Nome: Edith Coradi Bisognin 6º Período - Medicina Data: 17/09/2023
TICS 7 – INFLUENZA
1. O que significam as letras H e N?
2. Quais os tipos de Influenza? 3. Quais os tratamentos específicos promissores desta patologia? A influenza, comumente conhecida como gripe, é uma doença viral aguda que afeta o sistema respiratório. Ela é causada pelos vírus da gripe (geralmente os tipos A e B) e é caracterizada por sintomas como febre, calafrios, tosse, dor de garganta, congestão nasal, dores musculares, fadiga e dor de cabeça. A influenza é altamente contagiosa e pode se espalhar rapidamente de pessoa para pessoa, principalmente através de gotículas respiratórias produzidas ao tossir, espirrar ou falar. A doença pode variar em gravidade, desde casos leves até complicações sérias, especialmente em grupos de alto risco. A vacinação anual é uma medida importante para prevenir a influenza e suas complicações. As letras "H" e "N" na nomenclatura da influenza se referem às proteínas de superfície encontradas no vírus da gripe, especificamente os vírus do tipo A. Essas proteínas são importantes para a classificação e identificação dos subtipos do vírus influenza, e cada uma desempenha um papel específico na infecção e na resposta imunológica. "H" - Hemaglutinina: A proteína H, ou hemaglutinina, é responsável por permitir que o vírus da gripe se ligue às células do trato respiratório humano. Ela desempenha um papel crucial na entrada do vírus na célula hospedeira. Existem várias subtipagens de hemaglutinina (H1 a H18), sendo que algumas delas têm sido associadas a pandemias de influenza no passado, como a H1N1 e a H3N2. "N" - Neuraminidase: A proteína N, ou neuraminidase, está envolvida na liberação de novos vírus da célula infectada e na propagação da infecção para outras células. Ela ajuda a romper as ligações entre o vírus e as células hospedeiras e também é um alvo importante para alguns medicamentos antivirais, como o oseltamivir (Tamiflu). Assim como a hemaglutinina, existem vários subtipos de neuraminidase (N1 a N11). A combinação específica de subtipos de hemaglutinina e neuraminidase em um vírus influenza é usada para identificar e nomear as diferentes cepas do vírus da gripe. Por exemplo, o vírus H1N1 se refere a um vírus da gripe com a proteína de hemaglutinina do tipo 1 e a proteína de neuraminidase do tipo 1. Essa nomenclatura ajuda os cientistas a monitorar e rastrear as cepas do vírus, o que é crucial para a prevenção e controle da influenza. Existem três tipos principais de vírus influenza: influenza A, influenza B e influenza C. Cada um desses tipos possui suas próprias características e impacto na saúde humana. Aqui está uma breve descrição de cada um deles: Influenza A (IA): Os vírus influenza A são os mais variáveis e podem infectar uma ampla gama de hospedeiros, incluindo humanos, aves e alguns mamíferos. Eles são responsáveis pela maioria das epidemias de gripe e são os que mais frequentemente causam pandemias devido à Nome: Edith Coradi Bisognin 6º Período - Medicina Data: 17/09/2023
sua capacidade de sofrer mudanças significativas em suas proteínas de superfície
(hemaglutinina e neuraminidase). Os subtipos de influenza A são classificados com base nas variações dessas proteínas, por exemplo, H1N1, H3N2, etc. Influenza B (IB): Os vírus influenza B também podem causar epidemias de gripe, mas não têm a mesma capacidade de mudança que os vírus influenza A. Eles afetam principalmente os seres humanos e não têm subtipos. As cepas de influenza B são divididas em linhagens, geralmente chamadas de linhagem B/Yamagata e linhagem B/Victoria, com a escolha da vacina anual dependendo das linhagens mais prováveis de causar doenças na temporada. Influenza C (IC): Os vírus influenza C causam infecções respiratórias mais brandas em comparação com os tipos A e B. Eles também afetam humanos, mas as infecções por influenza C são geralmente menos graves e menos comuns. Não há subtipos de influenza C. Esses vírus raramente são associados a epidemias significativas. O tratamento da influenza se baseia nas características clínicas do paciente, ou seja, se há ou não fatores de risco como: gravidas, pessoas com comorbidades (pneumopatias, cardiopatias, nefropatias, hepatopatias, distúrbio metabólico ou doenças hematológicas), >60 anos, imunossuprimidos por HIV, puérperas até 2 semanas pós parto, portadores de síndrome genética e transtornos que possam comprometer o trato respiratório, <18 anos medicadas por longo tempo com AAS - Síndrome Gripal em pacientes sem fatores de risco: deve-se fazer indicação de medicamentos sintomáticos, hidratação oral e repouso domiciliar. Não usar Ácido acetilsalicílico. - Síndrome Gripal em pacientes com fatores de risco: está indicada, além do tratamento sintomático e da hidratação, independentemente da situação vacinal, a prescrição do Oseltamivir para todos os casos de SG, de forma empírica (NÃO SE DEVE AGUARDAR CONFIRMAÇÃO LABORATORIAL), que tenham fator de risco de complicações. Tal indicação fundamenta-se no benefício que a terapêutica precoce proporciona na redução da duração dos sintomas e, principalmente, na redução da ocorrência de complicações da infecção pelos vírus da influenza pandêmica (H1N1) 2009, segundo a experiência acumulada no manejo clínico de pacientes durante a pandemia de 2009, no uso do protocolo da Organização Pan- Americana da Saúde e pelas consultas referendadas pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e Associação Brasileira de Medicina Intensiva (Amib) REFERÊNCIAS: • Porto, Celmo, C. e Arnaldo Lemos Porto. Clínica Médica na Prática Diária. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo GEN, 2022. • Goldman, Lee, e Andrew I. Schafer. Goldman-Cecil Medicina. Disponível em: Minha Biblioteca, (26th edição). Grupo GEN, 2022 • protocolo_tratamento_influenza_15_01_13.pdf (saude.ce.gov.br)