Você está na página 1de 19

0

FACULDADE DE IMPERATRIZ - FACIMP WYDEN


CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AYLANA SHAENE ROCHA DE MORAIS

BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Medicina Veterinária da Faculdade
Facimp Wyden, como requisito parcial para
obtenção do título de Médica Veterinária.

Orientador(a): Prof. Esp. Xxxxxxx (OU Prof.


Me. OU Prof. Dr. OU Profª.Me. OU
Profª.Dra.)

IMPERATRIZ
2023
1

AYLANA SHAENE ROCHA DE MORAIS

BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO DE LITERATURA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Medicina Veterinária da Faculdade
Facimp Wyden, como requisito parcial para
obtenção do título de Médica Veterinária.
Aprovada em __/__/__

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________
Profa. Dra. Tercya Lúcidi de Araújo Silva (Orientadora)
Doutora em
Faculdade Facimp Wyden

_________________________________________________________
Prof. Msc. Xxxxxxxxxxx (Examinador I)
Especialista em xxxxxx
Faculdade Facimp Wyden
FICHA CATALOGRÁFICA
envie seu trabalho completo para o e-mail: biblioteca-
_________________________________________________________
facimp@facimp.edu.br e faça a solicitação.
Prof. Msc. Xxxxxxxxxxx (Examinador II)
Especialista em xxxxxx
Faculdade Facimp Wyden
2

BRUCELOSE BOVINA: REVISÃO DE LITERATURA

Aylana S. R. de Morais1
Tercya Lúcidi de Araújo Silva2
3

Introdução: A brucelose bovina é uma enfermidade infectocontagiosa de caráter crônico,


podendo acometer os humanos, visto seu caráter zoonótico. É uma doença de importância
econômica da pecuária, sendo responsável por causar prejuízos econômicos ao sistema
produtivo. Objetivo: Este trabalho teve como objetivo descrever a relação da brucelose
bovina com a saúde pública e ressaltar sua importância econômica enfatizando o seu impacto
para a cadeia produtiva da pecuária. Metodologia: Os dados foram obtidos mediante uma
revisão bibliográfica de literatura, realizada por meio de artigos nas bases de dados: MAPA,
OIE, PUBVET, SCIELO, BVS, OMS e Periódicos Capes. Resultados: Nos bovinos, a
brucelose é provocada pela bactéria brucella abortus, comprometendo o sistema reprodutivo,
apresentando como sinais clínicos parto prematuro, nascimento de bezerros fracos ou aborto .
O aborto é comumente ocorrido no terço final da gestação, causando retenção de placenta,
metrite e esterilidade permanente. Após abortarem pela primeira vez, tornam-se portadoras
crônicas, eliminando a Brucella spp por meio da urina e descargas uterinas durante os partos
subsequentes e pelos machos, através do sêmen. Nos humanos, a infecção ocorre pela
manipulação de restos de aborto e animais recém nascidos, ou por contato com secreções e
excreções vaginais, além de carcaças de animais contaminados. A brucelose é considerada de
importância socioeconômica para a saúde pública com consequência no comércio
internacional de animais e seus produtos e é classificada como doença de notificação
obrigatória pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Conclusão: Portanto, devido
à sua importância epidemiológica, sanitária e econômica, foi criado o Programa Nacional de
Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose - PNCEBT, com campanhas de vacinação
obrigatória para animais fêmeas de 3 a 8 meses de idade.

1
Acadêmico(s) do ..... período do curso de ...... da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, endereço
eletrônico.
2
Orientador, Titulação, Professor do curso... da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, endereço
eletrônico.
3
Co-orientador, Titulação, Professor do curso... da Faculdade de Imperatriz – FACIMP WYDEN, endereço
eletrônico.
3

Palavras-chave: Brucelose bovina; Pecuária; Zoonose; Economia; saúde animal

Abstract: Versão em Língua estrangeira do resumo do artigo. Este resumo deve ser redigido e
não apenas traduzido por meio eletrônico.

Keywords: Devem ser redigidas na linha abaixo do resumo. Devem conter no mínimo três
palavras e no máximo cinco e serem redigidas em Time New Roman, tamanho 12,
espaçamento 1,5 entre linhas, com inicial maiúscula e devem estar separadas entre si, por
ponto.
4

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivo específico
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Brucelose bovina
3.2 Etiopatogenia
3.3 Aspectos epidemiológicos
3.4 Importância para a saúde pública
3.5 Importância econômica
3.6 Sinais clínicos
3.7 Diagnóstico
3.8 Método direto
3.9 Métodos indiretos
3.10 Mecanismo de transmissão
3.11 Prevenção e controle
4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIAS
5

1 INTRODUÇÃO

A Brucelose bovina é uma doença infectocontagiosa crônica causada pela bactéria


Brucella spp, mundialmente distribuída fazendo com que seja uma relevante zoonose. A
bactéria do gênero Brucella é a que acomete diversas espécies animais e o homem, resultando
em problemas sanitários e prejuízos econômicos significativos aos sistemas de produção.
Devido ao seu potencial zoonótico e importância para o comércio internacional, a brucelose é
uma doença de notificação obrigatória ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA, 2023) e também para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE,
2023).
O gênero Brucella é um parasita que depende de hospedeiros para a sua manutenção e
reprodução. A infecção geralmente se localiza no sistema retículo endotelial e no trato genital
dos hospedeiros, tendo como manifestações clínicas mais comuns o aborto nas fêmeas e
orquite nos machos (SILVA, 2023). Associados aos abortos, a alta frequência de natimortos e
bezerros nascidos debilitados, que geralmente morrem ou têm seu crescimento prejudicado,
reduzem o número de animais para comercialização. As perdas provenientes da infecção por
B. abortus estão relacionadas à baixa eficiência reprodutiva dos animais, com consequente
diminuição da produção do rebanho ( CARVALHO, 2014).
Nos trópicos e em países com poucos investimentos nas áreas de produção de leite e
de carne a sua incidência é considerada alta (DUTRA,2015). A transmissão da doença é
influenciada pelos níveis de vacinação, tamanho do rebanho, condições das instalações, uso
de baias de maternidade, densidade populacional, aquisição de animais infectados, além do
compartilhamento de pastagens, água e alimentação com outros animais já infectados
(SOBRINHO, et, al., 2018).
A Organização Mundial da Saúde (2023) salienta que nos humanos, a brucelose é
responsável por incapacidade ou diminuição no rendimento profissional, atingindo
principalmente trabalhadores que manejam animais infectados, ou seja, vaqueiro, médico
veterinário, produtores de carne, leite e queijo; trabalhadores de frigorífico e trabalhadores de
laboratórios.
No ponto de vista econômico, a brucelose bovina é uma doença potencialmente
devastadora, que acarreta prejuízos econômicos consideráveis no rebanho bovino. Estima-se
que a doença cause uma redução de 20 a 25% da produção leiteira em decorrência dos
6

abortos, da mortalidade de bezerros e de problemas de fertilidade (JÚNIOR, 2022), além


disso, compromete a produção de carne, resultando em perdas significativas na produtividade
dos rebanhos, além de seus impactos no comércio internacional e o risco para a saúde pública
(REZENDE, 2023).
O médico veterinário possui relevância na instrução dos produtores sobre a vacinação,
manejo de animais acometidos e sua importância econômica. Sendo assim, este estudo teve
como objetivo, fazer uma revisão bibliográfica sobre a Brucelose bovina, enfatizando a sua
relação com a saúde pública, somando a importância econômica para a pecuária bovina, além
da importância do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
(PNCEBT).
7

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Realizar uma revisão literária sobre a brucelose bovina, enfatizando a sua relação com
a saúde pública, somando a importância econômica para a pecuária.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


● Descrever a sua relação com a saúde pública, em função do seu caráter zoonótico.
● Ressaltar a importância econômica da brucelose bovina enfatizando o seu impacto
para a cadeia produtiva da pecuária;
● Reforçar o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose -
PNCEBT, criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
8

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Brucelose bovina

A brucelose é uma antropozoonose, uma doença que se transmite dos animais para
humanos, causada por bactérias intracelulares facultativas do gênero Brucella, que infectam o
sistema mononuclear fagocitário (LORENZÃO, at al 2014). De acordo com Ribeiro (2023) a
brucelose é epidemiologicamente no Brasil é endêmica, afetando bovinos e bubalinos
(RIBEIRO, 2023). Existem nove espécies de Brucella, cada espécie possui hospedeiro de
preferência, mas não é exclusiva, podendo infectar outros animais: B.abortus, bovinos e
bubalinos; B.melitensis, caprinos e ovinos; B.suis, suínos; B.ovis, ovinos; B.canis, canídeos;
B.neotomae e B.microti, roedores silvestres; e as espécies B.ceti e B.pinnipedialis, mamíferos
marinhos (Bartoli, et al 2014).
As bactérias do gênero Brucella são coco-bacilos Gram negativos, não esporulados,
não capsulados e intracelulares facultativos. Embora permaneçam no meio ambiente, não se
reproduzem nele sendo moderadamente sensíveis aos fatores ambientais. A durabilidade
diminui quando a temperatura e a luz solar direta aumentam ou a umidade diminui. (LEAL
FILHO, 2013).
Os bovinos são o hospedeiro natural de B. abortus mas também são infectados por B.
melitensis e B.suis. A B. melitensis tem como hospedeiro principal os pequenos ruminantes
estes podem, mesmo que raramente, ser infectados com B. abortus e B.suis. Os ovinos têm
ainda possibilidade de ser infectados por B. ovis. Os canídeos e suínos, para além das suas
espécies de Brucella caraterísticas podem também ser afetados por B. abortus e B. melitensis
(CORBEL, 2006).
Os organismos Brucella são mais comumente encontrados no útero de animais
prenhes. Fetos abortados, membranas placentárias e secreções uterinas são as principais fontes
de infeção. Os organismos que trespassam para o leite de animais infectados podem infectar
recém-nascidos. O organismo pode sobreviver vários meses no ambiente, principalmente em
ambientes frios e úmidos (KHURANA ET AL.)
9

3.2 Etiopatogenia

A brucelose é uma doença de evolução crônica, causada por microrganismos do


gênero Brucella, cocobacilos gram negativos imóveis e encontram-se em geral isolados e, em
menor frequência, aos pares, unidos pelas extremidades ou em pequenos grupos. Não formam
cápsulas, esporos ou flagelos. São aeróbios, mas algumas cepas requerem um complemento
de 5 a 10% de CO2 para seu crescimento, sendo considerados parasitas intracelulares
facultativos (DUTRA, 2015). De acordo com Aires (2018), ela não é resistente ao álcool e são
inativadas pela pasteurização entre 10 e 15 segundos.
A B. abortus geralmente entra no corpo hospedeiro através da mucosa oral ou nasal.
Logo após a penetração na membrana, as bactérias se multiplicam e são fagocitadas. De modo
geral, quando adentra no trato digestivo, os linfonodos são um dos principais pontos-chave de
multiplicação do agente. Uma das características da infecção por Brucella é que as bactérias
podem resistir aos mecanismos de destruição de células fagocitárias e sobreviver dentro de
macrófagos por longos períodos. Essa localização intracelular é um dos mecanismos de
escape do sistema imunológico, pois protege a Brucella de anticorpos específicos. Após a
multiplicação é transportada, livre ou dentro de macrófagos, para os linfonodos regionais
(MAPA, 2006).
A brucella se espalha para órgãos reprodutivos, como o útero gravídico das fêmeas e
os testículos, epidídimo e vesícula seminal dos machos. A predileção pelo útero durante a
gestação se deve à sua produção do hormônio eritritol. O eritritol atrai as brucelas e funciona
como fator estimulante para o seu crescimento. Este hormônio é encontrado apenas em
bovinos, caprinos, ovinos, suínos e caninos, e está associado à ocorrencia de abortos
(BARTOLI, et al 2014). As brucelas têm afinidade pelo eritritol, um açúcar que está presente
na placenta principalmente no terço final da gestação, gerando um processo inflamatório que
modifica a junção materno-fetal e causa o abortamento (GOMES,2021).
O desenvolvimento da doença vai depender da imunidade do animal. Os animais
jovens, parecem ser mais resistentes à infecção, antes da puberdade. Se o animal não estiver
prenhe, B. abortus geralmente infecta os gânglios linfáticos e as glândulas mamárias. Quando
o animal se torna gestante, as bactérias chegam ao útero, onde apresentam alto tropismo,
causando aborto. Na primeira gestação após a infecção, o animal aborta, contudo, o aborto
ocorre com menos frequência na segunda gestação após infecção e raramente na terceira
10

gestação. Isso se deve principalmente ao desenvolvimento de uma resposta imune celular nos
animais, que reduz a área e a intensidade das lesões. Como resultado, a manifestação clínica
passa a ser natimortos ou o nascimento de bezerros fracos (SANTOS,2015).
IMAGEM…

2.3 Aspectos Epidemiológicos (Revisar)

A brucelose encontra-se distribuída mundialmente e é considerada uma das principais


zoonoses existentes. Por mais que alguns países da região norte e central da Europa, Austrália,
Japão e Nova Zelândia, esta já tenha sido erradicada, a doença continua reemergente, gerando
grandes problemas sanitários e econômicos em países da América do Sul, África, Oriente
Médio e Ásia (SOLA et al., 2014). No Brasil, a brucelose é endêmica, porém apresenta dados
bastante diferenciados face à dimensão territorial e às características próprias de cada região.
Em 2001, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento instituiu o Programa
Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), que
consiste em um conjunto de medidas sanitárias estratégicas buscando redução da prevalência
e incidência da brucelose (BRASIL, 2006).
A maioria dos países europeus já estão livres da brucelose, bem como alguns estados
americanos. Porém, a enfermidade ainda ocorre na maior parte da América Latina,
especialmente em países com grandes rebanhos bovinos, como Brasil, Argentina e México
(ACHA & SZYFRES, 2001). Percentual na América latina, Brasil, Nordeste, Maranhão.

2.4 Importância econômica

Segundo a Embrapa (2023), a bovinocultura de corte é uma das atividades econômicas


mais importantes do agronegócio brasileiro, destacando o Brasil como um dos mais
importantes produtores de carne bovina no mundo, fazendo com que ele chegasse ao mercado
de mais de 150 países. Em 2015 o Brasil se posicionou com o maior rebanho (209 milhões de
cabeças), o segundo maior consumidor (38,6 kg/habitante/ano) e o segundo maior exportador
(1,9 milhões toneladas) de carne bovina do mundo, com mais de 39 milhões de animais
abatidos.
Ao mesmo passo que o Brasil busca aumentar seus índices de produtividade, sente a
necessidade de melhorar a qualidade de seus produtos, principalmente a sanitária, uma vez
que saúde animal e humana são intrinsecamente relacionadas (CONCEIÇÃO, 2017). Por esse
11

motivo e devido à dimensão continental do Brasil e consequentemente o percentual do


rebanho bovino, a ocorrência da Brucelose bovina pode ocasionar perdas econômicas, tais
como: a imposição de barreiras sanitárias e tarifárias ao comércio internacional de produtos de
origem animal, provocar perdas no rendimento industrial com a condenação do leite e da
carne provenientes de animais infectado. (SOBRINHO, et al 2018).
Em bovinos e bubalinos, a brucelose afeta particularmente o trato reprodutivo e causa
perdas diretas, principalmente devido a abortos, baixas taxas reprodutivas, intervalos mais
longos entre partos, redução da produção de leite, morte de bezerros e ruptura de linhagens
genética. As características da doença reduzem o valor comercial dos animais na propriedade.
As regiões onde a doença é endêmica estão em desvantagem na competição por novos
mercados. Segundo estimativas, a brucelose é responsável por uma diminuição de 25 % na
produção de leite e carne e por uma diminuição de 15 % na produção de bezerros. Também
mostra que uma em cada cinco vacas infectadas, uma aborta ou torna-se estéril (mapa, 2006).

2.5 Importância para a saúde pública

A brucelose é considerada uma das zoonoses mais comuns do planeta, de ampla


distribuição e significância mundial, apresentando alta prevalência em alguns países e regiões.
Os seres humanos são apenas alguns dos possíveis hospedeiros, e pode ser transmitida por
contato direto ou indireto com animais e seus produtos derivados contaminados, neste caso,
hospedeiros finais. A doença é responsável por incapacidade ou diminuição do rendimento
profissional, atinge principalmente trabalhadores que manejam animais e da cadeia de
produção de laticínios, carnes e seus derivados. Acometendo com maior frequência aos
trabalhadores rurais (ex: vaqueiros, boiadeiros, vacinadores, tratadores de animais, produtores
de carne, leite e queijo), veterinários, trabalhadores de frigorífico (ex. abatedores) e
trabalhadores de laboratórios (OMS, 2023).
A sua disposição depende do estado imunológico, das vias de infecção, e quantidade
do inóculo. Geralmente a B. melitensis e B. suis são mais virulentas para humanos quando
comparadas a B. abortus e B. canis, embora complicações graves podem ocorrer independente
da espécie envolvida. A brucelose pode ser conhecida nos humanos como febre ondulante,
doença das mil faces, febre de Malta, febre de Gibraltar,febre intermitente do Mediterrâneo,
febre de Bang, febre napolitana e melitococia. (Lawinsky MLJ,et al., 2010).
O período de incubação da brucelose varia de uma a cinco semanas, podendo
12

prolongar-se por meses, sendo a doença septicêmica de início repentino ou insidioso. A


manifestação dos sinais clínicos mais comuns na fase aguda são: febre contínua ou
intermitente, sudorese noturna, mal-estar, anorexia, calafrios, dores musculares e abdominais,
insônia, cefaléia, astenia, deficiência neuropsiquiátrica com irritabilidade, nervosismo,
depressão, e na ausência de tratamento específico, podem persistir por semanas ou meses.
Estas manifestações clínicas são responsáveis por incapacidade parcial ou total de trabalhar
(CONCEIÇÃO, 2017). De acordo com Bartoli (2014) a B.melitensis é a espécie mais
patogênica e invasora para o homem, seguida de B.suis, B.abortus e B.canis, embora a
B.abortus seja a mais frequente causadora de infecções humanas no mundo.

2.6 Sinais Clínicos (REVISAR)

Segundo Sola (2014) a infecção por brucelose provoca parto prematuro ou aborto nos
bovinos. Além disso, os animais infectados apresentam uma placentite necrótica, sendo
comum a retenção de placenta. Após o primeiro aborto, são mais freqüentes a presença de
natimortos e o nascimento de bezerros fracos. O feto geralmente é abortado 24 a 72 horas
depois de sua morte, sendo comum sua autólise. Não há nenhuma lesão patognomônica da
brucelose no feto abortado, mas, com freqüência, observa-se broncopneumonia supurativa.
Nos rebanhos com infecção crônica, os abortos concentram-se nas fêmeas primíparas
e nos animais sadios recentemente introduzidos. Nos machos existe uma fase inflamatória
aguda, seguida de cronificação, frequentemente assintomática. As bactérias podem instalar-se
nos testículos, epidídimos e vesículas seminais. Um dos possíveis sinais é a orquite uni ou
bilateral, transitória ou permanente, com aumento ou diminuição do volume dos testículos.
Em outros casos, o testículo pode apresentar um aspecto amolecido e cheio de pus. Lesões
articulares também podem ser observadas (MAPA, 2006).
Bursite cervical em bovinos também foi relacionada devido à brucelose (de Macedo et
al.2019). No feto abortado, são observadas lesões como: edema, congestão pulmonar,
hemorragias do epicárdio e da cápsula esplênica. Portanto, o nascimento de bezerros
subdesenvolvidos ou morte fetal é decorrente à interferência da função placentária e/ou
endotoxinas da B. abortus. A bactéria é frequentemente encontrada no estômago e pulmões
dos fetos abortados ( GOMES, 2013).
13

2.7 Diagnóstico (REVISAR)

O diagnóstico da brucelose pode ser feito por meio de exames complementares e


associação dos sinais clínicos (aborto, infertilidade ou o nascimento de bezerros fracos),
(LAGE et al., 2008). De acordo Poester (2013), todo aborto deve ser considerado como
suspeita da brucelose e por isso deve ser avaliado. O diagnóstico direto da brucelose é feito
pelo isolamento e identificação da bactéria. Contudo, quando houver situações onde este tipo
de exame não for possível ser realizado, o diagnóstico deve ser baseado em métodos
sorológicos.
O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose
(PNCEBT) (Manual, 2006), são aceitos hoje como testes sorológicos oficiais, o teste do
Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e o teste do Anel em Leite (TAL) considerados
como testes de triagem. Os soros com resultado positivo no AAT, devem ser submetidos aos
testes confirmatórios do 2-Mercaptoetanol (2ME) e/ou Fixação Página 12 de 17 do
Complemento (FC). Os resultados positivos no teste do anel, devem ser investigados por
testes sorológicos. A combinação de testes de triagem e confirmatórios tende a aumentar a
qualidade do diagnóstico (BRASIL, 2004).
A principal porta de transmissão aos seres humanos é através de produtos lácteos crus,
indevidamente pasteurizados ou não pasteurizados e do contato com tecidos ou secreções
infectadas (Moreno 2014 ).

2.8 Mecanismo de Transmissão (REVISAR)

A principal via de infecção de Brucella spp. no organismo é a oral, além do trato


respiratório, pele, conjuntivas e trato genital (ACHA, SZYFRES, 2001). Há um
favorecimento da transmissão de brucelose pelo próprio hábito dos bovinos de lamber e
cheirar as crias ou fetos abortados por outros animais (NICOLLETTI, 2002; SILVA et al.,
2005; MINHARRO, 2009), as fêmeas após abortarem pela primeira vez, se tornam portadoras
crônicas, eliminando a Brucella spp., nos dejetos que seguem o aborto ou o parto, ou através
do colostro e do leite (PACHECO, 2007; MIYASHIRO et al, 2007), pois as fêmeas prenhes
são mais sensíveis e permanecem cronicamente infectadas devido à permanência das Brucella
14

spp nos linfonodos, útero e úbere (SIKUSAWA, 2004).


A transmissão da brucelose pelos touros através da monta natural é pouco frequente,
pois a vagina apresenta barreiras que dificultam a colonização do micro-organismo. Porém a
inseminação artificial, com sêmen contaminado por B. abortus é altamente infeccioso, pois o
mesmo é depositado dentro do útero, onde não existem estas barreiras inespecíficas. A
transferência de embriões, desde que realizada conforme recomendações internacionais, é
uma técnica segura para o controle da brucelose (CAMPERO, 1993).

2.9 Controle e prevenção

Ao mesmo passo que o Brasil busca aumentar seus índices de produtividade, sente a
necessidade de melhorar a qualidade de seus produtos, principalmente a sanitária, uma vez
que saúde animal e humana são intrinsecamente relacionadas (CONCEIÇÃO, 2017).
Assim como na maioria das enfermidades, o controle e a possibilidade de erradicação
da brucelose requerem ações efetivas em todos os níveis do serviço público, além do
engajamento da iniciativa privada. A detecção precoce e a notificação, assim como o
compartilhamento de informações entre países, são pontos chave para uma pronta resposta,
tanto em âmbito nacional quanto global (AIRES, et al 2018).
15

Os programas de segurança alimentar e de sanidade animal, com enfoque nas etapas


de produção, propiciam um controle de qualidade efetiva para toda a cadeia alimentar, desde a
produção envolvendo a profilaxia e erradicação de doenças, o armazenamento, e a
distribuição do alimento in natura, requisitos estes fundamentais para que o país possa manter-
se como exportador competitivo no mercado (DIAS e CASTRO 2011; DIAZ, 2011).
Estratégias de controle desta doença incluem vigilância, prevenção da transmissão e
controle do reservatório de infecção por diferentes métodos, incluindo o abate (Rahman et
al.2011; ; Durrani et al.2020). A vacina contra a brucelose em animais desempenha um papel
crucial no manejo da doença tanto em animais quanto em humanos. As Brucella spp. mais
comuns, ou seja, a estirpe 19, RB51 são amplamente utilizadas como estirpes de vacina para
proteger contra a infecção por Brucella e abortos relacionados no gado. No entanto, a sua
utilização noutros animais susceptíveis necessita de mais estudos e requer o desenvolvimento
de novas vacinas eficazes num futuro próximo (Masjedian Jezi et al. 2019 ).
Os fatores que são considerados para à prevalência e disseminação da brucelose são o
número de animais no rebanho, ausência de piquete maternidade na propriedade, ausência de
vacinação, sexo, idade reprodutiva e a introdução de animais cuja condição sanitária é
desconhecida. (BRASIL, 2006; SOLA et al., 2014). O controle do trânsito de animais de
reprodução e a certificação de propriedades livres da enfermidade por meio do diagnóstico,
sacrifício dos animais positivos e a adoção de ações sanitárias são meios de controle da
brucelose que tem como objetivo a redução do número de focos da doença (PAULIN &
FERREIRA NETO, 2003). Além de medida compulsória de vacinação em massa das fêmeas
jovens com idade entre três a oito meses, como preconiza o PNCEBT (BRASIL, 2006; SOLA
et al., 2014). A vacinação tem o objetivo de reduzir a prevalência da doença a baixos custos.
A vacina B19 é amplamente empregada nos programas de controle da brucelose em diversos
países, inclusive no Brasil (BRASIL, 2006; RIBEIRO et al., 2008).
De acordo com o PNCEBT (Brasil, 2004), a vacina B19 deve ser aplicada somente nas
fêmeas entre 3 e 8 meses de idade. A restrição na idade de vacinação das fêmeas é devido à
interferência na sorologia em animais vacinados acima deste período, confundindo o
diagnóstico. Em função disto, as fêmeas vacinadas dentro da idade recomendada, só poderão
ser testadas depois dos 24 meses de idade. O programa brasileiro permite, em situações
especiais, o uso da vacina RB51 em fêmeas adultas.
(citar o mapa).
16

3 METODOLOGIA

Aqui, presentam e descrevem os métodos; as técnicas e os instrumentos de coleta de


dado. Devem ser descritas todas as características sobre coleta de dados, processamento dos
dados, critérios de inclusão, exclusão e aspectos éticos.
O presente trabalho foi realizado por meio de trabalhos científicos, encontrados no
google acadêmico, Scielo

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Apresentam os dados encontrados na parte experimental


Para Acevedo e Nohara (2004, p. 65) “A discussão significa analisar os dados
expostos no capítulo de resultados e relacioná-los com as pesquisas anteriores apresentadas na
revisão bibliográfica. [...] a discussão sempre remete ao problema, aos objetivos e hipóteses
que foram apresentados na introdução”.

4 CONCLUSÃO

Os títulos das diferentes seções do artigo devem ser em fonte Times New Roman,
estilo normal, tamanho 12, em negrito, alinhamento à esquerda, numerados em algarismos
arábicos (por exemplo: 1 INTRODUÇÃO). Cada título (seção primária) deve ser grafado
com caracteres maiúsculos. Todos os títulos devem ser redigidos duas linhas após o último
parágrafo da seção anterior (pular uma linha).
Os títulos das tabelas, quadros, figuras e gráficos deverão ser colocados na parte
superior dos mesmos e numerados consecutivamente, usar fonte 12 e alinhamento
centralizado. Indicar a Fonte abaixo das tabelas, quadros, figuras e gráficos usando fonte
tamanho 10, se houver legenda segue esta mesma formatação, conforme normas da ABNT e
IBGE.
As imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza, e recomenda-se que
tenham resolução de qualidade gráfica (300 dpi). Fotos e desenhos devem estar digitalizados e
no formato jpeg.
As fontes das citações no corpo do texto devem seguir as normas da ABNT/NBR
17

10.520:2002 (Nome do autor, todo em letra maiúscula quando dentro de parênteses). Quando
o autor estiver chamado no texto, ou seja, quando estiver fora do parêntese, deve-se grafar
apenas a letra inicial maiúscula.
Este tópico trata da recapitulação sintética dos resultados da pesquisa, do alcance e as
suas contribuições, bem como seu possível mérito. Deve ser breve e basear-se em dados
comprovados, bem como apresentar as conclusões correspondentes aos objetivos e às
hipóteses.

REFERÊNCIAS

As referências são alinhadas somente à margem esquerda, fonte Times New Roman,
tamanho 12, em espaço simples e separadas entre si por um espaço branco. O título da obra
deverá ser grafado em negrito. Caso haja subtítulo, após os dois pontos (:) grafar sem negritar.
Quando a obra estiver na primeira edição, não identificar na referência. Quando se tratar de
obras que já estejam na segunda ou mais edição, deve-se seguir a edição logo após o título da
obra, observando o seguinte exemplo: “4.ed.”
Outras dúvidas devem ser dirimidas através da NBR 6023/2018.

ATENÇÃO:
1) NÃO esqueça de formatar seu arquivo utilizando este modelo.
2) NÃO esqueça de EXCLUIR as indicações das normas em cada um dos itens. Assim, ao
inserir o título ou o resumo, por exemplo, delete as instruções e coloque apenas seu título,
resumo, etc. O mesmo no corpo do artigo (Introdução, Relato de caso, etc.)
3) Antes de submeter o arquivo, lembre-se de salvá-lo em formato doc.

APÊNDICE A – TÍTULO

(Utiliza-se um espaço de 1,5 entre linhas, antes e após os títulos de capítulos).


18

Item elaborado pelo próprio autor do artigo e que serve para complementar a sua
argumentação.
Deve ser identificado pela palavra APÊNDICE, letra maiúscula consecutiva, seguida de
alfabetação e travessão - Título do apêndice.

ANEXO A – TÍTULO

(Utiliza-se um espaço de 1,5 entre linhas, antes e após os títulos de capítulos).

Item constituído por documentos complementares ao texto do artigo e que não são elaborados
pelo autor do mesmo, servindo para fundamentação, de comprovação e de ilustração ao
estudo.
Deve ser identificado pela palavra ANEXO, letra maiúscula consecutiva, seguida de
alfabetação e travessão - Título do anexo.
A brucelose acomete principalmente os bovinos e bubalinos, conhecida nos animais
como: Aborto Infeccioso, Aborto Contagioso e Doença de Bang e no homem, chamada de
Febre de Gibraltar, Febre de Malta e Febre Ondulant.

Você também pode gostar