Você está na página 1de 16

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS

DEMOSTHENIS EDUARDO CÉSAR DOS REIS

LUDYMILLA RODRIGUES RIBEIRO

LAVÍNIA VIEIRA NASCIMENTO

THAMIRIS DE ALENCAR FERREIRA

VICTOR HUGO DE FARIA ARAÚJO

MODELO DE HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA E

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DA BRUCELOSE

GOIÂNIA

2023
RESUMO

Brucelose possui abrangente distribuição mundial, tendo como prevalência os continentes da


América, África e Ásia. O Brasil por ser um dos maiores produtores de leite e carne bovina, é
de extrema importância o controle e prevenção da doença no país. A Brucelose gera uma alta
mortalidade e morbidade no rebanho por se tratar de uma zoonose os profissionais adquirem a
brucelose acidentalmente durante o manejo dos animais, além disso os abortamentos do
rebanho causam prejuízos econômicos. Com isso o Brasil investe em programas de eliminação
da doença como o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
Animal (PNCEBT). Para que medidas sejam tomadas, é necessário conhecimento da História
natural da doença, assim evitando demais perdas e prejuízos para o Brasil.

Palavras-chave: Brucelose, História, Saúde Pública e Prevenção.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4

2. BRUCELOSE...................................................................................................................... 5

2.1. HISTÓRIA E DEFINIÇÃO ............................................................................................. 5

2.2. PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS .............................................................................. 6

2.3. PERÍODOS ...................................................................................................................... 7

2.4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO ...................................................................................... 10

2.5. QUADRO DA HISTÓRIA NATURAL DA BRUCELOSE ......................................... 11

3. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 13

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................. 14


4

1. INTRODUÇÃO

As zoonoses sempre foram situações preocupantes, mas ao longo dos anos algumas
estratégias ajudaram na redução, conhecer o perfil de cada doença e estabelecer medidas em
cada fase contribuem para o controle da doença, isto pode ser verificado por meio da história
natural daquela doença, no caso deste artigo: a brucelose (SOLA, 2014 citou POESTER et al.,
2009).

A brucelose é considerada uma das doenças que mais atingem o rebanho em todo
território nacional, gerando prejuízos e acometendo inclusive o homem. Devido a isso,
implementou-se programas para erradicar a doença e estabeleceu o Programa Nacional de
Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) em 2001 por meio do MAPA
(Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento). Este programa visa estabelecer ações
sanitárias para reduzir a prevalência da doença (MONTES, 2017 citou BRASIL, 2017).

Conforme avançava o conhecimento sobre tal doença, reduzia o número de animais


infectados e assim menor número de casos de mortalidade ou morbidade dos animais,
principalmente nos que tem maior risco. O objetivo de interromper o progresso uma das
medidas tomadas foi a vacinação, na intenção de reduzir uma parcela de animais susceptíveis,
consequentemente reduzindo os abortos e agravos da infecção (SANTOS, 2019 citou LAGE et
al., 2008). Conhecer a realidade da brucelose por meio da história natural, ajudou a desenvolver
estratégias e medidas que reduzem os casos da doença, tornando o Brasil referência e
permitindo avaliar atitudes (SANTOS, 2019 citou BRASIL, 2016).
5

2. BRUCELOSE
2.1. HISTÓRIA E DEFINIÇÃO

Descoberta e reconhecida pelo médico patologista David Bruce em 1895 uma bactéria
em restos fetais, na qual ele identificou como Bacillus abortus, devido ao seu formato e a
origem (SANTOS, 2019 citou POESTER, 2009). Em pouco tempo foi chamada de Brucella
melitensis e Brucella abortus, outros identificaram mais espécies contendo características
diferentes (PESSEGUEIRO et al., 2003).

Estas são Brucella melitensis (caprinos, ovinos e camelídeos), Brucella suis (suínos),
Brucella abortus (bovinos e bubalinos), Brucella ovis (ovinos), Brucella neotomae (rato do
deserto), Brucella canis (cães) e Brucella maris (mamíferos marinhos), sendo que destas quatro
são transmitidas aos humanos: B. melitensis, B. suis, B. abortus e B. canis (CARDOSO, 2016
citou POESTER, 2013). E três delas possuem alta patogenicidade (B. melitensis, B. suis, B.
abortus).

A Brucelose é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria aeróbia intracelular


facultativa de cocobacilos gram-negativa do gênero Brucella (Figura 1), leva a uma
disseminação zoonótica entre animais de produção (em sua maioria) e o homem. Porém sua
manifestação é diversificada em relação a espécies. Em animais de produção em geral, a
brucelose leva a abortos e problemas reprodutivos graves, o que também acarreta prejuízos
econômicos aos produtores como a baixa produção de leite (SANTOS, 2019, citou LAGE et
al., 2008).

Figura 1 – Bactéria do gênero Brucella.

Fonte: Animal Business Brasil, 2021.


6

2.2. PATOGENIA E SINAIS CLÍNICOS

Em resumo a patogenia da doença consiste na infecção pela mucosa oral, pela


nasofaringe, pela conjuntival e por feridas na pele. Depois da penetração na pele, os macrófagos
realizam a fagocitose, vão até os linfonodos, se aumentam em quantidade o que gera
hiperplasia, esplenomegalia e hepatomegalia (em alguns casos), com isso, acabam chegando à
corrente sanguínea ou a linfa, se disseminam para outros órgão e linfonodos (SANTOS, 2019
citou SOLA et al., 2014). Isto gera um processo inflamatório que leva a danos na placenta,
morte das vilosidades e separação dos cotilédones que gera fetos com deformidades, fracos e
leva até o aborto. A brucelose leva a esterilidade em touros infectados e aborto em vacas prenhes
(SANTOS, 2019 citou PAULIN e FERREIRA NETO, 2003; LAGE et al., 2008).

A Brucella spp sobrevive muito bem em ambientes de pastagem sob condições contendo
pH neutro, materiais orgânicos como fetos abortados e fezes úmidas, é sensível ao calor e ao
uso de produtos ácidos, no uso de desinfetantes com soluções de formaldeídos a 2% e fenólicos
a 2,5%. No uso do álcool, ele elimina 70% das bactérias. Na carne só poderá ser eliminada
mediante ação do calor, ou seja, após cozimento do alimento, sendo a forma mais cara de
infecção (ingestão de carne crua (SOLA et al., 2014 citou PESSEGUEIRO et al., 2003).

Em humanos, a brucelose tem a peculiaridade de acometer na maioria os trabalhadores


rurais, proprietários e médicos veterinários ou funcionários de abatedouros e laticínios, sendo
estes de maior risco pois são os que lidam diretamente com os animais ou com seus produtos,
levando a incapacidade total ou parcial no trabalho (CARDOSO, 2016 citou RIBEIRO, 2000).
A partir da ingestão de alimentos contaminados como leite e seus derivados, pelo contato direto
com os animais infectados ou pelo contato indireto, ou seja, manipulação de restos fetais,
manuseio de carcaças durante abates. (SOLA et al., 2014 citou PAULIN & FERREIRA NETO,
2008).

No Brasil se tornou endêmica com características distintas a depender da região. O Brasil


possui um dos maiores rebanhos bovinos, de acordo com Pesquisa da Pecuária Municipal
(PPM) em 2021 o país conta com 224,6 milhões de cabeças (Figura 2). Devido a isso, no ano
de 2001, o governo instaurou o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e
da Tuberculose Animal (PNCEBT) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) para controlar e eliminar a brucelose no Brasil (SANTOS, 2019 citou BRASIL, 2006).
7

Figura 2 – Extensão do rebanho conforme a região.

Fonte: IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística, 2021.

2.3. PERÍODOS

Deve ser compreendido os períodos: pré-patogênese e patogênese. O período pré-


patogênese compreende a interação do hospedeiro com o patógeno em determinado ambiente.
A susceptibilidade se inicia como principal fonte de infecção representada pela fêmea prenhe,
e eventualmente os machos. As fêmeas eliminam grandes quantidades do agente por ocasião
do aborto ou parto, contaminando pastagens, água, alimentos e fômites. Entretanto, qualquer
hospedeiro vertebrado doente ou portador sadio que “carregue” a bactéria e elimine no ambiente
pode ser importante nas fontes de infecção (VARGAS et al., 2001). Além disso, há relatos que
o leite pode ser uma das vias de eliminação por bovinos infectados. Outro animal pode ser
infectado se alimento e/ou até mesmo ingerindo água contaminada, pois essa bactéria pode
permanecer no meio ambiente por longos períodos.

Em Humanos, se torna um crítico problema de saúde pública, pois é de caráter


ocupacional. Nesta fase de susceptibilidade tem-se como fator cultural o consumo de leite não
pasteurizado e carne sem o devido cozimento. Como fator social, tem-se a falta de cuidado ao
8

lidar com retos de abortos, alimentos, carcaças em necropsias, acidentes com a manipulação da
vacina. E como fator ambiental, a contaminação de pastagens, alimentos dos animais e próprios,
assim como a água (Figura 3) (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, 2018).

Figura 3 – Esquema do modo de transmissão para o homem.

Fonte: Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância em Saúde para Brucelose Humana no Estado do Paraná, 2018.

O período de patogênese é caracterizado pela infecção, no animal infectado as


localizações de infecção do agente são os linfonodos, baço, fígado, aparelho reprodutor
masculino, útero e úbere (VARGAS et al., 2001). As brucelas serão drenadas para os gânglios
linfáticos regionais, e a partir disso via linfa ou sangue conseguem se disseminar por todo o
organismo, colonizando os órgãos ou tecidos ricos em células do sistema mononuclear
9

fagocitário, por exemplo, medula óssea. Além disso, elas podem se disseminar para órgãos
reprodutivos. A predileção para o útero se deve a produção do hormônio eritritol que pode atrair
as brucelas, funcionando como fator estimulante para seu crescimento (NETO et al., 2009).
Dentro da fase clínica da doença, em fêmeas gera queda na produção de leite, cios repetitivos,
bezerros prematuros ou mortos, corrimento vaginal e abortos no final da gestação, retenção da
placenta e infertilidade, este último inclusive nos machos, além disso leva a inflamação dos
testículos em touros (JORNAL ESTADÃO, 2020).

Levando a uma incapacidade de trabalho, nos seres humanos a brucelose causa sinais
clínicos evidentes de infecção, como febre alta acima de 38 ºC, sudorese predominantemente
noturna, apatia, astenia, cefaleia, anorexia, sudorese, dores no corpo, dor nas articulações
vasculites, náuseas e vômitos. Esta quantidade de sinais torna difícil a identificação no primeiro
momento. E quando o tratamento é interrompido gera casos de recidiva de 3 a 6 meses após
interrupção (LAWINSKY et al., 2011 citou PESSEGUEIRO, 2003).

A fase residual da brucelose consiste na fase crônica da doença em humanos, onde a


mesma pode ocorrer em alguns pacientes após o tratamento correto na fase aguda da infecção.
Essa fase é marcada pela aparição contínua da bactéria Brucella no corpo humano e ao longo
dessa fase os sintomas podem diferir, sendo de leves a graves. Entre esses sintomas podemos
incluir: fadiga; dor muscular e nas articulações; dor de cabeça; febre baixa; suores noturnos. Já
em casos alternados a infecção pode causar problemas cardíacos, como endocardite, ou afetar
o sistema nervoso central, e posteriormente resultaria em problemas neurológicos (CORBEL
MJ, et al. 2006).

O tratamento da fase residual da brucelose pode carecer de uma maior dificuldade, e então
solicitar uma interpretação multidisciplinar envolvendo diversos profissionais de saúde. O
tratamento habitual pode envolver o uso prolongado de antibióticos, logo também terapias de
suporte para então gerenciar os sintomas e suas possíveis complicações dentro do quadro da
doença (CORBEL MJ, et al. 2006).

A fase residual da brucelose animal se refere à presença da bactéria Brucella spp. mesmo
após a fase aguda da doença em animais infectados. Após a fase aguda, muitos animais parecem
saudáveis, mas ainda abrigam bactérias em seus tecidos, principalmente nas gônadas, como
testículos e útero. Isso significa que eles ainda podem transmitir doenças para outros animais e
para as pessoas que entram em contato com seus produtos, como leite não pasteurizado ou carne
mal cozida. Por esta razão, a detecção e o controle da brucelose residual são importantes para
10

prevenir a propagação da brucelose. Um programa de controle da brucelose geralmente inclui


medidas de vigilância, diagnóstico precoce, abate de animais infectados sendo este a fase
residual, quarentena de animais positivos e medidas de saneamento e biossegurança da
produção animal (CARDOSO, 2016 citou NIELSEN, 2004).

2.4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Temos como medida de prevenção primária a vacinação das bezerras com idade entre 3
e 8 meses, sendo utilizada a amostra viva atenuada 19 (vacina S19) de Brucella abortus, com
uma proteção em torno de 65% a 80% dos animais durante a sua vida útil. Tem-se de evitar a
vacinação de animais adultos, porém em casos de alta taxa de aborto entre estes animais deve-
se considerar tal escolha utilizando a vacina RB51, ficando assim caracterizada como uma
medida de prevenção secundária. Quando são animais jovens vacinados marca-se do lado
esquerdo da face com um V e os dois últimos algarismos do ano em que se está vacinando e
animais adultos no lado esquerdo com a letra P. No caso da vacinação de animais adultos só
pode ser efetuada com autorização prévia do órgão estadual oficial que fiscaliza essa área
(MEIRELLES-BARTOLI; SOUSA; MATHIAS, 2014 citou PAULIN & FERREIRA, 2003).

Outra medida de prevenção primaria, seria o uso correto da vacina contra a Brucella
abortus, pois pelo fato de se tratar de um organismo vivo existe uma grande possibilidade de
passar para o humano que está manipulando a vacina. Há a necessidade de utilização de EPI’s
durante esta manipulação, desinfecção do local e utensílios contaminados e a eliminação de
carcaças e tecidos contaminados. Uma outra ação a ser considerada é a educação sanitária dos
profissionais que são mais expostos a este patógeno. (MEIRELLES-BARTOLI; SOUSA;
MATHIAS, 2014 citou PAULIN & FERREIRA, 2003)

Logo, a prevenção secundária para a Brucelose seria diagnosticar o indivíduo enfermo


nas primeiras semanas para evitar sua manifestação de forma aguda. Dessa forma, nos estágios
iniciais um hemograma e leucograma não sejam os exames mais apropriados para um
diagnóstico fidedigno, logo o recomendado seria uma hemocultura para averiguar se há
crescimento dessas bactérias e para permitir um reconhecimento mais fácil e rápido dessa
bactéria optaria por uma cultura albimi-Brucella-agar que permite diagnosticar já com pequeno
tempo de incubação. No caso de animais com diagnóstico positivo devemos estabelecer como
decisão sempre o abate, pois é uma doença a qual não existe medidas de tratamento e por tratar-
11

se de doença contagiosa e que acomete animais de produção que tem grande valor comercial a
opção é a mais indicada para não se dizer a única (CARDOSO, 2016)

Desse modo, com o diagnóstico precoce da Brucelose podemos começar com o


tratamento básico que seria feita por antibióticos como as tetraciclinas, rifampicina,
aminoglicosídeos, trimetopri-sulfametoxazol e quinolonas. Logo, o objetivo da
antibioticoterapia é eliminar os sintomas e prevenir o agravo da enfermidade por meio de
complicações (PNCEBT, 2006).

Como medidas de prevenção terciárias temos de voltar a nossa atenção aos produtos
alimentares que estão diretamente ligados ao ciclo contagioso deste patógeno como os laticínios
(que devem ser pasteurizados para eliminação da bactéria), evitar consumo de carne mal cozida,
avisar profissionais de análise laboratorial quando amostras potencialmente infectadas forem
enviadas para que precauções de nível de biossegurança III sejam tomadas. Logo para a
população em geral é indicado, o consumo apenas do leite que passou pelo processo de
pasteurização, consumir apenas os derivados de leite que foram preparados com leite
pasteurizado, ingerir apenas carne e seus derivados de forma cozida (MEIRELLES-BARTOLI;
SOUSA; MATHIAS, 2014 citou BRASIL, 2006).

Já as indicações voltadas para os trabalhadores da área são: seguir as normas de


biossegurança, fazer uma limpeza e desinfecção minuciosa dos locais de produção animal e
derivados como as ordenhas e frigoríficos, utilizar corretamente os equipamentos de proteção
individual e associar juntamente com as boas práticas no local de trabalho e seguir o
regulamento de inspeção industrial de produtos de origem animal (RIISPOA), juntamente com
o Manual de Legislação de Saúde Animal respaldada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) (PNCEBT, 2006).

Enfim, para que possamos ter sucesso na prevenção temos de ter ações tomadas em
conjunto em todos os níveis de medidas preventivas, ou seja, animais devidamente vacinados,
atitudes sanitárias efetivas principalmente na eliminação de animais positivos, uma campanha
de vacinação séria e bem administrada, educação dos profissionais de saúde que estão
diretamente ligados ao processo de produção alimentar e educação dos produtores pecuários
mostrando a seriedade desta doença dentro do ciclo produtivo, pois muitos desconhecem quão
sério é este patógeno dentro da cadeia produtiva pecuária.

2.5. QUADRO DA HISTÓRIA NATURAL DA BRUCELOSE


12

PRÉ-PATOGENESE PATOGENESE

Interação ambiente -hospedeiro


- agente
Pastagens contaminadas;
Hábito de lamber genital de fêmeas;
Restos de aborto sem descarte correto;
Ingestão de alimentos e água Avanço da Brucelose
contaminados. Recuperação
Monitoração e abate dos
Sinais imperceptíveis animais para evitar o
aparecimento da doença
novamente.

Fase Susceptibilidade Fase Clínica Fase residual


Fase Pré-clínica
Queda da produção de leite; Ainda podem transmitir
Fêmea prenhes e em período de Animal está Retenção placentária; doenças para outros animais e
lactação, machos em período infectado mas não Nascimentos prematuros; para as pessoas que entram em
reprodutivo se tem sinais Infertilidade; Abortos e contato com seus produtos.
clínicos visíveis. corrimento vaginal.

Em humanos
Em humanos Em humanos
Fator cultural: consumo de leite não pasteurizado
Febre, apatia, astenia, cefaleia, Quando não tratado tempo
e carne malcozidas contaminadas;
anorexia, sudorese, dores no correto ou interrompido, há
Fator ambiental: Contaminação de água e
corpo, vasculites e outros. recidiva da doença, partindo da
alimentos;
fase aguda para crônica.
Fator social: contato direto com retos fetais sem
proteção; falta conhecimento da doença;
13

3. CONCLUSÃO

A brucelose é uma zoonose que tem gerado grandes prejuízos aos produtores e
comerciantes dos produtos de origem animal. Sendo importante a disseminação do
conhecimento da história natural da doença, a fim de eliminar maiores danos à saúde do
trabalhador, pois se torna um propagador da doença que tem caráter ocupacional.

Assim sendo imprescindível, controle e realização de exames com o intuito de detecção


da doença em seu estágio inicial com o intuito diminuir os casos no rebanho, dessa forma poupar
maiores prejuízos, sendo a melhor forma de prevenção a vacinação dos animais dentro do
período correto e realizado pelo médico veterinário responsável.
14

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PESSEGUEIRO, P.; BARATA, C.; CORREIA, J. BRUCELOSE – UMA REVISÃO


SISTEMATIZADA. Espírito Santo. 2003. Link: https://www.spmi.pt/revista/vol10/vol10-n2-
brucelose.pdf. Acesso em: 2 de março de 2023.

CARDOSO, C. A. D. BRUCELOSE BOVINA. 2016. p. 32. Trabalho de Conclusão de Curso


– Instituto Federal de São Paulo Campus Barretos, Barretos-SP, 2016. Link:
https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/userupload/213354/IFMAP160006%20BRUCELOSE
%20BOVINA.pdf. Acesso em: 2 de março de 2023.

SOLA, M. C. et al. BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO. 1 jul. 2014. Disponível em:


http://conhecer.org.br/enciclop/2014a/AGRARIAS/Brucelose.pdf. Acesso em: 4 março de
2023.

SANTOS, CAROLINE CLAUDINO DOS. BRUCELOSE EM BOVINOS: HISTÓRICO E


IMPLICAÇÕES NA REGIÃO DE CURITIBANOS – SC. 2019. p. 31. Trabalho de
Conclusão de Curso – Universidade Federal de Santa Catarina. Curitibanos-SC, 2019. Link:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/203164/TCC%20-
%20Caroline%20Claudino%20dos%20Santos.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em 2 de
março de 2023.

MONTES, THIAGO MENEGAZZO. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA BRUCELOSE


EM FÊMEAS BOVINAS ADULTAS NA REGIONAL RIO DAS ANTAS, GOIÁS. 2017.
Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Universidade Federal de Goiás Escola de
Veterinária e Zootecnia Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Goiânia, 2017.
Disponível em: https://www.agrodefesa.go.gov.br/files/Prevalencia_brucelose.pdf. Acesso em:
18 mar. 2023.

CORBEL MJ, et al. BRUCELLOSIS IN HUMANS AND ANIMALS. Geneva: World Health
Organization; 2006. Disponível em: https://apps.who.int/iris/rest/bitstreams/51770/retrieve.
Acesso em: 18 mar. 2023.
15

VARGAS, AGUEDA C. et al. DOENÇAS DE RUMINANTES E EQÜINOS. Segunda. ed.


São Paulo - SP: VARELA EDITORA E LIVRARIA LTDA, 2001. 426 p. v. 1. Disponível em:
https://www.bibliotecaagptea.org.br/zootecnia/equinocultura/livros/DOENCAS%20DE%20R
UMINANTES%20E%20EQUINOS.pdf. Acesso em: 17 mar. 2023.

NETO, MIGUEL BATAIER et al. Brucelose Bovina. REVISTA CIENTÍFICA


ELETRÔNICA DE MEDICINA VETERINÁRIA, [s. l.], n. 12, VII 2009. Disponível em:
http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/VYCMGJ4XfZ846Wr_2013-6-
19-11-33-43.pdf. Acesso em: 4 mar. 2023.

RESENDE, Iana Vilela et al. BRUCELOSE COMO UMA DOENÇA TRANSMITIDA POR
ALIMENTOS TENDO O LEITE COMO PRINCIPAL VEICULADOR. II CONGRESSO
NACIONAL DE PESQUISA MULTIDISCIPLINAR, [s. l.], 2019. Disponível em:
file:///C:/Users/yannc/Downloads/elenomarques,+B095%20(1).pdf. Acesso em: 4 mar. 2023.

MEIRELLES-BARTOLI, Raphaella Barbosa; SOUSA, Daniel Bartoli de; MATHIAS, Luis


Antonio. Aspectos da brucelose na saúde pública veterinária. PUBVET, [s. l.], v. 8, n. 10, ed.
259, 2014. Disponível em:
https://www.pubvet.com.br/uploads/0e502221fb37c55eeae895794c6211cc.pdf. Acesso em: 4
mar. 2023.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA


EM SAÚDE. Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância em Saúde para Brucelose Humana no
Estado do Paraná. v. 2, 2018. Disponível em:
https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
04/protocolobrucelose2018.pdf. Acesso em: 23 mar. 2023.

JORNAL ESTADÃO. Brucelose bovina: o que é e como evitá-la. 31 mar. 2020. Disponível
em: https://summitagro.estadao.com.br/saude-no-campo/brucelose-bovina-o-que-e-e-como-
evita-la/. Acesso em: 23 mar. 2023.
16

LAWINSKY, Maria Luiza de Jesus et al. Estado da arte da brucelose em humanos. Artigo de
Revisão, Distrito Federal, p. 75-84, 2011. DOI 10.5123/S2176-62232010000400012.
Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v1n4/v1n4a12.pdf. Acesso em: 28 mar. 2023.

Você também pode gostar