Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
GOVERNADOR DO ESTADO
Roberto Requião
DIRETOR GERAL
André Pegorer
2
SUMÁRIO
3
Capítulo I - INFLUENZA
1. CARACTERISTICAS EPIDEMIOLOGICAS
1.1. DESCRIÇÃO
A influenza é uma doença aguda, infecto-contagiosa, causada por um vírus que
compromete prioritariamente as vias respiratórias. O quadro clínico varia de leve,
moderado a grave sendo as duas primeiras as formas mais freqüentes.
Usualmente a influenza é uma infecção assintomática ou oligossintomática e
quando sintomática a clinica mais comum é febre, cefaléia, mialgia, mal estar geral,
dor de garganta e tosse. A evolução em geral é autolimitada.
Apresenta sob a forma endêmica e epidêmica sendo esta última de rápida
disseminação e por vezes com alta morbimortalidade.
1.2. SINONÍMIA
Gripe
4
a) Vírus Tipo A
Este vírus é o mais instável e passível de mutações com maior freqüência.
Neste tipo, sua hemaglutinina varia de H1 a H16 (FIOCRUZ, 2005) e a
neuraminidase de N1 a N9, permitindo mais de cem recombinações.
O seu reservatório natural são as aves silvestres aquáticas. Entretanto, pode
infectar diferentes aves domésticas e silvestres além de mamíferos de várias
espécies, dentre os quais os: suínos, eqüinos, bovinos, caninos, felinos, animais
marinhos e humanos, dentre outros.
Glicoproteinas Antígenos de membrana
Hemaglutinina 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Humano
Eqüino
Suíno
Aves
Neuranimidases 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Humano
Eqüino
Suíno
Aves
FIGURA 2: Ocorrência dos antígenos de superfície do vírus Influenza pelas espécies animais e ser humano.
b) Vírus Tipo B
Apresenta caráter endêmico e epidêmico passível de mutações, menos
freqüentes que o A, mais que o C. ocorre no ser humano, animais, como suínos,
caninos e outros. (OMS,2005/2006;HEINEN,2003;TAUBENBERGER, 2005)
5
c) Vírus Tipo C
O vírus Tipo C aparece como infecções esporádicas, surtos isolados ou
clinicamente inaparentes. Ocorre no ser humano, suínos e caninos. (OMS,
2005/2006; HEINEN, 2003; TAUBENBERGER, 2005)
6
1.5. MODO DE TRANSMISSÃO
A transmissão pessoa a pessoa poderá ocorrer em decorrência da circulação
concomitante de um subtipo de vírus humano sazonal e endêmico e de subtipo de
origem animal com transmissão zoonótica resultando em recombinação genética de
vírus humano e animal resultando em um novo subtipo com um potencial
pandêmico, ou pela emergência de uma nova variante do subtipo que a partir de
uma mutação viral se adapte para a transmissão pessoa a pessoa com potencial
pandêmico sem recombinação viral. Em qualquer uma dessas situações caracteriza-
se uma emergência epidemiológica potencialmente grave com conseqüências
globais, exigindo a adoção de medidas de controle urgentes e eficazes.
A gripe humana é transmitida por via respiratória pela inalação de aerossóis
(gotículas infecciosas), por contato direto ou indireto (fômites), com auto-inoculação
para o trato respiratório superior ou para a mucosa oral e/ou nasal ou para a
conjuntiva.
7
2. ASPECTOS CLINICOS
2.1. MANIFESTAÇÕES CLINICAS
2.1.1. INFLUENZA SAZONAL
Freqüentemente tem sido descrita como uma doença caracterizada por inicio
abrupto de sinais e sintomas sistêmicos como: febre acima de 38º C, cefaléia,
calafrios, mialgia, mal estar geral, dor de garganta e tosse.
O espectro das manifestações clinicas é amplo, variando de doença afebril e
branda com poucos sinais e sintomas respiratórios à forma grave principalmente
com pneumonia secundária.
As queixas respiratórias com freqüência tornam-se mais proeminentes à
medida que os sinais e sintomas desaparecem. Dor de garganta e tosse persistem
por uma semana ou mais.
8
Síndrome Agente Quadro clínico
Cefaléia, congestão nasal, mal-
Rinite Viral (resfriado Rinovírus, Adenovírus, Coronavírus,
estar, dor no corpo, febre baixa
comum) Influenza, Parainfluenza, VSR
ou não
Rinovírus, Influenza, Coronavírus e
Faringite Dor localizada em orofaringe
VSR
Influenza, Adenovírus, Parainfluenza, Febre, tosse seca persistente e
Laringotraqueobronquite
VSR rouquidão
Sintomas sistêmicos como:
febre, mal-estar, tosse seca
Influenza, Adenovírus, Parainfluenza,
Pneumonia associados a alterações na
VSR, Sarampo, Varicela e Hantavírus
ausculta pulmonar e no exame
radiológico do tórax
FIGURA 3: Infecções respiratórias virais e síndromes clínicas
Fonte: Ministério da Saúde/Plano de Preparação Brasileiro para o Enfrentamento de uma Pandemia
de Influenza
9
Quadro clínico Outras
Agente Epidemiologia Testes específicos
respiratório alterações
Mycoplasma • 10 –35% das • Miringite bolhosa • Raramente • Cultura (10 dias)
pneumoniae pneumonias em • Faringite pode causar • Sorologia com
pacientes de • Bronquite hemólise aumento de 4 X ou
ambulatório • Pneumonia imuno-induzida mais no título de
• Atinge jovens e • Hepatite anticorpos fixadores
idosos • Eritema de complemento,
• Mais freqüente em multiforme entre a fase aguda
grupamentos • SIHAD e a convalescença.
• Incubação de 14 a • Miocardite • Inespecíficos –
21 dias • Meningite • Pesquisa de
• 2% requer asséptica aglutininas frias
hospitalização • Mielite • Fator reumatóide
• S. Guillain- • Falso positivo
Barré para Lues
Chlamydia • Incubação de 7 a • Pneumonia, • Esplenomegalia • Cultura de cels.
C.trachomatis 14 dias econjuntivite em • Bradicardia Maccoy
recém nascidos • S. tóxica • IF c/ anticorpo
marcado
• Ornitose, com • Sorologia*
C.psittacci pneumonia • PCR
• Faringite
C.pneumoniae • 12% das • Calafrios
• Sinusite
(extra-celular) pneumonias • Diarréia
• Tonsilite
• 5% das bronquites • Pneumonia • Delírios
agudas
Coxiella • Ocorre em área • Febre Q • Endocardite • Sorologia
burnetti rural • Síndrome “flu” • Miocardite
(Parasita intra- • Pneumonia • Pericardite
celular cujo
reservatório
natural são
roedores)
Legionella • Encontrada em • Hipoxemia • Endocardite • Cultura BYCE
(Gram área de • Pericardite • Sorologia
negativo) – 40 nebulizadores, • Pancreatite • Imunofluorescência
espécies toalhas quentes e • Abscesso direta no escarro e
outras cutâneo tecido (sens.>75%)
• Doença dos
L.pneumophila • Rabdomiálise • Ag. Urinário pode
Legionários
(sorogrupos 1 • Alterações do ser + p/ semanas
(Pneumonia)
a 4) SNC • Inespecíficos:
• Pneumonia de • Leucocitose
L.bozemanii • Pode ser • Proteinúria
oportunista Pittsburg
• ALT, AST, LDH
L. micdadei (>700U/ml)
• NA < 130
FIGURA 4: Principais características das pneumonias atípicas
Fonte: Ministério da Saúde/Plano de Preparação Brasileiro para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza
10
Capítulo II – ASPECTOS LABORATORIAIS
1.1. CONSIDERAÇÕES
11
A eficácia do método também é influenciada pela especificidade dos reagentes e
pela experiência técnica do profissional responsável pelo exame. Os vírus são
detectáveis em espécimes contendo células infectadas e secreções.
O diagnóstico laboratorial em amostras clínicas de pacientes suspeitos de influenza
A (H1N1) deve ser conduzido em laboratórios de Nível de Segurança 2 com práticas
recomendadas para este nível. Todas as manipulações devem ser conduzidas em
Cabine de Segurança Biológica (CSB). O isolamento viral deve ser conduzido em
laboratório de Nível de Segurança 2, com práticas recomendadas do Laboratório de
Segurança 3.
• Pro - pés
• Touca
a) Real-time RT-PCR
12
b) Seqüenciamento genético
13
O uso correto de EPIs, o manuseio das amostras como a coleta do material, o
acondicionamento, o transporte interno e o recebimento de amostra compreendem o
uso de procedimentos rotineiros, através de normas de conduta que passam a
assegurar a validade dos resultados e a integridade das pessoas, instalações e
equipamentos.
2.1. MATERIAL
• Bomba de aspiração portátil (al Duty Vacuum/Pressure Pump) Cat.WP 61115 60.
MILLIPORE ou equivalente;
14
• Álcool a 70%.
15
A aspiração pode ser realizada com bomba aspiradora portátil ou vácuo de parede
de hospital. Não utilizar uma pressão de vácuo muito forte.
16
2.2.2. SWAB
LAVAR AS MÃOS
17
Preconiza-se a utilização de solução de Hanks, meio de cultivo de células ou caldo
triptose fosfato suplementada com proteína para estabilização viral, tais como soro
albumina fração V, gelatina ou glicerol em uma concentração final de 0,5-1%.A
adição de antibióticos (1600 U/mL de penicilina e 800 ug/mLde streptomicina) e
antifúngicos (10Ug/mL de fungizona) é recomendada para evitar a proliferação de
bactérias e fungos. Na falta de meio adequado PBS PH 7.2 pode ser
excepcionalmente utilizado acrescido de proteína, antibióticos e antifúngico.
18
maior, dependendo do risco).. Fazer o teste de vedação. São de uso
individual. Cuidado ao manuseá-la a fim de não contaminar a face interna.
• Gorro. Deve ser utilizado em situações de risco de geração de aerossol.
• Óculos.Proteção para os olhos ou protetores de face, flexíveis, em PVC,
incolor que conferem proteção contra respingos de material infectante
(sangue, secreções, etc).São de uso individual.
• Usar sapato fechado. Se necessário usar pró-pé.
4. TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Em função da relevância epidemiológica da doença, e o risco potencial de
disseminação do agente infeccioso por meio de resíduos, estes devem ser
Classificados como resíduos do grupo A1, conforme a RDC 306 da ANVISA. Assim
sendo devem ser submetidos a tratamento antes da disposição final.
19
A área deve dispor de recipientes constituídos de material lavável, resistentes. Os
resíduos são classificados no Grupo A1 e GRUPO E da RDC 306 /2004.
a) Resíduos do GRUPO A
A manipulação em ambiente laboratorial de pesquisa, ensino ou assistência deve
seguir as orientações contidas na publicação do Ministério da Saúde –Diretrizes
Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico correspondente aos
respectivos microorganismos.
Devem ser acondicionados em saco constituído de material resistente a ruptura e
vazamento, que devem ser substituídos quando atingirem 2/3 de sua capacidade, ou
pelo menos uma vez a cada 24 horas, e identificados (Símbolo de Substância
Infectante Constante na NBR-7500 da ABNT), com rótulo de fundo branco,
desenhos e contornos pretos, sendo proibido seu esvaziamento ou
reaproveitamento.
Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente, com
tampa provida de sistema de abertura sem contato manual.
Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo físico ou outros
processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da
carga microbiana, em equipamento compatível com Nível lll de Inativação
Microbiana (Inativação de Bactérias Vegetativas); Fungos; Vírus Lipofílicos e
Hidrofílicos; Parasitas e Micobactérias com redução igual ou maior que 610, e
inativação de esporos do B. stearothermophilus ou de esporos do B. subtilis com
redução igual ou maior que 410.
Após o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:
- Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser acondicionados
em saco branco leitoso identificado com o símbolo de Substância Infectante;
havendo descaracterização física das estruturas. Podem ser acondicionados como
resíduos comuns (Grupo D).
b) Resíduo do Grupo E
Os perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de geração,
em recipientes, rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento, identificados
20
com o símbolo internacional de risco biológico, acrescido da inscrição de
perfurocortante. Devem ser submetidos a tratamento por processos físicos ou outros
processos que vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da
carga microbiana, em equipamento compatível com Nível lll de inativação
mIcrobiana.
21
5.3. ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE NO LACEN
22
Fonte: OMS – Manual de Segurança Biológica em Laboratório
FIGURA 5: Caixa de transporte de substância infecciosa
6. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O LACEN/PR é o Laboratório de Referência Estadual para o diagnóstico da
Influenza sazonal. Todas as amostras suspeitas de influenza A (H1N1) devem
ser enviadas ao LACEN/PR para o encaminhamento à FIOCRUZ-RJ.
23
• Disponibilizar materiais e insumos para coleta;
• Auxiliar no treinamento da equipe da coleta de espécimes clínicos a nível
local e regional;
• Treinar laboratórios municipais, regionais ou de universidades que
possuam como mínimo um laboratório de Biossegurança de Nível 2 para o
diagnóstico ;
• Orientar os profissionais de laboratório na desinfecção de materiais e
descarte de resíduos;
• Implantar técnicas de biologia molecular no LACEN/PR;
• Intensificar as medidas de prevenção e controle aos profissionais de
laboratórios;
• Monitorar os laboratórios da rede estadual e municipal.
7. LABORATÓRIOS DE REFERENCIA
No Brasil estão credenciados pela OMS como Centros de Referência para
Influenza:
• Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS),
• Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP) e
• Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/MS)
24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WHO. World Health Organization. Infection prevention and control in health
care in providing care for confirmed or suspected A(H1N1) swine influenza
patients Interim guidance ,29 April 2009
CDC. Centers for Desease Control and Prevention Interim Guidance on Planning
for the Use of Surgical Masks and Respirators in Health Care Settings during
an Influenza Pandemic, October 2006
19. LIMA E SILVA, F.H.A. Barreiras de contenção. In: ODA, L.M.; ÁVILA, S.M.
(Org). Biossegurança em laboratórios de saúde pública. Brasília: Ministério da
saúde, 1998.
25
Brasília, abril de 2006
26
Capítulo III – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
As características epidemiológicas do vírus da influenza A (H1N1) e seu
comportamento nos diversos países, o definem como de altíssima importância para
a saúde pública internacional exigindo um sistema de vigilância epidemiológica
(SVE) de máxima sensibilidade e oportunidade, tendo como objetivos:
• Reduzir morbidade e a mortalidade pelo vírus Influenza A (H1N1);
• Identificar e caracterizar este novo vírus;
• Monitorar a ocorrência global da influenza A (H1N1) em humanos;
• Monitorar mudanças nos padrões de transmissão deste vírus A (H1N1) e,
detectar o potencial de transmissão pessoa a pessoa caracterizando um
possível vírus pandêmico;
• Desencadear estratégias de controle oportunas e eficazes;
• Retardar a disseminação de uma cepa pandêmica;
• Fortalecer a infraestrutura do Estado para lidar com situações de
emergência em doenças de transmissão respiratória:
Vigilância epidemiológica
Laboratório
Assistência
Vacinação
Comunicação
1. ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
O enfrentamento da possível pandemia de influenza, no Estado do Paraná,
dar-se-á por:
1.1. Monitoramento sistemático da Influenza Sazonal ou endêmica, com a
mesma intensidade instituída para a vigilância do A (H1N1) , e que tem
como objetivo, na atual situação epidemiológica, detectar mais
precocemente casos de influenza por um novo subtipo através da
Vigilância epidemiológica de surtos, ou seja, notificação e investigação
clínica e laboratorial de surtos em ambientes fechados (creches,
asilos, quartéis, escolas, etc.) e de surtos em comunidades abertas,
27
que deverão ser detectados através do monitoramento das doenças
respiratórias agudas em cada município. Esta ação tem como objetivo
detectar os tipos de vírus da influenza que estão circulando em nosso meio,
bem como, a detecção de novos subtipos que possam surgir , como por
exemplo, o da Influenza A (H1N1) e o A (H5N1).
1.2. Vigilância epidemiológica de possíveis casos importados de Influenza A
(H1N1), ou seja, pessoas com quadro de síndrome gripal que venham de
países ou regiões onde esteja circulando a influenza A (H1N1)
1.3. Vigilância epidemiológica de casos, quando a doença estiver disseminada
no Estado.
ATENÇÃO: ***********
Ao identificar um surto em ambiente fechado ou comunidade aberta, não
esquecer de verificar se não há nexo epidemiológico com o novo vírus, ou
seja,verificar se os primeiros casos do surto não tiveram contato com pessoas
28
vindas de áreas afetadas pelo influenza A (H1N1), ou ter tido contato com caso
confirmado.
2.2. Vigilância de Surtos em ambientes fechados:
• Notificar imediatamente (Município → R S → Central).
• Investigar o mais rápido possível.
• Identificar os sintomáticos (inclusive profissionais): casa de idosos,
creches, escolas, empresas ...
• Isolar e/ou afastar os sintomáticos;
• Preencher a ficha de investigação individual;
• Coletar amostras: aspirado de nasofaringe ou swab de nasofaringe;
• Investigar casos hospitalizados com coleta de amostras;
• Se ocorrer óbito, assegurar necropsia;
• Orientar o uso de máscara ( doente e profissionais de saúde);
• Orientar o afastamento dos sintomáticos de creches, escolas e
empresas, das atividades pelo período de transmissibilidade,
• 5 dias para adultos e
• 7 dias para crianças e imunossuprimidos.
• Não indicar uso de salicilatos;
• Indicar vacinação de bloqueio (na fase inicial do surto);
• Vacinação na Rotina
• Campanha anual de vacinação do idoso( 60 anos e mais),
indígenas e população carcerária;
• Vacinação dos profissionais da área de saúde (definição do M.S);
• Vacinação de pessoas com indicação especial segundo normas do
Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais – CRIE;
• Vacinação do contigente das Forças Armadas (definição do
M.S./saldo);
• Vacinação da população infantil ( aguardar definição do M.S).
29
• Monitorar as ocorrências de doenças respiratórias agudas em serviços de
saúde;
• Acompanhar, por semana epidemiológica, em forma de apresentação
gráfica;
• Ao detectar aumento do número de casos, notificar de imediato ao
Município, que , por sua vez notifica o CIEVS/PR e a Regional de Saúde.
• Realizar coleta de amostra – aspirado e/ou swab de nasofaringe – de
sintomáticos, cerca de 20 amostras;
• Estabelecer a abrangência geográfica do surto (escola, creche, asilo,
bairro) para subsidiar o monitoramento e análise;
• Ações complementares
• Investigar mortes por doença respiratória aguda não explicada na
comunidade.
• Investigar mortes por doença respiratória aguda não explicada em
serviços de saúde.
• Monitoramento de alterações na morbidade e mortalidade por
doenças respiratórias agudas.
• Deverão ser rigorosamente investigados:
• Casos incluídos em clusters (ver definição).
• Casos em trabalhadores de saúde e seus comunicantes
domiciliares.
• Comunicantes de óbitos por doença respiratória não
explicada.
30
• Apresentar sintomas até 10 dias após sair de área afetada pela Influenza A
(H1N1) OU,
(1)
• Ter tido contato próximo , nos últimos 10 dias, com uma pessoa
classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de
influenza A (H1N1)
3.1.2.
CONTATO PRÓXIMO (1)
• Cuidar, conviver ou ter contato direto com secreções respiratórias ou fluídos
corporais de um caso suspeito, provável ou confirmado.
31
• Indivíduo sintomático com clínica compatível com Influenza A (H1N1)
OU que evoluiu para óbito decorrente de infecção respiratória aguda
indeterminada E que tenha vínculo epidemiológico (de tempo, local ou
exposição) com outro caso provável ou confirmado (suspeito, segundo a
OMS) de infecção por Influenza A (H1N1).
3.1.7. CONTATO/COMUNICANTE
• Indivíduo que em ambiente domiciliar ou qualquer outro local (exemplo:
serviços de saúde, meios de transporte, hotel ou outros) esteve exposto a
um caso suspeito, provável ou confirmado de Influenza A (H1N1), a uma
distância menor de quatro metros, durante o período de transmissibilidade
deste, ou seja: dois dias antes do início dos sintomas, mais o período da
doença (cerca de 5 dias após o início dos sintomas).
Como, para a Influenza A (H1N1), neste momento, ainda não se conhece o
real período de transmissibilidade do vírus, a Organização Mundial da
Saúde – OMS vem utilizando como referência a Influenza sazonal para
estabelecer estes critérios, portanto, considera um período de 10 dias após
o contato com um caso suspeito ou confirmado.
32
3.1.9. CONGLOMERADO DE CASOS
• Dois ou mais casos suspeitos ou confirmados para Influenza A (H1N1),
inclusive óbito por doença respiratória inexplicada, com início de
sintomas em um período de 7 a 10 dias e associados a contato(s) com
caso(s) suspeito(s) de influenza A (H1N1).
3.1.11. ISOLAMENTO
Segregação dos casos suspeitos e confirmados no período de
transmissibilidade (2 dias antes do início dos sintomas e até 7 dias após o início dos
sintomas).
Na atual fase a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, o
Ministério da saúde recomenda que o isolamento de casos suspeitos, prováveis e
confirmados de infecção por Influenza A (H1N1), deve ser mantido até 10 dias após
a data do início dos sintomas, ou até que seja descartado o diagnóstico de Influenza
A (H1N1). (Protocolo de Procedimentos/MS de 06/05/2009, às 12hs).
33
sugestivos de infecção respiratória aguda indeterminada, até 10 dias após o
contato próximo com caso suspeito, provável ou confirmado.
3.1.12. QUARENTENA
Isolamento dos comunicantes/contato pelo período máximo de incubação da
doença, até 10 dias após o contato, no caso da Influenza A (H1N1), visando prevenir
a transmissão.
3.1.12.1. QUARENTENA DOMICILIAR VOLUNTÁRIA
É recomendada às pessoas que tiveram contato próximo ao caso suspeito,
provável ou confirmado e que não apresentam sinais e sintomas estabelecidos
nas definições de caso. O período de permanência deverá ser de 10 dias,
considerando a data do último contato próximo.
Esta medida visa diminuir a possibilidade de transmissão da Influenza A
(H1N1) na comunidade. De todo modo deve se solicitar a colaboração de todos
que estão sob monitoramento para que procurem evitar locais públicos e
aglomerações até o fim da quarentena.
3.2. NOTIFICAÇÃO
Visando a máxima sensibilidade do Sistema de Vigilância Epidemiológica,
todos os serviços de saúde públicos e privados e médicos autônomos em
atuação no estado do Paraná devem ser informados sobre a situação
epidemiológica com a devida atualização periódica, bem como, da definição de
caso suspeito para influenza A (H1N1).
A suspeita de influenza A (H1N1) implica em notificação imediata por
telefone, e-mail ou outro meio rápido ao CIEVS – Centro de Informações
Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde do Paraná.
• Telefones:
0800 6438484 (das 8:00 horas às 18:00 horas)
(41) 3330 – 4492 (24 horas)
(41) 3330 – 4493 (das 8:00 horas às 18:00 horas)
34
(41) 9117 – 3500 (24 horas)
(41) 9117 – 0444 (24 horas)
(41) 9243 – 9321 (24 horas)
• E-mail: urr@sesa.pr.gov.br
35
3.3. INVESTIGAÇÃO
3.3.1. MANEJO DE PACIENTES
O manejo de pacientes com suspeita clínica deve obedecer às normas gerais
de biossegurança (Capítulo da Vigilância Sanitária), não só para os profissionais
de saúde envolvidos no atendimento direto do paciente, como para os técnicos de
laboratório que irão coletar e/ou manipular as amostras biológicas, como também
para os profissionais do transporte, limpeza, etc.
As equipes de saúde do primeiro atendimento devem estar informadas e
atualizadas quantos aos conceitos e definições vigentes, bem como, ter fluxo
bem estabelecido para o atendimento dos casos suspeitos, de forma a evitar
que o paciente transite por outras áreas dos serviços desnecessariamente.
36
• A Secretaria Municipal de Saúde, antes de encaminhar o caso
suspeito ao Hospital de Referência ou de Retaguarda, deve entrar
em contato com a Central de Leitos, para proceder o
encaminhamento, e posteriormente, deve entrar em contato com o
mesmo, no sentido de avisá-lo para que se organize para a recepção do
paciente, dentro das normas de biossegurança estabelecidas (acesso
restrito, preparação de isolamento respiratório, paramentação dos
profissionais, etc.);
• Não remover o paciente do 1º atendimento enquanto o Hospital de
Referência ou Hospital Regional de Retaguarda não estiver organizado
para recebê-lo;
• Se o Hospital de Referência ou Hospital Regional de Retaguarda
estiver localizado em município diferente do município de
notificação / atendimento do caso suspeito, a Secretaria Municipal
de Saúde de ocorrência do caso, além de avisar o Hospital, deve avisar
ainda ao município de localização do Hospital e a Regional de
Saúde;
• O caso suspeito deve ser acompanhado até o Hospital de Referência
por profissional designado pela Secretaria Municipal de Saúde, o
qual deve ser, preferencialmente, da Vigilância Epidemiológica e estar
devidamente paramentado;
• O encaminhamento do caso suspeito ao Hospital de Referência será de
responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde de origem;
• O transporte do paciente será de responsabilidade do município,
devendo ser realizado ou em ambulância do município, ou pelo SAMU,
conforme articulação do município, ou UTI móvel, se o caso for grave.
• O paciente deverá estar usando máscara cirúrgica descartável, (de 3
camadas), conforme orientações contidas no Capítulo da Vigilância
Sanitária.
• Durante o transporte, os profissionais de saúde da ambulância e o
motorista devem estar utilizando EPI apropriado.
37
• E, após o transporte, o veículo utilizado deverá sofrer processo de
desinfecção, de acordo com as normas de biossegurança (na parte
interna – álcool a 70%).
• HOSPITAIS DE REFERÊNCIA
Hospitais que possuem unidades de isolamento, com ambiente de pressão
negativa.
• Hospital de Clínicas da UFPR
Rua General Carneiro, 181 – Curitiba – Pr
Fone geral: (41) 3360 – 7916 (plantão médico )
(41) 3360 – 7920 (plantão enfermagem)
(41) 3369 – 7900 (recepção)
• Hospital do Trabalhador / SESA
Avenida República Argentina, 4406 – Curitiba – Pr
Telefone: (41) 3212 – 5700
38
• Hospital Ministro Costa Cavalcanti (Foz do Iguaçu) – 8ª RS, 9ª RS,
10ª RS, 11ª RS e 20ª RS.
39
ATENÇÃO********: O encaminhamento das amostras ao LACEN é de
responsabilidade das Regionais de Saúde.
40
ao CIEVS – Centro de Informações Estratégicas e Respostas de
Vigilância em Saúde, através do:
• Fone/Fax:
• (41) 3330 – 4493, imediatamente, e também, pelo Correio
• Endereço:Rua Piquiri, 170 – Bairro Rebouças.
Curitiba – Paraná
CEP: 80230-140.
3.4. TRATAMENTO
3.4.1. ANTIVIRAL: deverá ser administrado visando impedir a progressão
da doença no individuo infectado e em especial como profilático diminuindo o
período de transmissibilidade.
Para o tratamento da infecção humana pelo vírus da Influenza A (H1N1), está
indicado o uso do medicamento Oseltamivir (TAMIFLU®), somente para os
quadros que se enquadrarem nas definições de caso suspeito, provável ou
confirmado E que tenham idade igual ou superior a 1 ano de idade. A utilização do
medicamento deve ser realizada em , no máximo, até 48 horas a partir da data do
início dos sintomas. O período de tratamento é de 5 dias., com uma posologia de
duas tomadas ao dia, via oral, de 12/12 horas, com doses diferenciadas conforme a
idade do paciente.
• Adultos = 75 mg
• Crianças = até 15 Kg, 30mg.
De 16 a 23 Kg, 45mg.
De 24 a 40Kg, 60 mg.
41
Informações adicionais:
• Os pacientes com sintomas gastrointestinais graves podem reduzir a
absorção oral do Oseltamivir (TAMIFLU®), mas atualmente não há nenhuma
evidência para sugerir o aumento da dose ou do período de utilização do
antiviral.
• Pacientes que vomitam uma hora após a ingestão do medicamento, pode ser
administrada uma dose adicional de 75mg.
• A notificação de eventos adversos ao medicamento deve ser feita à ANVISA
por meio do endereço eletrônico anvisa@saude.gov.br.
• Maiores informações acesse www.anvisa.gov.br
42
• Quando possível limitar o número de profissionais de saúde em contato direto
com o paciente e limitar o acesso ao ambiente em que ele se encontra. Se
possível, estes profissionais de saúde não devem cuidar de outros pacientes.
• O anti-viral deverá ser administrado visando impedir a progressão da doença
no individuo infectado e em especial como profilático diminuindo o período de
transmissibilidade.
Será iniciado tratamento nos casos com período de evolução com até 2 (dois)
dias. Todos esses casos farão um tratamento de 5 (cinco) dias com duas
tomadas ao dia, via oral, com doses diferenciadas conforme a idade do
paciente.
• Adultos = 75 mg
• Crianças = até 15 Kg, 30mg.
• De 16 a 23 Kg, 45mg.
• De 24 a 40Kg, 60 mg.
43
evento febril ou quadro compatível com síndrome gripal, comunicar e/ou
procurar um serviço de saúde imediatamente e/ou a Secretaria Municipal
de Saúde do município.
3.5.3. COMUNICANTES
• Os comunicantes devem ser mantidos em quarentena domiciliar por um
período de 10 dias a contar da data do contato.
• É preconizado lavagem das mãos sistematicamente com água e sabão;
• Não devem compartilhar utensílios (copos, talheres, pratos, toalhas, etc.) ou
objeto de uso pessoal, que deverão, inclusive,ser mantidos separados;
• Devem fazer uso de máscara cirúrgica (3 camadas), com troca sempre que
necessário.
• Devem realizar o auto-monitoramento da temperatura (T°C) corporal duas
vezes por dia, verificando se há o aparecimento de sintomas, durante 10
(dez) dias após sua última exposição ao caso suspeito e, perante qualquer
evento febril ou quadro compatível com síndrome gripal, comunicar e/ou
procurar um serviço de saúde imediatamente e/ou a Secretaria Municipal
de Saúde do município.
44
confirmado). Os familiares devem ser identificados e, orientados para o auto-
monitoramento para o diagnóstico oportuno. Estes indivíduos deverão
monitorar sua temperatura corporal e outros sinais e sintomas característicos
da doença (ver definição de caso suspeito), por 10 (dez) dias após o contato
com o comunicante. Qualquer um dos sinais e sintomas acima descritos ou
temperatura acima de 38ºC deverá ser informado imediatamente ao CIEVS –
PR, ou seja, Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do
Paraná.
45
• Repassar as informações à ANVISA para identificação dos outros
passageiros localizados na mesma fileira e nas duas fileiras anteriores e
posteriores. Além desses, deve-se identificar os passageiros localizados nas
fileiras laterais correspondentes.
• Com base nas informações repassadas pela ANVISA, realizar contato
telefônico com todos os viajantes.
• Caso o viajante próximo não apresente sinais e sintomas, orientá-lo para
realizar Quarentena Domiciliar Voluntária e realizar o monitoramento clínico
diário, por telefone, durante 10 dias a partir da data de saída do país de
origem.
• Caso algum viajante próximo apresente sinais e sintomas de modo a se
enquadrar na definição de caso em monitoramento ou suspeito, encaminhar
ao Hospital de Referência e adotar as medidas preconizadas conforme a
definição.
46
• O número de profissionais presentes no procedimento deve ser o menor
possível;
• Todos os PS devem estar equipados com EPI completo:
• Luvas de necrópsia ou luvas duplas de látex, máscaras de proteção
respiratória N95, protetores oculares, capote, gorro
47
5. SERVIÇO FUNERÁRIO
• O serviço funerário deve ser comunicado que a causa da morte foi uma infecção
por nova cepa de influenza;
• Se o Serviço Funerário for chamado para atender um indivíduo que morreu em
casa, os profissionais devem utilizar EPI completo, conforme o descrito para os
profissionais de saúde;
• Os cuidados na realização do preparo do corpo devem seguir as recomendações
do item anterior:
• Remova os tecidos e substâncias corpóreas com papel absorvente;
• Descarte o papel em lixo apropriado;
• Limpe a superfície em água e detergente;
• Faça a desinfecção com hipoclorito de sódio, respeitando o tempo de contato
de 10 minutos;
• Usar botas de borracha;
• Lavar as mãos com água e sabão, após a manipulação dos corpos e antes de
consumir qualquer alimento;
• Lavar e desinfetar todos os equipamentos, vestimentas e material utilizados;
• Lavar e desinfetar o veículo utilizado para o transporte dos corpos.
• Se a família quiser ver o corpo, utilizar EPI;
• Deve ser utilizado caixão fechado e não é recomendado realizar velório.
• ANEXO II
FLUXO – NOTIFICAÇÃO INFLUENZA A (H1N1)
48
ANEXO I
Indivíduo com Febre repentina, > = que 38°C E tosse, podendo estar acompanhada de um ou mais dos
seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e/ou articulares e/ou dificuldade respiratória.
E
Historia de retorno de viagem a áreas de ocorrência de casos de influenza A (H1N1) ou, contato com
pessoas oriundas dessas áreas, num período de ate 10 dias após o retorno e/ou contato.
SIM
Notificação imediata
NO HOSPITAL DE REFERÊNCIA para CIEVS/PR e RS.
Hospitais Regionais de Retaguarda
• Entrada do caso suspeito por acesso restrito ao serviço – porta de entrada e/ou elevador;
• Isolamento de preferência em ambiente com Pressão Negativa ou, isolamento respiratório;
• Possuir equipamento de suporte respiratório para uso na unidade de isolamento;
• EPI’s aos profissionais de saúde e cuidados de biossegurança;
• Tratamento sintomático, de acordo com avaliação medica e o preconizado pelo MS;
• Coleta de amostras através de aspirado das secreções de nasofaringe e, acondicionamento das
amostras em caixa especial, segundo as normas do laboratório e de biossegurança (NB 3);
• Exames complementares - hemograma, RX de tórax, e outros;
• Preenchimento de Ficha de Investigação Epidemiológica (2 vias – uma para RS e CIEVS e outra para
seguir com as amostras ao LACEN);
• Entrar em contato com a V.E. da SMS/RS para encaminhamento das amostras de nasofaringe, junto
com as cópias da Ficha de investigação epidemiológica.
49
ANEXO I – CONT.
• E mail: urr@sesa.pr.gov.br
.
*Contato/Comunicantes: Indivíduo que em ambiente domiciliar ou qualquer outro local esteve exposto a um caso suspeito ou confirmado
de Influenza A (H1N1), a uma distância menor de quatro metros, durante o período de transmissibilidade deste, ou seja: dois dias antes do
início dos sintomas, mais o período da doença (cerca de 5 dias após o início dos sintomas).
Como, para a Influenza A (H1N1), neste momento, ainda não se conhece o real período de transmissibilidade do vírus, a Organização
Mundial da Saúde – OMS vem utilizando como referência a Influenza sazonal para estabelecer estes critérios, portanto, considera um
período de 10 dias após o contato com um caso suspeito ou confirmado.
50
ANEXO II
FLUXO – NOTIFICAÇÃO INFLUENZA A (H1N1)
OMS
SVS/MS
ANVISA CIEVS/PR
Secretaria Regional
Municipal de
de Saúde Saúde
51
MANEJO CLINICO DO PACIENTE
Requer hospitalização?
SIM NAO
(1) Investigação clinica dependera do quadro clinico e devera incluir Oximetria, RX de tórax,
hemograma completo, hemocultura, cultura de secreção respiratória para outro agente,
antibiograma, bioquímica para analise metabólica, painel de IFI para vírus respiratórios. Adultos
com evidencia de pneumonia , pesquisar pneumococos e Legionella e, em menores de 5 anos de
idade, com evidencia pneumonia, pesquisar Mycoplasma e Clamydia.
52
Capítulo IV - VIGILÂNCIA SANITÁRIA
O Controle de Infecção em Serviços de Saúde para prevenção da Influenza A
(H1N1), envolve questões referentes à aplicação de medidas de precaução e
isolamento, processamento de artigos médicos, limpeza e desinfecção de
superfícies, processamento de roupas, manejo de resíduos e à infra-estrutura física
das unidades de isolamento.
2. MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA
O vírus da Influenza A (H1N1), é transmitido principalmente por gotículas
respiratórias. As Medidas de Precaução Padrão (Contato e Gotículas) são
obrigatórias na assistência a pacientes suspeitos ou infectados com vírus Influenza
A (H1N1).
53
a) No domicílio - o agente de saúde deve:
• Utilizar máscara cirúrgica descartável.
• Disponibilizar máscara cirúrgica descartável e lenço descartável para o
paciente.
• Orientar o paciente e a família sobre os cuidados de higiene
• Avisar e encaminhar a Unidade Básica de Saúde.
54
• Limpar e desinfetar o consultório restrito, anteriormente a outro
atendimento, conforme orientação do “Plano Estadual de Contingência do
Paraná para o Enfrentamento de uma Pandemia de Influenza”.
55
• Secar as mãos com papel-toalha descartável (duas folhas). Se a torneira
não possuir fechamento automático, usar o mesmo papel-toalha para
fechá-la.
• Desprezar o papel-toalha em lixeira para resíduo hospitalar, tendo em
vista se tratar de vírus influenza.
56
2.3.2. MÁSCARAS, ÓCULOS, PROTETOR DE FACE E GORRO.
2.3.2.1. MÁSCARA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
O profissional de saúde deve utilizar máscara de proteção respiratória, com
filtro para partículas, descartável, com eficácia mínima na filtração de 95% de
partículas de até 0,3m (máscaras N95, N 99, N100, PFF2 ou PFF3).
57
• Todos os profissionais de laboratório, durante coleta, transporte e manipulação
de amostras de secreção respiratória de pacientes suspeitos de infecção por
Influenza A(H1N1).
• Todos os profissionais do Centro de Material e Esterilização (CME), durante
manipulação de artigos provenientes de paciente com Influenza suspeita ou
confirmada.
• Os profissionais de saúde que executam o procedimento de verificação de
óbito.
• Outros profissionais que entram em contato com pacientes suspeitos de
infecção por Influenza A(H1N1).
• Familiares e visitantes durante o período de internação do paciente suspeito ou
contaminado com o vírus Influenza A(H1N1).
58
• É imprescindível higienizar as mãos antes e imediatamente após a retirada
das luvas:
Aplicar álcool a 70% nas mãos, em quantidade suficiente para atingir
todas as superfícies (palma, dorso, entre os dedos, unhas, extremidades
dos dedos e punhos).
Friccionar as mãos com álcool a 70%, atingindo todas as superfícies das
mesmas até que estejam secas. Não utilizar papel toalha.
59
2.5.8. Imediatamente antes da porta de entrada do quarto ou na antecâmara
da unidade de isolamento devem ser disponibilizados:
• Equipamentos de proteção individual (EPI);
• Mobiliário para guarda de EPI’s ;
• Condições para higienização das mãos: dispensador de preparação
alcoólica (gel ou solução a 70%), lavatório/pia com dispensador de
sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha, lixeira com
tampa e abertura sem contato manual.
2.5.9. Os profissionais envolvidos na atenção a pacientes suspeitos de infecção
por Influenza A(H1N1) devem ser capacitados quanto às medidas de
precaução e isolamento.
2.5.10. Os hospitais devem elaborar por escrito e manter disponíveis, normas
e rotinas dos procedimentos envolvidos na atenção a pacientes
suspeitos de infecção por Influenza A(H1N1) - exemplos: fluxo dos
pacientes suspeitos dentro do hospital, procedimentos de colocação e
retirada de EPI’s , procedimentos de remoção e processamento de
roupas, artigos e produtos utilizados no quarto/unidade de isolamento,
rotinas de limpeza do quarto/unidade de isolamento, rotinas para
remoção dos resíduos, entre outros.
2.5.11. Os pacientes suspeitos de infecção por Influenza A(H1N1) devem
utilizar máscara cirúrgica desde o momento em que for identificada a
suspeita da infecção até a chegada no local de isolamento.
2.6. ESTRUTURA-FÍSICA
Os pacientes suspeitos ou infectados com vírus influenza, devem ser
encaminhados aos hospitais de referência e devem ficar em isolamento respiratório,
até que seja descartada a suspeita diagnóstica ou até o término do período de
transmissibilidade.
• Os hospitais de referência devem estar organizados e equipados para
oferecer quartos privativos aos pacientes, preferencialmente com pressão
negativa.
60
• Se não existirem quartos privativos em quantidade suficiente, realizar
isolamento por coorte(ou seja, separar os pacientes por tipo de
doença/agente etiológico).
• Quando a quantidade de quartos privativos for insuficiente para atender o
número de pacientes, deve ser definida área específica do hospital para
isolamento de influenza. Esta área deve, preferencialmente:
• Proporcionar entrada e saída separadas do restante do hospital.
• Ter definida recepção/internação do paciente separada do restante do
hospital.
• Restringir a passagem de outros pacientes, visitantes e profissionais.
• Ser avaliada pelo setor de engenharia do hospital, para excluir a
possibilidade do sistema de ventilação hospitalar lançar ar de áreas de
isolamento para outras áreas.
• Ter a entrada sinalizada com alerta ( placas , informes, banner e outros )
para unidade de isolamento de influenza A(H1N1) e as medidas
necessárias para entrada na mesma.
• Permitir que os leitos sejam separados por no mínimo um metro (1,00m)
de distância entre eles e laterais e um metro e vinte (1,20m) no pé do leito.
2.7. TRANSPORTE DE PACIENTES
• Evitar o transporte de pacientes com suspeita ou confirmação de Influenza
A(H1N1). Se a saída do paciente da unidade de isolamento (quarto) se faz
necessária, utilizar máscara no paciente (filtragem mínima de 95%).
• Os profissionais envolvidos no transporte devem utilizar EPI’s adequados
e adotar as medidas de precaução.
• O veículo utilizado para o transporte de pacientes deve, entre um
transporte e outro, ser limpo e sofrer desinfecção conforme estabelecido
neste capítulo.
• Deverá ser garantida a biossegurança do motorista, incluindo a utilização
de EPI’s.
• Melhorar a ventilação do veículo para aumentar a troca de ar durante o
transporte.
61
• Quando possível usar veículos com compartimentos separados para o
motorista e o paciente.
62
3. PROCESSO DE LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
Os artigos podem ser classificados de acordo com o risco de transmissão de
infecção como:
• ARTIGOS CRÍTICOS REQUEREM ESTERILIZAÇÃO: penetram através da pele
e mucosas adjacentes nos tecidos sub-epiteliais e no sistema vascular, aqueles
que entram em contato com tecidos ou órgãos estéreis, bem como todos os que
estejam diretamente conectados a este sistema.
• ARTIGOS SEMI-CRITICOS REQUEREM DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL OU
ESTERILIZAÇÃO: entram em contato com pele não-íntegra ou com mucosas
íntegras.
• ARTIGOS NÃO-CRITICOS REQUEREM LIMPEZA OU DESINFECÇÃO DE
BAIXO OU MÉDIO NÍVEL dependendo do uso a que se destinam ou do último
uso realizado: entram em contato com a pele íntegra do paciente.
Obs.: Para a situação em questão, isto é, para o controle da disseminação do
vírus influenza, os artigos não críticos deverão receber o tratamento próprio
dos artigos semi-críticos.
63
• Assegurar que o manuseio de artigos e superfícies seja realizado somente com
a utilização de EPI’s (luvas, avental, máscaras, gorro, óculos de proteção e
outros).
64
f) Recomenda-se a pré-lavagem na área de expurgo da unidade de isolamento
com o objetivo de diminuir a carga microbiana e minimizar o risco de levar
contaminação para outras áreas.
65
dela e devem passar por processo de limpeza e desinfecção conforme rotina
determinada pela CCIH da instituição.
3.3.1. LIMPEZA
A limpeza nas unidades de isolamento, para influenza, devem ser: concorrente,
imediata e terminal.
a) Limpeza concorrente: deve ser executada diariamente (preferencialmente), a
cada turno, e inclui todas as superfícies horizontais (pisos, equipamentos e
mobiliários), banheiros e pias etc.
b) A limpeza deve ser intensificada nos locais que são mais tocados ou estão
mais próximos do leito do paciente, uma vez que apresentam maior
possibilidade de conter gotículas.
c) Limpeza terminal: deve ser realizada em casos de alta, óbito e transferência
de pacientes. Trata-se de uma limpeza completa incluindo equipamentos,
teto, janelas, paredes, piso, portas, todo o mobiliário (interna e externamente),
lixeiras.
d) Limpeza imediata: deve ser realizada imediatamente quando da
contaminação do ambiente e/ou equipamentos com matéria orgânica.
e) Deve ser realizada com água e sabão apropriado à natureza dos objetos
(eletrônicos, metal e outros) e ao uso dessas superfícies.
66
a. removê-la com papel toalha ou retalhos de tecido, descartando-os na
lixeira para resíduo hospitalar.
b. Realizar a limpeza da superfície conforme item anterior.
c. Friccionar vigorosamente toda a superfície com pano embebido em
álcool a 70%.
67
a) Considerando que NÃO EXISTE matéria orgânica do paciente no veículo
(vômito, urina, fezes, secreções, etc.), deverá ser realizada a limpeza e
desinfecção da seguinte forma:
68
• Realizar a limpeza e desinfecção da superfície:
a) Friccionar com esponja ou pano embebido em água e sabão,
b) Remover o resíduo de sabão
c) Secar a superfície
d) Friccionar vigorosamente toda a superfície com pano embebido
em álcool a 70%
e) Deixar secar
f) Repetir o processo de fricção por mais duas (2) vezes
OU:
2 – Em Pisos:
69
4. PROCESSAMENTO DE ROUPAS
4.1. NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO - COLETA E TRANSPORTE
a) Após a retirada da roupa de cama e da roupa do paciente, em horário
preestabelecido, estas devem ser imediatamente colocadas em saco plástico
completamente fechado, identificado e transportadas até a lavanderia. Devem
ser ensacadas no local onde foram utilizadas e permanecer o menor tempo
possível neste local.
b) Para a realização da coleta da roupa na unidade de isolamento, o profissional
deverá estar paramentado com 2 luvas de procedimento, óculos, máscara,
calçado fechado e avental impermeável.
c) No transporte de roupas sujas por elevador, não pode ocorrer o cruzamento de
fluxo com carro de roupa limpa ou de comida.
d) Os carros utilizados para transporte de roupa suja devem ser exclusivos,
fechados e identificados com o nome da unidade e a data da coleta.
e) Todos os locais e carros usados no processamento devem ser diariamente
lavados e desinfetados com produtos germicidas.
70
• Abrir a lavadora
• Colocar o saco plástico com as roupas na borda da lavadora, fazendo um rasgo
para liberar as roupas dentro da máquina e após, desprezá-lo no lixo hospitalar
caso não utilize sacos próprios para lavagem de roupa.
• Retirar as luvas de procedimento externa, desprezando-a no lixo hospitalar.
• Retirar o avental de contágio, colocando-o na lavadora.
• Fechar a lavadora
• Iniciar o processo de lavagem conforme padronização da instituição.
• Retirar as luvas internas
• Lavar as mãos
• Após a execução do processamento de roupa na área suja, o local deve ser
lavado e desinfetado.
71
d) Sobre o acondicionamento:
1. Devem ser acondicionados em saco vermelho, e substituídos quando
atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a cada 24 horas.
2. Os resíduos sólidos devem ser acondicionados em saco constituído de
material resistente a ruptura e vazamento, impermeável, sendo proibido o
reaproveitamento.
3. Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente
à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura
sem contato manual, com cantos arredondados e ser resistente ao
tombamento.
4. Os resíduos líquidos (urina, vômitos, secreções e fezes) devem ser
acondicionados em recipientes identificados com simbologia de resíduo
infectante, constituídos de material compatível com o líquido armazenado,
resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante, quando o
hospital não for ligado a rede de esgoto com tratamento.
e) Sobre a identificação:
1. Identificado pelo símbolo de substância infectante conforme NBR 7500/ABNT,
de fácil visualização, rótulo de fundo branco, desenhos e contorno pretos.
2. A identificação poderá ser por adesivos desde que seja garantida a sua
resistência ao manuseio.
c) Sobre o tratamento
1. Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo validado para a
obtenção de redução ou eliminação da carga microbiana, em equipamento
compatível com Nível III de Inativação Microbiana:
d) Disposição final:
1. Após o tratamento devem ser acondicionado da seguinte forma:
• Se não houver descaracterização física das estruturas, devem ser
acondicionados em saco branco leitoso, conforme demais RSS do grupo A.
• Quando houver descaracterização física das estruturas, podem ser
acondicionados como resíduos do Grupo D, seguindo as orientações dos
72
serviços locais de limpeza urbana, utilizando-se sacos impermeáveis,
contidos em recipientes.
e) EPI
• Profissionais de limpeza devem utilizar EPI: avental impermeável, luvas de
borracha, gorro, botas de borracha, máscaras N95 e óculos de proteção e
adotar medidas de precaução e isolamento.
6. Referências:
• Anexo 14 – Controle de Infecção em Serviços de Saúde – site do MS-
29/04/2009
Protocolo de Procedimentos – Influenza A(H1N1) – MS/SVS/Gabinete
Permanente de Emergências de Saúde Pública – 06/05/2009 – 12:00h
73
Capítulo V – REDE DE ASSISTENCIA
74
1.2. Segunda etapa
Instituir rede Municipal de Referência em Influenza Suína com
capacitação das Equipes e multiplicação do conteúdo nos serviços de
assistência pelas Secretarias Municipais de Saúde.
Avaliar, reforçar e complementar o conteúdo da capacitação previamente
realizada sobre a epidemiologia da influenza suína, sua evolução, diagnóstico clínico
e laboratorial, assistência e tratamento, bem como as medidas e cuidados
necessários para controle da mesmas.
2. COMPETÊNCIAS
2.1. Cabe à Gestão Estadual:
a) Elaborar, pactuar e implantar o Plano Estadual de preparação para pandemia de
influenza, considerando as diretrizes estabelecidas no âmbito nacional;
b) Definir e avaliar as políticas, estratégias e atividades conforme as ações legais
aplicáveis;
c) Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito estadual, a implementação do Plano
Estadual de preparação para pandemia;
d) Apoiar técnica e financeiramente os municípios, para que estes assumam
integralmente sua responsabilidade de gestor da assistência dos seus munícipes;
e) Apoiar técnica e financeiramente a gestão da atenção básica nos municípios,
considerando as fases da pandemia, fazendo um reconhecimento dos recursos;
f) Organizar e pactuar com os municípios, o processo de referência municipal e
contra-referência inter-municipal das ações e serviços de média e alta
complexidade, a partir da atenção básica, de acordo com a programação
pactuada e integrada de atenção à saúde;
g) Assumir transitoriamente - quando na fase de pandemia instalada – a execução e
ou coordenação das ações de assistência no município, comprometendo-se em
cooperar para que o município assuma, no menor prazo possível, sua
responsabilidade;
75
h) Fazer a coordenação logística e a regulação dos serviços de atenção à saúde,
bem como da distribuição de insumos;
i) Na assistência hospitalar:
• Definir o(s) hospital(is) de referência;
• Descrever a capacidade operacional da rede hospitalar e a disponibilidade de
leitos existentes e necessários;
• Caracterizar o perfil da cada unidade na rede e como decorrência a
necessidade de investimentos e capacitação de pessoal;
• Distinguir o contingente dos leitos de isolamento e o andamento da
estruturação conforme as normas técnicas preconizadas de leitos de
isolamento.
j) Homogeneizar e racionalizar as atividades e ações necessárias para a atenção
básica, de média e alta complexidade, diagnóstico e de vigilância em saúde;
k) Garantir a notificação de todos os casos suspeitos;
l) Garantir a coleta de amostras para o diagnóstico etiológico, na fase pré-
pandêmica e pandêmica;
m) Garantir junto aos serviços de saúde (consultórios, ambulatórios e hospitais
privados ou públicos), o atendimento conforme a situação de
urgência/emergência ;
n) Garantir junto à sociedade a necessidade da suspensão de eventos públicos
(shows, seminários, congressos, jogos de futebol, etc.), viagens ou outras formas
de aglomerações que incutam risco para a comunidade local, de acordo com as
fases de risco preconizadas pela Organização Mundial de Saúde – OMS;
o) Na assistência ambulatorial
• Identificar e divulgar a localização de serviços 24 horas;
• Caracterizar a capacidade operacional e de cobertura da rede laboratorial;
• Identificar laboratórios de referência, definir fluxos operacionais e mecanismo
de custeio e outras variáveis envolvidas na realização e fornecimento de
resultados dos exames realizados.
p) Discriminar as atividades e responsabilidades dos municípios definidos como
sedes de módulo assistencial, pólos regionais e microrregionais e seu papel na
garantia do acesso aos pacientes, bem como o fluxo de pacientes, insumos e
76
informações que será adotado em cada região ou microrregião, nos estados e no
país na fase pandêmica,
q) Identificar as regiões de maior risco epidemiológico, que deverão ser
consideradas prioritárias na implantação das ações previstas no plano;
r) Elaborar estratégias de avaliação do impacto da situação emergencial sobre as
condições de acesso da população aos serviços assistenciais e definir
mecanismos de regulação do provimento de serviços eletivos e de urgência;
s) Definir equipe de referência no âmbito central estadual e exigir definição de
equipe de referência local, municipal e regional ( obrigatória a presença da
Atenção Básica, Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária); Identificar
meios de regulação assistencial para serviços de referência no âmbito intra e
intermunicipal, possibilitando o acompanhamento da disponibilidade de leitos e
da capacidade ofertada de exames
t) Levantar leitos hospitalares e UTI, tanto pediátrico como adulto (SUS e rede
privada);
u) Identificar a necessidade e realizar a capacitação dos serviços;
v) Definir a Central de disponibilização de insumos, controle da distribuição de
antivirais e outros insumos hospitalares – Central de Medicamentos do Paraná
(CEMEPAR).
w) Durante a fase atual todos os casos suspeitos serão encaminhados para os
hospitais de referência do Estado: Hospital de Clínicas – UFPR, Hospital do
Trabalhador – SESA, em Curitiba, Hospital Universitário – UEL em Londrina, e
Hospital Ministro Costa Cavalcanti – Fundação Itaiguapy , de Foz do Iguaçu.
x) Capacitar as equipes municipais que atuarem como referência para Influenza, de
acordo com a infra-estrutura de cada um, para realização das ações de de
saúde.
y) Impulsionar a capacitação técnica de pessoal da assistência, necessária para
aplicabilidade das estratégias e ações;
z) Realizar parceria com outros organismos e instituições;
aa) Promover a realização de atividades educativas, de investigação e de promoção
de saúde relacionadas à urgência epidemiológica.
77
Os municípios devem considerar as seguintes informações para
subsidiar a elaboração de seus planos:
a) Condições geográficas
b) Vias de acesso e transporte
c) Dados demográficos
d) Capacidade instalada (atenção básica e especializada ambulatorial e
hospitalar) e perfil de produção dos serviços de saúde
e) Identificação do fluxo de encaminhamento para atenção especializada
f) Cobertura da estratégia Saúde da Família – ESF ou outros modelos de
organização da atenção básica
g) Indicadores da atenção básica
h) Movimento de invasão e evasão
78
• Executar a gestão do acesso do seu munícipe aos leitos disponíveis, às
consultas, terapias e exames especializados;
• Controlar a referência para outros municípios, de acordo com a programação
pactuada e integrada da atenção à saúde;
• Inserir nos contratos com os prestadores cláusulas relativas a situações de
calamidade
• Adequar normas técnicas, estabelecidas nas esferas estaduais e federal,
para o seu território;
• Instituir ações de controle da transmissão;
• Indicar aos profissionais de saúde a vacinação contra influenza conforme
recomendação e protocolo da vigilância epidemiológica;
• Viabilizar através dos órgãos de comunicação e material impresso a
disseminação de informações e orientação à população com relação ao
manejo e vigilância de infecções respiratórias agudas;
79
• Realizar busca ativa afim de administrar medidas profiláticas aos contatos;
• Desenvolver ações de educação e vigilância;
80
(H1N1), de acordo com os protocolos específicos (Vigilância Epidemiológica,
Laboratório (LACEN), Vigilância Sanitária, Atenção Básica e Média e Alta
complexidade) contidos neste Plano de Contingência. Para tanto, recomenda-
se:
a) Dentro das possibilidades da unidade de saúde, deve ser definido um fluxo
separado, ou seja ,acesso, sala de espera e consultório restritos, para a
abordagem e acolhimento dos pacientes que apresentem sintomas de
gripe, na unidade de saúde;
b) Definir e capacitar equipe para abordagem, acolhimento, avaliação e
atendimento dos pacientes que apresentem sintomas de gripe, bem como
identificação de casos suspeitos de Influenza A (H1N1), conforme critérios
estabelecidos neste Protocolo;
c) Definir uma sala de acesso restrito, com ventilação, onde os pacientes
classificados como casos suspeitos, após o atendimento, permanecerão
em isolamento, até o seu encaminhamento, devendo o paciente, fazer uso
constante de máscara cirúrgica;
Os profissionais que fizerem atendimento ao paciente deverão estar
paramentados, conforme orientações contidas neste protocolo;
d) Manter rotina de higienização dos ambientes. A descontaminação de
superfícies e tratamento de resíduos da sala restrita devem seguir as
orientações contidas neste documento;
e) Notificar, imediatamente, a vigilância epidemiológica da Secretaria
Municipal de Saúde, informando os dados do paciente (nome, endereço,
procedência, contatos pessoais nos últimos 10 dias e sintomas referidos e
apresentados). A Secretaria Municipal de Saúde deverá notificar, por sua
vez, imediatamente, o CIEVS e a Regional de Saúde;
f) Definir com a Vigilância Epidemiológica do município se o caso em
atendimento, de fato, atende a todos os critérios da definição de caso
suspeito e, no caso de necessidade de esclarecimentos, contatar
imediatamente o CIEVS/PR;
g) Após solicitar à Secretaria Municipal de Saúde o encaminhamento do
paciente ao Hospital de Referência ou Hospital Regional de
81
Retaguarda, bem como o seu transporte, durante o qual o paciente
deverá permanecer de máscara cirúrgica;
h) Além da equipe definida para o atendimento, todos os profissionais da
unidade de saúde devem estar informados sobre os sintomas da gripe, o
fluxo de atendimento dos pacientes com suspeita de Influenza A (H1N1);
i) Todos os profissionais de saúde devem ser orientados para adotar
procedimentos de proteção individual, conforme descrito neste documento,
no Capítulo IV - Vigilância Sanitária ;
j) As equipes de Saúde da Família devem estar aptas a identificar em suas
visitas domiciliares indivíduos com sintomas de doença respiratória aguda,
encaminhando-os para a Unidade Básica de Saúde de sua abrangência e
acompanhar o desdobramento do caso;
k) Todos os profissionais da equipe de saúde devem estar cientes das
medidas de prevenção para evitar a transmissão do vírus influenza A
(H1N1) e aptos a orientar a comunidade em geral sobre os cuidados a
serem tomados:
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Cobrir nariz e boca preferencialmente com lenço de papel descartável
ao tossir ou espirrar. O lenço deve ser jogado no lixo depois do uso.
• Evitar levar as mãos aos olhos, nariz ou boca.
• Lavar as mãos freqüentemente com água e sabão, especialmente
depois de tossir ou espirrar. Produtos a base de álcool podem ser
utilizados para higienização das mãos
• Manter ambientes limpos e bem ventilados.
• Evitar aglomerações de pessoas.
• Evitar contato com pessoas com gripe. Se necessário, manter distância
aproximada de 1 metro a 4 metros.
82
PLANO DE CONTINGÊNCIA/ATENÇÃO BÁSICA
Na visita domiciliar, acolhimento ou triagem em pacientes com sintomas de doenças respiratórias, investigar
histórico de viagens para regiões afetadas pela Influenza AH1N1 ou contato com viajantes que estiveram em tais
regiões
SUSPEITO MONITORAMENTO
Febre repentina >38º C Febre não aferida E tosse E procedência de regiões afetadas
E tosse com ou sem dor de cabeça, dificuldade OU procedência nos últimos 10 dias de regiões não afetados
respiratória, dores musculares/ articulares E sintomas de caso suspeito
E procedente de países afetados
OU contato próximo com caso suspeito nos últimos
10 dias
Na UNIDADE
Na RESIDÊNCIA BÁSICA
Na RESIDÊNCIA Na UNIDADE
BÁSICA
Hospitalizado
Acionar transporte do paciente através da SMS
Realizar controle diário de
comunicantes até 10 dias
Orientar o caso em
Monitoramento e entregar a
máscara
Higienização do ambiente, desinfecção das superfícies e
descarte dos resíduos conforme protocolo Não
Hospitalizado
Realizar controle diário de
comunicantes até 10 dias
83
3.2. ASISTENCIA AMBULATORIAL
• Destacar localização de serviços de Apoio diagnóstico e Terapia de 24 horas
• Capacidade instalada: área física e parque tecnológico/especialidades
• Executar ações de controle da transmissão
84
5. ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENDIMENTO HOSPITALAR COM
REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA
85
• Nutrição
• Lavanderia
j) Dispor de Laboratório de microbiologia com técnicos habilitados para
coletar e preparar o transporte de amostras clínicas para o diagnóstico de
influenza
k) Dispor de centro de material e esterilização, com infra-estrutura conforme
especificações contidas na RDC 50 (21/02/02) – no caso de terceirização
de serviços (apresentar contrato formal de prestação de serviço e a
empresa deve ter licença de funcionamento para lavanderia hospitalar...
l) Dispor de farmácia hospitalar – com profissional técnico responsável
m) Dispor e planejar o suprimento de EPIs;
n) Possuir programa de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde,
conforme RDC 306
o) Estabelecer, por escrito e manter em local acessível a todos os
profissionais orientações, rotinas e procedimentos exclusivos para áreas
de isolamento.....
p) Garantir equipes de manutenção dos equipamentos (incluir os filtros
Hepa);
q) Estabelecer um acesso para entrada de pacientes suspeitos de influenza
pandêmica.
Durante a pandemia, além dos itens acima os hospitais devem ser adequados para:
a) Estabelecer isolamento por coorte (separar os doentes por doença ou
agente etiológico) – dispor de quartos ou enfermarias destinadas ao
atendimento de casos suspeitos de influenza
• Com maior restrição ao acesso a essa área
• Entrada e saída separadas do restante do hospital,
• Acesso a ambulâncias
• Conter recepção/internação do paciente separada do restante do
hospital
86
• Sinalizar a área de forma a conter a passagem de pacientes e
visitantes de outras áreas ou de profissionais de outras áreas do
hospital
• Avaliar previamente o sistema de ventilação das áreas de isolamento
em relação às outras áreas do hospital;
• Ter a sua área de entrada do isolamento sinalizada e com as medidas
e EPIs necessários para entrada na mesma
b) Capacidade de oferecer suporte ventilatório a pacientes com insuficiência
respiratória.
5.4. ESCOLAS
Indicar agentes escolares para relatar absenteísmo e casos de doença
respiratória. Notificar ocorrência de surtos e agregação de casos para a Unidade de
Saúde mais próxima do local. Garantir através das equipes Municipais de Referência
a capacitação de professores e demais funcionários com medidas para evitar
transmissão.
87
5.5. PRESÍDIOS
Designar uma referência local para controle da infecção e para notificar os
casos para as autoridades públicas de referência municipais e regionais.
88
equipe local e/ou municipal de referência que fará avaliação clínica (respeitando os
procedimentos de proteção individual recomendados) e, se necessário, referenciar
conforme fluxo.
Os responsáveis pela vigilância dos contatos, em serviços de saúde, devem
enviar regularmente relatório sumário às equipes regionais de referência.
89
10. CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR
Nos períodos de alerta pandêmico e pandêmico, várias medidas de controle
de infecção devem ser implementadas nos serviços de saúde para reduzir ao
máximo a transmissão hospitalar da infecção por influenza. Estas medidas devem
ser aplicadas em associação a programas de vacinação para os profissionais de
saúde, para que a prevenção da transmissão da influenza seja otimizada.
O controle da infecção envolve questões referentes à aplicação de medidas
de precaução e isolamento, ao processamento de artigos médicos, à limpeza e
desinfecção de superfícies, ao processamento de roupas, ao tratamento de resíduos
e à infra-estrutura física das unidades de isolamento, que foram adaptadas para o
cenário de uma possível pandemia.
Outras medidas: pacientes, profissionais de saúde e visitantes devem ser
orientados a minimizar o risco de transmissão da doença através de medidas de
higiene, utilizando lenço descartável para higiene nasal, mantendo as mãos longe
das mucosas de olhos e nariz; suspender internações eletivas (cirúrgicas e clínicas);
restringir cirurgias cardíacas e pulmonares; restringir a entrada de visitantes com
doença respiratória aguda; restringir a atuação de profissionais da saúde com
doença respiratória aguda.
90
doença desconhecida, avaliar o diagnóstico diferencial e melhor conduzir a situação
diante de um possível caso de influenza aviária transmitida para o homem.
Somente o vírus da influenza A esteve até hoje associado a pandemias,
embora nos períodos interpandêmicos as epidemias possam ser atribuídas aos vírus
A e B.
91
As complicações mais comuns são:
• sinusite
• infecção no ouvido
• pneumonia viral ou causada por bactérias
• desidratação
• piora das doenças crônicas do tipo insuficiência cardíaca, asma ou diabetes
• pneumonia primária por influenza, que ocorre predominantemente em
pessoas com doenças cardiovasculares (especialmente doença reumática
com estenose mitral) ou em mulheres grávidas.
As manifestações da pneumonia viral são: febre de progressão rápida,
tosse, dispnéia, hipoxemia e cianose. A ausculta pulmonar e a radiografia de tórax
revelam comprometimento bilateral consistente com edema de pulmão, mas sem
consolidação. Não há achados patognomônicos. Esses pacientes têm uma evolução
ruim que independe da utilização de antibióticos. As análises dos gases sanguíneos
mostram hipoxemia progressiva e, apesar do suporte ventilatório artificial a letalidade
é alta. Os achados de autópsia mostram traqueíte, bronquite, pneumonia
hemorrágica difusa, a presença de membrana hialina nos ductos e alvéolos e
pobreza de células inflamatórias intra-alveolares. Uma forma mais branda de
pneumonia viral é observada em lactentes e é usualmente causada por outros vírus
respiratórios como vírus sincicial e parainfluenza.
As Infecções Bacterianas são as complicações mais comuns da infecção
por Influenza e são comuns em crianças e em idosos, principalmente em indivíduos
portadores de comorbidades ou que possuem fatores de risco. As bactérias mais
freqüentemente envolvidas, sobretudo em pneumonias secundárias são o
Streptococcus pneumoniae, o Haemophilus influenzae, o Staphylococcus aureus,
embora tenha sido observado o aumento da ocorrencia de Mycoplasma e Chlamydia
na etiologia de pneumonias em lactentes.
92
12.2.1. ATENÇÃO AO PACIENTE SUSPEITO DE INFLUENZA SAZONAL
a) Paciente com infecção respiratória sugestiva de infecção viral que não
seja suspeito de infecção por influenza aviária, e não necessite de
hospitalização por apresentar quadro clínico estável:
• Providenciar a coleta de material respiratório para ser.
• Uso de medicação sintomática. Evitar o uso de ácido acetilsalisílico.
• Notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica do Hospital de Referência da
região.
93
• Se possível, manter em isolamento domiciliar até desaparecimento dos sintomas
e resultado dos exames.
• Uso de medicação sintomática. Evitar o uso de ácido acetilsalicílico.
• Deverá ser feito uso de Oseltamivir nos pacientes com menos de 48h de
sintomas. As cápsulas com 75 mg de Fosfato de Oseltamivir devem ser
administradas duas vezes ao dia, durante 5 dias.
• Notificar à Vigilância Epidemiológica da SMS.
94
canais de íon M2 agem inibindo a atividade da proteína M2, necessária para a liberação
do material genético viral dentro das células. Estes medicamentos reduzem a incubação
do vírus e diminuem a duração da doença em aproximadamente um dia se
administrados dentro de 48 horas desde o início da doença. No entanto a redução de
complicações, ou a elaboração de maiores resultados para pacientes hospitalizados
ainda não é possível.
A intolerância ou um desenvolvimento rápido de resistência à Amantadina e
Rimantadina são as maiores limitações ao uso destes agentes. A resistência é a
conseqüência de um único ponto de mutação no gene M2 que termina
completamente a ligação do medicamento sem afetar a transmissão para contatos
suscetíveis. Tem uma meia-vida relativamente longa e como a Amantadina depende
da função renal de excreção, são necessários ajustes nas dosagens e supervisão
nos casos de insuficiência renal.
Os Inibidores de Neuraminidase (IN), por outro lado, inibem a Molécula de
Neuraminidase (NA), indispensável para a liberação de vírus recém formados das
células infectadas. Inibidores de Neuraminidase são ativos contra a influenza humana A
( todas as 9 moléculas NA) e vírus B, e também contra vírus aviário.
Dois medicamentos deste grupo são de uso aprovado para o tratamento de
infecções de Influenza: Zanamivir, o que é aplicado através de aerossol e Oseltamivir,
administrado via oral. O Zanamivir possui uma meia-vida de plasma curta, mas pode ser
encontrado na árvore traqueobrônquica mais de 24 horas após a inalação de uma única
dose. Deve ser utilizado com cuidado pelos pacientes com problemas respiratórios
(asma ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) por causa da possibilidade de
espasmos brônquicos, um efeito colateral grave mas não muito freqüente. O
Oseltamivir, por outro lado, requer a redução na dosagem para pacientes com baixo
clearance de creatinina (<30 ml/min). Intolerância gastrointestinal (que dura geralmente
menos de um dia) ocorre em 5 a 15% dos pacientes tratados com Oseltamivir, mas
raramente (<2%) causa a interrupção do uso do medicamento.
Os Inibidores de Neuraminidase (IN) reduzem a duração da doença em
aproximadamente um dia, quando usado dentro de 48 horas desde o início da
doença. Apesar de não existirem estudos que datem a demonstração de melhoras
após hospitalizações ou taxas reduzidas de mortalidade após o tratamento com IN
de pacientes com influenza, houve uma queda no uso de antibióticos para
95
problemas respiratórios e menor ocorrência problemas secundários como uma
bronquite clinicamente diagnosticada e sinusite. Os Inibidores de Neuraminidase
foram aprovados para uso clínico recentemente, portanto, ainda são necessários
maiores estudos para confirmar a segurança e o efeito na prevenção e no
tratamento de influenza em indivíduos de alto risco.
Os Inibidores de Neuraminidase mostraram eficácia para a profilaxia de pós-
exposição e para o tratamento das infecções de influenza.
96
40Kg 75 mg 1 x ao dia
a) Paciente ambulatorial
• Radiografia de tórax, hemograma completo com VHS e sempre que possível
hemocultura (2 amostras com intervalo de 30 minutos).
b) Paciente hospitalizado
• Radiografia de tórax, hemograma completo com VHS, hemoculturas, 2 amostras
de 20 ml cada, devendo cada frasco ser inoculado com 10 ml (crianças abaixo
de 12 anos, usa-se metade do volume), de preferência no Bactec. Caso não haja
disponibilidade do frasco para Bactec, avaliar com a Bacteriologia a possibilidade
de 1 amostra de hemocultura ser processada por lise-centrifugação e inoculação
em meio não-seletivo, recomendado para Legionella sp (BCYEa) à base de
levedura-carvão ativado.
• Cultivo semiquantitativo de lavado bronco-alveolar (=105) em casos graves ou
quando a progressão da pneumonia é maior do que os riscos envolvidos no
exame.
• Na presença de derrame pleural de >10 mm de espessura no decúbito lateral,
deve-se proceder à toracocentese, e o líquido deve ser encaminhado para
exames direto e cultura para fungos, bactérias e micobactérias, assim como
deve ser avaliada celularidade global e específica, glicose, LDH e pH.
97
Quando indicados outros exames laboratoriais devem ser realizados, sobretudo
os de suporte e monitoramento evolutivo, e os para esclarecimento do diagnóstico
etiológico
A conduta terapêutica será norteada pelos achados clínicos, com base nos
consensos de associações médicas nacionais e internacionais diversas, elaborados
a partir de estudos regionais.
O elenco definido pela Secretaria de Estado da Saúde – Paraná, para o
tratamento das complicações da influenza aviária, teve por base as orientações
contidas no Plano de Contingência Nacional e foi elaborado por especialistas em
infectologia, pneumologia e pediatria.
O elenco é composto de:
98
Elenco de Medicamentos para Tratamento das
das Complicações da Influenza A (H1N1)
Item Medicamento
1 Amicacina 100 mg sol. Inj.
2 Amicacina 500 mg sol. Inj.
3 Amoxicilina 250 mg/ 5 ml sol. Oral
4 Amoxicilina 500 mg cápsula
5 Amoxicilina + Clavulanato de Potássio 200mg+28,5mg/5ml suspensão oral
6 Ampicilina 500 mg sol. Inj.
7 Azitromicina 500 mg comp
8 Azitromicina 40 mg/ml sol oral
9 Cefepima 500 mg sol. Inj.
10 Ceftazidima 1 g sol. Inj.
11 Ceftriaxona 1 g sol. Inj.
12 Ceftriaxona 500 mg sol. Inj.
13 Ciprofloxacina 2 mg/ml sol. Inj.
14 Clindamicina 600 mg sol. Inj.
15 Gentamicina 20 mg/ml sol. Inj.
16 Levofloxacino 500 mg comp.
17 Levofloxacino 500 sol. Inj.
18 Oxacilina 500 mm sol. Inj
19 Penicilina Potássica 1.000.000 UI
20 Penicilina Potássica 5.000.000 UI
21 Sulfam.+ Trim. 400 + 80 mg IV amp.
22 Vancomicina 500 mg sol. Inj.
14 Princípios Ativos
22 Apresentações
Cemepar, em 16/3/2006
99
CONDUTA ATUAL FRENTE À DETECÇÃO DE CASOS DE DOENÇA RESPIRATÓRIA AGUDA
MANEJO CLÍNICO DO PACIENTE
Hospital de Referência
Positivo para o novo Positivo para FLU sazonal Negativo para FLU
subtipo viral (RT – PCR ou cultura) (Todos os testes)
(RT – PCR ou cultura
100
Capítulo VI – COMISSÃO PERMANENTE PARA
ENFRENTAMENTO A INFLUENZA A – H1N1 NO
ESTADO DO PARANÁ
101
Capítulo VII – COMUNICAÇÃO SOCIAL
102
Capítulo VIII – ARTICULAÇÕES COM SISTEMA DE
DEFESA CIVIL
As medidas de prevenção, preparação, resposta e restabelecimento da
normalidade, estão sendo adotadas respeitando a equivalência das fases da
evolução da Influenza A H1N1 no cenário, internacional, nacional e estadual, com
articulações com o Sistema de Defesa Civil.
Mobilizações de órgãos intersetoriais, instituições e seguimentos da sociedade,
continuarão ocorrendo através da massificação de informações técnicas de saúde,
através da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, que demandarão medidas
diversas junto a sociedade paranaense, entretanto com o acompanhamento da
Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e sua estrutura.
É fundamental que os contatos para as medidas e as ações que extrapolem os
serviços de saúde para o enfrentamento às fases da evolução da Influenza A H1N1,
sejam da seguinte forma:
SESA CEDEC
RS COREDEC
SMS COMDEC
103
Legenda:
104
Capítulo IX – ATUALIZAÇÕES
O presente Plano Estadual de Contingência do Paraná para Enfrentamento
de uma Pandemia de Influenza será atualizado quando necessário através de novas
versões e/ou orientações de procedimentos específicas de acordo com as
necessidades futuras.
Além do canal técnico, a divulgação dar-se-á também, através do seguinte
endereço eletrônico:
www.saude.pr.gov.br
105
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6- www.who.int
7- www.hpa.org.uk/infections/topiccs_az/influenza/avian/algorithm
8- New England Journal of Medicine 353;13 www.nejm.org 29 de setembro de 2005
9- Plano de Contingência do Brasil para o Enfrentamento de uma Pandemia de
Influenza Brasília, DF – 2005
10- Guia de Vigilância Epidemiológica – Ministério da Saúde, Brasília, DF – 2005
11- www.paho.org
12- Decreto Federal nº 5.376 de 28 de fevereiro de 2005 – Sistema Nacional de
Defesa Civil.
106
8. ELABORAÇÃO
• Nilce Deiko Kunioshi Haida
• Mirian Marques Woiski
• Ângela Maron de Mello
• Lineu Roberto da Silva
• Beatriz Bastos Thiel
• Maria de Fátima Gonçalves Pires
• Maria Aida Meda
• Margot Schmidt
• Claudia Ribeiro Reis
• Luciana Aparecida Correa
• Carlos Roberto Patza
• Irene Skraba
• Marcelo Pilonetto
• Deise Regina Sprada Pontarolli
• Lélia Dionete
9. COLABORADORES
• Maria Luiza Minuzzi Passos
• Heloisa Ihle G. Giamberardino
• Patrícia Andrade Boze
• Marta Francisca Fragoso
• Cláudia Maria D. M. Carrilho
• Cláudia M. S. N. Assumpção
• Maria Edutânea S. Castro
• Márcio Claro da Rosa
• Dilza Ladeira
• Heitor Passerino
• Dr. Manuel Muinos Vazquez - Pediatra e Médico Auditor do Cemepar
• Dr. José Luiz de Andrade Neto - Infectologista e Médico da SESA
• Dr. João Adriano de Barros - Pneumologista e Médico do Hospital de Clínicas
da UFPR, Vice presidente da Sociedade Paranaense de Pneumologia
107
• Dra. Cristina Schier da Cruz - Infectologista Pediatra do Hospital de Clínicas
da UFPR
• Suzan Mirian do Patrocínio Alves - Farmacêutica Bioquímica do Cemepar
• Major QOBM Osni José Bortolini – Chefe da Divisão de Defesa Civil da Casa
Militar
• Major QOBM Maurício Genero
108