova for positiva), hiperproteinemia, etc. Em caso de
dúvidas, deve-se encaminhar a amostra ou o próprio paciente para um serviço especializado
(GONÇALVES, et al., 2017).

É bom lembrar que não se deve usar albumina bovina à 22% ou à 30%, em substituição
à esse reativo controle. O correto é usar o Reativo Controle Rh comercial, não importando se
ele é produzido com plasma ou albumina, desde que tenha os mesmos conservantes e
estabilizadores do reativo do soro Rh (D) e seja do mesmo fabricante.

Pesquisa D fraco e Controle: devem ser feitas quando na classificação do Rh (D) existir
ausência de aglutinação (Rh negativo). Sua finalidade é detectar o anticorpo fracamente
formado contra o antígeno D fraco, devido a sua transmissão genética. Nesta prova é
necessário usar técnicas mais sensíveis (Técnica do Coombs Indireto - TCI) para confirmar
sua positividade ou negatividade (SOLANKI, et al., 2019).

17
1.11 DETERMINAÇÃO DO RH D EM TUBO

O antigénio D (Rh D) é, depois do A e do B, o antigénio eritrocitário com maior


importância na prática transfusional devido à sua potente antigenicidade. Ao contrário do que
acontece no sistema ABO, os indivíduos que não possuem o antigénio D nas suas células, não
têm anticorpos anti-D no seu soro (ALVES, et al., 2010).

A fenotipagem eritrocitária Rh D consiste na pesquisa do antigénio D nos eritrócitos,


utilizando soros anti-D. A presença do antigénio D define o fenotipo Rh D positivo. A sua
ausência o fenótipo Rh D negativo. A fenotipagem eritrocitária Rh D deve ser efetuada em
todas as dádivas de sangue e em todas as amostras pré-transfusionais.

O antigénio D, por vezes, pode apresentar expressões mais fracas, de natureza


quantitativa (D fraco) e/ou de natureza qualitativa (D parcial1). Ambas são consideradas como
D variante. Os indivíduos com fenótipo D variante devem ser clarificados acerca do seu
significado, já que ele difere consoante sejam dadores ou doentes (SILVA et al., 2005).

No caso dos dadores classifica-se como Rh D positivas as unidades de sangue com


pesquisa positiva do antigénio D ou D variante e como Rh D negativas as unidades com
pesquisa negativa do antigénio D e D variante. Por norma, são realizadas duas determinações
com antissoros diferentes e em caso de discrepância entre os resultados obtidos com os dois
soros anti-D, o teste deve ser repetido e, em caso de dúvida, a unidade deve ser classificada
como Rh D positiva, podendo ser utilizada. A execução de estudos serológicos de investigação
ou de biologia molecular para caracterização do antigénio Rh D não devem retardar a utilização
da unidade (GONÇALVES et al., 2002).

18
1.12 TITULAÇÃO ANTI-A, ANTI-B E ANTI-D

Estes ensaios têm como finalidade encontrar a potência do anticorpo existente em várias
diluições determinadas. O título será dado pelo último tubo onde se observe aglutinação
(MOURA, et al., 2012).

Titulação Anti-A e Anti-B é muito usada para avaliação destes anticorpos na circulação
sanguínea pelo uso de factores de coagulação. Na titulação devem ser utilizadas hemácias
tipadas, preferencialmente hemácias A1 (MOURA; MENDES, et al., 2012).

Titulação Anti-D é importante em casos de presença do anticorpo (intra ou


extravascular) para que se detecte a sua potência em atividade. Isto também é válido para os
outros anticorpos irregulares. Na titulação devem ser utilizadas hemácias fenotipadas, com
genótipos preferenciais de R1R1 ou R2R2. O reagente utilizado como fator de diluição deve
ser sempre albumina bovina a 22% devido ao Anti-D ser de caráter albuminoso (MOTTA
FILHO et al., 2013).

Durante a execução destes ensaios deve ser evitada a formação de bolhas para que não
ocorra a dispersão do anticorpo. As quantidades de hemácias e de soro adicionadas na titulação
devem ser realizadas com a utilização de um mesmo instrumento de medição, como por
exemplo, a mesma pipeta de Pasteur ou automática, de forma a evitar concentrações diferentes
dos dois materiais. Uma leitura adequada da aglutinação é necessária para a correta
interpretação do título (OLIVEIRA; PAULA, et al., 2012).

É recomendado que a titulação de anticorpos seja repetida mais de uma vez na rotina,
de forma que o resultado possa ser confirmado e compatível com o obtido anteriormente. Desta
forma, evita-se qualquer erro durante a execução da técnica.

A titulação periódica de um determinado paciente deve ser feita sempre pareada com a
penúltima titulação feita anteriormente deste mesmo paciente (BUENO; FASSARELLA, et al.,
2012).

19
1.13 ANTICORPOS ABO E AS TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS

Quando Landsteiner observou as reações hemolíticas dos grupos sanguíneos ABO, ele
afirmou que os anticorpos presentes neste sistema eram “de ocorrência natural”, ou seja,
anticorpos produzidos naturalmente pelo organismo sem a necessidade de estímulos externos.
Posteriormente, foi demonstrado que algumas bactérias, como por exemplo, as presentes na
flora intestinal, contêm antígenos quimicamente similares aos antígenos ABO e, portanto
estimulam a formação de anticorpos nos indivíduos que não possuem o antígeno correspondente
em suas células (JANEWAY et al., 2002).

Entretanto, continua sendo afirmado que os anticorpos contra os antígenos ABO são
encontrados “naturalmente” no organismo das pessoas, na visão de que eles ocorrem sem a
intervenção humana (através de transfusões, por exemplo).

Estes anticorpos dirigidos contra os antígenos A e B foram detectados pela primeira vez
em crianças de três a seis meses de idade. Tais anticorpos atingem um máximo no pico de
produção por volta dos 10 anos de idade e declinam com a vida adulta (VIELE, et al., 2000).

Os anticorpos ABO são, em geral, proteínas do tipo IgM (imunoglobulina M) e são


caracterizados por serem anticorpos de reação fria, ou seja, se ligam às hemácias mais
facilmente em temperaturas abaixo da temperatura corporal. Uma outra característica bastante
importante com relação aos anticorpos IgM é que estes não atravessam a placenta (FLYNN, et
al., 2007).

Os indivíduos que possuem tipo sanguíneo A apresentam anticorpos anti-B no seu soro
sanguíneo. Os indivíduos que pertencem ao grupo B possuem anticorpos anti-A e os indivíduos
do grupo sanguíneo O apresentam, em seu soro, os dois anticorpos; ou seja, o anti-A e o antiB.
Já os indivíduos que são do grupo AB, por apresentarem em suas hemácias os dois antígenos
(A e B) não apresentam tais anticorpos (BOSSON, et al., 2010).

20
1.14 A HERANÇA DO SISTEMA DE GRUPOS SANGUÍNEOS RH

A descrição do sistema de grupos sanguíneos ABO permitiu transfusões sanguíneas bem


sucedidas em grande parte dos casos. Mas uma parte destas transfusões continuou a resultar em
mortalidade, sem se saber exatamente a causa até 1939, quando as transfusões eram baseadas
apenas na compatibilidade do sistema de grupos sanguíneos ABO (Miller et al., 2002).

Em 1940, conforme apresentado no item 2.1, um outro sistema de grupos sanguíneos foi
descrito, o Sistema RH. Este sistema é considerado o segundo mais importante depois do
sistema ABO. A partir do Sistema RH foi possível compreender, por exemplo, que os
anticorpos anti-Rh são a causa principal da Doença Hemolítica do Recém-Nascido ou
eritroblastose fetal e que tais anticorpos podem também desenvolver reações transfusionais
hemolíticas tardias (BOSSON, et al., 2000).

Segundo O' CONNOR (1992), o Sistema RH já ultrapassou em complexidade o sistema


ABO. Este sistema passou a incluir 47 especificidades de antígenos diferentes entre as várias
populações. A dedicação de alguns pesquisadores e as várias técnicas empregadas
transformaram o Sistema RH em um dos mais fascinantes polimorfismos genéticos19dos
eritrócitos humanos.

Várias teorias já foram elaboradas para explicar as bases genéticas deste sistema e deram
origem a diferentes nomenclaturas, que são oriundas de três grupos de pesquisadores: Wiener
(terminologia Rh – Hr), Fisher-Race (terminologia DCE) e Rosenfield e colaboradores
(Terminologia Numérica). A terminologia de Fisher-Race é a mais utilizada nos livros técnicos
(DONEGAN E BOSSON, et al., 2000).

Segundo O' CONNOR (1992), estas teorias e os vários conhecimentos propiciados pela
genética moderna possibilitaram o entendimento do Sistema RH tal qual ele é compreendido
hoje. No Sistema RH existe uma infinidade de alelos raros e fenótipos incomuns, os quais não
serão abordados neste trabalho, visto que não são importantes do ponto de vista transfusional e
nem são significativos na herança do Sistema RH.

21
1.15 A HERANÇA DO SISTEMA DE GRUPO SANGUÍNEO MNSs

O Sistema MNSs foi o segundo sistema de grupos sanguíneos a ser descrito. Em


complexidade, é semelhante ao sistema RH. Foi descrito em 1927 por Landsteiner e Levine,
quando estes imunizaram coelhos com eritrócitos humanos. Estes dois pesquisadores
encontraram anticorpos anti-M e anti-N no soro dos coelhos imunizados (CALHOUN, et al.,
1992).

O antígeno S foi relatado em 1947 por Walsh e Montgomery, após a implantação do


teste da globulina anti -humana. Em 1951, foi descrito o alelo equivalente ao S, o “s”. Estes
dois antígenos estão geneticamente ligados aos antígenos M e N. Desta forma, o sistema MN
transformou-se em MNSs, um sistema com dois locos intimamente ligados. Os alelos M ou N
estão em um loco e os alelos S ou s estão em outro loco (CALHOUN, et al., 1992).

Os antígenos deste sistema estão localizados em duas glicoproteínas situadas na


membrana do eritrócito. Os antígenos MN, ao contrário dos antígenos ABH (que codificam
enzimas glicosiltransferases que atuam como precursoras), são diretamente codificados pelos
genes correspondentes (BELLO-GONZÁLEZ et al., 2001).

Existem evidências de que todos os antígenos deste sistema já estão bem desenvolvidos
ao nascimento e já foram identificados em eritrócitos fetais de idade gestacional precoce. Além
disso, estes antígenos também têm sido úteis em casos de exclusão de paternidade. Os
principais anticorpos presentes neste sistema são o anti-M, o anti-N, o anti-S e o anti-s
(CALHOUN, et al., 1992).

1.16 Outros Sistemas de Grupos Sanguíneos Humanos

Além dos sistemas ABO, RH e MNSs já descritos, existem outros sistemas de grupos
sanguíneos como os sistemas P, Kidd, Duffy e Kell que estão raramente envolvidos em reações
transfusionais, mas que podem ocasionar hemólise quando se efetua a transfusão de um sangue
antígeno positivo para um receptor sensibilizado (MATIAS et al., 2008).

22
1.17 RISCOS DO USO DO SANGUE

Segundo o Manual Técnico para Investigação da Transmissão de Doenças pelo Sangue,


publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA em 2004 reza que:

O sangue, pela sua característica de produto biológico mesmo quando corretamente


preparado e indicado, carrega intrinsecamente vários riscos, sendo impossível, portanto, reduzir
a zero a possibilidade de ocorrência de reações adversas após a transfusão (ANVISA em 2004,
pág. 28).

Como sabido, os testes realizados pelos bancos de sangue não geram a segurança
necessária quanto à pureza desse material biológico. Um dos diretores da Cruz Vermelha
Americana, referindo-se aos autos custos que envolvem testes realizados nos bancos de sangue,
disse: “Simplesmente não podemos continuar a adicionar teste após teste para cada agente
infeccioso que poderia ser disseminado” (Associação Torre de Vigia, 1990, pág.10).

Quanto à primeira categoria, são encaradas como doenças infecciosas e parasitárias,


que podem ser muito graves e até letais. O livro de 1982, Techniques os Blood Transfusion
(Técnicas da Transfusão de Sangue) cita como exemplos: A AIDS sigla, em inglês, para
“síndrome da imunodeficiência adquirida”, causada pelo vírus HIV), algumas formas de
hepatites virais, como as causada pelos vírus B ou C, a tripanossomíase (Doença de Chagas, a
Malária, a Citomegalovirose e as infecções produzidas pelos vírus de Epstein-Barr, HTLV-I e
HTLV-II(vírus da leucemia e linfoma de células T humano), sífilis, infecções com o vírus do
Herpes, a Toxoplasmose, a Leishmaniose, a Brucelose [ febre ondulante], o Tifo, o Sarampo, a
Salmonelose, e a “febre de carrapatos do Colorado” (RODRIGO et al.,2011).

23
1.18 TRATAMENTOS ALTERNATIVOS À TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
Diante dos perigos transfusionais, a Medicina através de seus grandes avanços criou
outras técnicas, procedimentos e tratamentos isentos do uso de sangue, que se não forem
melhores serão tão eficazes quanto ao uso da transfusão de sangue - essa é a opinião de vários
pesquisadores do assunto, que será explanada no decorrer deste capítulo (WYSE et al., 2006).

A partir do momento que a transfusão de sangue deixou de ser o único tratamento


conhecido, por óbvio temos que jamais poderá ser imposto a um paciente o uso exclusivo da
transfusão sanguínea (CAMARGO, et al., 2003).

Se a transfusão era perigosa, mas insubstituível, não havia outro remédio senão
submeter-se a ela. A dicotomia apresentava-se assim: “transfusão ou morte, numa situação de
estado de necessidade.” Entretanto, explica o mesmo autor: “[...] nas últimas décadas a ciência
médica desenvolveu técnicas e tratamentos destinados a tornar possível a cirurgia e o cuidado
sem sangue alogênico de outra pessoa” (Ligiera, 2002, pág.167).

Quando não existiam tratamentos alternativos à transfusão sanguínea cabia ao paciente


decidir se aceitaria o único tratamento disponível ou não, no entanto, agora não há mais como
o paciente se recusar a receber um tratamento, pois esses múltiplos tratamentos alternativos em
nada ferem seus princípios espirituais. Caberá, portanto, aos médicos, aprenderem a utilizar
essas novas técnicas, e ao Estado disponibilizar verbas, para garantir ao paciente um tratamento
adequado, não fugindo ambos, de seus deveres (MIRANDA, et al., 2010).

24
CAPITULO III. METODOLOGIA

2.1. Tipo de estudo


O estudo foi do tipo descritivo, transversal, com uma abordagem qualitativa.
2.2. Local de estudo
Foi realizado no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino. Geograficamente
localizado em Luanda, município de Viana distrito Urbano Luanda-Sul.
2.3. População em estudo
Foi composta por todos os técnicos do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino.

2.4. Amostra
Tratou-se de uma amostra probabilística aleatória simples onde foram selecionados 10
Técnicos de Diagnóstico Terapêutico na secção da Hemoterapia presentes no Hospital Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino no período em análise.

2.5. Critério de inclusão

Foram incluídos no estudo todos os Técnicos de Diagnóstico Terapêutico que aceitarem


participar no estudo, mediante assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido.

2.6. Critério de exclusão


Foram excluídos no estudo todos os Técnicos de Diagnóstico Terapêutico que não
reuniram requisitos para participar na referida pesquisa e aos que não queiram participar.
2.7. Procedimentos éticos
Como qualquer trabalho, também neste foi tidas em conta todas as questões éticas, para
isso, foram tomadas todas as precauções consideradas necessárias. Começamos por apresentar
o nosso pré-projeto a direção do hospital em questão onde foi feita a recolha de dados.
2.8. Procedimentos de recolha de dados

Foram coletados pelos pesquisadores, no referido hospital, por meio de uma entrevista,
através de um questionário elaborado com perguntas abertas e fechadas.
2.9. Processamento de dados

Após a recolha, os dados foram processados nos seguintes softwares: Microsoft Offine
Word, para a elaboração do texto, Microsoft Excel para a elaboração das tabelas de dados, e
foram apresentados em Power Point. Os resultados foram apresentados em formas de tabela.
25
2.10 Principais variáveis em estudo
2.10.1 Demográficas
• Nesta pesquisa, teremos como variável:
• Faixa etária;
• Grau de profissionalismo;
• Gênero;
• Estado civil.
2.10.2 Técnicas
• Conhecimentos;
• Atitudes;
• Práticas.

26
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
A análise e interpretação dos resultados consistem na actividade de organizar um
conjunto de dados com o objectivo de poder verificá-los melhor, dando-lhes ao mesmo tempo
uma razão de ser e uma análise racional. O objectivo é organizar sistematicamente os dados de
forma que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema de pesquisa.

Tabela Nº 01 – Distribuição da amostra dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do


Laboratório do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea,
quanto ao género. No IIº Semestre de 2022.

Gênero fr %

Feminino 04 40%

Masculino 06 60%

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: A tabela acima revela que dos 10 Técnicos inqueridos no Laboratório do


Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino, 04 que perfizeram 40% eram do gênero
feminino e 06 que perfizeram um total de 60% eram do gênero masculino.

27
Tabela Nº 02 – Distribuição da amostra dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do
Laboratório do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea,
segundo a faixa etária. No IIº Semestre de 2022.

Faixa etária fr %

18-22 02 20

23-27 05 50

28-32 01 10

33-37 01 10

38-42 01 10

≤43 00 00

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: A tabela acima revela que dos 10 Técnicos do Laboratório do Hospital Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino inquiridos, 05 (50%) estavam na faixa etária dos 23-27 anos e 01
(10%) estavam na faixa etária dos 38-42 anos.

28
Tabela 3. Distribuição da amostra dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório
Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea, quanto ao nível
académico. No IIº Semestre de 2022.

Nível acadêmico fr %

Ensino de Base 01 10

Ensino Médio 05 50

Ensino Superior 04 40

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: A tabela acima revela que dentre os 10 Técnicos inqueridos, 05 destes tiveram
o ensino Médio concluído, fazendo um total de 50% da população estudada, enquanto outros
04 possuiam o ensino Superior concluído, fazendo um total de 40%, um menor número de 01
técnico possuí o ensino de base, fazendo um total de 10% da população estudada.

29
Tabela 4. Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea, quanto ao estado civil. No IIº
Semestre de 2022.

Estado civil fr %

Solteiro 03 30

Casado 04 40

Viúvo 00 00

União de factos 03 30

Divorciado 00 00

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: estudos feitos revelam que dentre os 10 Técnicos inqueridos, 04 (40%) destes,
vivem em casados, 03 (30%) vivem em União de factos e não houve registos de técnicos Viúvo
ou divorciados.

30
Tabela 5. Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea, quanto ao conhecimento da tipagem
sanguinea. No IIº Semestre de 2022.

Procedimentos fr %

Por meio de uma coleta de 05 50


sangue na veia do braço ou na
ponta do dedo
Coloca-se três gotas de 05 50
sangue numa placa para cada
tipo de antígeno
Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: O estudo realizado revela que, os 10 técnicos do Laboratório do Hospital


Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino, possuem conhecimentos da tipagem sanguínea, cobrindo
os 100% da população estudada.

31
Tabela 6. Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea, quanto a determirnação dos grupos
sanguíneos. No IIº Semestre de 2022.

Grupos Sanguíneos fr %

Soros hemoclassificadores 00 00

Reagentes Antigenicos 00 00

Reagentes Anti-A ,B, AB e D 10 100

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: A tabela acima revela dos 10 Técnicos do Laboratório do Hospital Materno


Infantil Mãe Jacinta Paulino inquiridos, afirmam que os Reagentes Anti-A, B, AB e D é o eficaz
para a determirnação dos grupos sanguíneos, com 100% fazendo um total da população
estudada.

32
Tabela 7. Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea, quanto aos cuidados a ter em conta
durante a colecta. No IIº Semestre de 2022.

Cuidados fr %

Usar os Equipamentos de Protecão Individuais 05 50

Descartar os materias usados em locais apropriados 05 50

Não tenho noção 00 100

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: A tabela acima revela que 05 técnicos, referiam que usar os equipamentos de
protecão individuais, fazendo um total de 50%. Outros 05, referiam- que Descartar os materias
usados em locais apropriados, fazendo um total de 50%.

33
Tabela 8. Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre o Conhecimento da Tipagem Sanguínea, quanto ao colecta
da tipagem sanguínea. No IIº Semestre de 2022.

Colecta da tipagem sanguínea fr %

Punção Capilar 06 60

Punção Venosa 04 40

Não conheço 00 00

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquérito

Interpretação: Quanto a colecta da tipagem sanguínea, a tabela acima revela que 06 ( 60%)
técnicos, afirmaram que colecta da tipagem sanguínea, deve ser feita por uma punção Capilar.
E 04 (40%) afirmaram que deve ser feito por uma punção venosa, é a menor percentagem da
nossa amostra.

34
Tabela 9. Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico do Laboratório Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino, sobre a Tipagem Sanguínea, quanto ao exame mais comum na
tipagem sanguínia. No IIº Semestre de 2022.

Exame mais comum fr %

Em Placas 03 30

Tubo de ensaio 07 70

Total 10 100

Fonte: Ficha de Inquerito

Interpretação: Quanto ao exame mais comum na tipagem sanguínea, a tabela acima revela
que 03 ( 30%) técnicos, afirmaram que o exame mais comum é feito em Placas. 07 (70%)
afirmaram que o exame mais comum é feito em tubo de ensaio. Fazendo um total de 100 % da
nossa amostra.

35
CONCLUSÕES

Tendo como base a interpretação dos resultados da pesquisa sobre a Tipagem Sanguínea
Realizada Pelos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta
Paulino no IIº Semestre de 2022, conclui-se o seguinte:

Dos 10 Técnicos inqueridos no Laboratório do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta


Paulino, 04 que perfizeram 40% eram do gênero feminino e 06 que perfizeram um total de 60%
eram do gênero masculino.

Os dados revelam que dos 10 Técnicos do Laboratório do Hospital Materno Infantil Mãe
Jacinta Paulino inquiridos, 05 (50%) estavam na faixa etária dos 23-27.

Quanto aos procedimentos da tipagem sanguínea, 04 técnicos afirmam que os


procedimentos para a realização da tipagem sanguínea, coloca-se três gotas de sangue numa
placapara cada tipo de antigénio, fazendo um total de 40%.
10 Técnicos do Laboratório do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino inquiridos,
afirmam que os Reagentes Anti-A ,B, AB e D é o eficaz para a determirnação dos grupos
sanguíneos, com 100% fazendo um total da população estudada.
05 técnicos do Laboratório do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino inquiridos,
referiam que usar os equipamentos de protecão individuais, fazendo um total de 50%.

Quanto a colecta da tipagem sanguínea, 06 ( 60%) técnicos, afirmaram que colecta da


tipagem sanguínea, deve ser feita por uma punção Capilar.

Quanto ao exame mais comum na tipagem sanguínea, revela que 07 Técnicos inqueridos
prefazendo (70%) afirmaram que o exame mais comum é feito em tubo de ensaio.
Portanto respondendo a nossa questão de partida podemos assim concluir que os
profissionais de saúde do Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino possuem
conhecimentos sobre a Tipagem Sanguínea.

36
SUGESTÕES
Sugerimos ao Ministério de Saúde que disponibilizem mais materiais e reagentes para
fazer os exames de grupo sanguíneo.

Ao Instituto Técnico de Saúde São Vicente de Paulo, sugerimos que equipassem bem o
laboratório de Análises Clínicas com reagentes para facilitar a prática dos estudantes do mesmo
curso.

Sugerimos aos técnicos que tenham mais cuidados na realização do exame. Pois qualquer
erro nas técnicas de procedimento ou má interpretação de resultado é fatal para a saúde do
paciente que vai ser doado o Sangue.
A população em geral deixamos o seguinte conselho:
 Que faça o exame de grupo sanguíneo para saber o seu grupo;
 Que esteja disposto a doar o seu sangue, porque assim estarás a salvar vidas.

37
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1º ARAÚJO, M. B. Et al. Avaliação do programa banco de sangue e Transfusão Bahia no


ano de 2013. Rev. Brás. Saúde Materna. Infantil. 2016.

2º BELLO-GONZÁLEZ. Tipagem Sanguinea. Disponível em: <https://www.msf.org.br>.


Acesso em: 14 maio 2019.

3º DANIELS, ARMSTRONG. Finotipagem RhD: particularidades e implicações clínicas.


fleury medicina e saúde 2011.
4º DANIELS. Técnicas Modernas em banco de Sangue e Transfusão. 4 ed: Revinter; 2006

5º MOTTA, JUNQUEIRA; LEVY, Fundamentos de imuno-hematologia eritrocitária. São


Paulo: Senac, 2013.

6º FERREIRA FILHO, GONÇALVES. Questões Constitucionais e Legais referentes à


tratamento médico sem transfusão de sangue, 1994.
7º MINISTERIO DA SAÚDE. Manual de Fundamentos de imuno-hematologia. 2a. ed.
Brasília/DF: Ministério da Saúde, 2009.
39
APÊNDICES
APÊNDICE A

REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE SÃO VICENTE DE PAULO
“EDUCAR PARA HUMANIZAR”

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

FICHA DE INQUÉRITO

Título: Tipagem Sanguínea realizada pelos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico no Hospital


Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº Semestre de 2022.

O presente inquérito é anónimo e confidencial, visa recolher informações sobre a Tipagem


Sanguínea realizada pelos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico no Hospital Materno
Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº semestre de 2022.

Agradecemos que responda as questões com sinceridade e marque com um (X) dentro do círculo
a sua resposta.

1. Gênero
Feminino Masculino
2. Faixa etária
18-22 23-27 28 – 32 33-37 38-42

43
3. Nível académico
Auxiliar de Base Técnico Médio Técnico Superior

4. Estado civil
Solteiro(a) Casado(a) Viúvo(a União de factos Divorciado(a)
5. Quais são os procedimentos realizados na tipagem sanguínea, assinalando com um
X a afirmação correcta:
a) Por meio de uma colecta de sangue na veia do braço ou na ponta do dedo.
b) Coloca-se três gotas de sangue numa placa para cada tipo de antígeno.

6. Reagentes usados para determirnação dos grupos sanguíneos? Marque com


um X a opção correta:
a) Soros hemoclassificadores
b) Reagentes Antigenicos
c) Reagentes Anti-A ,B, AB e D
7. Quais são os cuidados a ter em conta durante a colecta? Marque com um X a opção
correta:
a) Usar os equipamentos de protecão individuais
b) Descartar os materias usados em locais apropriados
c) Não tenho noção
8. Como é feita a colecta da tipagem sanguínia? Marque com um X a opção correta:
a) Punção Capilar
b) Punção Venosa
c) Não conheço
9. Qual é o tipo de exame mais comum na tipagem sanguínea? Assinale a opção
correcta:
a) Em Placas

b) Tubo de ensaio

Instituto Técnico Privado de Saúde São Vicente de Paulo, aos__ de ___________ de 2023.
O Inquiridor O Participante
____________________________ ______________________________
APÊNDICE B-TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Nós, abaixo assinado, finalistas do curso Médio de Análises Clínica do Instituto Técnico
Privado de Saúde São Vicente de Paulo, referente ao ano lectivo 2022/2023, estamos a realizar
uma pesquisa sobre a Tipagem Sanguínea realizada pelos Técnicos de Diagnóstico
Terapêutico no Hospital Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº Semestre de 2022.
Com o(a) Senhor(a).

Por isso, pedimos a sua colaboração a fim de participar no estudo, respondendo um


instrumento contendo várias questões relacionadas ao conhecimento sobre o assunto em
epígrafe.

A participação do estudo é voluntária e não haverá nenhum custo ou risco para a sua pessoa.
Garantimos que a sua identidade será mantida no anonimato.

Declaro que, após ter recebido e entendido os esclarecimentos, aceito participar do estudo.

Luanda, aos ________ de ________________________ de 2023.

Assinatura do(a) entrevistado(a) Assinaturas dos pesquisadores

_________________________ ___________________________

___________________________

___________________________

___________________________

__________________________

___________________________

_____________________________
-
APÊNDICE C TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Prezado(a) participante:

Somos estudantes do curso Médio de Análises Clínica, do Instituto Técnico Privado de


Saúde São Vicente de Paulo, referente ao ano lectivo 2022/2023. Estamos a realizar uma
pesquisa sob supervisão do Professor João Garcia A. Tomás, cujo objectivo é de compreender
o Tipagem Sanguínea realizada pelos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico no Hospital
Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº Semestre de 2022. Sua participação envolve
uma entrevista, que terá a duração de aproximadamente 15 minutos.

A participação nesse estudo é voluntário e se o(a) senhor(a) decidir não participar ou


quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade de fazê-lo.

Na publicação dos resultados dessa pesquisa, sua identidade será mantida no mais
rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo(a).

Mesmo não tendo benefícios directos por participar, indirectamente você estará a
contribuir para a compreensão do fenómeno estudado e para a produção de conhecimento
científico.

Atenciosamente O Orientador
_____________________ ___________________________

Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma cópia deste termo de
consentimento.

O (A) participante

_________________________________________
-

APÊNDICE D ORÇAMENTO

RECURSOS QUANTIDADE VALOR EM VALOR TOTAL


UNITÁRIO EM KWANZAS
KWANZAS
1.R. HUMANOS
Técnico de 01 46.000 55.000
informática
Revisor de português 01 10.000 10.000
SUBTOTAL 02 56.000 65.000
2.R. MATERIAIS
Resma de papel 02 unidades 2500 5000
Esferográficas 04 unidades 50 400
Borrachas 06 unidades 50 100
Pen-drives 01 unidade 2500 3000
Bloco de anotações 05 unidades 500 3000
SUBTOTAL 15 unidades 5100 11,500
3.R.FINANCEIROS
Encadernação 03 vias 500 1.000
Alimentação 05 500 2.5000
Transporte 05 1000 5.000
SUBTOTAL 13 2000 8.500

TOTAL 35 67.600 85.000


-

APÊNDICE E CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

ACTIVIDADES MESES

Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


Escolha do tema e
elaboração da
introdução e dos
objectivos
Pesquisas
bibliográficas em
fontes digitais e
livros
Compilação dos dados
da pesquisa
bibliográfica
Colecta de dados no
campo

Tabulação de dados

Montagem do TCC em
word

Correcção do TCC

Encadernação do
TCC
Montagem do TCC em
Power Point

Entrega do TCC em
Word

Ensaios de
apresentação
-
ANEXOS
REPÚBLICA DE ANGOLA
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA
GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE SÃO VICENTE DE PAULO
“EDUCAR PARA HUMANIZAR”

AO
DIRECTOR GERAL DO HOSPITAL MATERNO
INFANTIL MÃE JACINTA PAULINO
=LUANDA= CREDENCIAL DE PESQUISA
Assunto: Solicitação de Pesquisa
A Direcção Pedagógica do Instituto Técnico Privado de Saúde São Vicente de Paulo
endereça a vossa excelência os nossos melhores cumprimentos. E vem por esta via, solicitar o
vosso apoio a favor dos estudantes da 13ª classe do curso de Análises Clínica que se encontram
na fase de desenvolvimento do seu Trabalho de Fim do curso com o tema:

Tipagem sanguínea realizada pelos Técnicos de Diagnóstico Terapêutico no Hospital


Materno Infantil Mãe Jacinta Paulino no IIº Semestre de 2022. Consta-nos que a recolha
de informações estatísticas e, tendo concluído o Projecto de Pesquisa, surge a necessidade de
colheita de informações, parte indispensável para a elaboração do seu trabalho de fim do curso.

Na expectativa de que esse nosso pedido vai merecer a vossa atenção, subscrevemo-nos,
reiterando os nossos melhores cumprimentos.
GABINETE DO SUB-DIRECTOR PEDAGÓGICO DO INSTITUTO TÉCNICO
PRIVADO DE SAÚDE SÃO VICENTE DE PAULO, EM LUANDA AOS 06 DE
FEVEREIRO DE 2023.
O SUB-DIRECTOR PEDAGÓGICO
______________________________________
José Teca
Anexo B: Tipagem Sanguínea ( Manual de Análises Clínicas).

Fonte: ARUANÃ COSTA Anexo

C: Grupos Sanguíneos em Placas.

Fonte: Manual de Laboratório Clinico do Brasil.

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