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Safesui

ourofinosaudeanimal.com

Circovírus
A definição de vacina contra
a circovirose foi atualizada.
Alinhada ao propósito de reimaginar a saúde animal e com o
objetivo de proporcionar uma inovação integrada à realidade da
suinocultura nacional, a Ourofino desenvolveu a primeira vacina
PCV2b do país. Elaborada a partir de isolado brasileiro e com
adjuvante aquoso de dupla fase, características que promovem
eficácia, segurança e menor risco de falha vacinal em comparação
às demais vacinas PCV2a, Safesui Circovírus apresenta uma
forma avançada de combater e controlar a circovirose.
Atualização
Circovírus
Introdução e Características
da Circovirose suína
Capítulo 1

Introdução e
Características da
Circovirose suína
Andrea Panzardi
Especialista Técnica Biológicos - Ourofino Saúde Animal

Introdução motivo, este agente foi subdividido em dois


diferentes tipos: PCV1 (vírus não patogênico)
e PCV2 (vírus patogênico) (Hamel et al., 1998;
A primeira descoberta do circovírus (PCV) Meehan et al,.1998).
ocorreu através de um contaminante la- Apesar da circovirose (PCV) não ser uma
boratorial de células renais suínas (PK-15) enfermidade recente, ela continua sendo
(Tischer 1974) o qual mesmo isolado em perfis um grande desafio para a produção de suí-
sorológicos não foi atribuído doença, sendo nos, estando entre as três (3) enfermidades
denominado PCV não patogênico. de maior impacto econômico, uma vez que
Dezessete anos mais tarde (1991) uma nova ele abre portas para doenças secundárias
enfermidade foi diagnosticada em suínos em decorrência da imunossupressão causa-
denominada de Síndrome Multissistêmica da pela infecção do circovírus tipo 2 (PCV2),
do Definhamento Suíno (SMDS), caracteriza- o que agrava o quadro. O PCV2 está asso-
da por perda progressiva de peso, descon- ciado a enfermidades conhecidas como,
forto respiratório e palidez de pele (Harding, Síndrome da dermatite e nefropatia suína
1997). Um ano depois foi diagnosticado este (PDNS), falhas reprodutivas e complexo de
mesmo vírus tanto na América do Norte doenças respiratórias dos suínos (PRDC),
quanto na Europa. Quando comparado ao sendo, então, proposto o termo de doenças
primeiro isolado (PCV não patogênico), foi do circovírus suíno (PCVD) e doenças asso-
verificado que esses dois isolados diferiram ciadas ao circovírus suíno (PCVAD), respecti-
geneticamente e antigenicamente. Por este vamente na Europa e EUA (Puig, 2009).

Características da doença A SMDS é considerada atualmente uma


doença multifatorial e vários co-fatores in-
fecciosos e não-infecciosos ou fatores de
A doença, caracterizada por definha- risco causadores de estresse como densi-
mento e lesões severas no tecido linfóide foi dade elevada, variações térmicas acen-
diagnosticada no Brasil em 1999 (CIACCI- tuadas, frio, baixa qualidade do ar, mistura
-ZANELLA; MORES, 2003) e rapidamente foi de leitões com idades e leitegadas diferen-
observada em todas as áreas de produção tes podem exacerbar os sinais e a gravida-
intensiva de suínos, sendo a infecção por de da doença (SEGALES, 2012).
PCV2 hoje endêmica na suinocultura tec- A excreção viral e transmissão pode se dar
nificada. No entanto, estudo retrospectivo por várias rotas (nasal, oral e fecal), sendo a
demonstrou que a Circovirose está presente via oronasal a rota mais frequente de trans-
no Brasil desde 1988 (Zanella et al, 2006). missão (ROSE; OPRIESSNIG, et al. 2011).

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Atualização circovírus

Um animal infectado pelo PCV2 elimina o tecidos linfoides de animais clinicamente


vírus pelas fezes em torno de 13 dias após doentes, permitindo uma boa redução do
a infecção, sendo uma fonte importante de percentual de mortalidade para em torno
disseminação. O PCV2 é muito resistente às de 4%. No ano de 2007 a primeira vacina
condições ambientais e aos desinfetantes. comercial de PCV2 foi introduzida no Brasil,
Portanto, o contato direto ou indireto com com foco em matrizes e leitões e contribuiu
suínos infectados, instalações, equipamen- ainda mais com a redução da mortalidade,
tos, pessoal contaminado e fômites tam- para um patamar em torno de 2%.
bém podem transmitir o agente. Em função da excelente eficácia das va-
Dentre os diversos sinais clínicos observa- cinas comerciais, praticamente 100% das
dos nos leitões de rebanhos infectados com granjas utilizam a vacina para circovirose
o PCV2, o emagrecimento rápido e pro- atualmente, o que fez com que os qua-
gressivo é o sinal mais típico (GRAU-ROMA; dros clínicos reduzissem significativamen-
HJULSAGER, et al. 2009). Evidencia-se tam- te, permanecendo somente alguns poucos
bém, apatia, anorexia, pelo opaco, disp- casos subclínicos, com redução de ganho
neia, conjuntivite, palidez e icterícia da pele de peso diário (GPD) e aumento da conver-
e mucosas, sinais de pneumonia, diarreia e são alimentar (CA). Entretanto, nos últimos
finalmente caquexia. Entretanto, a forma anos, a partir de 2015, houve um aumento
subclínica pode ocorrer em muitos reba- de quadros clínicos de circovirose mesmo
nhos afetados, onde nestes leitões obser- em granjas que utilizavam vacina há alguns
va-se apenas desempenho insuficiente e anos. Este aumento, mesmo que em menor
maior ocorrência de outros problemas sani- proporção, foi atribuído à falha vacinal. En-
tários, especialmente diarreia e pneumonia tretanto, ao isolar o PCV2 e realizar o se-
(SEGALES, 2011). quenciamento, observou-se a presença de
Os primeiros anos após o diagnóstico do novos genótipos do PCV2, o que se acre-
circovírus a campo foram muito comple- dita que este aumento de quadros clínicos,
xos, pois não havia vacinas paro o auxílio possa ser decorrente de uma pressão de
no controle da doença, e, por esse motivo a seleção em decorrência do uso da vacina.
quantidade de leitões refugos na fase final Essas subpopulações de leitões formadas
de creche e início de recria era muito gran- passam a ser um ponto de alerta, uma vez
de, por volta de 60 – 80% e uma mortalida- que albergam o vírus em média a alta car-
de de 3 a 40% (Ciacci-Zanella, 2017). Entre- ga viral, sendo então fontes de recombina-
tanto, por volta de 2002/2003 foi iniciada a ção, replicação e disseminação da doença
produção de vacinas “autógenas” confec- na granja.
cionadas à base de homogeneizados de

4
Referências Literárias HAMEL, A. L.; LIN, L. L.; NAYAR,G. P. S. Nucleotide
Sequence of Porcine Circovirus Associated with Post
CIACCI-ZANELLA, J.; N. MORES (2003). "Diagnosis of weaning Multisystemic Wasting Syndrome in Pigs.
post-weaning multisystemic wasting syndrome in pigs Journal of Virology, v.72, n.6, p.5262-5267, 1998.
in Brazil caused by porcine circovirus type 2." Arquivo
MEEHAN, B.; MCNEILLY, F.; TODD, D.; KENNEDY, S.;
Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia 55(5):
JEWHURST, V.A.; ELLIS, J.A.; HASSARD, L.E.; CLARK,
522-527.
E.G.; HAINES, D.M.; ALLAN, G.M. Characterization
CIACCI - ZANELLA, J.R.C, MORÉS, N. 2017. Situação of novel circovirus DNAs associated with wasting
atual da circovirose no Brasil. Anais Congresso syndromes in pigs. Journal of General Virology, v.79,
ABRAVES – Associação Brasileira de Veterinários p.2171-2179, 1998
Especialistas em Suínos. Goiânia, GO. Puig, 2009. Characterization of imune responses
GRAU-ROMA, L., CRISCI, E., SIBILA, M., LOPEZ-SORIA, to porcine circovirus type 2 (PCV2) infection and
S., NOFRARIAS, M., CORTEY, M., FRAILE, L., OLVERA, vaccination in pigs. Facultat de Veterinária de
A., SEGALÉS, J. A proposal on porcine circovirus Barcelona.
type 2 (PCV2) genotype definition and their relation ROSE, N. T. Opriessnig, B. Grasland and A. Jestin (2011).
with postweaning multisystemic wasting syndrome "Epidemiology and transmission of porcine circovirus
(PMWS) occurrence. Veterinary Microbiology 128, 23– type 2 (PCV2)." Virus Res.
35, 2008. SEGALES, J. (2012). "Porcine circovirus type 2 (PCV2)
HARDING, J. C. S. Post-weaning multisystemic wasting infections: clinical signs, pathology and laboratory
syndrome: preliminary epidemiology and clinical diagnosis." Virus Res 164(1-2): 10-19.
findings. In: WESTERN CANADIAN ASSOCIATION OF Zanella et al. – Identificação do circovírus suíno
SWINE PRACTITIONERS, Proceedings Am. Assoc. tipo 2 por reação em cadeia de polimerase e por
Swine Practit Quebec, Western Canadian Association imunohistoquímica em tecidos suínos arquivados
of Swine Practitioners, p.21, 1996. desde 1988 no Brasil, 2006.

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Atualização
Circovírus
Características do Circovírus
suíno e a evolução dos diferentes
genótipos de PCV2 circulantes
Capítulo 2

Características do Circovírus
suíno e a evolução dos diferentes
genótipos de PCV2 circulantes
Andrea Panzardi
Especialista Técnica Biológicos - Ourofino Saúde Animal

Características do Circovírus gene ORF1 e localiza-se no filamento com-


plementar, orientado no sentido anti-horá-
O circovírus é um dos menores vírus co- rio, e codifica uma proteína não estrutural de
nhecido, de formato icosaédrico, DNA não 105 aa de comprimento. In vitro, a proteína
envelopado de fita simples (ssDNA), com ORF3 parece estar implicada na apoptose
partícula viral de 17 ± 1,3 nm de diâmetro. O das células PK15, induzida por vírus. Muito
gene do PCV2 é composto por 11 regiões de recentemente foi demonstrado que leitões
cadeia aberta de leitura de aminoácidos, inoculados com um PCV2 mutante ORF3 de-
ou seja, regiões de codificação de proteínas ficiente manifestavam viremia decrescente
(ORFs). Destas 11 regiões a mais importante é e menos lesões patológicas associadas ao
a ORF2 (ou gene Cap), pois é a responsável PCV2, em comparação a suínos inoculados
por codificação de proteínas do capsídeo com o PCV2 do tipo selvagem. Por essa ra-
viral, que tem como principal função a de in- zão foi sugerido que a proteína ORF3 pode
duzir a formação de anticorpos (Ac) proteto- ter um papel essencial na replicação e na
res, estando também associada à diferentes patogenicidade viral (Liu et al., 2006).
graus de virulência. Diversos autores adota-
ram a região ORF2 como a de eleição para Evolução dos diferentes
determinar os diferentes genótipos de PCV2,
pelo fato de ser uma região que gera resul- genótipos de PCV2
tados muito similares à análise do genoma Apesar do circovírus ser um vírus DNA, ele
como um todo, e corresponde a uma região é considerado um dos vírus com maior ca-
de menor tendência de recombinação, sen- pacidade de mutação (Figura 1). Em função
do mais conservada. disso, atualmente há a presença de cinco (5)
A ORF1 (ou gene Rep), por sua vez, é a res- diferentes genótipos de PVC2, sendo esses
ponsável pela replicação viral, localiza-se representados por: PCV2a, PCV2b, PCV2c,
no filamento positivo, orientado no sentido PCV2d (antigo mPCV2b) e PCV2e, os quais
horário; ele codifica as proteínas replicases podem infectar leitões de maneira simultâ-
não estruturais Rep e Rep’, de 314 e 178 ami- nea, ou seja, podendo este albergar mais
noácidos (aa) de comprimento, respectiva- de um genótipo de PCV2. Há indícios de um
mente. sexto genótipo de circovírus já sequenciado,
sendo este representado pelo PCV2f.
A ORF3 está completamente sobreposta ao

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Atualização circovírus

Taxa de Mutação
(mutações/local/replicação)

Alta Baixa
evolução Retrovirus evolução
ssRNA
ssDNA dsDNA
Figura 1. Taxa
de mutação e
10° 10-2 10-4 10-6 10-8 10-10
substituição de
ssDNA dsDNA vírus RNA e DNA.
ssRNA
PCV2
Retrovirus

Taxa de substituição (substituições/local/ano) Fonte: Adaptado de Holmes, et al., 2009

Nos EUA a evolução do circovírus se deu rentes genótipos nos últimos cinco (5) anos,
com o passar do tempo, sendo que entre sendo que a partir de 2014 o PCV2d passou
2000 a 2005 havia um predomínio do PC- a ser o genótipo mais frequente (~ 70%). Em
V2a, entretanto, a partir de 2005 houve uma 2013 o genótipo b atingiu em torno de 50%,
substituição pelo genótipo b, o qual pas- posteriormente havendo uma queda man-
sou a ser o mais predominante. A partir de tendo-se próximo a 13%. Já o PCV2a desde
2012 houve um nova evolução onde o PCV2d 2013 apresentou um percentual bem abaixo
passou a ser o genótipo de maior circulação dos demais genótipos (~ 13%), demonstran-
na suinocultura americana. A figura abaixo do a perda de sua representatividade.
(Figura 1) demonstra uma evolução dos dife-

80%

60%

40% PCV2a

20% PCV2b

PCV2d
0%
2013 2014 2015 2016 2017 PCV2e

Gráfico 1. Prevalencia dos diferentes genótipos de PCV2 isolados


de granjas suínas nos EUA nos anos de 2013 a 2017.

8
No Brasil, o volume de dados é mais escas- meçou a aumentar em ocorrência, e já nos
so, entretanto é possível traçar uma linha de anos de 2016 e 2017 passou a ser o genótipo
evolução através de alguns estudos realiza- mais prevalente no Brasil. Por outro lado, é
dos ao longo dos últimos 15 anos. É possí- possível observar uma correlação negativa
vel verificar que a dinâmica de evolução do com a prevalência do PCV2b em relação ao
vírus no Brasil acompanhou uma dinâmica PCV2d, sendo a circulação do PCV2a em um
similar à observada nos Estados Unidos. No percentual extremamente baixo, em torno 2
gráfico abaixo (Gráfico 2) é possível obser- a 8% nos últimos 3 anos.
var que a partir de 2014 e 2015 o PCV2d co-

100

90 PCV2a
80 PCV2b
70 PCV2d
60
50
40
30
20
10
0

2002 a 2005
(n = 25) 2006 a 2009
(n = 82) 2010 a 2015
(n = 248) 2016 a 2017
(n = 147) 2018 (n = 24)

Fonte: Adaptado de Castro et al., 2005; GenBank (2002 a 2015),


Rodrigues et al., 2018; Gava et al, 2018;
dados internos Ourofino, 2018.

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Atualização circovírus

A homologia entre diferentes isolados de a diferenciação entre genótipos do PCV2 é


PCV2 é relativamente alta, embora haja de 3,5% de divergência na sequência de nu-
uma alta diversidade dentre as populações cleotídeos.
existentes. Os primeiros estudos relaciona- Estudos epidemiológicos avaliando surtos
dos à análise filogenética demonstraram em casos esporádicos sugerem que o PC-
que os isolados de diferentes localidades V2b é mais virulento, e o PCV2a teria sido o
apresentavam variações em sua sequência genótipo mais frequente durante muito tem-
gênica, sendo representadas por mutações po. Atualmente, o responsável pela maioria
pontuais de nucleotídeos. O PCV1 (apatogê- dos casos clínicos de SMDS é o PCV2b. Ao
nico) e PCV2 (patogênico) possuem em 76% passo que se supõe que o genótipo PCV2a
de similaridade genômica, já o PCV2 e PCV3 era responsável por infecções clinicamen-
possuem em torno de 35 a 53% de similarida- te inaparentes (GRAU-ROMA et al., 2008;
de. Por outro lado, a análise de sequências WIEDERKEHR et al., 2009). Estudos afirmam
genômicas de vários isolados de PCV2 do que no Brasil os dois genótipos estão pre-
Brasil e de outros países indicou uma grande sentes, inclusive o mesmo animal pode estar
similaridade, sendo em média de 96% (KIM infectado com mais de um genótipo con-
et al., 2001), entretanto, análises de filoge- comitantemente. Os autores destes estu-
nia indicam que o PCV2b está mais próximo dos sugerem que o surgimento desses novos
ao PCV2d quando comparado ao PCV2a, genótipos possa ser decorrente de uma re-
sendo sua homologia respectivamente de combinação gênica em leitões que possuam
95% e 93%. O ponto de corte utilizado para coexistência destes diferentes genótipos.

10
Referências Literárias
Madson, 2018 – Pig Health Today - PCV2 Future
Liu, J., Chen, I., Du, Q., Chua, H., Kwang, J., 2006. The
considerations for an evolving vírus. https://
ORF3 protein of porcine circovirus type 2 is involved
pighealthtoday.com/pcv2-future-considerations-
in viral pathogenesis in vivo. J. Virol. 80, 5065–5073.
for-an-evolving-virus/

GRAU-ROMA, L., CRISCI, E., SIBILA, M., LOPEZ-SORIA,


WIEDERKEHR, D.D., SYDLER, T., BUERGI, E., HAESSIG,
S., NOFRARIAS, M., CORTEY, M., FRAILE, L., OLVERA,
M., ZIMMERMANN, D., POSPISCHIL, A., BRUGNERA, E.,
A., SEGALÉS, J. A proposal on porcine circovirus
SIDLER, X. A new emerging genotype subgroup within
type 2 (PCV2) genotype definition and their relation
PCV2b dominates the PMWS epizooty in Switzerland.
with postweaning multisystemic wasting syndrome
Veterinary Microbiology 136, 27–35, 2009.
(PMWS) occurrence. Veterinary Microbiology 128, 23–
35, 2008.

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Atualização
Circovírus
Variações genéticas
e antigênicas dos
genótipos circulantes
Capítulo 3

Variações genéticas
e antigênicas dos
genótipos circulantes
Andrea Panzardi
Especialista Técnica Biológicos - Ourofino Saúde Animal

Anteriormente não se acreditava em va- sadoras de doença subclínica, demonstran-


riações genéticas e antigênicas entre os do uma evolução do vírus com mutações em
diferentes genótipos e tipos de PCV2. Entre- pontos importantes e específicos da região
tanto, alguns autores ao realizarem estudos ORF2 relacionados diretamente à resposta
retrospectivos de sequenciamento em teci- imune (Lefebvre et al., 2008).
dos armazenados antes mesmo de ter sido Além de ser uma região responsável pela
descoberta a circovirose, foi verificada a produção de anticorpos (Ac), a região ORF2,
presença do vírus da circovirose, mesmo sem é a responsável por determinar a diferen-
sintomatologia clínica, sendo o PCV2a o mais ça entre os diferentes genótipos do PCV2,
predominante. Porém, após o diagnóstico que, consequentemente, poderão continuar
de quadros clínicos de circovirose e doen- a produzir anticorpos, ou então, não apre-
ças associadas ao circovírus suíno (PCVAD), sentarão resposta específica a uma deter-
o genótipo mais predominante passou a minada região/epítopo. Um estudo condu-
ser o PCV2b, em detrimento ao PCV2a, de- zido por Gava et al (2017) demonstrou que
monstrando que realmente houve evolução de 11 casos de circovirose clínica em leitões
genética do vírus com alterações antigêni- presentes em oito granjas na região sul do
cas (Cortey et al., 2011; Ciacci-Zanella et al., país, com histórico de falha vacinal, revelou
2006, Gava et al., 2017). uma maior circulação do PCV2b e PCV2d,
Essas variações antigênicas entre os dife- sem a presença do PCV2a, sendo observa-
rentes genótipos de circovírus foram compro- das mutações em pontos específicos na re-
vadas por diversos estudos em uma meta- gião ORF2. Estas possíveis falhas vacinais, as
nálise, demonstrando quadros clínicos mais quais vêm sendo observadas mais frequen-
severos associados ao aumento dos genó- temente em planteis vacinados, podem ser
tipos b e d, ratificando uma maior virulência decorrentes de mutações pontuais em lo-
dos genótipos b e d quando comparado ao cais próximos a regiões de importância para
PCV2a (Cortey et al., 2011; Cruz et al., 2018). a resposta imune ocorrida durante a evolu-
Além disso, foi verificado que a virulência ção do PCV2, as quais podem ter impedido
das variantes de PCV2 que causam doen- o desencadeamento de algumas respostas
ça clínica associada à circovirose (PCVAD), é imunes específicas a esta região de muta-
maior quando comparada às variantes cau- ção.

13
Atualização circovírus

Isto pode ser demonstrado em um vírus, sendo o PCV2b mais patogênico e al-
estudo onde de 16 anticorpos monoclonais teração no processo de reconhecimento de
produzidos contra o PCV2a, quatro (4) não Ac em isolados PCV2b, comprovando real-
apresentam reação alguma sobre o genó- mente haver um escape de imunidade (Cruz
tipo de PCV2b, o que indica uma importan- et al., 2018).
te falha imunológica, uma vez que 25% dos Com os dados apresentados acima po-
Ac não se ligaram ao antígeno (Ag) (Lefeb- de-se dizer que apesar das vacinas atuais
vre et al., 2008). Resultados similares foram baseadas em PCV2a conferirem proteção
demonstrados em um estudo utilizando Ac aos animais, provavelmente há alguma fa-
policlonais, onde foi observada uma falha lha em termos de proteção frente à doença
vacinal em 25% dos leitões vacinados com em um percentual do plantel, demonstrando
vacina comercial PCV2a em desafios com que os genótipos PCV2b ou PCV2d podem
PCV2d (Karuppannan & Opriessnig, 2017). apresentar alguma vantagem em relação
Outro estudo mais recente também de- ao PCV2a em se replicar e se manter em lei-
monstrou alteração de patogenicidade do tões de plantéis vacinados.

14
Referências Literárias
Gava D, Serrão VHB, Fernandes LT, Cantão ME,
Ciacci-Zanella J R, Morés N, Simon N L, de Oliveira
Ciacci-Zanella JR, Morés N, Schaefer R. Structure
S R, Gava D. Identificação do circovírus suíno
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tipo 2 por reação em cadeia da polimerase e por
from pigs with systemic disease. Brazilian Journal of
imunohistoquimica em tecidos suínos arquivados
Mycrobiology 49 (2018) 351-357.
desde 1988 no Brasil
Karuppannan AK. and Opriessnig T. Porcine Circovirus
Cortey M, Pileri E, Sibila M. Pujols J. Balasch M. Plana
Type 2 (PCV2) Vaccines in the Context of Current
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Lefebvre, D. J., Costers S, Doorsselaere JV, Misinzo
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Cruz TF, Magrob AJ, de Castro AMMG, Pedraza-
among porcine circovirus type 2 strains, as
Ordoñeze FJ, Tsunemif M, Perahiag D, Araújo Jr JP
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In vitro and in silico studies reveal capsid-mutant
Journal of General Virology (2008), 89, 177–187
Porcine circovirus 2b with novel cytopathogenic and
structural characteristics. Virus Research 251 (2018)
22-33.

15
Atualização
Circovírus
Homologia/Identidade
dos diferentes
genótipos circulantes
Capítulo 4

Homologia/Identidade dos
diferentes genótipos circulantes

Lívia Faim
Especialista Biologia Molecular – Ourofino Saúde Animal

Análises de homologia/identidade são uti- feitas utilizando ferramentas de Bioinformá-


lizadas para comparação de proteínas ba- tica (2, 3, 4, 5 e 6).
seada em sua sequência de aminoácidos, Os resultados apresentados na tabela 1
isto é, o quanto um determinado antígeno mostram que a ORF2 da Safesui Circovírus
proteico se assemelha a outro antígeno ou (antígeno) tem maior identidade sequencial
ao patógeno (proteína do patógeno). Assim, com as ORF2 de PCV2b e PCV2d do que PC-
quanto maior o grau de homologia/identi- V2a em relação a esses genótipos.
dade entre o antígeno vacinal e os genóti-
pos do patógeno circulante maior é a pro- Maior identidade sequencial infere em me-
babilidade de proteção cruzada da vacina. nor risco de falha vacinal quando o animal é
vacinado com a Safesui Circovírus e a granja
O método de análise por homologia foi tem circulação dos genótipos PCV2b e PC-
empregado para comparação do antígeno V2d (genótipos prevalentes atualmente).
da vacina Safesui Circovírus com amostras
brasileiras dos diferentes genótipos de cir- Verificando a evolução dos genótipos em
culantes de PCV2. relação a homologia é visto que PCV2a tem
uma tendência a se distanciar do genótipo
Para análise foi realizada a busca das se- PCV2d a medida que os anos vão evoluin-
quências de isolados brasileiros do banco de do (Tabela 1 – mínima identidade sequen-
dados NCBI [1] do período de 2003 a 2014. cial PCV2d em relação a PCV2a). Como nas
Além dessa busca, foram realizadas amos- granjas a ocorrência do genótipo PCV2d é
tragens a campo de isolados brasileiros dos cada vez mais prevalente, granjas vacina-
períodos de 2015 a 2017 e do ano de 2018. das com vacinas baseadas em genótipo
As análises de homologia/identidade foram PCV2a podem ter riscos de falhas vacinais.

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Atualização circovírus

Tabela 1. Mínima e máxima identidade sequencial entre PCV2b Safesui Circovírus, PCV2a em
relação aos diferentes genótipos (PCV2a; PCV2b e PCV2d).

Anos de 2003 a 2014 Anos de 2015 a 2017 Ano 2018

% identidade PCV2a Mínima e máxima Mínima e máxima Mínima e máxima


em relação: identidade identidade identidade

Safesui Circovírus
89,3% - 94,9% - -
(PCV2b)

PCV2a 91,4% - 100% - -

% identidade PCV2b Mínima e máxima Mínima e máxima Mínima e máxima


em relação: identidade identidade identidade

Safesui Circovírus
96,1% - 100% 98,3% - 99,1% 97,4% - 97,9%
(PCV2b)

PCV2a 88,8% - 92,3% 91,4% - 92,7% 90,6% - 91,0%

% identidade PCV2d Mínima e máxima Mínima e máxima Mínima e máxima


em relação: identidade identidade identidade

Safesui Circovírus
93,1% - 94% 92,7% - 94% 92,7% - 94,4%
(PCV2b)

PCV2a 90,1% - 91% 89,7% - 90,6% 89,3% - 91,0%

Fonte: dados não publicados, Ourofino 2019

Assim, os resultados revelam que para o ro e possui maior grau de conservação aos
cenário atual a vacina Safesui Circovírus é genótipos prevalentes atualmente (PCV2b
a mais indicada, isto é, o antígeno da vaci- e PCV2d).
na Safesui Circovírus é um isolado brasilei-

18
Referências Literárias
[1] https://www.ncbi.nlm.nih.gov/.

[2] http://www.clustal.org/clustal2/.

[3] Clamp, M.; Cuff, J.; Searle, S.; M.; Barton, G. J. The Jalview Java
alignment editor. Bioinformatics 20. p. 426-427. 2004.

[4] Kumar, S.; Stecher, G.; Tamura, K. Molecular Evolutionary Genetics Analysis Version
7.0 for Bigger Datasets. Molecular Biology and Evolution. p. 1870–1874. 2016.

[5] DeLano, W.; L. PyMOL. DeLano Scientific, 2002.

[6] https://www.iedb.org/.

19
Atualização
Circovírus
Implicações práticas e
Considerações finais
Capítulo 5

Implicações práticas e
Considerações finais

Andrea Panzardi
Especialista em Biológicos – Ourofino Saúde Animal

Implicações práticas vacinadas quando comparadas à granjas


não vacinadas para PCV2, principalmente
Novos surtos de casos subclínicos e clínicos na região de ORF2, responsável pela codifi-
vêm sendo relatados, apesar de a vacina- cação de proteínas do capsídeo viral, e di-
ção ser amplamente utilizada, em pratica- retamente relacionada à produção da res-
mente 100% das granjas durante os últimos posta imune (Gráfico 1). Além disso, como já
10 anos. Embora a relação desses casos com descrito no capítulo 2, autores sugerem que
o surgimento dos novos genótipos, princi- a evolução e replicação de novos genótipos
palmente o PCV2b e PCV2d, ainda não es- de PCV2 estejam relacionadas à coinfecção
teja totalmente elucidada, supõe-se que por diferentes genótipos em um mesmo ani-
estes sejam decorrentes de uma pressão de mal, geralmente dentro das subpopulações
seleção devido ao uso constante de vaci- de leitões em que houve alguma falha na
nas, fazendo com que esse genótipo possa resposta imune, seja ela por falha vacinal e/
“escapar” da imunidade estimulada pelas ou vacinação, havendo replicação e recom-
vacinas de PCV2a. Isto pode ser comprova- binação entre os mesmos ou diferentes ge-
do por um estudo realizado por Kekarainen nótipos, e com isso acelerando o processo
et al (2014), o qual demonstra claramente de evolução do vírus.
uma maior variação genética em granjas

Fonte:
Kekarainen
et al., 2014

Gráfico 1. Diversidade nucleoídica nas sequencias gênicas Rep (ORF1) e


Cap (ORF2) em granjas de suínos vacinadas e não vacinadas para PCV2.

21
Atualização circovírus

Como já comentado também no capítulo dequada. Estudos demonstram que


3, diversos autores comprovaram que o PC- 25% dos leitões que receberam vacina
V2b é mais patogênico que o PCV2a, sendo PCV2a, desafiados com PCV2b apre-
o principal causador de lesões. Essa teoria é sentam falha vacinal (Karuppannan &
sustentada por diversos estudos, dentre eles Opriessnig, 2017). O que corrobora com
o de Grau-Roma et al. (2008), em que foram os resultados de Lefebvre et al. (2008),
analisados diversos animais, com sinais clí- que verificaram in vitro que de 16 anti-
nicos e lesões mais severas e verificaram que corpos monoclonais para PCV2a, qua-
estes leitões continham sequências perten- tro (4) não tiveram resposta alguma
centes ao PCV2b, e os animais sadios con- quando desafiados com PCV2b, o que
tinham sequências pertencentes ao PCV2a. corresponde a 25% de falha de ligação
Além disso, um estudo realizado recente- antígeno (Ag) com o anticorpo (Ac), im-
mente analisou plantéis vacinados, sendo pedindo a resposta imune neste per-
observada uma maior carga viral de PCV2b centual.
do que de PCV2a nesses animais, sendo de Todos esses fatores, sendo relativos à va-
65% e 13% respectivamente nos animais com cina ou ao manejo, podem contribuir com a
sinais clínicos de PCVAD. Outra análise reali- manutenção de uma alta carga viral circu-
zada também em plantéis vacinados, cons- lante na granja, e, aqueles, animais que per-
tatou que o PCV2b é realmente mais preva- maneceram sem uma boa proteção, além de
lente que o PCV2a, e observou, ainda, que criar subpopulações com baixa ou nenhuma
nos animais vacinados a presença de PCV2b resposta imune, passam a ser fonte de re-
é a mais comum. Sendo assim, a introdução plicação, de uma possível recombinação e
da vacinação para esse genótipo é um fator de transmissão de diferentes genótipos de
a se considerar (Lyoo, et al., 2010; Darwich & PCV2, uma vez que planteis onde há algum
Mateu, 2011; Beach et al., 2011; Shen, Halbur tipo de falha de manejo de vacinação e/ou
& Opriessnig 2012; Madson, 2018). vacinal este vírus tem a tendência de apre-
Os fatores de risco relacionados à evolu- sentar uma maior taxa de mutação.
ção/mutação gênica do PCV2 estão dividi-
dos em dois tipos de falhas:
• Falha de vacinação: relacionada às
Considerações finais
falhas de manejo, como por exemplo, Embora seja notável o aumento de quadros
aplicação de meia dose, aplicação so- subclínicos e clínicos de circovirose a campo,
mente em parte do lote, aplicação em ainda há um efeito positivo dos protocolos
momento não adequado e local de de vacinação atualmente utilizados com
aplicação inadequado. vacinas comerciais, mesmo que todas sejam
baseadas no genótipo PCV2a, entretanto já
• Falha vacinal: relacionada às falhas
sendo notada algumas falhas comprovadas
da vacina propriamente dita, como por
tanto in vitro quanto in vivo. Portanto, uma
exemplo, vacinação com genótipos de
dúvida que permanece ainda não elucida-
diferentes dos atuais circulantes, tipo
da é, até quando este efeito será mantido?
de adjuvante e massa antigênica ina-

22
Referências Literárias
GRAU-ROMA, L., CRISCI, E., SIBILA, M., LOPEZ-SORIA, S., NOFRARIAS, M., CORTEY, M., FRAILE, L., OLVERA,
A., SEGALÉS, J. A proposal on porcine circovirus type 2 (PCV2) genotype definition and their relation with
postweaning multisystemic wasting syndrome (PMWS) occurrence. Veterinary Microbiology 128, 23–35, 2008.

Karuppannan AK. and Opriessnig T. Porcine Circovirus Type 2 (PCV2) Vaccines in


the Context of Current Molecular Epidemiology. Viruses 2017, 9, 99.

Kekarainen, T, Gonzalez A, Liorens A, Segalés J. Genetic variability of porcine circovirus 2 in


vaccinating and non-vaccinating comercial farms. 2014. Journal of General Virology 95, 1734-1742.

Lefebvre, D. J., Costers S, Doorsselaere JV, Misinzo G Delputte PL, Nauwynck HJ.
Antigenic differences among porcine circovirus type 2 strains, as demonstrated by the
use of monoclonal antibodies. 2008. Journal of General Virology, 89, 177–187

Madson, 2018 – Pig Health Today - PCV2 Future considerations for an evolving vírus.
https://pighealthtoday.com/pcv2-future-considerations-for-an-evolving-virus/

23
Novos desafios pedem
novas soluções
Atualize o combate à circovirose
com Safesui Circovírus.
De doença emergente a
genótipos emergentes.
Circovírus
A evolução da doença
suíno
Desde o final da década de 1990, o circovírus
suíno tem emergido globalmente como um dos
principais patógenos que acometem os suínos1.
No Brasil, o PCV2 associado à Síndrome
Multissistêmica do Definhamento dos Suínos (SMDS)
foi diagnosticado pela primeira vez em 20002. No
entanto, um estudo retrospectivo demonstrou que
a circovirose está presente no Brasil desde 19883.

Início da
vacinação contra
Registro dos
PCV2 na França
primeiros
1° registro e na Alemanha
casos clínicos
PCV2 em no Brasil 2007
tecido de
suíno no Brasil 2000
1990
1962 2004
2000 Início da
vacinação
1988 Isolamento e contra PCV2
caracterização no Brasil
Relato dos do PCV2
primeiros no Brasil
1° registro
casos clínicos
PCV2 em
na Europa
tecido de suíno
na Alemanha

25
A evolução do PCV2
O circovírus suíno possui uma alta
capacidade de rearranjos genéticos4.
Como consequência, o PCV2 vem se
modificando ao longo do tempo e,
atualmente, são descritos 6 diferentes
genótipos de PCV2: PCV2a, PCV2b,
PCV2c, PCV2d, PCV2e e PCV2f5,6.
Os genótipos PCV2a, PCV2b e
PCV2d são os mais relevantes.

Ocorrência dos principais genótipos de PCV2 no Brasil ao longo do tempo:


100
90
80
70
60
50
PCV2b PCV2d
40
PCV2a PCV2b
30
20
PCV2b
10 PCV2d
PCV2a PCV2d PCV2a PCV2b
0
2002 a 20047 2009 a 20158 2014 a 20159 2016 a 201710

26
PCV2 - Quanto maior a homologia, menor o risco
Os animais passaram a ser vacinados em 2004, mas o vírus continuou
evoluindo e se distanciando das vacinas produzidas a partir do PCV2a.

Percentual de homologia entre os diferentes genótipos de PCV25:

PCV2f PCV2a PCV2b PCV2c PCV2d PCV2e

PCV2f 89,5 – 95,4 92,92 – 94,2 89,6 – 90,9 91,5 – 93,9 81,5 – 83,0

PCV2a 90,9 – 94,4 86,3 – 89,2 89,5 – 93,3 81,1 – 84,8

PCV2b 90,4 – 91,6 93,2 – 95,7 82,5 – 85,5

PCV2c 89,1 – 90,4 84,7 – 85,1

PCV2d 83,4 – 84,1

PCV2 – Homologia da Safesui Circovírus com o PCV2d


Percentual de homologia entre os genótipos brasileiros PCV2b (presente na
vacina Safesui Circovírus) e PCV2a em relação ao genótipo PCV2d.

Homologia do PCV2d (%) em relação a:

2003 - 2014 2015 - 2017

Safesui Circovírus
93,13 - 93,99 92,70 - 93,99
(PCV2b)

PCV2a 90,13 - 90,99 89,70 - 90,56

O genótipo PCV2d é o genótipo


de maior circulação no Brasil.

Conclusões O genótipo PCV2b Ourofino


tem maior homologia com o
PCV2d do que o PCV2a utilizado
nas vacinas convencionais.

27
Safesui
Circovírus
A definição de vacina contra
a circovirose foi atualizada.

A primeira vacina PCV2b recombinante


contra circovírus desenvolvida no Brasil.

Proteínas
imunogênicas
encontram-se ORF2 ORF3
no capsídeo
do PCV2
Gen ORF2
responsável
pela produção
ORF1 do capsídeo

O gen ORF2
é inserido em
Baculovírus

As proteínas do
capsídeo do
PCV2 (VLP) são
combinadas
com adjuvante
aquoso

Antígenos livres
e encapsulados
pelo adjuvante Primeira
Safesui vacina
PCV2b com
Safesui adjuvante
aquoso de
liberação
lenta

Qualidade do antígeno Eficácia e segurança do


recombinante adjuvante Safesui
28
Eficácia em desafio experimental
13

Estudo realizado na Iowa State University.


Leitões vacinados com 3 semanas de idade e desafiados com PCV2b.

Viremia após o desafio:

74% de
Animais com
viremia (%)

redução na
viremia

30 95
Safesui Controle

Avaliação microscópica de tecido linfoide: Imuno-histoquímica (IHC) de tecido linfoide:


IHC positivo (%)
linfoide (%)
Alteração

10 100 0 65
Safesui Controle Safesui Controle

Eficácia a campo
14

Desempenho de animais vacinados com Safesui Circovírus em granja comercial no Brasil.

Ganho de peso (kg/dia) - Creche: Ganho de peso (kg/dia) - Terminação:

0,402 0,362 1,013 0,929


Safesui Controle Safesui Controle

Desempenho de leitões na fase de creche em granja comercial no Brasil15.

Peso (kg):
Leitões vacinados com Safesui
tiveram melhor desempenho durante
a fase de creche quando comparados
com leitões que receberam
22,60 20,21 vacina de adjuvante reativo.
Safesui Controle

29
Composição:
Safesui Circovírus é uma vacina inativada
produzida a partir de tecnologia
recombinante contendo proteína ORF2 do
circovírus suíno tipo 2 genótipo b – PCV2b.

Indicação:
Safesui Circovírus destina-se à
imunização de leitões saudáveis a partir
de 3 semanas de idade como medida
auxiliar na prevenção e controle da
circovirose suína e Doenças Associadas
ao Circovírus Suíno (PCVAD).

Apresentação:
Frascos com 100 mL.

Modo de uso:

Intervalo de 2 a 3 semanas

1a dose 2a dose
1 mL via 1 mL via
intramuscular intramuscular

21
dias
28
dias
35
dias
42
dias

30
Referências bibliográficas.
1. Xiao et al. Global molecular genetic analysis of porcine circovirus type 2 (PCV2) sequences confirm
the presence of four main PCV2 genotypes and reveals a rapid increase of PCVd, 2015.
2. Zanella, J.R.C, Morés, N. Situação atual da circovirose no Brasil, 2017.
3. Zanella et al. Identificação do circovírus suíno tipo 2 por reação em cadeia de polimerase
e por imunohistoquímica em tecidos suínos arquivados desde 1988 no Brasil, 2006.
4. Segalés, J. Porcine Circovirus Diseases: Are still important?, 2015.
5. Madson, D. PCV2: Future considerations for an evolving vírus, 2018.
6. Bao et al. Retrospective study of porcine circovirus type 2 infection reveals a novel genotype PCV2f, 2018.
7. Castro, A.M.M.G. Caracterização genética de amostras brasileiras de Circovírus suíno tipo 2 (PCV-2), 2005.
8. Rodrigues et al. Temporal variation study of the porcine circovirus species and genotypes
prevalences (PCV1, PCV2a, PCV2b e PCV2d) in Brazil from 2009-20015.
9. Gava et al. Structure anlysis of capsid protein of Porcine circovirus
type 2 from pigs with systemic disease, 2018.
10. Estudo interno Ourofino, 2018.
11. Panzardi et al. Estudo interno Ourofino, 2018.
12. Faim, L. Estudo interno Ourofino, 2018.
13. Lima et al. Eficácia de vacinas experimentais baseadas no PCV2 genótipo b (PCV2b) administradas em
leitões convencionais experimentalmente co-infectados com Mycoplasma hyopneumoniae e PCV2b, 2018.
14. Estudo a campo da vacina Safesui Circovírus. Dados em arquivo Ourofino, 2018.
15. Estudo a campo da vacina Safesui Circovírus. Dados em arquivo Ourofino, 2018.

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