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2) Estimativa do RCV em dez anos, independente da presença de HAS (qualquer pessoa > 30-74 anos):
Avalia múltiplos FRCV, sendo que a HAS é o principal deles.
Realizada em 3 etapas:
1°) Identificação de doença Aterosclerótica e seus equivalentes:
✓ Variáveis:
o Dç. Aterosclerótica clinicamente evidente
o Aterosclerose subclínica (documentada por métodos complementares.
o História de procedimento de revascularização
o Diabetes Mellitus
o Doença Renal Crônica
o Hipercolesterolemia familiar
✓ Risco ALTO = positividade de alguma dessas variáveis, RCV > 20%
2°) Cálculo do Escore de Risco Global (ERG):
✓ Se a etapa 1, foi negativa, calcula-se o ERG, que estima o risco de eventos
cardiovasculares em 10 anos.
✓ Varia de homem para mulher.
✓ Variáveis:
o Idade
o HDL
o Colesterol Total
o PAS não tratada
o PAS tratada
o Fumo
o Diabetes
✓ Risco Baixo: ERG < 5% SEM história familiar de DCV “prematura”
✓ Rico Intermediário:
- Mulheres: ERG entre 5-20%
- Homens: ERG entre 5-10%
- ECG < 5% + História familiar de DCV “prepatura”
✓ Risco Alto:
- Mulheres: ERG > 10%
- Homens: ERG > 20%
3°) Reclassificação do risco na presença de fatores agravantes:
✓ Os pacientes de risco INTERMEDIÁRIO podem se tornar risco alto se tiver:
o Doença coronariana “prematura” em parentes de 1° grau (H: < 55 anos e
M: < 65 anos)
o Diagnóstico de Síndrome Metabólica
• METAS PRESSÓRICAS:
✓ Hipertenso com PA fora da meta → avaliação mensal até que a meta seja atingida
✓ Idosos ou pacientes com PA muito alta, presença de comorbidades e/ou uso de múltiplas
medicações: o tto deve ser escalonado de forma mais lenta.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
• Anti-hipertensivo de primeira linha → Além de baixar a PA, reduz morbimortalidade cardiovascular. Elas
podem ser usadas em monoterapia ou em associação. São elas:
✓ Diuréticos (DIU)
✓ Bloqueadores de canais de Cálcio (BCC)
✓ IECA
✓ Bloqueadores do Receptor de Angiotensina II (BRA)
✓ Betabloqueadores (BB)
• Considerações sobre as ASSOCIAÇÕES:
DROGAS ANTI-HIPERTENSIVAS:
DIURÉTICOS:
• Preferência: tiazídicos
✓ Tomados 1x/dia
✓ Por promoverem redução suave da PA em comparação com os outros diuréticos – poucos efeitos
colaterais.
• Drogas com mais evidências de benefício em relação a todos os desfechos cardiovasculares.
• Diuréticos de Alça:
✓ Indicados na vigência de DRC avançada (ClCr < 30 mL/min) e/ou
✓ Edema
• Diuréticos polpadores de potássio:
✓ Não são bons anti-hipertensivos
✓ Podem ser usados em associação com os Tiazídicos/DIU de alça a fim de evitar hipocalemia.
TIAZÍDICOS:
• Mecanismo de Ação:
- 1° Momento: natriurese → Reduz o volume extracelular em cerca de 10%
- 2° Momento (4-6 semanas) → O VEC volta ao normal (reabsorção de Na e H20 compensatório) e
diminuição da resistência vascular Periférica → reduz a PA.
• Representantes:
- Hidroclorotiazida, Indapamida, Clortalidona
• Efeitos Colaterais:
- Hipocalemia:
- Aumenta o risco de morte súbita cardíaca por arritmia. A hipomagnesemia potencializa esse risco.
- Hiponatremia:
- Geralmente ocorre nas primeiras semanas de uso. Ocorre devido:
1) Ativação da secreção de ADH induzida pela hipovolemia.
2) Perda da capacidade de diluição urinária, pois eles inibem a reabsorção de NaCl no TCD.
3) Potencialização do efeito do ADG no túbulo coletor.
- Hiperglicemia e Hiperlipidemia:
- Bloqueio na liberação de insulina por essas drogas.
- Risco de DM 2, está aumentado
- Hiperuricemia:
DIURÉTICOS DE ALÇA:
• Representantes:
- Furosemida, Bumetanida, Piretanida, Ácido etacrínico
• Mecanismo de Ação:
- Promovem natriusere intensa ao bloquear a reabsorção de Na/K/2Cl no ramo ascendente espesso da alça
de Henle.
• Indicação:
- Quando a HAS estiver associada à hipervolemia!
• Efeitos Colaterais:
- Hipocalcemia: eles INIBEM a reabsorção renal de cálcio, aumentando a calciúria.
- Contra indicados em pacientes com histórico de Nefrolitíase.
POUPADORES DE K+:
• Representantes e seus mecanismos de ação:
- Bloqueio direto do receptor da Aldosterona: Espironolactona e Eplerenona.
- Bloqueio do canal epitelial de sódio induzido pela aldosterona nas células do TC: Amilorida e Triantereno.
- Túbulo Coletor: reabsorção de sódio em troca da secreção de K+ e H+ por ação da aldosterona.
• 1° drogas de escolha no tto da HAS no hiperaldosteronismo primário.
• 4° Escolha para associação em portadores de “HAS resistente”.
Betabloqueadores:
• NÃO são considerados de 1° Linha, por não promover redução significativa da morbimortalidade CV.
ALFABLOQUEADORES:
• Mecanismo de ação: Bloqueiam seletivamente os receptores alfa-1 adrenérgicos (vasoconstritores)
localizados na parede das arteríolas, reduzindo a RVP.
• Representantes: Prazosin, Doxazosin, Terazosin.
• Úteis nos hipertensos que tem queixas prostáticas e melhoram o metabolismo glicídico/lipídico.
• São os anti-hipertensivos de escolha nos pacientes com feocromocitoma, usados antes dos BB.
• Efeitos Colaterais: hipotensão postural, incontinência urinária.
• Dozazosin: não deve ser usado isoladamente, mas em associação para pacientes com HPB.
➔ DIABETES MELLITUS:
• HAS + DM = RCV alto
• Meta pressórica: PA < 130 x 80 mmHg
• Ausência de albuminúria ≥ 30 mg/dia → usa-se qualquer um de 1° linha
• Presença de Albuminúria → escolho IECA ou BRA (efeito nefroprotetor)
• Não tem contraindicação para uso de BB.
➔ SÍNDROME METABÓLICA:
• Ausência de DM, meta pressórica = PA < 140 x 90 mmHg
• Se houver disglicemia → IECA ou BRA e/ou BCC
➔ DOENÇA CORONARIANA:
• BB – drogas de escolha. Pode usar IECA ou BRA
• Meta pressórica → PA < 130 x 80 mmHg
• Se precisar associar outros medicamentos: DIU e BCC.
➔ DOENÇA CEREBROVASCULAR:
• Meta pressórica: PA < 130 x 80 mmHg
• Não há uma classe de drogas preferencial
➔ HAS NO IDOSO:
• Tanto a PAS quanto a PAD aumentam de forma linear até 60 anos, a partir daí, a PAD cai e a PAS continua
subindo, devido o envelhecimento vascular.
• O diagnóstico da HAS no idoso é feito principalmente pelo MAPA.
• Pseudo-hipertensão: manobra de Osler (+)
✓ Continuidade da palpação da artéria radial após o manguito do esfigmo ser insulflado 30 mmHg
acima do valor em que o pulso radial desaparece.
• Tratamento indicado para pacientes com idade ≥ 80 anos com PAS ≥ 160 mmHg OU pacientes < 80 anos
com PAS ≥ 140 mmHg