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SÍNDROME RESPIRATÓRIA E REPRODUTIVA DOS SUÍNOS – REVISÃO

DE LITERATURA

Giovanna Oliveira Costa¹, Thiara Dayane de Souza¹, Thamara Venâncio de


Almeida2
1
Discentes do curso de medicina veterinária - UNIFIMES (e-mail: giovanna-
oliver@live.com)
2
Docente do curso de medicina veterinária – UNIFIMES

Medicina Veterinária Preventiva

A síndrome respiratória e reprodutiva dos suínos (PRRS) é uma enfermidade


relativamente nova e de caráter contagioso e agudo. Faz-se importante devido seu
impacto econômico pela qual gera grandes perdas e prejuízo econômico na
suinocultura. A mesma é caracterizada pela associação de problemas reprodutivos e
respiratórios (1). Trata-se de uma revisão bibliográfica onde utilizou-se as bases de
dados do Science Direct e Scielo, buscando artigos referentes a síndrome
reprodutiva e respiratória dos suínos, os dados coletados para a elaboração do
trabalho, baseiam-se no período entre de 22 de julho a 05 de agosto do ano de
2020, sendo esta pesquisa limitada a artigos publicados no período de 1996 a 2017.
A PRRS é uma enfermidade vírica, aguda e de descoberta recente. Em 1991, no
Instituto Central de Veterinária de Lelystad, através de um feto de suíno abortado, foi
isolado pela primeira vez o vírus que possibilitou reproduzir experimentalmente a
doença (1). A infecção ocorre principalmente por contato direto com secreções de
animais já infectados, seguida por aerossóis, sendo propiciada por condições de alta
umidade e baixas temperaturas. O vírus pode permanecer por vários meses em
animais infectados e ser eliminado através de secreções como saliva e sêmen. Em
relação ao sistema respiratório, os primeiros distúrbios têm aparecimento
diretamente relacionado com a idade dos animais e podem aparecer de 1 a 5 dias. A
patogenicidade do vírus da PRRS é classificada em dois grupos: baixa e alta. No
sistema reprodutivo, o vírus atravessa a placenta com grande habilidade, e há
possibilidade de que este alcance a mesma carregado por macrófagos devido à
diminuição da barreira sanguínea, sendo a infecção após 90 dias de gestação a de
maior frequência (2). Através da patogenicidade do vírus causador da PRRS é
possível distinguir os sinais clínicos apresentados. Em relação ao sistema
reprodutivo, o vírus ocasiona problemas reprodutivos nas fêmeas, causando
abortos, fetos mumificados e natimortos. No sistema respiratório, os problemas
ocasionados são semelhantes ao da influenza e podem estar presentes em qualquer
faixa etária (3). No diagnóstico diferencial são citadas enfermidades como:
parvovirose suína, infecção por enterovírus suíno, doença de Aujeszky e peste suína
africana (4). Em relação à vacinação, deve-se tomar cuidado ao utilizar em locais
enzoóticos pois sua capacidade de mutação e sua biologia imunológica podem
ocasionar reações indesejadas. Sobre as vacinas atenuadas, experimentos
demonstram redução na quantidade de vírus encontrados em pulmões e no sangue.
As vacinas vivas apresentaram acentuada diminuição da viremia e quantidade de
vírus no sêmen (5). A síndrome reprodutiva e respirátória dos suínos possui como
consequências perdas relacionadas a diminuição do número de animais por ano,
podendo haver prejuízos de até 55% da renda da granja. No Brasil ainda não há
relatos de casos da síndrome mas é de extrema importância que todo material
importado (animal ou sêmen) seja advinda de granjas soronegativas para o vírus da
PRRS, além da criação de programas de vigilância específico para a PRRS e
estudos epidemiológicos rigorosos sobre a síndrome.

Palavras-chave: Infecção. Patogenicidade. Sêmen. Vírus

Referências:

(5) BARCELLOS, David Emilio Santos Neves de et al. Relação entre ambiente,
manejo e doenças respiratórias em suínos. Acta scientiae veterinariae. Porto
Alegre, 2008.
(3) GENZOW, M. SCHWARTZ, K. GONZALEZ, G. ANDERSON, G. CHITTICK, W.
The effect of vaccination against porcine reproductive and respiratory syndrome vírus
(PRRSV) on the porcine circovirus-2 (PCV-2) load in porcine circovirus associated
disease (PCVAD) affect pigs. Canadian jornal of vaterinary research, Ottawa, V.
73, p. 149, 2009.
(1) MASSA, Rafael et al. Situação atual da disseminação do vírus da síndrome
reprodutiva respiratória em suínos (PRRSV) no mundo e os perigos de introdução no
Brasil. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, v. 8, n. 2, p. 112-131,
2014.
(2) PADILHA, Joselaine Bortolanza et al. Mortalidade embrionária e fetal em suínos:
uma revisão. Nucleus Animalium, v. 9, n. 1, p. 7-16, 2017.
(4) TONG, Guang-Zhi et al. Highly pathogenic porcine reproductive and respiratory
syndrome, China. Emerging infectious diseases, v. 13, n. 9, p. 1434, 2007.

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