Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2) Hipertensão Arterial 2
3) Tratamento da Hipertensão 4
4) Hipertensão Arterial Resistente 7
5) Hipertensão Arterial Secundária 7
6) Crises Hipertensivas 9
7) Dislipidemias 11
● EXTRAS 13
→ Adendo: Síndrome Metabólica e Hipertensão em Pediatria 15
● RESUMO DA AULA 16
1 of 16
19/03/22:
SÍNDROME METABÓLICA
É um conjunto de alterações cujo elemento central é a resistência insulínica!
- Apresentam maior risco de aterosclerose e doença cardiovascular!!
-Síndrome metabólica eleva risco de mortalidade cardiovascular em 2,5x
- Mais prevalente em idosos e mulheres.
Para definir o paciente como portador de SM, deve preencher 3 dos 5 critérios abaixo:
*Obesidade: esse valor é uma “média geral”, usado em provas. Na prática, existe valor por etnia. Alguns
consideram como critério obrigatório. N prova calcular IMC se tiper dados.
*Pegadinha 1: LDL não entra nos critérios, mas é importantíssimo acompanhar LDL dos pacientes
*Pegadinha 2: tratamento farmacológico para a condição preenche critério (ex.: anti-HAS)
*Outros achados: Acantose nigricans, Esteatose hepática, Sinais de hiperandrogenismo, Hiperuricemia,
Apnéia obstrutiva.
CUIDADO: acantose é por hiperinsulinemia (não hiperglicemia).
HIPERTENSÃO ARTERIAL
Conceito:
SITUAÇÕES ESPECIAIS
1) Jaleco Branco → Consultório elevado + MAPA normal.
- CD: avaliar fora do consultório
- Cuidado, pois este paciente não é hipertenso. Macete: “não tem, mas parece”
2 of 16
2) Mascarada → Consultório normal + MAPA elevado.
- CD: avaliar fora do consultório
- Mais perigosa, pois é hipertenso e não parece. Macete: “não parece, mas tem”
Ótimo ≤ 120 ≤ 80
Normal <130 <85 <120 <80
Pré-Hipertensão <140 <90 <130 <80
HAS Estágio I ≥140 ≥90 ≥130 ≥80
HAS Estágio II ≥160 ≥100 ≥140 ≥90
HAS Estágio III ≥ 180 ≥ 110
HAS Sistólica ≥ 140 < 90
Isolada
Subtipos
Primária: idiopática. Corresponde a 90-95% dos casos
Secundária: corresponde 5-10% dos casos.
- Ex.: doença parenquimatosa renal (principal)
- Extra: prevalência no Brasil é 32,5% !
HAS justifica 40% das mortes por AVE e 25% por IAM
Quadro Clínico:
PRINCIPAIS:
Coração: cardiopatia hipertensiva (HVE, IC, doença coronariana aterosclerótica)!
Cérebro: doença cerebrovascular (ex.: AVE), demência vascular!
Olhos: retinopatia hipertensiva
Rins: nefropatia hipertensiva, DRC
Doença Vascular: DAOP, aneurisma, dissecção aórtica, angina mesentérica
Lesão de Órgão Alvo (LOA)
RETINOPATIA HIPERTENSIVA:
3 of 16
Fundo de olho normal:
-Papila do nervo óptico: visualizada do lado nasal da retina
-Vasos: arteríolas (mais clarinhas e fininhas) e vênulas (um pouco maiores)
NEFROSCLEROSE HIPERTENSIVA:
Existem dois grupos → Benigna x Maligna
1. BENIGNA:
-Normalmente relacionada a hipertensão arterial mal-tratada cronicamente
-Arteriolosclerose HIALINA: faz parte do processo natural de envelhecimento
Porém, em hipertensos crônicos, esse processo ocorre mais precocemente
-Hipertrofia da Camada Média.
Obs.: pelo MedCurso, estas duas são dois padrões de lesão renal; ambas levarão a isquemia
glomerular. Anos depois, ocorrerá glomeruloesclerose focal global, sobrecarregando
glomérulos remanescentes e gerando, por fim, GEFS Secundária
2. MALIGNA:
-Normalmente relacionada a PA muito alta + agudamente (“é paciente de pronto-socorro”)
-Isto é, processo súbito → “organismo não tem tempo de compensar” como acima
-Arteriolosclerose HIPERPLÁSICA: anatomopatológico com aspecto de “bulbo de cebola”
-Necrose Fibrinóide.
Obs.: pelo MedCurso, na doença maligna, ambas acontecem juntas
HAS Acelerada Maligna: (Retinopatia 3 ou 4) + (Lesão renal aguda). Emergência hipertensiva
É como se fosse um “screening de outras comorbidades” e “screening de possível HAS 2ária” em todo paciente
com HAS.
PECAPAU
• Potássio
• ECG
• Creatinina plasmática
• Açucar (GJ, HbA1c)
• Perfil lipídico
• Ac. Úrico
• Urina tipo 1
4 of 16
Outros podem ser solicitados a critério. *estimado (Friedewald)
*K+: pode alterar em HAS secundária
*Creat.: para calcular função renal e avaliar LOAs
*Ác. Úrico: por causa do tratamento (tem medicação que não pode)
*EAS: avaliar LOAs
Objetivo e Metas Pressóricas:
Tratamento
1) E1 com FR
MEVs + 2 drogas (terapia de associação)
2) E2 ou E3 IECA (ou BRA) + Bloq. Cálcio ou Tiazídico
Não associar IECA +BRA
HAS S MEVs + Depende da pressão sistólica do paciente
Sistólica Isolada Se PA entre 140-159: iniciar com 1 droga
Se PA ≥ 160, iniciar com 2 drogas
DROGAS
→ IECA, BRA-II, Tiazídicos, Bloqueadores de Canais de Cálcio
Drogas 1ª Linha
*única associação não permitida: IECA + BRA-II (= um ou o outro)
*Alto risco cardiovascular (ex.: DAC, DAOP, DM, DRC, LOAs): tratamento como HAS II e III 0)
Mudanças do Estilo de Vida: (6)
Perda de peso: é a medida isolada mais efetiva para controlar a PA
Atividades físicas regulares
Moderar consumo de álcool
Interromper tabagismo
Restrição Na+: ≤ 2,4g (equivale a ≤ 6g sal) !
Dieta DASH: ingerir K+, Ca2+, Mg2+, Vegetais, Frutas, Azeite
Drogas e Associações:
5 of 16
Sempre iniciar o tratamento com drogas de 1ª linha. Só depois partir para a 2ª linha
4 drogas de 1ª linha → MELHOR associação: IECA + BCC ! NÃO associar: IECA + BRA-II
-Logo, o máximo de drogas de 1ª linha que podem ser associadas são 3 drogas
-Se ainda assim, não atingir metas desejadas, adicionar drogas de 2ª linha
- Cefaleia e edema
BLOQ. CÁLCIO • Negro, idoso
- Vaso: amlodipina - Bradiarritmia
• Arteriopatia periférica
- Coração: diltiazem, - IC
verapamil • Fibrilação Atrial
- (extra) Tontura, Rubor facial
NÃO utilizar: creatinina > 3* ! K+ > 5,5 ! estenose bilateral de artéria renal ! (extra) gestante
*Valor da creatinina sérica é contra-indicação relativa, ou seja, se é possível reavaliar paciente
em 1-2 semanas, prescrever; mas, se não é possível, não pode prescrever
Somente para IECA: tosse crônica por aumento de bradicininas. Nestes casos, trocar por BRA-II
-Extra (outros efeitos colaterais dos IECA): hepatite e icterícia colestática
Angioedema. Obs.: IECA (aumento de bradicinina) x BRA-II (não se sabe motivo; menos comum)
→ Tiazídicos:
4 hipo: Hipovolemia, HipoNa+, HipoK+, HipoMg2+
Obs.: β-bloqueador → consegue reduzir PA, mas atualmente é menos usado, pelo menor impacto na
mortalidade cardiovascular em relação às outras drogas de 1ª linha. Atualmente, seu uso está indicado aos
pctes que têm outras condições que o indicam. Ex.: HAS + IC, HAS + Coronariopatia
Drogas de 2ª Linha
BETABLOQUEADOR:
- IC
- IAM
- Enxaqueca
ALISQUIRENO
- Inibe a renina
METILDOPA, HIDRALAZINA
- Gestantes
PRAZOSIN
- HPB
CLONIDINA
- Urgência
- Excelente para reduzir PA
Indivíduo que mantém falha no controle pressórico, mesmo após fazer associação de ≥ 3 drogas diferentes,
em doses otimizadas, sendo, obrigatoriamente, uma delas da classe dos diuréticos
Possibilidades → 4:
1) Má-adesão ao Tratamento: questionar sobre adesão do paciente, como toma as medicações e, além
disso, orientações gerais. Essa hipótese deve ser cogitada antes da possibilidade (1)
2) Verdadeira: caso confirmada, a conduta é adicionar Espironolactona (a melhor como 4ª droga)
3) Efeito do Jaleco Branco: paciente possui níveis pressóricos maiores no consultório do que fora dele,
mas de modo que não altera diagnóstico. “Pseudorresistência”. Também cogitar antes da (1)
4) Hipertensão Arterial Secundária: nas 2árias, paciente só melhora se tratar a doença de base
Diagnóstico:
- Dç da Suprarrenal
Hipocalemia • Hiperaldo 1º ou 2º
- Estenose da aa. Renal
- USG renal
↑ Cr, proteinúnia • Dç. Renal
- Clearence de Cr
Hiperaldosteronismo
*Dicas: cãibras, constipação; na prática, costuma ser por tiazídicos; em provas, excluir 2 ária
SRAA: Renina → AT-1 (convertida pela ECA) → AT-2 → Aldosterona (produzida no córtex adrenal)
**Dica: é um tumor muito sensível aos estímulos mecânicos. Exemplo: durante a realização do EF do
abdome, após a palpação pelo médico o paciente inicia crise hipertensiva ou de cefaléia
**Dica 2: hipertensão pode alternar com hipotensão, por abuso de medicações anti-hipertensivas
*Médico acaba não diagnosticando como feocromocitoma e prescreve muitas medicações
Diagnóstico:
É bioquímico → por dosagem de metanefrinas urinárias na urina de 24 hrs (ideal)
-Metanefrinas são metabólitos. Se indisponível, dosar catecolaminas urinárias
Se dosagem bioquímica na urina (+) → fazer estudo por imagem para localizar a lesão
-Ex.: TC, RNM, PET, Cintilografia com 123I-MIBG (“Metil-Iodo-Benzil-Guanidina”)
Obs.: tumor pode ser adrenal (medula; maioria) x extra-adrenal ! Obs.: 123I-MIBG (+ sensível) Tratamento:
Envolve: Preparo pré-operatório + Excisão cirúrgica
-O preparo é ESSENCIAL, pois o tumor é muito sensível aos estímulos mecânicos
-Sem preparo adequado, ocorreria crise adrenérgica tão intensa que poderia ser fatal
Obs.: a liberação de catecolaminas ocorrerá de qualquer forma, preparo ajuda a diminuir. Logo, se fazer
apenas β-bloq., deixaria α-recept. livres (seriam hiperestimulados > vasoconstrição > PA↑)
“Geralzão” das Hipertensões Secundárias: (tabela pg. 50)
CRISES HIPERTENSIVAS
Conceito:
- Aumento súbito e expressivo da PA, geralmente ≥180 x 120 mmHg
Nosso organismo tem mecanismos de auto-regulação, uma delas é o controle do fluxo nos órgãos.
Aumento da PA aumentaria muito o fluxo, causando edema cerebral, Edema de pulmão, IAM... O
corpo consegue compensar o fluxo em PA até 170 ou 180 mmHg.
-Deste modo, aumentos súbitos podem gerar desequilíbrio do nosso fluxo nos órgãos.
EMERGÊNCIA URGÊNCIA
1h: PA em 20 – 25%
Objetivo 24-48h: PA=160x100
2-6h: PA=160x100
INFORMAÇÕES EXTRAS:
- Curiosidade → nitroprussiato (nitrato; vasodilatador arterial e venoso; é o nitrato mais potente) nitroglicerina
(nitrato; vasodilatador arterial coronariano e venoso; preferir se IAM)
LOA: cérebro (encefalopatia hipertensiva, AVE), cardiovascular (SCA, EAP, dissecção aórtica), retina
(retinopatia 3 ou 4), gravidez (eclâmpsia; hidralazina), rins, crise adrenérgica grave
Dissecção Aórtica:
Clínico:
Dor torácica intensa, súbita + Irradia para dorso ! Resto do quadro varia com vasos acometidos
-Ex.: (extra): Aorta ascendente (insuf. aórtica, infarto) ! Vasos do pescoço (subclávia [PA
assimétrica msd > mse], carótida [síncope, AVEi]) ! Aorta abd. (isq. mesent., insuf. renal)
Classificação:
11 of 16
Stanford (A) Ascendente (± Descendente) (B) Descendente
Macete: DeBakey (1) = Aorta 1nteira (3 sílabas) ! Stanford (A) = Aorta Ascendente (2 sílabas)
*Dica: aorta ascendente é a mais nobre. Se acometer segmento ascendente, é mais grave
Nitroprussiato →
(convertido em) Cianeto →
(fígado metaboliza em) Tiocianato →
(nos rins) Excreção
*A luz faz com que a conversão de nitroprussiato para cianeto seja mais rápida/acelerada
Cianeto: toxicidade gastro-neuro + acidose lática (CN− aumenta metabolismo celular anaeróbio)
Conduta: reduzir ou suspender nitroprussiato
-Vitamina B12 liga ao cianeto, inativando-o: forma cianocobalamina
-Para os pacientes refratários ou com resposta inadequada: hemodiálise
-Outras opções: nitrito ou tiossulfato de sódio (difíceis de achar na prática)
Pseudocrise Hipertensiva:
Conduta: teoricamente esses pacientes podem ser liberados. Na prática, é comum mantê-los em observação
e administrar alguma medicação para “parecer que teve conduta” (ex.: captopril VO)
DISLIPIDEMIAS
12 of 16
Conceitos
As principais “gorduras do nosso sangue” são Triglicerídeos e Colesterol
-Porém, lipídeos são insolúveis. E, por isso, circulam ligados a proteínas
Triglicerídeos (QM [intest.], VLDL [fígado]) → Colesterol (IDL, LDL) → Tecidos → HDL → Fígado
-VLDL: são ricas em triglicerídios; são sintetizadas no fígado
-Quilomícrons: são ricas em triglicerídios; se originam do intestino
↳ Nessas partículas, não interessa saber se é um ou se é outro; apenas o total
-IDL, LDL: são ricas em colesterol; pelo seu tamanho, são aterogênicas
-HDL: são ricas em colesterol; remove o colesterol dos tecidos periféricos
↳ Nessas partículas, interessa saber se é um ou se é o outro
Abordagem
Fórmula de Friedewald
- Para estimar valor do LDL
LDL = CT − HDL − (Tg ÷ 5)
- Não usar essa fórmula se TG>400!!
13 of 16
Por quanto tempo deve tratar?
- Indeterminado, sobretudo se indicado por doença aterosclerótica
INFORMAÇÕES EXTRAS
- Maior Benefício: 40-75 anos
- Tempo de uso: INDEFINIDO
- Efeitos adversos: miopatia, hepatite.
- Evitar associação com fibrato
- Intolerantes ou refratários: exetimibe ou inib. PCSK9
EXTRAS
Aterosclerose (pg. 26 e 27):
Fatores de risco não-modificáveis: idade (homens ≥ 45 anos, mulheres ≥ 55 anos), história familiar de
aterosclerose precoce (em parente de primeiro grau, homens ≤ 55 anos, mulheres ≤ 65 anos)
FRs modificáveis: HAS, DM, DLP (HDL↓, LDL↑), Tabagismo, Obesidade e RI, Sedentarismo
Semiologia da PA:
Preparo do paciente, Técnica padronizada e Equipamento. Tabela 1, pg. 31 → Provas práticas
Hipotensão Postural (“Hipotensão Ortostática”):
Queda da PAS ≥ 20 mmHg ou da PAD ≥ 10 mmHg, após ficar 3 min em posição supina
Doença Parenquimatosa Renal:
Principal causa de HAS Secundária, cerca de 50% dos casos
-Além disso, 85% desses pacientes são portadores de HAS
14 of 16
Pode decorrer de qualquer tipo de doença renal. Doenças principais:
-Glomerulopatia Diabética e GEFS Idiopática. Existem várias outras
Tratamento: IECA ou BRA; costuma ser necessário associar diuréticos ou outras drogas
Coarctação da Aorta:
Obstrução congênita da porção da aorta adjacente ao ligamento arterial, após a subclávia esq.
-É uma importante causa de HAS em crianças e adultos jovens, principalmente homens
Diagnóstico: sopro sistólico, diferença de pulso e PA entre MMSS x MMII ! ECO e Angio-RNM Tratamento:
técnica endovascular ou cirúrgica aberta. Cura em ate 50% dos casos Apnéia/Hipopnéia Obstrutiva do Sono:
Períodos de apnéia levam a dessaturação da oxihemoglobina
-Essa dessaturação faz descarga adrenérgica e pode causar hipertensão
-Também é fator de risco para aterosclerose e outras doenças cardiovasculares
-Manifestações: roncos, despertares, sonolência diurna → Diagnóstico: polissonografia Obs.:
obesidade é um fator de risco importantíssimo, mas não si né qua non para apnéia do sono
Principais Medicações Indutoras de Hipertensão:
Em todas, estarão presentes alterações do SNC. Entretanto, cada uma à sua maneira:
-Encefalopatia hipertensiva: DNF ausente*, pesquisar papiledema ! AVE: DNF presente
-QC EH: cefaléia, náusea, confusão, rebaixamento, convulsão. “Déficit neurológico geral”
*Mesmo se DNF estiver ausente, faz parte da conduta diagnóstica solicitar TC para DD com AVE Conduta
nas Emergências Hipertensivas:
Na apostila, a redução da PA com drogas EV deve ser feita em 2-3 hrs (um pouco diferente). Além disso,
após atingir alvo de 160 x 100 mmHg, iniciar drogas VO para reduzir aos poucos drogas EV
Atua no SNC, reduzindo noradrenalina na fenda sináptica. Se fazer suspensão abrupta, ocorre aumento
da NA de forma súbita, aumento da PA. Dentre seus ECs, pode gerar crise hipertensiva
Extra HDL:
Continuando o descrito acima… É como se fizesse a “reciclagem do colesterol” por retirá-lo dos
tecidos. Colest. pode ser reaproveitado no fígado, compor novas lipoproteínas, ser excretado na bile
Obs.: apolipoproteína do HDL é apoA; do VLDL, IDL, LDL é apoB-100; de quilomícrons apoB-48
Dislipidemias Primárias:
Sinais clássicos das DLPs 1árias: depósitos cutâneos de colesterol
-Xantelasmas (pálpebras), Xantomas (tendão), Arco córneo, Dç. arterial isquêmica precoce
15 of 16
Padrões: hipercolesterolemia isolada, hipertrigliceridemia isolada, dislipidemia mista, HDL reduzido
-“Padrões” são “grupos” ! Principal causa de DLP 1ária: hiperlipidemia familiar combinada Síndrome
de Hiperquilomicronemia: Plasma leitoso + TG > 1.000 + Pancreatite aguda + Dor abd.
Dislipidemias Secundárias:
(lembrar crit. de SM)
Mais frequentes. Principais são: DM (TG↑ + HDL↓), Hipotireoidismo (LDL↑), Alcoolismo (HDL↑)
Obs.: DM também altera LDL, mas qualitativamente (LDL do diabético é mais aterogênico)
Exames Laboratoriais:
Perfil lipídico = CT, HDL-C, TG. Alguns estudos recomendam sua dosagem para todos com idade
> 20 anos, a cada 5 anos (obs.: outros defendem apenas dos 40-75 e, dos 21-39 a critério clínico)
EXTRAS - QUESTÕES:
Extra PA Idoso: maior frequência de hiato auscultatório (sons de Korotkoff só iniciam na 2ª fase,
subestimando PAS ou superestimando a PAD) e/ou de pseudo-hipertensão (PA fica falsamente elevada por
enrijecimento dos vasos - pode ser detectada pela Manobra de Osler). Q49 C9
Extra Epidemiologia HAS: tem alta prevalência e baixa taxa de controle. No Brasil, a prevalência média é de
32,5% (22-44%) e aumenta com a idade (> 50% em 60-69a; 75% em > 70a). Q10 C15
Extra Exemplos de Doença Aterosclerótica: angina estável ou instável, sínd. coronariana aguda, história de
infarto ou de revascularização (coronária ou outras artérias), AVE ou AIT, DAOP. Pg. 67
Extra Nitroprussiato: meia vida curta, início/término ação rápida, dose 0,25-10 mcg/kg/min. Q7 C6
16 of 16
Extra Hiperaldo Primário: é uma causa rara de HAS 2 ária. É suspeitado em hipoK+, alcalose, renina baixa e
aldosterona alta. Porém, a confirmação é por dosagem da aldosterona após sobrecarga salina (SF EV 2L em
4h ! [ou] Fludrocortisona e Sal VO por 4 dias). Se aldosterona > 5, confirma
Extra Estatinas e Transaminases: aumentos discretos ocorrem em até 5% dos pacientes e, se for discreto (<
3x), não é necessário nenhuma mudança, apenas monitorar laboratório. Q45 C33
Extra Estatinas na DRC: atorvastatina e flu são escolha, não precisa ajustar dose. MedSoft UFRJ
Extra Dislipidemia no Tabagismo e Etilismo: tabaco reduz levemente HDL, pode induzir RI ! álcool
moderado, curiosamente, tem efeito benéfico no perfil lipídico (aumenta HDL) e na sensibilidade à insulina
… porém, álcool excessivo é deletério (aumenta TG VLDL, não aumenta HDL). Q46 C28
Extra Neuropatia Diabética: a forma mais comum é manifestar como polineuropatia periférica sensitivo-
motora, manifestando com hipo/anestesia em luvas e botas … também pode gerar disestesia
dolorosa ! Outra forma de manifestar é disautonomia (acometimento do sist. nervoso autônomo), podendo
manifestar com hipotensão postural. Na questão, pcte tinha hipotensão postural e pode ser agravada
medicações que causem hipo ortostática (ex.: diuréticos). Q40 C27
Diagnóstico em Pediatria:
Até o momento, não existe nenhum consenso da definição de SM na infância e adolescência Idade < 10
anos: não é possível caracterizar ! 10-16: critérios descrito abaixo ! > 16: igual adulto
Crit. 10-16 → CA ≥ percentil 90 + 2 seguintes ll GJ > 100 ! PA > 130 x 85 ! TG > 150 ! HDL < 40
Indicado se: Pais ou avós com aterosclerose em idade < 55 anos ! Pais com CT > 240 ! Outros fatores de
risco (p.75) ! Manifestações clínicas das dislipidemias (ex.: xantelasmas, xantomas…)
Quando fazer: indicado apenas após os 2 anos de idade + deve ser feito antes dos 10 anos Tratamento
em Pediatria:
No geral, crianças com HAS são assintomáticas. Porém, até 40% delas apresentam HVE (LOA)
Diagnóstico em Pediatria:
17 of 16
-Manguito: comprimento de 80-100% da circunferência do braço e largura de 40%*
-Lactentes: decúbito ! Outras idades: braço direito, sentada, com costas e pés apoiados
*largura = altura
Não existe valor tensional único que defina HAS em crianças
-Classifica-se por percentis → de acordo com sexo x idade x altura
● RESUMO DA AULA
HIPERTENSÃO ARTERIAL
HAS 2ária: Mais comum: doença parenquimatosa renal X HipoK+: HRV, hiperaldo 1ário, diuréticos
DISLIPIDEMIA
LDL: Tratamento com estatinas!!
Se LDL ≥ 190 ou Doença aterosclerótica → tratamento alta intensidade
Se LDL ≥ 170 + (DM ou Risco CV em 10 anos ≥ 7,5%) → moderada a
alta
HDL: Tratamento com ácido nicotínico!! Triglicerídeos: Dieta, Fibratos, Ômega 3
SÍNDROME METABÓLICA
18 of 16