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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/SAÚDE
GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA

INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE GEOCIÊNCIA

PROJECTO DE PESQUISA DO CURSO MÉDIO TÉCNICO DE


ENFERMAGEM

INFECÇÕES NOSOCOMIAIS

Nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem do Hospital Geral de Luanda na


U.T.I sobre a Prevenção de Infecções Nosocomiais no IIº Trimestre de 2022.

Orientador: Adão Salomão Pedro

LUANDA, 2022
NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DO
HOSPITAL GERAL DE LUANDA NA U.T.I SOBRE A PREVENÇÃO DE
INFECÇÕES NOSOCOMIAIS NO IIº TRIMESTRE DE 2022.

Projecto de pesquisa apresentado ao Instituto Médio Politécnico de Geociência, (IMPG),


como requisito para a realização do trabalho de fim do curso.

LISTA DE AUTORES

1. Jacinto Malambo
2. Luisa Cabeche
3. Lidia Victor
4. Lisseth Gomes
5. Manuela Primeiro
6. Misaela Cangoji
7. Patrícia Mangumbala
8. Pedro De Andrade
9. Vilma Vunge

i
Autorizamos exclusivamente para fins académicos e científicos a reprodução total ou
parcial deste trabalho de fim do curso

Assinatura ______________________________________________

Data ____/___________/_______

Ficha Catalográfica

Grupo nº 9

Nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem do Hospital Geral de


Luanda na U.T.I sobre prevenção de infecções nosocomiais no II° trimestre de
2022.

Trabalho de conclusão do curso médio apresentado ao Instituto Médio Politécnico


de Geociência(IMPG) Para a obtenção do titulo de Técnico de Enfermagem.

Orientador: Adão Salomão Pedro

ii
FOLHA DE APROVAÇÃO

Grupo nº 9

Nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem do Hospital Geral de Luanda na


U.T.I sobre prevenção de infecções nosocomiais no II° trimestre de 2022.

Aprovado em _________/______________/2022

Trabalho de conclusão do curso médio apresentado ao


Instituto médio Politécnico de Geociência(IMPG)
Para obtenção de titulo de técnico de Enfermagem

BANCA EXAMINADORA

Presidente de Júri

_____________________________________

1º Vogal

_____________________________________

2º Vogal

___________________________________

iii
DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho as nossas famílias que sempre nos apoiaram incondicionalmente,
Aqueles que de forma direita ou indireta contribuíram de forma objetiva e subjetiva para que
chegassemos até aqui.

Agradecemos também aos professores que contribuíram abrangentemente no processo de


aquisição do conhecimento e no aperfeiçoamento das nossas técnicas.

iv
AGRADECIMENTOS

Um enorme obrigada a todos aqueles que nos apoiaram nesta tão importante etapa de procura
de conhecimento. Agradecemos a paciência por toda a atenção, disponibilidade a quando da
execução deste trabalho. Ao nosso orientador professor Adão Salomão Pedro.

O nosso muito obrigado aos nossos pais e aos parentes, por não terem falhado no apoio e
carinho que sempre nos deram.

Dedicamos à toda comicidade académica e à todos os leitores que tiverem acesso a este
material de apoio.

O Nosso muito Obrigado.

v
EPÍGRAFE

Daria tudo que sei

pela metade do que ignoro

“René Descartes”

vi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

-CCI – Comissão de controlo de infeção

-CCIH – Comissão de controlo de infeção hospitalar

-EPI – Equipamento de proteção individual

-IACS – Infeção associada aos cuidados de saúde

-OMS – Organização Mundial da Saúde

-PAVM - A pneumonia Associada a Ventilação Mecânica

-PAC - Pneumonia adquirida na comunidade

-PAH – Pneumonia adquirida no hospital

-PAV – Pneumonia associada ao ventilador

-PNCIH – Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (PNCIH)

-UCI – Unidade de Cuidados Intensivos

vii
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo faixa


etária.-------------------------------------------------------------------------------------------------------
30

Tabela 2- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo


gênero---------------------------------------------------------------------------------------------------------
------31

Tabela 3- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo


categoria profissional ------------------------------------------------------------------------------------32

Tabela 4- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo tempo


de serviço--------------------------------------------------------------------------------------------------33

Tabela 5- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo


conhecimento sobre infecção nosocomial-------------------------------------------------------------
34

Tabela 6- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo


factores de risco de infecção
nosocomial.-----------------------------------------------------------------------35

Tabela 7- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo


conceito de infecção nosocomial-----------------------------------------------------------------------36

Tabela 8- Distribuição de amostra dos profissionais de enfermagem do H.G.L segundo


intervenção em casos de infecção nosocomial-------------------------------------------------------37

viii
RESUMO
O presente trabalho aborta sobre Nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem do
hospital geral de Luanda na U.T.I sobre prevenção de infecções nosocomiais no II° trimestre
de 2022. Objetivo: Conhecer as principais medidas usadas na U.T.I do Hospital Geral de
Luanda para prevenção de Infecções Nosocomiais; Metodologia: Tipo de estudo foi
realizado um estudo observacional descritivo transversal com abordagem quantiqualitativa,
Local de estudo, o estudo foi realizado na U.T.I do Hospital Geral de Luanda, localizado no
Camama distrito do Kilamba Kiaxi, População, a população foi de 100 profissionais de
enfermagem que trabalham na U.T.I do Hospital Geral de Luanda; Amostra ,utilizou- se uma
amostra não probabilística de 50 enfermeiros; resultados: revelam que a faixa etária
predominante na U.T.I do hospital geral de luanda que vai entre os 20 á 25 anos de idade que
corresponde (38%) ,Quanto ao gênero o estudo mostrou que o gênero predominante na
secção de U.T.I do hospital geral de luanda é o feminino com (58%), Quanto a categoria
profissional o estudo mostrou que a categoria predominante na secção de U.T.I do hospital
geral de luanda é de técnicos médios de enfermagem, (66%),Quanto ao tempo de serviço o
estudo mostrou com maior predominância profissionais com tempo de serviço de 2 á 4 anos
(74%),Quanto ao conhecimento sobre Infecções Nosocomiais na U.T.I, o estudo mostrou com
maior predominância (64%) possuem conhecimento sobre infecções nosocomiais, Quanto aos
factores de risco das infecções nosocomiais na U.T.I do hospital geral de luanda o estudo
mostrou com maior predominância (46%) as internações prolongadas, Quanto ao conceito de
infecção nosocomial na U.T.I do hospital geral de luanda o estudo mostrou com maior
predominância (42%) conceituam como uma infecção adquirida na unidade hospitalar,Quanto
a intervenção em caso de infecções nosocomiais do hospital geral de luanda o estudo mostrou
com maior Predominância (70%) têm intervindo em casos do gênero;

Concluí-se ,que independemente de algumas limitações encontradas na U.T.I do hospital geral


de Luanda em relação ao número reduzido de recursos humanos e aos materiais necessários
para prevenção de episódios do género, conseguiu-se alcancer o objectivo geral do trabalho
pois, conheceu-se as infecçoes nasocomiais predominantes nesta secção hospitalar.

Palavras-chaves: Doenças infeciosas; Infecção nosocomial; Microorganismos


multirresistentes

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................1
1.1. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA.........................................................................2
1.2. JUSTIFICATIVA....................................................................................................3
1.3. OBJECTIVOS......................................................................................................4
1.3.1. Geral........................................................................................................4

1.3.2. Específicos..............................................................................................4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................5
2.1. Definição dos Termos e Conceitos..............................................................5

2.2. BREVE HISTÓRIA................................................................................................6


2.3. Início da Colonização de Bactérias nos Hospitais.......................................6

2.4. Tipos De Infeção Nosocomial Mais Comuns...............................................8

2.5. Mecanismos utilizados para prevenção e controle de infecção..................9

2.6. Fatores que favorecem a manifestação de infecção em Unidade de


Terapia Intensiva....................................................................................................... 11

2.7. Papel de enfermagem na prevenção e controle de infecção....................13

2.8. Higiene das mãos......................................................................................14

2.9. Higienização oral com clorexidina.............................................................14

2.10. Cabelos presos......................................................................................15

2.11. Higiene e desinfecção da unidade de internação..................................15

3. METODOLOGIA.................................................................................................16
3.1. Tipo de estudo...........................................................................................16

3.2. Local de estudo.........................................................................................16

3.3. População de estudo e amostra................................................................16

3.4. Critérios de inclusão..................................................................................16

3.5. Critérios de exclusão.................................................................................16


3.6. Procedimentos éticos................................................................................16

3.7. Recolha de dados..................................................................................... 16

3.8. Processamento e análise de dados..........................................................16

3.9. Variáveis de estudo...................................................................................17

4. APRENTAÇÃO E INTERPRETAÇÂO DOS RESULTADOS..............................18


5. CONCLUSÃO.....................................................................................................26
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................27
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................28
GLOSSÁRIO.............................................................................................................33
APÊNDICE A............................................................................................................. 34
APÊNDICE B............................................................................................................ 35
1. INTRODUÇÃO

A Infecção Hospitalar (IH) está relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), e é definida como
toda infecção que o paciente/cliente adquire após internação hospitalar, de 48 à 72 horas, e
fora do período de incubação. (ABEEG et al, 2011).
A infecção adquirida após o paciente passar por uma internação hospitalar e se manifesta no
decorrer da mesma ou após sua alta, está relacionada com a internação ou procedimentos
realizados a que ele foi submetido enquanto internado. (OLIVEIRA, et al,2010).

Nota-se que nos últimos anos o crescimento disseminado de microorganismos resistentes aos
antibióticos no âmbito hospitalar foi um dos grandes responsáveis dos altos índices de
internamentos e de mortalidade, tornando-se um grave problema de saúde pública Mundial.
(OLIVEIRA et al, 2010).
A proliferação desses patógenos pode estar associada também à contaminação cruzada, onde a
via mais comum desta disseminação ocorre através das mãos dos profissionais de saúde e
também está relacionado a outros fatores como a estrutura física, limpeza, desinfecção das
estruturas devido à quantidade de equipamentos existentes dentro das unidades e as suas
superfícies contaminadas e podem também estar relacionados a gravidade e instabilidade do
quadro clínico dos pacientes. (OLIVEIRA, et al, 2010).

Devido registo de grande disseminação de microorganismos dentro do ambiente hospitalar, na


década de 80, o Ministério da Saúde criou a portaria no 232 publicada no Diário Oficial da
União de 6 Abril de 1987, Programa Nacional de Controle de Infecção Hospitalar (PNCIH), e
expediu uma portaria em 27 de Agosto de 1992, normas que prevê como parte desta equipe
um médico infectologista e um enfermeiro a cada 200 leitos. (SARTURI; SILVA, 2012).

Atualmente o atendimento à saúde está evoluindo rapidamente, e como consequência do


avanço científico e tecnológico, foram viabilizados procedimentos que prolongam a sobrevida
do paciente. Acompanhando esse desenvolvimento, novos microorganismos têm sido
documentados e as infecções têm ressurgido, especialmente nas Unidades de Terapia
Intensiva. (LIMA et al, 2007).

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1.1. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Num passado não muito distante, os hospitais eram considerados insalubres e restringiam-se à
prestação de cuidados com uma abordagem mais humanitária do que propriamente científica.
Na segunda metade do século XIX foram exploradas os temas da prevenção e controle da
infeção hospitalar, de onde se desenvolveu o pensamento moderno sobre a prestação de
cuidados.

A incidência de infecções nos primeiros hospitais era elevada devido à prevalência elevada de
doenças infeciosas na comunidade, bem como às condições de higiene precárias dessa época.
A preocupação com este problema levou a que fossem feitas investigações. Ignaz
Semmelweis, médico obstetra, em 1846 revelou serem as mãos e os objetos contaminados os
veículos responsáveis pela transmissão da infeção. Demonstrou que a lavagem das mãos
podia prevenir a febre puerperal.

Semmelweis constatou que os doentes da maternidade morriam a uma taxa alarmante,


apercebendo-se de que havia uma associação com assistência efetuadas pelos estudantes de
medicina que efetuavam toques antes dos partos. Assim sendo, questionamos: Qual é o Nível
de conhecimento dos profissionais de enfermagem do hospital geral de Luanda na UTI
sobre a prevenção de infecções nasocomiais no II Trimestre de 2022?.

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1.2. JUSTIFICATIVA

Este trabalho justifica-se pelo facto de que a higienização das mãos (HM) ser uma importante
profilaxia contra as infecções hospitalares, já que as mãos são o meio mais comum de
disseminação de microorganismos, e ainda, o risco de transmissão refere-se a qualquer
momento durante a prestação de assistência à saúde, especialmente em pacientes
imunocomprometidos e/ou na presença de dispositivos invasivos .

O trabalho justifica-se ainda pelo fato de que a técnica correta de lavagem das mãos vem
sendo descrita em diversos manuais publicados, no entanto, na análise de estudos já
publicados, nota-se que essa prática ainda não é aderida de forma satisfatória nos ambientes
hospitalares, sendo executada com pouca frequência. (GREGORIUS, 2012).

Segundo Santos (2014), destaca-se que somente a frequência de Higienização das Mãos (HM)
não é o suficiente para a redução da disseminação de patógenos, necessitando também da
adequada execução da técnica de Higienização das Mãos para que se possa garantir uma
adesão adequada à Higienização das Mãos. Assim, é necessário um estudo para a observação
dessa técnica pelos profissionais de enfermagem, pois são os que prestam assistência mais
directa aos pacientes. A importância do estudo está na implementação de medidas que visem à
melhoria do conhecimento da técnica e conscientização dos benefícios da mesma pelos
profissionais de enfermagem, visando à redução de transmissão de microorganismos, e a
consequente diminuição de infecções nos ambientes hospitalares.

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1.3. OBJECTIVOS

1.3.1. Geral

1- Conhecer as principais medidas usadas na U.T.I do Hospital Geral de Luanda


para prevenção de Infecções Nosocomiais.

1.3.2. Específicos

2. Identificar as principais infecções hospitalares na UCI;


3. Identificar os cuidados de enfermagem aplicados no combate das infecções
hospitalares;

3. Descrever os factores de risco que contribuem para a propagação das infecções


hospitalares.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Definição dos Termos e Conceitos

Infecções: O surgimento de uma infecção humana é determinado pela interação dos agentes
mórbidos com o meio ambiente e o homem;
Colonização : Propagação de um microorganismo na superfície ou no organismo de um
hospedeiro, sem evidências de uma resposta deste, seja esta resposta imune, dano celular ou
manifestação clínica;
Agente infecioso : Agente biológico, capaz de produzir infeção ou doença Infeciosa ;
Infeção cruzada : Aquisição de infeção pela mesma estirpe bacteriana,
diretamente a partir de outra pessoa, ou indiretamente a partir do ambiente;
Patogenicidade : Capacidade de um agente biológico causar doença em um hospedeiro
suscetível;

Esterilização : É um processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias


nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos
e/ou químicos.

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2.2. BREVE HISTÓRIA
2.3. Início da Colonização de Bactérias nos Hospitais.

O relato de infecções hospitalares iniciou-se anterior ao surgimento dos hospitais, a história


da ocorrência e de suas práticas de controle e prevenção mantém uma relação estreita com a
própria história das concepções dominantes do desenvolvimento do processo saúde-doença na
sociedade e de suas formas de inserção e de intervenção no hospital. (RODRIGUES, 2009).

Existem informações a respeito do surgimento das primeiras infecções no período medieval,


época em instituições foi criada para alojar pessoas doentes, peregrinos, pobres e inválidos
constituindo, inclusive, locais de separação e de exclusão. Evidentemente, o agrupamento
indiscriminado de pessoas em um ambiente confinado facilitava a transmissão de doenças
contagiosas, podendo se situar a origem da infecção hospitalar nesse período, visto que
doenças surgiam devido a microorganismos que podiam ser transmitidos de pessoa a pessoa,
segundo informações colhidas dos marinheiros que testemunhavam a propagação das doenças
nas expedições. (FERNANDES et al, 2010).

As infecções descritas, na ausência de procedimentos terapêuticos, apresentavam a mesma


forma de transmissão que aquelas nas comunidades: vias aéreas, água, alimentos,
reproduzindo as mesmas epidemias que arruinavam parte da população da Idade Média:
cólera, pestes, dentre outras, de caráter eminentemente exógeno e específico. (LACERDA,
2008).

A medicina naquela época, era uma prática não hospitalar, exercida sob moldes liberais e
individualizados e coerentes predominantes na época, à concepção religiosa, cujas causas das
doenças eram buscadas no âmbito religioso e sobrenatural estabelecendo, assim, uma ação de
expectador e aguardando melhora repentina do paciente. (Fernandes et al, 2008).

As primeiras práticas de controle de infecções surgiram com a transformação do local de


assistência aos pobres para um hospital, onde as pessoas eram internadas para cura,
medicalização e inclusive para morrer, essa mudança aconteceu a partir do século XVIII.
(SGARBI; CONTERNO, 2009).

6
Vários estudiosos contribuíram para a evolução da prevenção das infecções hospitalares,
entretanto Florence Nightingale e Willian Farr utilizaram uma abordagem epidemiológica das
doenças infecciosas e das Infecções Hospitalares em uma era pré-bacteriológica, quando as
infecções que predominavam eram aquelas transmitidas pelo meio (ar, água e solo).
(LACERDA, 2008).

As ações de controle sobre o ambiente, como limpeza, isolamento, individualização dos


cuidados, dieta controlada, redução do número de leitos e de pessoas circulando nas
enfermarias foram capazes de diminuir a incidência e o aumento das infecções e os efeitos
negativos do meio hospitalar sobre o paciente. (MARTINS,2009).

Conforme a sua definição “aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifesta
durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a internação ou
procedimentos hospitalares”. Elas representam complicações relacionadas à assistência à
saúde e constituem a principal causa de morbidade e mortalidade hospitalar, aumentando o
tempo de internação dos pacientes e, com isso, elevam os custos dos hospitais e reduzem a
rotatividade de seus leitos. (SOUSA et al, 2009). .

Observaram que mais da metade das Infecções Hospitalares, são de origem autógena,
infecção decorrente da microbiota do paciente, podendo esta, ter origem comunitária ou intra-
hospitalar. A colonização do paciente procede na evolução da infecção, ficando de difícil
identificação saber se o paciente trouxe o microorganismo da comunidade ou foi adquirido
durante a internação. (TIPPLE; SOUZA, 2011).

Com base nesta afirmação ainda pode se identificar que o paciente é o elo mais importante da
cadeia epidemiológica da Infecção Hospitalar, muitas vezes os mesmos possuem patologias
de base favorecendo assim a ocorrência da Infecção Hospitalar, além disso, o que também
implica para o desenvolvimento das infecções são os procedimentos invasivos no qual o
paciente é submetido durante sua internação, sendo esses procedimentos terapêuticos ou para
diagnósticos. (PEREIRA et al,2009).

A infecção hospitalar é um dos principais indicadores de resultados para mensurar a qualidade


da assistência. Estudos apontam uma diminuição das taxas de infecção hospitalar associada
com o aumento do número de horas de enfermagem aliadas a outras medidas de prática
segura. A baixa adesão de medidas preventivas para o controle das infecções hospitalares é
um dos maiores desafios, pois implica em um leque de fatores que predispõe sendo este os
7
motivos mais comuns como a falta de estrutura física, recursos materias, recursos humanos,
organizacionais, administrativos, baixo nível de conhecimento, baixa percepção de risco e
pressa na prestação dos cuidados ao cliente. (TIPPLE; SOUZA, 2011).

A prestação de cuidados de qualidade se caracteriza pelos seguintes atributos: muita


competência profissional; uso eficiente dos recursos; redução a um nível mínimo de lesões
produzidas ou decorrentes da assistência; satisfação dos pacientes quanto às suas demandas,
expectativas e acessibilidade aos serviços de saúde, é um efeito favorável na saúde. (ADAMI;
YOUSHITOME, 2008).

Devido aos usos indiscriminados dos antibióticos, acabou resultando no desenvolvimento de


microorganismos resistentes e multirresistentes, que está associada a infecção hospitalar, cabe
lembrar que através desses indicadores houve aumento dos registros de cliente com infecção
hospitalar devido a qualidade na assistência de saúde.(ANDRADE, 2009; LEOPOLDO;
HAAS, 2008).

Os profissionais de saúde devem estar atentos quanto os indicativos das infecções de


microorganismos presentes em feridas, inserção de cateter, corrente sanguínea que podem
apresentar diferentes alterações nos pacientes: rubor, dor, calor, hipertermia, aspecto de
exsudatos e má resposta ao tratamento, diante desses indicativos podem promover um
tratamento inicial adequado e evitando a proliferação de microorganismo no cliente e no
ambiente intra-hospitalar. (SARTURI; SILVA, 2009).

2.4. Tipos De Infeção Nosocomial Mais Comuns

No ambiente hospitalar existe dois tipos de infecções as com prevenção e as sem prevenção:
as com prevenção são aquelas que se desenvolvem medidas para diminuir a cadeia de
transmissão do microorganismo por meio de medidas eficazes como lavagens das mãos,
processamento de artigos e superfícies próximas ou que tenham contato com os pacientes, uso
de equipamentos de proteção individual, utilização de medidas assépticas. (PEREIRA 2008;
SARTURI e SILVA, 2016).

Apesar de pequenas variações quantitativas percentuais, as infeções nosocomiais mais


comuns descritas na literatura como as mais preponderantes são unânimes: infeção do trato
urinário, infeções do trato respiratório, infeções da ferida cirúrgica e bacteremia,

8
contabilizando mais de 80% da totalidade das infecções nosocomiais, as infeções mais
frequentes as infeções do trato urinário, contabilizando 28%, seguidas das infeções do trato
respiratório com 25%, sendo a pneumonia, sem dúvida, a mais marcante, infeções da ferida
cirúrgica, 17% por último. (LEISER; TOGNIM; BEDENDO, 2009).

A pneumonia Associada a Ventilação Mecânica (PAVM): É considerada uma infecção


pulmonar que surge logo após a intubação endotraqueal, com suporte de ventilação
mecânica invasiva, manifestando-se com 48 a 72 horas após o procedimento. Classifica-
se como precoce quando aparece até o quarto dia de intubação com suporte ventilatório
e tardia quando aparece de pois do quinto dia. (ZOCCHE et al;2011).
Tal classificação é considerado de grande importância, pois podem identificar
diretamente os prováveis agentes que são associados e facilitar o tratamento mais
adequado.( RODRIGUES; SALIBA,2013 ).

A pneumonia Associada a Ventilação Mecânica é a principal causa de infecção nosocomial


em UTIS, ocorrendo emmais de 90% dos casos, em pacientes submetidos à intubação
endotraqueal e ventilação mecânica. O seu estudo é considerado essencial para clínica devido
a sua relevância e seu perfilepidemiológico. (KNIBEL et al; 2009).

Por mais elevados que sejam os avanços tecnológicos, a mortalidade por (PAVM) atinge uma
taxa de mortalidade de 24% à 50% podendo chegar até 76% dos pacientes,variando de acordo
os diferentes patógenos de alto risco. A taxa de mortalidade foi atribuída a síndrome de
disfunção de multiplos órgãos, infecção causada por bactérias multirresistentes e antibióticos
inapropriados ao tratamemto(SELIGMAN;TEXEIRA;2012)

Pneumonia Adquerida na Comunidade (PAC): É importante distinguir pneumonia adquirida


na comunidade e pneumonia adquirida em meio hospitalar (PAH), definindo-se esta última
como aquela, adquirida 48 ou mais horas após admissão hospitalar. Esta distinção é
importante dado que os microorganismos envolvidos são distintos, bem como os riscos
envolventes. PAH representa uma das infeções nosocomiais mais comuns, com um impacto
significante na mortalidade e morbilidade. Possuí uma taxa de 3 a 10 casos por 1000
admissões hospitalares, incrementando a estadia do paciente em mais de uma semana, e
aumentando 3 vezes a taxa de mortalidade.( ABEEG e SILVA, 2011; MENDONÇA et al,
2009).

9
2.5. Mecanismos utilizados para prevenção e controle de infecção
Essa categoria está relacionada com as medidas de prevenção e controle das infecções onde os
autores abordam que as estratégias envolvem principalmente os profissionais que atuam no
ambiente de terapia intensiva, mas também há necessidade de apoio da comissão e Controle
de Infecção Hospitalar (CCIH) e dos gestores.(Fontana e Lautert ,2009).
Esta comissão é composta de enfemeiros e médico infectologista, também pode fazer parte
outros profissionais como técnicos de enfermagem etc. As Comissões de Controle de Infecção
Hospitalar realizam busca ativa constantemente, não só para identificar os casos de infecção,
mas também para verificar os prontuários e se a equipe médica segue as normas da
instituição, em relação ao uso de antibióticos, sendo estes padronizados pela comissão. A cada
ano, aproximadamente, dois milhões de hospitalizações resultam em infecção hospitalar.
( SOUSA et al, 2008).

A Infecção Hospitalar (IH) , na atualidade, representa preocupação não somente para os


órgãos de saúde competentes, mas também um problema de ordem jurídica, social e ética em
face às consequências na vida dos pacientes e o risco a que estes estão sujeitos. Os
procedimentos invasivos, e o uso indiscriminado dos antibióticos e a resistência aos
antimicrobianos são fatores agravantes para infecção. (SOUSA et al, 2008).

A baixa adesão de medidas preventivas para o controle das infecções hospitalares é um dos
maiores desafios, pois implica em um leque de fatores que predispõe sendo este os motivos
mais comuns como a falta de estrutura física, recursos matérias, recursos humanos,
organizacionais, administrativos, baixo nível de conhecimento, baixa percepção de risco e
pressa na prestação dos cuidados ao cliente. (ANDRADE, 2008).

Com base nessas evidências o usuário passa a ficar em condições de dependência dos
cuidados prestados, muitas das vezes não detêm do conhecimento necessário para julgar ou
recusar a prestação do cuidado que se acha inadequado ficando assim em condições de
vulnerabilidade, infelizmente é assim que ficamos quando dependemos de cuidado de outros
profissionais “vulneráveis” (TIPPLE; SOUZA, 2011).

Devido aos usos indiscriminados dos antibióticos, acabou resultando no desenvolvimento de


microorganismo resistente e multirresistente, que está associada a infecção hospitalar, cabe
lembrar que através desses indicadores houve aumento dos registros de cliente com infecção
hospitalar devido a qualidade na assistência de saúde. ( LEOPOLDO; HAAS, 2009).

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Os profissionais de saúde devem estar atentos quanto os indicativos das infecções de
microorganismo presentes em feridas, inserção de cateter, corrente sanguínea que podem
apresentar diferentes alterações nos pacientes: rubor, dor, calor, hipertermia, aspecto de
exsudatos e má resposta ao tratamento, diante desses indicativos podem promover um
tratamento inicial adequado e evitando a proliferação de microorganismo no cliente e no
ambiente intra-hospitalar. (SARTURI; SILVA, 2012).

2.6. Fatores que favorecem a manifestação de infecção em Unidade de Terapia


Intensiva

Dereli et al (2013) abordam que as infecções nosocomiais estão entre as principais causas de
alta demanda de morbidades e mortalidade, as causas são multifatoriais relacionadas as várias
intervenções diagnósticas ou terapêuticas invasivas, tais como a utilização contínua de
antibióticos de amplo espectro, doenças subjacentes e ventilação mecânica, cateter venoso
central, monitorização invasiva de pressão, cateterismo vesical e internações prolongadas.

Segundo Netto et al (2009) os principais fatores de risco responsáveis pela manifestação de


infecções são: pacientes com faixa etária inferior a um ano ou superior a 60 anos de idade,
sexo feminino que se sobrepõe e outros agravos como psoríase, queimaduras,
antibioticoterapia, pacientes em uso de medicamentos imunossupressores, foco infeccioso à
distância, doença de base grave, duração do tempo de internação prévia e grau de umidade da
pele, dependendo do tipo de curativo utilizado, tempo de uso do acesso vascular e escolha do
sítio de inserção dos cateteres venoso central.

Segundo Fontana e Lautert (2009) procedimentos invasivos são fatores que mais contribui
com os riscos para a incidência das infecções hospitalares.
Junior et al (2010) complementam que os procedimentos invasivos podem apresentar
complicações diversas relacionadas ao seu implante, à manipulação, como por exemplo a
infecção relacionada aos cateteres de longa permanência constitui complicação de grande
morbimortalidade e a infecção relacionada a ventilação mecânica, bem como as infecções do
trato urinário (ITU) que são infecções hospitalares muito frequentes com riscos e agravos

11
adicionais ao pacientes que muitas vezes já estão debilitados ou imunossuprimidos, ficam
vulneráveis a esse agravo.

Lourenço e Ohara (2010) discorrem que são altas a incidência de complicações relacionadas
ao cateter venoso central e variam conforme a escolha do tipo de cateter
utilizado,manipulações frequentes, longo tempo de uso e fatores pessoais.
Segundo os mesmos autores para cada mil cateteres/dia instalados surge manifestação de
infecções da corrente sanguínea, relacionadas a esse procedimento.
Rodrigues, Chaves e Cardoso (2008) referem ao realizar esse procedimento deve ser
respeitado suas prioridades que começam a partir da escolha do sitio de inserção até a
manutenção do acesso.

Na unidade de terapia intensiva, a infecção é justificada pela gravidade dos pacientes que
nelas são atendidas, doença de base, população idosa que compõem a maioria dos
internamentos, imunossupressão, uso de antimicrobianos potentes e de largo espectro,
condições nutricionais, métodos e procedimentos invasivos, sendo esta ventilação mecânica,
cateter venoso central, sonda vesical de demora e longa permanência do internamento. Os
índices de infecções encontrados são maiores daqueles encontrados em outros setores dos
hospitais, devido à todos os agravos mencionados acima. (OLIVEIRA et al, 2010; ABEGG;
SILVA, 2011).

Paciente com necessidade de internação hospitalar se tornam suscetíveis a desenvolverem


infecções nosocomiais devido à ampla exposição aos microorganismos patogênicos.
(MOURA et al,2007).

O grande responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade são as infecções relacionadas


com a assistência à saúde (IRAS), que são classificadas como infecções hospitalares
decorrentes após a admissão de um paciente no ambiente hospitalar, aquela que se
desenvolvem em 48 horas após horas do internamento no quais foram submetidos a
procedimentos invasivos ou dependendo de como é o protocolo da instituição esse período se
estende para 72 horas de internamento, a IRAS ocasiona grande prejuízo social e econômico
aos pacientes acometidos. (MIRANDA et al,2016).

As infecções hospitalares são as complicações mais frequentes nas UTIs, esta taxa de infecção
podem acometer 20% dos pacientes internados na unidade, esses agentes infecciosos estão

12
relacionados com a flora endógena do paciente ou também na flora do ambiente hospitalar,
esses microorganismos hospitalares se adaptam ao ambiente assim favorecendo a
disseminação, a forma de controlar essa disseminação no ambiente hospitalar é através da
avaliação do ambiente para saber quais são os patógenos mais comuns encontrados na UTI
agindo de forma preventiva e no controle microbiano. (SANTOS, 2011; AYCAN et al,
2015 ).

Dentro de um ambiente hospitalar a UTI é o local com maior predisposição de desenvolver


infecção para que este risco seja diminuído tem que ser aderido políticas que visem esforços
para evitar a transmissão horizontal de microorganismos associando a precauções padrões e
medidas de combate e controle de agentes infecciosos. (SANTOS, 2011; OLIVEIRA e
DAMACENO, 2010).

2.7. Papel de enfermagem na prevenção e controle de infecção


Para que o enfermeiro faça parte de uma U.T.I é necessário qualificação e experiência para
atuar nesse espaço, pois , o enfermeiro é muito relevante na liderança e tomada de decisão, de
modo que o seu trabalho deve ser baseado em conhecimentos técnicos e científicos, até
porque é também o responsável pelo cuidado e zelo do paciente. ( Andrade 2011; Ferreira et
al,2012).
É importante ressaltar que para atuar na U.T.I toda a equipe precisa de capacitação e aptidões
para o manejo ao paciente crítico além das técnicas adequadas para o manuseio dos
equipamentos existentes nessa unidade, sendo o enfermeiro considerado um educador e
orientador das normas, rotinas e procedimentos do setor. (GUIMARÃES et al, 2011).
É de grande relevância que a equipe de enfermagem adote técnicas adequadas para
manipulação dos pacientes além das medidas de prevenção de sepses relativo ao dispositivo
vascular central sendo considerado importante no desfecho associado ao uso desses
dispositivos. Portanto, cabe ao enfermeiro manter a equipe atualizada, fomentando estratégias
de sensibilização motivação para adoção das técnicas adequadas a ser dispensadas aos
paciente em U.T.I; (Volpato et al, 2010).

A chave para o controle das infecções é a educação permanente da equipe de saúde rever
frequentemente os protocolos de cuidado aos procedimentos, cuja padronização deve ser clara
e disponível a todos. Assim, fica claro que a U.T.I é um setor que requer uma atenção
13
diferenciada a ser dispensada pelo enfermeiro, por se tratar de pacientes com quadro clínico
instáveis e graves, confusos e incapazes de comunicarem cabendo ao enfermeiro gerenciar
esse serviço com motivação e comprometimento.(GUIMARÃES et al, 2011).

14
2.8. Higiene das mãos

O principal meio de transmissão microorganismo são as mãos que constituem pré-


disseminação absurda durante a assistência prestada aos clientes, pois é o meio de contato
direto tanto com pele ou indireto que seria do contato com objetos e superfícies contaminados.
(ABEEG e SILVA, 2011).

A higienização das mãos caracteriza-se por uma ação simples e individual, que tem como
finalidade remover todo acúmulo como: sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células
descamativas e da microbiota da pele, assim diminuindo infecções veiculadas ao contato.
Além do fator indispensável que é a prevenção e redução das infecções.(ABEEG e SILVA,
2011).

2.9. Higienização oral com clorexidina.

Existem vários relatos e evidências que associam a colonização da microbiota da orofaringe e


da placa dentária com a Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica. Portanto, podemos
relacionar que a deficiência na higiene bocal, associada a diversos fatores adicionais como, a
diminuição da limpeza natural da boca promovida durante a mastigação, movimento da língua
e das bochechas durante a fala, redução do fluxo da saliva devido ao uso de alguns
medicamentos, podem predispor o paciente a Pneumonia Associada a Ventilação Mecânica.
(SOUZA;GUIMARÃES;FERREIRA,2012).

Sendo assim, a descontaminação da orofaringe reduz a incidência da pneumonia, com o uso


oral da clorexidina 0,12% e um agente antibacteriano usado na odontologia para o controle da
placa bacteriana dental, diminui consideravelmente grande parte da colonização bacteriana,
hoje utilizada no ambiente de U.T.I para prevenção da Pneumonia Associada a Ventilação
Mecânica. (ESQUIVEL,2011).

Silva, Nascimento e Salles (2012) sugerem a seguinte técnica para higiene oral: formar um kit
com cuba redonda pinça Kelly curva e gases embebidas com clorexedina 0,12% observar se a
cabeçeira da cama está 30-45º; aspirar secreções da cavidade oral; verificar pressão do cuff
mantendo de 20-30cm;logo após, fazer a higienização de toda a cavidade oral, repetir o
procedimento três vezes ao dia.

15
Na verdade, a escolha de quais intervenções adotarem deve considerar uma série de fatores
como custo, facilidade de implementação e comprovada aderênciaàs medidas preventivas
mais básicas em primeira instância. A implementação de intervenções dispendiosas pode
surtir efeitos impressionantes, porém, resultados igualmente significativos podem ser obtidos
a partir da adoção de práticas mais simples e com menor gasto. (IHI, 2011).

2.10. Cabelos presos

Constatado que alimenta na transmissão de microorganismos em principal o Stafilococcus


áureos, por isso é imprescindível cabelos presos. (ABEEG e SILVA, 2011; RODRIGUES e
RICHTMANN, 2009).

2.11. Higiene e desinfecção da unidade de internação

Normalmente a transmissão de microorganismo não é o que somente vemos e sim o que está
invisível porém presente e veicula a liberação na maioria das vezes de Stafilococcus áureos
em ambientes hospitalares, por isso um ambiente limpo conforme cada estabelecimento.
(ABEEG e SILVA, 2011)

16
3. METODOLOGIA
3.1. Tipo de estudo

Foi realizado um estudo observacional ,descritivo, transversal com abordagem


quantiqualitativa.

3.2. Local de estudo

O estudo foi realizado na secção de UTI do hospital geral de Luanda, localizado no distrito do
Kilamba Kiaxi.
3.3. População de estudo e amostra

A população de estudo foi de 100 profissionais de Enfermagem que trabalham na secção de


cuidados intensivos (U.T.I) ,do Hospital Geral de Luanda, utilizou-se uma amostra
probabilística não conveniente de 50 Enfermeiros.
3.4. Critérios de inclusão

Foram incluídos todos profissionais de que trabalham na unidade de cuidados intensivos do


Hospital Geral de Luanda.

3.5. Critérios de exclusão

Foram excluídos todos profissionais que não trabalham na unidade de cuidados intensivos do
hospital Geral de Luanda.

3.6. Procedimentos éticos

O projecto foi submetido à aprovação do conselho científico do IMPG, posteriormente foi


enviado um ofício para solicitação de autorização a unidade sanitária onde foi feito o estudo;
3.7. Recolha de dados

Os dados foram recolhidos mediante uma grelha de entrevista com perguntas abertas e
fechadas que correspondem as variáveis e o objctivo de estudo com prévio consentimento
informado;

17
3.8. Processamento e análise de dados

Os dados foram processados em programa Microsoft office 2019, (Word, Excel) e a


apresentação foi feita no programa Power-Point.
3.9. Variáveis de estudo

 Idade
 Gênero
 Grau Académico
 Anos de experiência
 Conhecimento sobre Infecções Hospitalares
 Factores de Riscos de Infeções Nasocomiais.
 Conceito de infecção Nosocomial
 Intervenção em casos de infecção Nosocomial

18
4. APRENTAÇÃO E INTERPRETAÇÂO DOS RESULTADOS

Tabela N.1- Distribuição da amostra dos profissionais de Enfermagem do Hospital Geral de


Luanda segundo a faixa etária.

Idade FA %

20-25 19 38

25-30 12 24

30-35 8 16

35-40 5 10

40-45 3 6

45-50 2 4

+50 1 2

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos.

Interpretação dos resultados: A Tabela número n.1 revela que dos 100% inqueridos para
maior predominância 19(38%), com idades compreendidas dos 20-25, e com menor
predominância 1(2%), com +50.

19
Tabela N.2- Distribuição da amostra dos profissionais de Enfermagem do Hospital Geral de
Luanda quanto ao gênero.

Gênero FA %

Feminino 29 58

Masculino 21 42

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos.

Interpretação dos resultados: A tabela nº2 revela que dos 100% inqueridos com 29(58%)
são do gênero femenino com a maior predominância e com menor predominância com
21(42%),são do gênero masculino.

20
TabelaN.3. -Distribuição da amostra dos profissionais de enfermagem do Hospital Geral de
Luanda segundo a categoria profissional.

Categoria profissional FA %

Técnico Médio de enfermagem 33 66

Enfermeiro 14 28

Especialista 2 4

Bacharel 1 2

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos.

Interpretação dos resultados: A tabela n.3 revela que dos 100% inqueridos 33(66%) são
técnicos médios de enfermagem com a maior predominância e com a menor predominância,
1(2%) Bacharel em enfermagem.

21
Tabela N.4 -Distribuição da amostra dos profissionais de Enfermagem do Hospital Geral
sengudo ao tempo de serviço .

Tempo de serviço FA %

1 á 5 anos 37 74

5 á 10 anos 6 12

10 á 15 anos 4 8

15 á 20 anos 2 4

+20 anos 1 2

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos.

Interpretação dos resultados:A tabela n.4 revela que dos 100% inqueridos 37(74%), têm de
1 á 5 anos, de serviço com a maior predominância e com menor predominância 1(2%),têm
mais de 20 anos de serviço na UTI.

22
Tabela N.5-Distribuição da amostra dos profissionais de Enfermagem do Hospital Geral de
Luanda ,Quanto ao conhecimento sobre infecções nosocomiais.

Conhecimento sobre infecção FA %


nosocomial

Têm conhecimento 32 64

Não têm conhecimento 18 36

TOTAL 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos.

Interpretação dos resultados: A tabela n.5 revela que 100% inqueridos 32(64%) possuem
conhecimento sobre infecção nosocomial com maior predominância, e para menor
predominância com 18(36%) não possuem conhecimento sobre infecção nosocomial.

23
Tabela N.6-Distribuição da amostra dos profissionais de Enfermagem do Hospital Geral de
Luanda Quanto aos factores de risco das infecções nosocomiais.

Factores de risco de infecção FA %


nosocomial

Internações prolongadas 23 46

Cateter venoso central 14 28

Utilização continua de 8 16
antibióticos de amplo espectro

Ventilação mecânica 5 10

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos

Interpretação dos resultados: A tabela n.6 revela que dos 100% inqueridos 23(46%),
apontam com maior predominância as internações prolongadas e com a menor
predominancia ventilação mecânica 5(10%).

24
Tabela N.7-Distribuição das amostras dos profissionais do Hospital Geral de Luanda Quanto
ao conceito de infecções nosocomiais.

Conceito FA %

É uma infecção adquirida na 21 42


unidade hospitalar.

É uma infecção adquirida na 15 30


unidade hospitalar de 48 à
72h de interanamento

É uma infecção que o 11 22


paciente/cliente adquire
durante internação ou após
alta.

É uma infecção de caráter 3 6


intra-hospitalar

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos.

Interpretação dos resultados: A tabela n.7, revela que dos 100% inquéridos 21(42%),
conceituam infecção nosocomial como uma infecção adquirida na unidade hospitalar com a
maior predomiância, e com a menor predominância 3(6%),conceitua, como uma infecção
intra-hospitalar.

25
Tabela N.8-Distribuição dos profissionais de enfermagem do Hospital Geral de Luanda em
casos de intervenção de infecções nosocomiais.

Intervenção em casos de FA %
infecção nosocomial

Já 35 70

Nunca 15 30

Total 50 100

Fonte: Ficha de inquéritos

Interpretação dos resultados: A tabela n.8, revela que dos 100% inquéridos 35(70), já
interviram em casos de infecção nosocomial, com maior predominância e com menor
predominância 15(30), nunca interviram em casos de infecção nosocomial.

26
5. CONCLUSÃO

Após a realização do estudo e da colecta de dados necessários para atingir os objectivos,


chegou-se as seguintes conclusões:

A faixa etária predominante na UTI do hospital geral de luanda que vai entre os 20 á 25 anos
de idade que corresponde (38%) ,Quanto ao gênero o estudo mostrou que o gênero
predominante na secção de U.T.I do hospital geral de luanda é o feminino com (58%), Quanto
a categoria profissional o estudo mostrou que a categoria predominante na secção de UTI do
hospital geral de luanda é de técnicos médios de enfermagem com (66%),Quanto ao tempo
de serviço o estudo mostrou com maior predominância profissionais com tempo de serviço
de 1 á 5 anos (74%),Quanto ao conhecimento sobre Infecções Nosocomiais na UTI, o estudo
mostrou com maior predominância (64%) possuem conhecimento sobre infecções
nosocomiais,Quanto aos factores de risco das infecções nosocomiais na U.T.I do hospital
geral de luanda o estudo mostrou com maior predominância (46%) as internações
prolongadas, Quanto ao conceito de infecção nosocomial na UTI do hospital geral de luanda o
estudo mostrou com maior predominância (42%)conceituam como uma infecção adquirida na
unidade hospitalar,Quanto a intervenção em caso de infecções nosocomiais do hospital geral
de luanda o estudo mostrou com maior Predominância (70%) têm intervindo em casos do
gênero;

Concluí-se

27
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas conclusões feitas e o alcance dos objectivos do trabalho ,tecemos as seguintes
considerações finais:Sendo a UTI uma unidade de cuidados especiais, e que recepciona
pacientes de vários acredita-se ter alcançado o objectivo do estudo proposto no inicio do
trabalho que tinha como principal intuito identificar as principais infecções hospitalares que
se desenvolvem na unidade de terapia intensiva que quais os procedimentos básicos para
evitar a proliferação.Dificuldades foram encontrados no decorrer deste, mas todos foram
transgredidas com a determinação das diretrizes a serem seguidas em seu
desenvolvimento.No que rege o tema estudado, conclui-se que o tempo de permanencia está
inter-relaçionado as infecções, não só por bacterias do tipo staphylococus aureus, mas
também por outros microorganismos que causam as infecções. Atitudes simples como o acto
de lavar as maõs pode evitar infecções em unidade de terapia intensiva que diminiu o tempo
de permanencia do individuo em terapia intensiva.

28
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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33
GLOSSÁRIO

Agente infecioso-Agente biológico, capaz de produzir infeção ou doença infeciosa.

Agente patogénico-Agente biológico capaz de causar doenças. Assepsia–Estado livre de


microrganismos patogénicos, ou o ato de remover microrganismos patogénicos ou
proteger contra infeções por tais organismos.

Contaminação- Refere-se à presença de microrganismos em objetos, material e


equipamentos, como veículos de disseminação.

Cuidados ambulatoriais – Cuidados prestados em instalações de cuidados de saúde a


doentes que não permanecem durante a noite, como por exemplo, clínicas hospitalares
ambulatoriais e consultórios médicos, centros de cuidados urgentes, centros cirúrgicos,
centros de diálise.

Esterilização-É processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias

nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus)mediante a aplicação de agentes

físicos e ou químicos, o conceito de esterilização é absoluto, ou seja, o material é


esterilizado ou é contaminado, não existe meio termo.

Epidemia - É a manifestação, num grupo ou região, de um grupo de casos de uma doença


que excede claramente a incidência prevista. O número de casos que indica a existência de
uma epidemia varia com o agente infecioso, o tamanho e as características da população
exposta.

Fator de risco - uma característica, variável ou exposição associada a um aumento na


probabilidade de que um evento específico ocorra, como um um aumento na frequência
de uma doença; tais fatores não são necessariamente causais.

34
Grupo de risco - Conjunto das pessoas que têm, em comum, excesso de risco, ou seja,
exposição ao fator de risco além do grau a partir do qual pode ocorrer adoença.

Imunidade - Resistência usualmente associada à presença de anti corpos que temo efeito
de inibir microrganismos específicos ou suas toxinas.

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Nós, abaixo assinado, finalista do Curso de Enfermagem Instituto Médio Politecnico de


Geociência – IMPG, referente ao ano lectivo 2021/2022. Estamos a realizar uma pesquisa
sobre: Nível de conhecimento dos profissionais de que trabalham na unidade de cuidados
intensivos na prevenção e controle de infecção hospitalar no IIº semestre de 2022.

com o Senhor(a).

Por isso, estamos a pedir a sua colaboração para participar no estudo, respondendo um
instrumento contendo várias questões relacionadas ao conhecimento sobre o assunto em
epígrafe.

A participação no estudo é voluntário e não terá nenhum custo ou risco para a sua pessoa; a
sua identidade será mantida no anónimato.

Declaro que após ter recebido e entendido os esclareciemtos, aceito participar no estudo.

Luanda aos _________ de ________________2022

Assinatura dos pesquisadores

35
36
APÊNDICE B

REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO PROVÍNCIAL DE LUANDA

GABINETE PROVINCIAL DA EDUCAÇÃO/SAÚDE

Instituto Médio Politecnico de Geociências – IMPG

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO TÉCNICO MÉDIO DE ENFERMAGEM

FICHA DE INQUERITO

Título: Nível de Conhecimento dos profissionais de enfermagem do hospital Geral de Luanda


na U.T.I sobre a Prevenção de Infecções Nosocomiais no IIº Trimestre de 2022.

INQUÉRITO

O presente inquérito é anónimo e confidêncial, visa recolher informações sobre

Nível de Conhecimento dos profissionais de enfermagem do hospital Geral de Luanda na


U.T.I sobre a Prevenção de Infecções Nosocomiais no IIº Trimestre de 2022.

Agradecemos que responda as questões com sinceridade e marque com um (X) dentro dos
quadrados a sua resposta.

1. Idade_____

2. Gênero

Masculino

Feminino

37
3.Categoria Profissional:

A) Técnico de Enfermagem

B) Enfermeiro

C) Especialista

D) Médico

E) Baixarel

4. Tempo de serviço:

A) 2 à 4 anos

b) 5 à 10 anos

c ) 10 à 15 anos

d) 15 à 20 anos

e) + 20 anos

Assinale com um X as afirmaões seguintes:

5-Fatores que favorecem a manifestação de infecção em Unidade de Terapia Intensiva


a) ventilação mecânica
b) cateter venoso central

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c) internações prolongadas
d) utilização contínua de antibióticos de amplo espectro

6. Possui conhecimento sobre a infeção nosocomial

Sim

Não

7. Intervenção em casos de infecção Nasocomial

Nunca

8- Conceito de infecção nosocomial ?

___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

_______________________________________________________________

9-O que é uma infecção nosocomial?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________

10-Mencione os fatores de risco da infeção nosocomial ?

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________________________________________________

11-Descreva a importância da prevenção da infeção nosocomial

___________________________________________________________________________
_________________________________________________________________

12- Cite alguns cuidados de Enfermagem para prevenção de infecções nosocomiais

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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

40

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