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Universidade Nove de Julho

Odontologia

Herpes zoster – HHV-3


AGENTE ETIOLÓGICO:
Vírus Varicela Zoster (VZV). De acordo com o International Committe on
Taxonomy of Viruses-ICTV (2015) o vírus causador da Herpes Zoster pertence a
família Herpesviridae. Dentro desta família existem 8 espécies de vírus que podem
infectar o ser humano, no qual encontramos o gênero Varicellovírus contendo a
espécie Herpesvirus humano – 3 (HHV-3), que causam tanto a catapora quanto o
herpes zoster em seres humanos.

CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DO VÍRUS:


O herpesvírus humano de tipo 3 (varicela-zóster) provoca a varicela, principalmente
em crianças, e, por reinfecção, pode ser a causa do surgimento de zóster.
O Vírus varicela-zoster é um dos oito vírus da herpes conhecidos por infectar os seres
humanos e vertebrados. Afeta apenas os seres humanos, e comumente causa a varicela
em crianças, adolescentes e adultos jovens.
É uma infecção viral primária, aguda, caracterizada por surgimento de exantema de
aspecto máculopapular, de distribuição centrípeta, que, após algumas horas, adquire
aspecto de bolha, evoluindo rapidamente para pústulas e, posteriormente, formando
crostas em 3 a 4 dias.
Qualquer pessoa que teve catapora em algum momento da vida pode desenvolver
herpes zóster. Isso porque o vírus fica alojado em gânglios e permanece latente por
anos. Eventualmente, ele pode ser reativado e “viajar” ao longo das vias nervosas até a
pele, produzindo as erupções.

SINAIS E SINTOMAS:
Os principais sintomas de herpes zóster são:
• Bolhas e vermelhidão que afetam apenas um lado corpo;
• Coceira no local afetado;
• Dor, formigamento ou queimação na região afetada;
• Febre baixa, entre 37 e 38ºC.
O diagnóstico do herpes zóster normalmente é feito com base na avaliação dos sinais
e sintomas apresentados, assim como na observação das lesões na pele. Os principais
sinais de herpes zóster são: O principal sinal do herpes-zóster é a formação de erupções
ou bolhas na pele. Elas têm coloração vermelha e podem coçar ou causar a sensação de
“agulhadas”. Pescoço, costas, tórax e abdômen são as regiões mais afetadas por essas
alterações na pele. Também pode aparecer a chamada dor em “faixa”, que é aquela que
acomete apenas um lado do corpo. Como essa dor costuma vir antes das bolhas, pode
ser confundida com um incômodo muscular comum. As bolhas costumam ficar mais
visíveis entre o sétimo e o décimo dia depois do início da infecção. A partir daí, o
quadro começa a melhorar. Há, ainda, os casos em que as bolhas não se manifestam, e
isso pode dificultar o diagnóstico. Por isso, vale conhecer outros sintomas do herpes-
zóster:
• Mal-estar generalizado;
• Sensibilidade à luz;
• Febre;
• Dor de cabeça.
Quais são as possíveis complicações?
A principal complicação acontece quando o herpes-zóster evolui para a Neuralgia
Pós-Herpética (NPH). A condição pode impactar negativamente a vida da pessoa,
trazendo incômodos e dores muito intensas. Segundo o Ministério da Saúde, a NPH se
manifesta por dor persistente de 4 a 6 semanas após a erupção cutânea e é mais
frequente em mulheres. Além disso, já foi documentado que bolhas e vermelhidão no
rosto em decorrência do herpes-zóster pode aumentar o risco de acidente vascular
cerebral logo nas semanas seguintes ao seu aparecimento. Mais um importante motivo
para buscar assistência médica assim que perceber os primeiros sintomas. A boa notícia
é que existem métodos de manter o herpes-zóster afastado e, assim, evitar que todas
essas complicações aconteçam.
INFLUÊNCIA NA ODONTOLOGIA:
As lesões orais associadas ao HHV-3 ocorrem com o envolvimento dos ramos maxilar
e/ou mandibular do nervo trigêmeo e podem estar presentes na mucosa. Frequentemente
as lesões estendem-se para a linha média e ocorrem juntamente com as lesões da pele,
que recobrem o quadrante afetado, desaparecendo ao fim de uma semana.
Excepcionalmente, podem surgir complicações que podem agravar-se, haja vista
infecções agudas no palato duro, fossa tonsilar e língua, sobretudo em pacientes
imunocomprometidos. Na cavidade oral, as lesões se apresentam de forma individual.

PREVENÇÃO:
Um meio de se prevenir do herpes zoster é se vacinar contra a varicela (catapora) ou
efetuar tratamentos preventivos à base de aciclovir ou ainda a melhor maneira de
prevenção educativa da doença é a conscientização e educação em saúde , no período de
2000 a 2019. O estudo concluiu que mais medidas educativas devem ser realizadas,
informando a população sobre o herpes zoster, entendendo que quanto maior o
conhecimento, menores serão os índices de contágio, levando os indivíduos a se
prevenirem e a se tratarem quando detectarem sinais da doença.

TRATAMENTO:
Na maioria dos casos, o zóster é auto-limitante, e o tratamento com analgésicos é
suficiente. As medicações antivirais podem ter um pouco de efeito na severidade da dor
aguda e na duração das lesões da pele. Atualmente, o tratamento é feito com antivirais e
analgésicos, devendo ser iniciado em até 72 horas após o diagnóstico, com o objetivo de
reduzir a duração e intensidade da dor. O tratamento inicial com medicações antivirais
apropriadas, como o Aciclovir, Valaciclovir e Fanciclovir, tem acelerado o processo de
cicatrização das lesões cutâneas e mucosas. O tratamento deve ser realizado por sete
dias. As doses recomendadas são:
 Aciclovir 800 mg, cinco vezes ao dia;
 Valaciclovir 1000 mg, três vezes ao dia;
 Fanciclovir 500 mg, três vezes ao dia.
A medicação antiviral deve ser iniciada em até 72 horas do início dos sintomas. Após
esse período, se ainda houver surgimento de novas lesões, indicando replicação viral,
pode-se considerar o tratamento com os antivirais. Contudo, não há benefício no
tratamento quando todas as lesões já estiverem em fase de crosta.
Para o manejo da neurite aguda, pode-se fazer uso de paracetamol, dipirona ou anti-
inflamatórios não-esteroides. No caso de dor moderada a grave, pode-se associar
analgésicos opióides, como codeína ou tramadol. Para dor muito intensa pode ser
necessário o uso de morfina. Não é recomendada a prescrição de corticoide oral, pois
não há benefício no seu uso, além de aumentar o risco de infecção bacteriana
secundária. Também não há evidência para o uso de antidepressivos tricíclicos para o
manejo da dor aguda.
Referências Bibliográficas

 https://beepsaude.com.br/herpes-
zoster/#:~:text=Como%20se%20pega%20Herpes%20Zoster,do%20que%20na%
20herpes%20zoster.
 https://www.hermespardini.com.br/blog/?p=257
 https://delboniauriemo.com.br/saude/herpes-
zoster#:~:text=O%20herpes%20z%C3%B3ster%2C%20popularmente%20conh
ecido,no%20organismo%20ap%C3%B3s%20a%20cura.
 https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/herpes-zoster-entrevista/
 https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/herpes-zoster/

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