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Influenza Suína

Profa Heloisa Godoy


Introdução
• Enfermidade infecciosa aguda do sistema respiratório dos suínos

• Alta morbidade e baixa mortalidade

• Acomete rebanhos suínos onde são introduzidos novos animais

• Apresentando sinais como febre, anorexia, prostração, conjuntivite e


perda de peso
Introdução
Vários subtipos do vírus influenza surgem periodicamente trazendo novos desafios
e busca por novos métodos de controle e diagnóstico da doença

Agente zoonótico com características específicas por sofrer


recombinações e rearranjos
Introdução

Os suínos são classificados


como hospedeiro do vírus
influenza em planteis
distribuídos mundialmente,
pois pode infectar-se com
amostras de aves e humanos
Histórico
• 1918 - reconhecida clinicamente em suínos no
meio-oeste norte-americano em, coincidindo com
a pandemia conhecida como gripe espanhola

• Nos primeiros 80 anos a IS, apesar de ser


considerada importante para a indústria suína
mundialmente, permaneceu relativamente
estável

• 1998 novos subtipos e variantes genéticos


surgiram, dificultando seu controle.
Histórico
• 2009, um novo vírus de influenza A/H1N1 surgiu na população humana na
América do Norte (México)

• Rapidamente foi considerado uma pandemia de grau 6 pelas autoridades


sanitárias mundiais

• Novo vírus, denominado vírus de influenza A H1N1(H1N1pdm09) eram uma


combinação de VIS da América do Norte e de linhagens da Eurásia e que nunca
haviam sido identificados em suínos ou em outra espécie anteriormente.
Histórico
• Apesar de não ser um risco de segurança de alimentos, de não estar
presente na carne in natura, é um vírus infeccioso para humanos e
várias espécies animais e, no suíno, pode causar sinais clínicos típicos
de influenza
Agente etiológico

• Família Orthomyxoviridae
• Gênero Influenzavirus
Agente etiológico
• Vírus grandes
• Pleomórficos
• Envelopados
• RNA
• Genoma segmentado (ressortimento – redistribuição de segmentos
genômicas entre 2 estirpes virais originando um novo vírus)
Agente etiológico
1930 – Shope - material genético- em tipos A, B e C

B e C são exclusivamente humanos


A - variedade de espécies animais (humanos, suínos, cavalos,
mamíferos marinhos e aves)

A espécie suína é a única que pode ser infectada com os vírus proveniente de aves e
humanos gerando novos vírus com segmentos gênicos trocados originados de diversas
espécies
Agente etiológico
• Os vírus de principal importância para os suínos são os subtipos
• H1N1
• H1N2
• H3N2
Esses vírus tem se mantido endêmicos em
• H1N7
populações ao redor do mundo, apesar disso
• H9N2
• H3N1
• H4N6

(FLORES, 2007; JANKE, 2013)


Epidemiologia
- Surtos epizoóticos frequentes nos meses mais frios

- Início súbito e disseminação rápida

- Surtos estão associados ao transporte e introdução de novos animais


portadores da enfermidade em rebanhos ausentes

- Enfermidade comum nos EUA, México, Canadá, América do Sul,


Europa, Quênia, China, Taiwa, Japão e países da Ásia Oriental
Epidemiologia

Vale do Taquari

No Brasil , principalmente na Região Sul é


endêmico nos meses mais frios
Epidemiologia
H1N1 Clássica
- Pandemia 1918, se originou de um vírus aviário pois seus 8
segmentos genômicos são semelhantes ao vírus aviário

- Suínos susceptíveis a variantes aviárias e humanas


- Os vírus de aves não se replicam em células humanas
- Os vírus humanos não se replicam em células de aves
Saúde humana
Epidemiologia
- Impacto econômico primário
Atraso no desenvolvimento, o que demora no período de alojamento e
manutenção dos animal

Os suínos infectados podem perder até 12kg de peso corporal durante


o período de 3 a 4 semanas

Mortalidade baixa – exceto em casos de infecções bacterianas


secundárias
Cadeia de transmissão
• Porta de entrada
Mucosa oronasal
Nose to nose

• Via de eliminação
Secreções nasais (fase febril)
Tosses e espirros
Cadeia de transmissão
• Meio de transmissão
-contato direto (suíno x suíno)
- Contato indireto – fômites contaminados (comedouro, bebedouro,
Caminhão transporte, pisos, baias..)

-Período de incubação de 2 a 7 dias


Patogenia

Mucosa nasal, tonsilas,


Oronasal traqueia, linfonodos
traqueobronquios e
pulmões

A infecção é limitada ao trato respiratório


Patogenia

Epitélio Bronquial – vírus 2h após a infecção

Após 16h - grandes áreas infectadas

Pouco se sabe sobre as patogenia do vírus da influenza, mas as


citocinas (TNFα , IL-1, IL-6) contribuem para o efeito inflamatório
observado nos pulmões
Patogenia

São mais evidentes 24h


Febre após a infecção
Anorexia Coincidem com o pico de
replicação viral e
Inflamação pulmonar produção de citocinas
Patogenia

Normalmente os suínos apresentam o vírus da influenza associado a outros


patógenos entre eles:

• Mycoplasma Hyopneumoniae
• Pasteurella multocida
• Actinobacillus Pleuropneumoniae
• Haemophilus parasuis
• PCV2 –Circovirus suíno 2
Complexo respiratório suíno
Sinais clínicos

Tosse
Espirros
Angústia respiratório
Hipertermia
Conjuntivite
Anorexia
Letargia
Corrimento nasal
Sinais clínicos
- Os sinais clínicos regridem de 4 a 7 dias após o inicio dos sintomas

- Além dos sinais típicos, podem ocorrer infecções subclínicas :


Estirpe do vírus, idade do animal, imunidade, clima e infecções secundárias podem
determinar a evolução dos sinais ou lesões

- Infecções clinicas restritas ao trato respiratório superior resulta em lesão mais


brandas
Sinais clínicos
-Lesões macroscópicas restritas ao órgãos da cavidade torácica
• Áreas focais de hepatização pulmonar
• Edema pulmonar
• Aumento dos linfonodos mediastínicos e bronquiais
• Pleurite serosa
Diagnóstico
-Cabine de segurança biológica classe II
Diagnóstico
- Isolamento viral
Amostras de suab nasal ou faringe
Ovos embrionados
Célula MDCK

- Detecção de Atg
- Imunofluorecência direta (pulmão)
- Imunohistoquímica
- RT-PCR
Prevenção e controle
-Não faz parte dos programas sanitários nacionais

- Não existe tratamento específico

- Recomenda-se manter os animais em locais limpo e seco

- Não transportar na fase aguda da enfermidade


Prevenção e controle
- Antibióticos

- O uso de anti-inflamatórios pela via hídrica diminui a febre e a


mortalidade, sendo que o ipubrofeno é considerado o melhor quando
administrado após 24 horas do surto

- Evitar o contato de suínos com outras espécies principalmente aves

- Reduzir o estresses, decorrente de aglomeração


Vacinação
- Nos EUA e Europa

- Vacina inativadas H1N1 e H3N2

- Vacinar após 10 meses de idade (matriz vacinadas)

- Elevada taxa de ressortimento dos subtipos pode interferir na eficácia


da vacina

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