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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL


CAMPUS DE PATOS
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

SOROPREVALÊNCIA PARA Brucella abortus EM BOVINOS NO ABATEDOURO


PÚBLICO MUNICIPAL DE PATOS - PB

Fernando Roger Brito Lira

Patos/PB
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
CAMPUS DE PATOS
UNIDADE ACADÊMICA DE MEDICINA VETERINÁRIA

MONOGRAFIA

SOROPREVALÊNCIA PARA Brucella abortus EM BOVINOS NO ABATEDOURO


PÚBLICO MUNICIPAL DE PATOS - PB

Fernando Roger Brito Lira


Graduando

Prof. Dr. Albério Antônio de Barros Gomes


Orientador

Patos/PB
2021
FICHA CATALOGRÁFICA

L768s Lira, Fernando Roger Brito.


Soroprevalência para brucella abortus em bovinos no
abatedouro público municipal de Patos - PB / Fernando Roger
Brito Lira. – Patos, 2021.
27 f.

Monografia (Graduação em Medicina Veterinária) –


Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e
Tecnologia Rural, 2021.
"Orientação: Prof. Dr. Albério Antônio de Barros Gomes".
Referências.

1. Brucelose. 2. Brucella Abortus. 3. Abatedouro. 4. Zoonose.


I. Gomes, Albério Antônio de Barros. II. Título.

CDU 636.09(043)
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECÁRIA MARIA ANTONIA DE SOUSA CRB 15/398
SOROPREVALÊNCIA PARA Brucella abortus EM BOVINOS NO ABATEDOURO
PÚBLICO MUNICIPAL DE PATOS – PB

Trabalho de conclusão de curso apresentado


como requisito parcial para obtenção do título
de Médico Veterinário pela Universidade
Federal de Campina Grande.

Aprovado em:_30__/__08___/_21__ Média: 96,5

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Prof. Dr. Albério Antônio de Barros Gomes
Orientador

_______________________________________________
Prof. Dra. Carolina de Sousa Américo Batista Santos
Examinador I

_______________________________________________
Prof. Dra. Nara Geanne de Araújo Medeiros
Examinador II
RESUMO

A Brucelose é uma doença zoonótica de caráter endêmico causada por bactérias do gênero
Brucella, capaz de causar impactos econômicos e na saúde pública. O presente trabalho teve
como objetivo avaliar a soroprevalência para Brucella abortus em bovinos abatidos no
abatedouro público de Patos/PB, onde foram coletadas 352 amostras durante os meses de abril
e maio de 2021. Para realização do presene trabalho foi utilizado um teste de triagem e outro
confirmatório, AAT e 2-Mercaptoetanol respectivamente. Sendo encontradas amostras
positivas em ambos os testes, concluindo, portanto, que ainda existe risco à saúde pública,
sendo necessário maiores investimentos no controle e prevenção da Brucelose bovina no
município.

Palavras chave: Brucelose, Brucella abortus, Abatedouro, zoonose.


ABSTRACT

Brucellosis is an endemic zoonotic disease caused by bacteria of the genus Brucella, capable
of causing economic and public health impacts. This study aimed to evaluate the
seroprevalence of Brucella abortus in cattle slaughtered in the public slaughterhouse in
Patos/PB, where 352 samples were collected during the months of April and May 2021.
another confirmatory, AAT and 2-Mercaptoethanol respectively. Positive samples were found
in both tests, concluding, therefore, that there is still a risk to public health, requiring greater
investments in the control and prevention of bovine Brucellosis in the city.

Keywords: Brucellosis. Brucella abortus, slaughterhouse, zoonosis.


SUMÁRIO
Página
ABSTRACT ............................................................................................................................... 6

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................ 9

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 10

2. BRUCELOSE BOVINA .............................................................................................. 11

2.1.1 Agente etiológico .......................................................................................................... 11

2.1.2 Aspectos epidemiológicos ............................................................................................ 12

2.1.3 Hospedeiros .................................................................................................................. 14

2.1.4 Fisiopatogenia ............................................................................................................... 14

2.1.5 Sinais Clínicos .............................................................................................................. 15

2.1.6 Diagnóstico ................................................................................................................... 15

2.1.7 Prevenção e controle ..................................................................................................... 16

1.1 Importância em Saúde Pública ..................................................................................... 16

2 MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................... 18

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 20

4 CONCLUSÃO .............................................................................................................. 22

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 23
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – A esquerda, amostra REAGENTE (presença de grumos), a direita, 2 amostras


NÃO REAGENTES (ausência de grumos). ............................................................................. 19

Figura 2 - Amostra com Reação Completa no 2-ME ............................................................. 19


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

WHO World Health Organization


MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
PNCEBT Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose
Animal
HVUFCG Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande
AAT Antígeno Acidificado Tamponado
UFCG Universidade Federal de Campina Grande
CSTR Centro de Saúde e Tecnologia Rural
2-ME 2 mercaptoetanol
10

1 INTRODUÇÃO

Considerando que o Brasil possui uma das maiores produções de carne bovina do
mundo, sendo também um dos maiores exportadores (EMBRAPA, 2021), sendo uma zoonose
causada por bactérias do gênero Brucella, com diversas espécies que podem causar a doença
em diferentes animais. É uma doença de distribuição mundial, com maior incidência em
países em desenvolvimento localizados na América do Sul, Ásia Central, Mediterrânio e
Oriente Médio. Além disso, pode ser transmitida para humanos através do contato direto com
animais infectados, fômites, ingestão de carne e ingestão de laticínios não pasteurizados
contaminados.
No Brasil, os índices de prevalência da Brucelose bovina em comparação a quando
implementado o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose
Animal (PNCEBT) em 2001, pouco foram alterados. Apresentando índices de prevalência em
animais de 0,00% á 15,30% no território nacional (BARDDAL, 2019).
Na Paraíba, Barddal (2019) apresentou dados preocupantes em levantamento feito a
nível nacional, com índices de prevalência podendo variar de 0 - 6,4%. Bezerra (2016) em seu
estudo epidemiológico no estado, com objetivo de determinar a prevalência de animais
positivos no estado, concluiu que houve um aumento de prevalência em comparação a época
que foi implantado o PNCEBT, obtendo uma prevalência de 2%.
Em um levantamento realizado por Quirino (2017), com objetivo de determinar o
número de animais positivos para brucelose eutanasiados no HVUFCG, avaliou 4.881 animais
que foram encaminhados para eutanásia no Hospital Veterinário da Universidade Federal de
Campina Grande entre janeiro de 2003 e janeiro de 2016, e concluiu que 867 eram bovinos
que foram testados positivos para Brucella abortus, sendo em sua maioria, animais
provenientes do município de Patos e região.
Portanto o fato da Brucelose possuir uma grande importância sanitária e econômica,
podendo implicar em restrições para o mercado internacional, o presente estudo teve por
objetivo determinar a soroprevalência para B. abortus em bovinos abatidos no Abatedouro
Público Municipal de Patos/PB.
11

2. BRUCELOSE BOVINA

A brucelose é uma doença de caráter zoonótico de origem bacteriana que pode ser
transmitida para os humanos a partir dos animais, de forma direta ou indireta, podendo ser
chamada de forma genérica como febre ondulante, por ter característica remitente
(BEECHING; CORBEL, 2016).
Trata-se de uma doença descoberta durante a guerra da Crimeia entre 1853-1856.
Apenas em 1887, Dr. David Bruce descobriu que seu agente causador era uma bactéria.
Posteriormente, em 1897, a Brucella abortus foi reconhecida pelo Dr. Bernhard Bang, que
decidiu atribuir o nome de doença de bang, também chamada de brucelose (FIGUEIREDO;
OLIVEIRA, 2018).

2.1.1 Agente etiológico

O agente causador da brucelose são bactérias do gênero Brucella spp., que se


caracteriza como pequenos cocobacilos, Gram negativos, aeróbias e capnofílicas, imóveis,
catalase-positivas, coram-se de vermelho pelo método de Ziehl-Neelsen modificado e são
patógenos intracelulares facultativos. Podem afetar mamíferos domésticos e selvagens,
inclusive o homem (CASTRO; GONZÁLEZ; PRAT, 2005; POETSCH; MARCHESINE,
2020).
Hernandez , Flores e Ortiz (2015) descrevem a existência de 10 espécies que
compõem o gênero Brucella, são elas: B. abortus, B. canis, Brucella ceti, B. melitensis, B.
microti, B. neotomae, B. ovis, B. pinnipedialis, B. suis, B. inopinata. Porém eles ressaltam a
discordância que existe no meio científico, onde alguns pesquisadores apontam para
existência de apenas uma espécie e que as descritas anteriormente são biovariedades, mesmo
assim todas são reconhecidas na atualidade. Já de acordo com a LPSN - List of Prokaryotic
names with Standing in Nomenclature, 33 espécies de Brucella estão descritas.
O gênero Brucella não depende de causas habituais de virulência, sendo, portanto,
bactéria identificada como possível agente que pode ser usada em bioterrorismo. Todas as
espécies são sensíveis à altas temperaturas, baixos níveis de pH, desinfetantes e compostos
fenólicos, podendo os compostos e desinfetantes, serem utilizados para antissepsia de
objetos e ambientes internos e externos (MONTES, 2017; POETSCH; MARCHESINE,
2020).
12

2.1.2 Aspectos epidemiológicos

De acordo com censo do IBGE (2019), o Brasil possui atualmente um rebanho


bovino de 214,7 milhões de cabeças, sendo o país com o maior rebanho comercial bovino da
terra, somado a isto, o país se colocava como um dos maiores consumidores e o segundo
maior exportador de carne bovina da terra, chegando a abater 39 milhões de cabeças em
2015 (EMBRAPA, 2015).
Em 1975, um diagnóstico realizado pelo ministério da agricultura sobre brucelose em
bovinos, chegou a dados preocupantes, onde somente na região Sul, 4% dos animais foram
soropositivos para essa enfermidade. Na região Sudeste, os números foram ainda maiores,
chegando a 7,5%, e por fim, nas regiões Centro-oeste, Nordeste e Norte, que chegaram aos
valores de 6,8%, 2,5% e 4,1%, respectivamente (FERREIRA NETO, 2009).
No Brasil, entre 2013 e 2015, foram notificadas 797 suspeitas de brucelose em 13
estados, onde mais de 200 foram confirmados, chegando a uma média anual de 266 casos.
No estado da Paraíba, estudos realizados entre 2012-2013 chegaram a um resultado de
prevalência de 4,6% em todo o estado e 3,2% na região do sertão paraibano
(CLEMENTINO et al., 2016; COSTA et al., 2016).
Atualmente, três espécies possuem mais potencial patogênico para o ser humano, são
elas: B. Melitensis , B. abortus e B. suis . Duas dessas espécies são habitualmente
responsáveis pela brucelose humana, a mais comum é a B. melitensis (98%) e em seguida a
B. abortus (2%). Ambas como observado na Tabela 1, tendo os bovinos com hospedeiro
habitual (ÁLVARES- HERNÁNDEZ, DÍAZ-FLORES; ORTIZ-REYNOSO, 2015).
A transmissão entre bovinos pode se dar por contato direto ou indireto com fontes
contaminadas, que podem ser natimortos, fetos abortados, placentas e substâncias
contaminadas com Brucella. Pode ser transmitida para os humanos de diversas formas, onde
as principais formas são a ingestão de água contaminada, leite in natura ou queijos fabricados
com ele, carnes cruas ou mal passadas, manuseio de vísceras contaminadas, contato direto ou
indireto com restos de aborto e/ou secreções de animais infectados (FERNANDES, 2001).
Acidentes laboratoriais também já foram confirmados como fonte de transmissão para
humanos (QUINN et al., 2007). A inoculação no saco conjuntival e injestão de sangue e
medula óssea também podem ser implicadas como fonte de contaminação (PESSEGUEIRO;
BARATA; CORREA, 2003)
13

Tabela 1 - Espécies de Brucella, hospedeiros e biovariedades.

ESPÉCIES HOSPEDEIROS BIOVARIEDADES


CONHECIDOS
B. melitensis Cabras, bovinos, ovinos, 1-3
canídeos, humanos
B. abortus Bovinos, canídeos, humanos 1-9
B. suis Suínos, canídeos, humanos 1-5
B. canis Canídeos, humanos
B. ovis Ovinos
B. neotomae Roedores
B. ceti Golfinhos, marsupiais, hienas
B. pinnipedialis Focas
B. microti Raposa vermelha, roedores do
campo
B. INOPINATA Humano
Fonte: Adaptado de Álvares-Hernández; Díaz-Flores e Ortiz-Reynoso, 2015; SCHOLZ et al.,
2010.

Essas mesmas espécies desempenham função primordial no âmbito epidemiológico


por serem responsáveis por provocar uma enfermidade de ocorrência mundial, que foi
erradicada apenas em alguns países, estes, obedeceram a critérios internacionais para
receberem tal status, necessitando estar em intervalo de no mínimo cinco anos sem qualquer
caso notificado (POETSCH; MARCHESINE, 2020).
Dentre as doenças, infecções e infestações listadas na World Organisation For
Animal Health (2020) em vigor no ano de 2020, destacam-se as infecções por B. abortus, B.
melitensis e B. suis, por se tratarem de enfermidades com notificação obrigatória, isto porque
possuem um alto grau de importância no comercio internacional.
Todo o território nacional é acometido pela brucelose bovina, de forma bastante
heterogênia com uma prevalência variando de 0,91% e 30,6%, porém os estudos não foram
realizados em todos os estados brasileiros (BRASIL, 2017).
Ferreira Neto et al. (2011) afirmam que estados como Santa Catarina, regiões do Rio
Grande do Sul e Paraná possuem prevalência tão reduzida que torna-se desnecessário a
utilização da vacina B19, podendo apenas criar um mecanismo de vigilância para resolução
de possíveis focos residuais. Entretanto, em todos os demais estados, recomenda-se uma
vacinação de 80% das bezerras utilizando a B19.
De acordo com Bezerra (2016), em um estudo também realizado na Paraíba sobre a
situação epidemiológica da brucelose, observou uma prevalência de 2% em todo o estado, e
comparou com dados anteriores, concluindo que houve um aumento da incidência da
14

enfermidade.
Entre os anos de 2006 e 2015, foram confirmados e notificados à secretaria de
agricultura do estado da Paraíba mais de 500 casos da doença em bovinos, apenas na região
do sertão paraibano, onde se encontra a cidade de Patos, mais de 300 casos foram
confirmados (ALVES JÚNIOR, 2017).

2.1.3 Hospedeiros

Poetsch e Marchesine (2020) citam que todos os mamíferos domésticos e selvagens


podem adquirir o patógeno, inclusive humanos, principalmente ao entrar em contato com
substâncias contaminadas.
Os animais marinhos como golfinhos e pinguins são reservatórios da bactéria, as
espécies de Brucella descobertas nestes animais são iguais aos de animais cotidianamente
descritos, isso se deve por terem antígenos semelhantes aos utilizados para diagnósticos de
B. melitensis e B. abortus. Entretanto, mesmo que diversos animais possam contrair o
patógeno, as espécies de maior relevância para os humanos não são apenas pelo fato de
terem capacidade zoonótica, mas também por sua influência negativa no setor econômico
(ÁLVARES-HERNÁNDEZ; DÍAZ-FLORES; ORTIZ-REYNOSO, 2015; BIZARRO,
2015).

2.1.4 Fisiopatogenia

Após a entrada do agente etiológico que poderá ocorrer a partir da mucosa oral,
nasofaríngea, conjuntival ou genital, podendo ser também por contato direto com a superfície
epidérmica. Quando a infecção se dá pelas mucosas oral ou nasal, o agente inicia sua
multiplicação já nas mucosas após a penetração destas, quando a infecção se dá pela via
digestiva as tonsilas são considedas um dos principais sítios de multiplicação do agente, que
posteriormente são fagocitadas por macrófagos. Entretanto a Brucella spp. possui a
característica de ser resistente a fagocitose, acabando por se disseminar no organismo por via
linfática ou hematógena, esta última é a via de infecção do útero gestante, neste caso, o
eritritol, que é um poli álcool formado por 4 carbonos é uma importante fonte energética para
a Brucella sp.. Os níveis quantitativos desta fonte varia em função do período de gestação nos
bovinos, mostrando-se alto próximo ao parto, onde acaba por favorecer uma alta
multiplicação da bactéria no útero, que inicia um processo necrótico-inflamatório e por reação
15

em cadeia resultará em aborto, natimortos ou fetos maus desenvolvidos (BRASIL, 2006;


FERNANDES, 2001; MONTES, 2017).
As espécies do gênero Brucella são bactérias intracelulares facultativas, que ao entrar
em contato com um organismo sofre ação da imunidade inata, então, quando não eliminadas,
podem atingir o sistema linfático (nódulos regionais) e posteriormente a corrente sanguínea,
onde novamente são fagocitadas por macrófagos e polimorfonucleares, viabilizando seu
transporte aos diversos órgãos. Para uma resposta eficiente do organismo, o mesmo necessita
de anticorpos, fator que confere à Brucella característica crônica, tendo a capacidade de
penetrar e se multiplicar em células eucarióticas fagocíticas e não fagocíticas (CASTRO;
GONZÁLEZ; PRAT, 2005).

2.1.5 Sinais Clínicos

A doença apresenta diferentes sinais entre machos e fêmeas, quando em vacas, é


habitual o principal sintoma ser o aborto ou natimortos, acontecendo principalmente a partir
da vigésima semana gestacional, onde observa-se por vezes a retenção da placenta, metrite e
eventualmente, esterilidade irreversível. Em bovinos machos o patógeno se estabelece
preferencialmente nos testículos, próstata e vesículas seminais, que acabam gerando orquite,
baixo libido e infertilidade (FERNANDES, 2001).
Em situações de múltiplos abortos em rebanho, obrigatoriamente deve-se recair como
principal suspeita a brucelose, principalmente quando ocorrer próximo ao término da
gestação, porém, sem descartar outras suspeitas(ALMEIDA; SOARES; ARAÚJO, 2004;
CARVALHO et al., 2016; SOARES et al., 2015).

2.1.6 Diagnóstico

O método de detecção de anticorpo anti-LPS liso é a forma tradicional utilizada para


identificar o antígeno, entretanto, reações cruzadas com outras bactérias gram-negativas são
limitações (POETSCH; MARCHESINE, 2020).
Quinn et al. (2007) citam sete testes que podem ser utilizados para diagnóstico: Teste
do anel de leite para Brucella, Teste em placa com antígeno rosa de bengala, Teste de fixação
do complemento, ELISA indireto, Elisa competitivo, Teste de soro aglutinação e Teste
16

antiglobulina. Porém, no Brasil, os animais devem ser submetidos a testes sorológicos que
usem o Antígeno Acidificado Tamponado (AAT), antígeno para soroaglutinação lenta,
antígeno para teste de polarização fluorescente e o antígeno para o teste do anel em leite,
sendo o AAT o teste de rotina. Posteriormente, os animais que por ventura tenham resultado
positivo, a determinação é que os mesmos sejam submetidos ao teste confirmatório do 2-
Mercaptoetanol (2-ME). Como teste único ou confirmatório pode-se utilizar o Teste de
Polarização Fluorescente (TPF) e como apenas confirmatório o Teste de fixação de
Complento é outra alternativa (BRASIL, 2017).
Em um estudo realizado por Oliveira (2013) na Paraíba, constatou que existe a
necessidade de aprimoramento dos programas de prevenção e de intensificação dos
programas de controle, pois 1,9% dos animais testados, estavam contaminados, por ser uma
doença zoonótica de fácil disseminação, essas medidas são necessárias para evitar perdas
econômicas e também a disseminação do agente para seres humanos.

2.1.7 Prevenção e controle

É atualmente obrigatório em todo território nacional não considerado livre da


brucelose, a vacinação de fêmeas jovens de bovinos e bubalinos com vacina B19, porém, nos
bovinos, pode-se substituir pela amostra RB51 (BRASIL, 2017).
A Embrapa (2019) destaca que para o controle eficaz da brucelose, a recomendação é
vacinar novilhas com idade entre o terceiro e oitavo mês de vida, ressaltando que não se
pode esquecer a importância que tem os exames de rotina nos rebanhos, que exercem função
estratégica na prevenção.
O PNCEBT (2006) com objetivo de erradicar a doença em todo território nacional
preconiza as ações de prevenção, explicitando a vacinação em massa, sacrifício de animais
positivos, ações de desinfecção e utilização de piquetes de parições, estes dois últimos
podendo reduzir a presença de Brucella vivas no ambiente. Recomenda-se ainda uma
cobertura vacinal que alcance 80% das fêmeas, na fase de maturidade reprodutiva.

1.1 Importância em Saúde Pública

A prevenção da brucelose no ser humano é feita principalmente através do controle


de animais positivos para essa doença, também é de extrema importância ter cuidado com
17

os alimentos e evitar contato com fontes de contaminação. Apesar de a brucelose ser


endêmica no Brasil e ser uma doença reconhecida mundialmente como potente infecção em
humanos e animais, ainda não se tem uma rede organizada de Saúde Pública capaz de
identificar casos humanos no Brasil (SOARES et al., 2015).
Em frigoríficos e abatedouros públicos, a contaminação é uma possibilidade real e
fácil de ocorrer, trabalhadores entram em contato com as carcaças muitas vezes sem
equipamentos de proteção individual (EPI) adequados, principalmente em locais públicos.
As funções de trabalhadores que entram em contato direto com vísceras e sangue, foram as
que tiveram maior prevalência de casos confirmados. Também foi constatado que as
normas que exigem o abate de animais positivos para brucelose após os demais não são
cumpridas, e embora não possam ser confirmadas no estudo, indicam que pode ser um fator
de contaminação humana, já que não houve o uso adequado de EPIs (SCHNEIDER et al.,
2013).
A escassez de estudos sobre animais contaminados com brucelose que são destinados
ao abate reiteram a grande importância para saúde pública e ocupacional de pesquisas
voltadas neste setor, que devem ser realizadas rotineiramente. Mais informações devem ser
coletadas dos animais antes do abate e não apenas a confirmação da doença (SOUSA et al.,
2019).
18

2 MATERIAL E MÉTODOS

Para elaboração deste trabalho foram coletados 352 amostras de sangue de bovinos,
seguindo a fórmula descrita por Thrusfield (2007), que prevê um numero mínimo de 297
amostras, possibilitando o cálculo feito com a fórmula para amostragem simples aleatória,
possuindo um intervalo de confiança de 95%. As coletas no Abatedouro Público Municipal de
Patos/PB foram realizadas entre os meses de Abril e Maio de 2021.
Seguiu-se a seguinte sequência: Após insensibilização do animal com pistola de dardo
cativo, houve o arrasto para o local de sangria onde se deu a coleta do sangue, utilizou-se tubo
de ensaio (10mL) para coletar cerca de 7mL, seguiu-se com a identificação do animal,
atribuindo-lhe número de série, sexo e machante proprietário. A coleta foi aleatória, obtendo o
sangue de todos os animais abatidos no periodo de abate do dia, conforme a sequência de
sangria, posteriormente, obteve-se a origem de cada animal, através do Guia de Transporte
Animal (GTA).
Durante a coleta o sangue foi armazenado em caixa térmica, mantida em temperatura
abaixo de 10º C através de bolsas térmicas de gelo. Seguiu-se então para o Laboratório de
Doenças Transmissíveis, onde o sangue foi centrifugado a 1.512g por dez minutos e
posteriormente o soro (2mL) foi coletado e armazenado em microtubos à -20 °C, cada tubo
identificado com o número atribuido ao animal.
Todas as amostras de soro foram submetidas ao teste de acordo com o protocolo do
Brasil (2017), que estabelece o equilíbrio do soro e antígenos a temperatura ambiente, por
tempo superior a 30 min. devido ao soro estar congelado, foi então dispensado 30µl de soro e
30µl de antígeno na placa de vidro previamente identificadas por amostras, e misturadas até
formar um círculo de aproximadamente 2cm, seguiu-se então para agitação da placa com
movimentos ocilatórios (30 mov./min.) durante 4 minutos, por fim, foi realizado a leitura do
teste na caixa de leitura com luz indireta, sendo considerados reagentes (Figura 1), quando
observado presença de grumos e não reagentes (Figura 1) quando sem grumos.
As amostras testadas positivas no AAT foram então submetidas ao teste de 2-ME,
seguindo protocolo estabelecido pelo Brasil (2017) que determina a testagem de confirmação.
Por fim, foi realizado a leitura do teste, considerando como reação completa (Figura 2) aquela
em que o líquido da mistura soro-antígeno aparece translúcida e a agitação suave não rompe
os grumos, reação incompleta aquela em que a mistura soro-antígeno aparece parcialmente
translúcida, e uma suave agitação não rompe os grumos e reação negativa quando a mistura
19

soro-antígeno aparece opaca ou turva, e uma agitação suave não revela grumos. O valor da
prevalência foi obtido mediante cálculo de percentuais simples.

Figura 1 – A esquerda, amostra REAGENTE ao AAT (presença de


grumos), a direita, 2 amostras NÃO REAGENTES (ausência de grumos).

FONTE: Arquivo pessoal, 2021

Figura 2 - Amostra com Reação


Completa no 2-ME

FONTE: Arquivo pessoal, 2021.


20

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram analisados soros de 352 animais, destes 160 eram de femeas e 192 eram
machos. Foi observada uma frequência de soropositividade para Brucella abortus de 1,13%,
sendo todas femeas, oriundas de diferentes municípios, porém 3 destas,que correspondem a
75% do total de animais positivos, foram provenientes de municípios que compõem a região
metropolitana da cidade de Patos/PB. Ainda, foi possível a detecção de resultado positivo de
amostra com origem no município de Capoeiras, localizado no estado de Pernambuco.
Das 4 amostras positivas ao AAT, quatro (100%) foram positivas ao 2-Mercaptoetanol
(Tabela - 2).

Tabela - 2 – Amostras seguido do sexo, procedência e resultados ao teste do 2-Mercaptoetanol.


Nº da Sexo Origem Teste 2-ME
amostra 1:20 1:50 1:100 1:200
31 F São Mamede/PB P P P P

188 F Patos/PB P P - -

195 F São José dos P P P P


Espinharas/PB

233 F Capoeiras/PE P P P P

P: positivo.

A prevalência observada é preocupante e representa risco potencial de contaminação


tanto para consumidores de produtos provindos do abatedouro, como para os magarefes do
abatedouro, que entram em contato com víceras, sangue e carne dos animais, muitas vezes
sem EPI´s adequados. A confirmação de animais positivos para brucelose era esperado, uma
vez que existe aumento de prevalência de casos no estado da Paraíba nas últimas décadas,
alcançando 2% de prevalência no estado da paraíba, frente a valores inferiores anteriormente
registrados.
Embora a prevalência se mostre inferior ao apresentado no estado por Bezerra (2016),
representa um valor ainda superior quando comparado ao levantamento de 1975 demonstrado
por Paulin e Ferreira Neto (2002), que apresentaram 0,8% de prevalência no estado, ou ao
levantamento de Leite et al. ( 2003) e Figueiredo et al. (2011) que apresentaram 0,34% e
21

0,36%, respectivamente, todos estes com seus estudos voltos para B. abortus.
Foi observado no presente estudo, que 75% dos animais positivos são provenientes da
região do sertão paraibano, podendo estar relacionado ao fato de que a maior concentração de
rebanhos bovinos no estado está justamente concentrada nessa região, sendo descrito como a
região com maior número de notificações para essa enfermidade entre 2006-2015 (ALVES
JÚNIOR, 2017). Para Silva (2018), tais resultados podem estar relacionados ao baixo índice
de cobertura vacinal, onde se espera um mínimo de 80% para fêmeas de 3 a 8 meses de idade,
porém em 2018, o indice vacinal na Paraíba para fêmeas com esta idade foi de apenas 28,7%
(BRASIL, 2020), bem abaixo do índice ideal.
De acordo com a portaria da SEDAP nº62/2008 que condiciona o transporte de
bovinos e bubalinos fêmeas, a adesão da propriedade ao PNCEBT (PARAÍBA, 2008), pode-
se presumir que existe ineficiência não somente na cobertura vacinal, mas também na
fiscalização ineficiente por parte do estado, tendo em vista os resultados positivos observados
nesse estudo.
Um fator muito preocupante é o descaso com a subnotificação dos casos existententes,
sempre citada nos trabalhos, como em Figueiredo et al. (2011); Bezerra (2016) e Alves Júnior
(2017), sendo um problema aparentemente tido como corriqueiro e normal, que torna
ineficiente e não confiável os dados oficiais.
22

4 CONCLUSÃO

Com base nos resultados deste estudo, conclui-se que a soroprevalência para para B.
abortus no abatedouro público municipal, apesar de relativamente baixa representa risco à
Saúde Pública. Este dado é preocupante, tendo em vista que os animais são destinados
imediatamente para os consumidores finais, onde soma-se também ao contato direto que os
magarefes possuem com as carcaças e vísceras dos animais contaminados, representando altos
riscos à saúde desses profissionais.
Portanto, ressalta-se a necessidade de investimento na fiscalização, concientização e
estabelecimento de programas mais efetivos para o controle e notificação dos casos.
23

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