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Definição
É uma doença crônica não transmissível. Trata-se de uma condição multifatorial, que
depende de fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais e sociais; caracterizada por
elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a
140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica
correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação
anti-hipertensiva.
Etiologia
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento são: idade, sendo que acima de 65
anos a prevalência ultrapassa 60%, raça negra, sobrepeso e obesidade, sedentarismo,
elevada ingestão de sal e álcool, baixo consumo de potássio e cálcio, fatores
socioeconômicos e fatores genéticos.
Fisiopatologia
O débito cardíaco (DC) e a resistência periférica são dois dos vários determinantes da
pressão arterial. DC é determinado pelo volume sistólico e pela frequência cardíaca
(FC); o volume sistólico está relacionado com a contratilidade miocárdica e o tamanho do
compartimento vascular. A resistência periférica é determinada pelas alterações
funcionais e anatômicas nas pequenas artérias e nas arteríolas.
Quadro Clínico
O sintoma que seria o mais frequente e específico observado num indivíduo hipertenso é a
cefaléia. A cefaleia suboccipital, pulsátil, que ocorre nas primeiras horas da manhã e
vai desaparecendo com o passar do dia, é dita como característica, porém qualquer tipo
de cefaleia pode ocorrer no indivíduo hipertenso.
Geralmente a pessoa permanece assintomática
Abordagem Inicial
Por ser uma condição habitualmente assintomática, a HA deve ser investigada em toda
consulta médica independente da especialidade. A Sociedade Brasileira de Cardiologia
recomenda que sejam feitas três medidas de PA com intervalo de 1 a 2 minutos, com um
manguito apropriado para circunferência do braço, sendo aferida bilateralmente.
Considera-se a medida de maior valor para referência, certificando-se de que o indivíduo
não está de bexiga cheia ou pernas cruzadas, nem praticou exercícios nos últimos 60
minutos.
- confirmar diagnóstico
- identificar ou excluir causa secundária
- avaliar risco cardiovascular
- avaliar lesão de órgão alvo e doenças associadas
- história pessoal e familiar de HAS
- exame físico/ laboratorial/ exames complementares
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com uma medida de PA no consultório de ≥ 140 e/ou ≥ 90, através
do MAPA 24 horas ≥ 130 e/ou ≥ 80 e do MRPA ≥ 130 e/ou ≥ 80.
Exames recomendados
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
Pacientes hipertensos devem receber uma avaliação clínica contendo anamnese de forma
a investigar história familiar de HA, fatores de risco cardiovasculares e renais,
questionar sobre fármacos e drogas que possam interferir na PA, rastrear dados
indicativos de pressão arterial secundária. Um completo exame físico deve ser realizado,
avaliando parâmetros antropométricos como peso, altura, FC, CA e cálculo do IMC
Procurar sinais de lesão em órgãos-alvo é indispensável, de forma a avaliar
minuciosamente cada sistema. Exames laboratoriais de rotina incluem:
- Análise de urina;
- Potássio plasmático;
- Creatinina plasmática;
- Glicemia de jejum e HbA1c;
- Estimativa do ritmo de filtração glomerular;
- Colesterol total, HDLc e triglicerídeos plasmáticos;
- Ácido úrico plasmático;
- Eletrocardiograma convencional;
Classificação
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
- Diagnóstico Diferencial
A figura abaixo nos mostra os diagnósticos possíveis na hipertensão arterial com utilização
do MAPA ou MRPA:
Tratamento
não farmacológico
medicamentoso
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
- Classe De Medicamentos
BB atenolol, carvedilol
(cardiosseletivo), propranolol
(não cardiosseletivo)
Crise Hipertensiva
Definição
A hipertensão arterial pode ser classificada como uma emergência hipertensiva (EH),
situações clínicas sintomáticas em que há elevação acentuada da PA (definida
arbitrariamente como PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mmHg) com LOA aguda e progressiva,
com risco iminente de morte. Sua condução se dará dentro de uma emergência.
Porém uma condição comum nos setores de emergência é a pseudocrise hipertensiva
(PCH). Na PCH, não há LOA aguda ou risco imediato de morte. Geralmente, ocorre em
hipertensos tratados e não controlados, ou em hipertensos não tratados, com medidas de
PA muito elevadas, mas oligossintomáticos ou assintomáticos. Também se caracteriza como
PCH a elevação da PA diante de evento emocional, doloroso, ou de algum
desconforto, como enxaqueca, tontura rotatória, cefaleias vasculares e de origem
HAS - Hipertensão Arterial Sistêmica
Emergência urgência
PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mmHg) PAS ≥ 180 e/ou PAD ≥ 120 mmHg)